Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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Todos os dias deveríamos ler um bom poema, ouvir uma linda canção, contemplar um belo quadro e dizer algumas palavras bonitas.



E ENTÃO…

Então me vi sem norte
Sem porte
Sem porto
Ambíguo e quase menos vivo

Então ouvi seus olhos
Cheirei tua boca
Afaguei teu sorriso
Beijei sua nuvem

Então sorri teu pranto
Uma vida chegando
Duas estrelas, um ventre
Fecundo e tenaz

Então cataclismas - breve torpor de nossas almas.
Então movimentos
Circulares
Círculos de Plotino
Círculos de Hipátia
Círculos de Dante
Universo ensimesmado
Infindáveis questionamentos...

Não caíste em desmantelo
Naquele ano do nosso senhor - tempo
Que o vento não levou e brisa sorridente
Nos gracious com choros enfantes sem dentes

Então chorei teu sorriso
Reguei seu jardim
Então a luz chegou
Poderosa e ofuscante

Então sorrimos o choro...




Inserida por Maestroazul

Minha alma nao é forte,
Talvez eu não suporte,
O pranto que me cai sobre a maçã
Que se nega a cessar,
Transbordando meu Pesar
Na Esperança de manter minha mente sã.

Inserida por negom

Horas vão passando.
Tenho eu que aguentar
Essa saudade me sufocando?
Beijo-te sonhando,
Abraço-te chorando,
Zarpo em direção ao imaginário,
Infeliz e solitário,
Lembrando do teu amor.
E acordo sem teu calor.

Inserida por negom

“Esses teus olhos de noite... sonetos que são... impiedosos... quase puros... imprecisos... olhos de “vinte poemas de amor e uma canção desesperada”***...
Olhos de verdades e mentiras... olhos de vastidão...
Esses teus olhos de noite... olhos de estrelas... olhos-demônios... olhos de ondas... olhos que falam...
Olhos que vem e vão... olhos de vazante... olhos de marés... despertando os mares do meu corpo deixado à deriva...
Esses teus olhos de verão...
Esses teus olhos de noite... olhos de sinos... olhos de céus... olhos de música clássica... olhos de Paganini... olhos de Chopin... olhos de Tom Jobim... olhos de signos... SIGMA 6...
Olhos de refugiado... de perdição...
Esses teus olhos de noite... olhos de beijos na boca... olhos de vida... olhos de adágio... olhos de criação...
Esses teus olhos de noite... de cóleras e vinhos... de dona do mundo, da noite, do céu, do sino, da maré, da escuridão, da música... olhos de mulher feita... olhos impróprios dentro da minha vida medíocre... olhos donos de si... de mim... do oceano... do amanhecer...
Olhos que apaixonam..."
Pq teus olhos são o Neruda dos olhos...”

Inserida por ricardoruiz

⁠Não que eu seja

da prepotência

mais uma filha,

Cada linha escrita

na existência

não necessita

de terceiros

para serem arautos,



(Tem gente que

olvida que o seguro

morreu de velho).



Não que eu seja

orgulhosa,

Cada linha escrita

apenas necessita

das pausas estranhas

da minha cidade,

Porque a minha

poética tem vida própria,



(Ela mesmo só

precisa dos olhos

e dos teus sonhos).



Não que eu seja

ostracista,

Cada linha escrita

nasceu do convívio

como noiva eterna

do Pablo Neruda,

e que hoje conta

com os beijos da Lua,



(Que não se permite

fazer parte nunca

de antologia nenhuma).

Inserida por anna_flavia_schmitt

A meu ver não é apenas um sino,

Espia! Existe outro ao lado,

É verdade, que são dois sinos,

Sinos são vozes feitas para escutar,

São vozes anunciadoras do tempo,

Sabem ao seu jeito dar o recado,

- e a escuta despertar

Assim anunciam os sinos,

Que daqui para frente vou contigo.



Seguirei para Isla Negra,

Para qualquer lugar,

Desde que eu volte

- sempre -

para a casa do poeta.

Haja visto, de que a moça

- admirável -

e que ele gosta,

- sou eu

Por uns passou desapercebido,

Que o nosso amor chegou

é despercebido,

Faz parte, foi por obra do destino,

- destarte

O amor hoje é fruto ainda proibido.



A meu ver o tempo sempre inflige,

A pena dessa espera,

A espera sempre vale a pena.

Os sinos sinalizam, abrem a alma

Para aprender a ter calma,

- e se concentrar

No tempo que tem o seu próprio tempo,

Espera com paciência,

Que a oportunidade irá chegar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Onde intervêm o favor e as doações abatem-se os obstáculos e desfazem-se as dificuldades.

A indiferença ou apatia que em muitos é prova de estupidez pode ser em alguns o produto de profunda sapiência.

Os velhos que se mostram muito saudosos da sua mocidade não dão uma ideia favorável da maturidade e progresso da sua inteligência.

O rosto de uma mulher, seja qual for a sua discrição ou a importância daquilo em que se ocupa, é sempre um obstáculo ou uma razão na história da sua vida.

Os homens de pouca inteligência não sabem encarecer a própria capacidade sem rebaixar a dos outros.

O nosso amor-próprio exalta-se mais na solidão: a sociedade reprime-o pelas contradições que lhe opõe.

Pouca ou nenhuma vez se realiza com a ambição coisa que não prejudique terceiros.

Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.

Todos os homens são bestas; os príncipes são bestas que não estão atreladas.

Agrada-nos o homem sincero, porque nos poupa o trabalho de o estudarmos para o conhecermos.

Faço dizer aos outros aquilo que não posso dizer tão bem, quer por debilidade da minha linguagem, quer por fraqueza dos meus sentidos.

A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.

Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.