Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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Há muita gente que, assim como o eco, repete as palavras sem lhes compreender o sentido.

Se fazes o bem para que te o agradeçam, negociante és, não benfeitor; cobiçoso, não caritativo.

Não podemos deixar de ser difusos com os ignorantes, mas devemos ser concisos com os inteligentes.

Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição.

O mundo, que não é causador de nenhum bem, é cúmplice de muitas infelicidades; depois, quando vê eclodir o mal que ele maternalmente chocou, renega-o e vinga-se.

O orgulho pode parecer algumas vezes nobre e respeitável, a vaidade é sempre vulgar e desprezível.

Hoje, setenta por cento da humanidade ainda morre de fome... e trinta por cento faz dieta.

Se você olhar atentamente você verá que existe apenas uma coisa e somente uma coisa que causa infelicidade. O nome desta coisa é apego. O que é apego? Um estado emocional de aderência causado pela crença de que sem alguma coisa particular ou alguma pessoa você não consegue ser feliz.

Existem pais estranhos, dos quais a vida inteira não parece ocupada senão em preparar razões para os filhos se consolarem pela morte deles.

Desejamos fazer toda a felicidade, ou, não sendo isso possível, toda a infelicidade daqueles a quem amamos.

Os que têm tentado reformar os costumes do mundo, no meu tempo, com opiniões novas, reformam os vícios da aparência; quanto aos da essência, deixam-nos intactos, quando não os aumentam.

Há males na vida humana que são preservados de outros maiores, e muitas vezes ocasionam bens incalculáveis.

O deleite imaginado é muito maior que o gozado, embora nos verdadeiros gostos deva ser o contrário.

É preciso rirmos antes de sermos felizes, sob pena de morrermos antes de ter rido.

Sem as ilusões da nossa imaginação, o capital da felicidade humana seria muito diminuto e limitado.

Num Estado, isto é, numa sociedade onde há leis, a liberdade só pode consistir em poder fazer-se o que se deve querer e em não estar obrigado a fazer o que não se deve querer.

A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.

Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.

Fazemos ordinariamente mais festa às pessoas que tememos do que àquelas a quem amamos.

As coisas maiores só devem ser ditas com simplicidade; a ênfase estraga-as. As menores precisam de ser ditas com solenidade; elas só se sustentam pelo modo de expressão, pela atitude e pelo tom.