Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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Os homens são poucas vezes o que parecem; eles trabalham incessantemente por parecer o que não são.

Nunca a polícia terá espiões comparáveis aos que se colocam ao serviço do ódio.

Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.

Todos os homens são bestas; os príncipes são bestas que não estão atreladas.

A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.

Quem sem descanso apregoa a sua virtude, a si próprio se sugestiona virtuosamente e acaba por ser às vezes virtuoso.

Não existe vício que não tenha uma falsa semelhança com uma virtude e que disso não tire proveito.

A indiferença ou apatia que em muitos é prova de estupidez pode ser em alguns o produto de profunda sapiência.

Os velhos que se mostram muito saudosos da sua mocidade não dão uma ideia favorável da maturidade e progresso da sua inteligência.

Há muita gente que, assim como o eco, repete as palavras sem lhes compreender o sentido.

Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição.

A utilidade da virtude é de tal modo evidente que os maus a praticam por interesse.

É falso que a igualdade seja uma lei da natureza. A natureza não faz nada igual; a sua lei soberana é a subordinação e a dependência.

Aqueles que nós definimos como os nossos dias mais belos não são mais do que um brilhante relâmpago numa noite de tempestade.

A luxúria é como a avareza: aumenta a sua própria sede com a aquisição de tesouros.

Se você olhar atentamente você verá que existe apenas uma coisa e somente uma coisa que causa infelicidade. O nome desta coisa é apego. O que é apego? Um estado emocional de aderência causado pela crença de que sem alguma coisa particular ou alguma pessoa você não consegue ser feliz.

Depois do espírito de discernimento, o que há de mais raro no mundo são os diamantes e as pérolas.

Muitas pessoas se prezam de firmes e constantes que não são mais que teimosas e impertinentes.

Sempre vimos boas leis, que fizeram com que uma pequena república crescesse, transformarem-se depois num peso para ela, depois de grande.

É tal a falibilidade dos juízos humanos, que muitas vezes os caminhos por onde esperamos chegar à felicidade conduzem-nos à miséria e à desgraça.