Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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A utilidade da virtude é de tal modo evidente que os maus a praticam por interesse.

O orgulho pode parecer algumas vezes nobre e respeitável, a vaidade é sempre vulgar e desprezível.

Sempre vimos boas leis, que fizeram com que uma pequena república crescesse, transformarem-se depois num peso para ela, depois de grande.

É próprio das grandes almas desprezar grandezas e almejar mais o médio do que o muito.

A autoridade não se consegue sem prestígio, nem o prestígio sem distanciamento.

Não podemos deixar de ser difusos com os ignorantes, mas devemos ser concisos com os inteligentes.

Um leitor inteligente descobre frequentemente nos escritos alheios perfeições outras que as que neles foram postas e percebidas pelo autor, e empresta-lhes sentidos e aspectos mais ricos.

Hoje, setenta por cento da humanidade ainda morre de fome... e trinta por cento faz dieta.

Se fazes o bem para que te o agradeçam, negociante és, não benfeitor; cobiçoso, não caritativo.

É preciso rirmos antes de sermos felizes, sob pena de morrermos antes de ter rido.

Há opiniões que nascem e morrem como as folhas das árvores, outras, porém, que têm a duração dos mármores e do mundo.

Muitas pessoas se prezam de firmes e constantes que não são mais que teimosas e impertinentes.

Depois do espírito de discernimento, o que há de mais raro no mundo são os diamantes e as pérolas.

Arrependemo-nos raramente de falar pouco, e muito frequentemente de falar demais: máxima usada e trivial, que todo o mundo sabe e que ninguém pratica.

É uma perfeição absoluta, dir-se-ia divina, sabermos desfrutar lealmente do nosso ser.

Parece, Meu Caro ..., que as cabeças dos homens mais notáveis minguam quando se reúnem, e que onde há mais sábios, há também menos sabedoria. Os grandes grupos, prendem-se tanto aos momentos e aos vãos costumes, que o essencial não vem senão depois.

Nós apenas trabalhamos para encher a memória e deixamos o entendimento e a consciência vazios.

É tal a falibilidade dos juízos humanos, que muitas vezes os caminhos por onde esperamos chegar à felicidade conduzem-nos à miséria e à desgraça.

Existem pais estranhos, dos quais a vida inteira não parece ocupada senão em preparar razões para os filhos se consolarem pela morte deles.

O mundo, que não é causador de nenhum bem, é cúmplice de muitas infelicidades; depois, quando vê eclodir o mal que ele maternalmente chocou, renega-o e vinga-se.