Poema de Pablo Neruda Crepusculario
[Teus]
Quando minha boca
Toca teus lábios,
Minhas palavras...
Se tornam suas.
Quando meus dedos
Tocam teu corpo,
Meus gestos...
Se tornam seus.
Quando minha vontade
Foge para teus braços,
Teus desejos...
Se tornam os meus.
A vida não se tem valor
se não se vive com intenso amor
A vida não tem sentido
se não se vive com o que se tem aprendido
A vida não teria ousadia
se no mundo não existisse poesia
Existe um momento em nossa vida
que temos que sair da mesmice.
Para vida mudar VOCÊ que precisa
mudar a forma de caminhar.
Infelizmente as lembranças vão
fazer você lembrar, do seu lugar,
da sua história, das pessoas
que ama e tudo que viveu.
Mas temos que prosseguir,
seguir na caminhada da vida
e infelizmente ou felizmente
o que passou passou.
Rumo a uma nova vida.
Tem coisas que nunca mais quero viver
e tem coisas que vou sentir
saudade todos os dias mas HOJE
eu mudei minha forma de caminhar.
Fazeis de minha paixão
Um afiador,
Para tua espada de desamor,
Ferir um coração.
Se irás amar outro alguém,
Agarrais o meu amor,
Que flutua muito além,
De meu peito sonhador.
Por que me deixaste?
Com essa negra solidão?
Que aquece com frieza
O meu pobre coração.
Por que me deixaste?
Em escusos caminhos?
Por que tu levaste?
Teus meigos carinhos?
Por que, meu amor, por quê?
Me isolastes de teus braços,
Calorosos de prazer.
Pobre de meu coração,
Que não acostumastes com tua ausência,
Que maltrata sem compaixão,
E fomenta minha carência.
E aqueles lindos olhos negros?
Que não podem mais me ver
Onde é que estão agora?
E a quem vão envolver?
Já foram insana alegria,
De meu peito sofredor,
Que hoje chora em demasia,
Desfrutando dessa dor.
Tu és linda flor ausente,
Tão bela quanto o mar,
Deixa, porém, meu coração contente,
Com tua ausência acostumar.
Com a tua doce e amarga ausência,
O sentimento se desfaz,
O que já foi mera dependência,
Se tornou um tanto faz.
hoje, passei a noite pensando,” por quê nunca estamos satisfeitos com nada?”
Porque sempre desistimos no primeiro desafio e partimos para algo diferente?
Pessoas me falam, Pablo não é tão simples assim. E eu pergunto mas porque não é simples!?
E sempre veem com desculpas, botam dificuldades “ a vida tá difícil; não tá fácil continuar ali; tenho que ir embora.
Então eu digo “ ué então é simples sim, pois na primeira dificuldade você desiste e parte para a próxima”. E se amanhã não tiver tudo bem? Como vai lidar com isso?
Vai desistir de novo?
Vai chegar uma hora que você vai chegar a acreditar que o mundo conspira contra você e vai culpar a Deus por isso, mas na verdade você nunca nem se esforçou um único dia!
Então bata essa poeira e passe uma pomada nesses calos e continue buscar com unhas e dentes sua vitória, pois é só nisso que você pensa e nunca persiste por ela!
Olá menina, o que cê faz parada sozinha aqui nessa escuridão!?
Não fique triste, deixe eu ser seu amigo, a solidão não te trará nada de bom, pois a solidão é amiga da escuridão e nas trevas habitam seus maiores temores, demônios que só sugam sua vitalidade. Então saia dessa depressão e me deixe eu te ajudar!?
Não sou o melhor homem para sua vida, pois não vivi uma vida boa e nem fiz nada para melhorar só para piorar, e depois de viver muito tempo na solidão, conversando por vários anos com a escuridão, aprendi que a verdadeira amizade aquela que te empurra pra cima é a que vai te salvar, pois na vida existe várias pessoas pra te empurra pro buraco e poucas pra te dá uma mão mesmo que seja só pra bater a poeira. Então moça me deixe ser seu amigo, pois posso não ser um bom homem para sua vida, mas sou um ótimo amigo pra ela!
A Doida
Em um lamaçal uma flor floresceu;
Em um dia ensolarado o céu escureceu;
Após um dia ruim uma doida nasceu;
E em um gesto de sanidade a doida faleceu;
A doida foi embora;
Antes de doida se tornar;
Pois, agora em outra hora;
Ela a de retornar;
Por que doido foste eu;
Que doida a julguei;
Roubei aquilo que era teu;
Sua sanidade guardareis;
Adeus ó doida;
Outro dia nos veremos;
Nos meus delírios minha querida;
Sempre juntos estaremos.
Amorística
Diluir em meu consenso algo sobre amor?
Que hipocrisia! Jamais me contento.
Intraduz a tresloucura do sentir.
Pois, talvez, eu morrerei em banais conceitos
Sem que o meu, ao menos, seja refeito.
Ah, injúria!
Pertencem-te os olhos castanhos claros,
Sendo algo como luxúria,
Ou apenas conto do vigário.
Vosmecê não entenderia.
Sincretismo de um rapaz pseudosentimental
Cansa-te falar de exacerbado sentimento.
Contudo, irei falar em nome dos que não têm exaltação.
Lançai-me ao enfermo do teu existencial e,
Prometo-te, de tudo serei ao fomenta-lo.
Ah, extasia!
Nas obras pós-impressionistas do teu corpo,
Vejo-me como um sádico.
Transcrevendo em pensamentos diabólicos
As farsanhas do meu prazer.
Fervora-me os estigmas do querer!
Transtornos bipolares transformam-te.
Personalidades efêmeras assumem e,
Por olhares, sinto-me observado.
Castanhos, azuis e verdes-acinzentado.
Taxado como um mísero lunático, apenas dizem:
"Viva um pouco e esqueça o fantasioso".
Subir devagar as escadas dessa vez
Com os flash de toda vez que a descemos
A cada degrau uma cena diferente
E em nenhuma dela nos perdemos
Não consigo olhar pra minha sacada
Sem ver o que houve ali entre a gente
Muita coisa mudou, mas esse vazio é novo
Não sei ao certo o que pode ser
Já que isso eu só tento preencher
Festas, bebidas, pessoas vazias
Ou eu dormir muito tempo
Ou esse mundo não da pra se viver
Não quero minha felicidade nos pesos de alguém
Mas sendo assim nunca irei amar ninguém
peço pra que não volte, eu quero aprender
Sempre foi assim e agora não muda
Não precisarei de outra pessoa pra viver.
De tal sistema se fez em meu peito,
Mavioso, transgride a imensidão,
Manto infinito sob qual o leito
Dos amores, se ceva na paixão.
Se instaura em mim o sistema amoroso,
Por vossa vista branda e imponente,
Regido pela lei efervescente
Cuja aos meus olhos, gera o ser airoso.
Constituído de postulações
E por tuas palavras, assi implantado
Gestos brandos e amenas orações.
Que o coração se deixa enamorado.
Assi sendo, tal lei que a vida rege
É o amor pelo qual se submerge.
Não desconsidero a morte de hoje, ela pode vir a ser a vida de amanhã; que hoje morra, mas amanhã, novamente, nasça consciente.
É necessário abrir espaço para o novo.
Ó Sistema!
Vou contar pra vcs a minha história
Um ingênuo coração aprisionado
Em um sistema falho
E serão nessas palavras que vocês saberão.
Foram tantas palavras encorajadoras
Tantas palavras encantadoras
Palavras aqui e ali
Palavras que eu sentia
Que não eram tão ruins.
O final chegou num falho sistema emocional,
Como eu ia saber que todo mundo era igual?
O que ela fez comigo,
Qual o meu propósito?
Qual o meu destino?
O sistema chamado amor é falho!
Sou só alguém com sentimentos corrompidos,
Somos filhos sofridos de sentimentos implícitos,
Uns usam as armas para ganhar vantagens,
Outros usam o amor para fazer molecagem.
Eu faço minhas poesias em rap's,
Eu conto minhas histórias em trap's
Sou só mais um filho do mundo cão,
Passando por momentos sem chão.
O que é o amor?
Como saberei se quando amei,
Não era recíproco.
Era só o sistema ilícito.
Se os fantasmas das pessoas podem assombrar uma casa, por quê os fantasmas das criaturas rotineiramente não retornam a onde moravam?
Acredito que a aparição dos fantasmas revelam mais de nós mesmos do que deles em sí, isso em todos os sentidos.
Desvios
Na escoliose da vida, tenho nunca àquele amor.
Procurei em becos e teatros,
Sem sucesso, um esplendor!
Que louco procura em becos?
Desde a última, o que mudou?
De um adeus, o pensamento:
O pessimismo me domou!
Mas sempre há esperança.
Nos momentos de embriaguez,
O seu astral é o que me cansa.
Lira
Noutro dia, talvez eu encontre em ti
Àquele pequeno cisco de amor.
Traços e formas do teu rir,
Em dunas ou subúrbios por ai.
Truanaz, pois, encontro-me arrebatado de fulgor.
Todavia, jamais me adiantara o agora.
És tu! Tu, somente!
Extasia-me ao menos essa vez
Com um belo ardor.
Ou àquela simples e
Clichê prova de amor.
Adianto-te logo, não serás lamentação!
Apenas fomenta a tormenta que,
Ao empatizar meu sentir,
Deve-te fazer, no mínimo, querer fugir.
Antes que pergunte, sim!
Há fuga pelos deletérios da solidão.
Existir
Em fuga a não aceitar o seu propósito,
O ser não condiz com a sua relevância real.
Existir é algo tão incomum,
Logo pensar sobre é mais intenso,
Mais prazeroso. Fugir do comum é
Deixar as tuas líricas bem mais líricas.
Identifica-o como leitor mais íntimo,
Independentemente do sentimento teu.
As palavras têm significado! Por favor,
Clamo para que não banalizem o seu poder.
Clamo para que todas tenham um significado
Bem mais intenso. E que não apenas as joguemos
No ar como se fossem irrisórias.
Sempre será fácil escrever belas rimas
Apenas para molhar calcinhas...
A pseudointelectualidade é admirada por quem
Jamais viu(ou verá) a veracidade do real intelecto.
Sarabande
O ser do teu ser
Existir do teu existir
O que fazes por aqui?
Céus, meu enfermo mental
Não suporta tua doçura.
Ah... Tua ternura.
Volta a mim êxtase
Catártica da tua escrita!
Eu mais que clamo, aclamo!