Poema de Outono
Algures na vida e no tempo,
encontramos e desenhamos Outono,
o “Nosso Jardim”… só nosso e do mundo...
- É o princípio de tudo! O mar e a serra,
num abraço, o vislumbrar da voz do vento,
o brilho da noite, os sons e o cheiro da alegria…
- O encanto da imagem, a cidade!
- A Lua está agora comigo, bem perto,
ela me conduz de um lado ao outro,
me fascina quando fala, me faz sonhar…
- Meu Deus, é hora! Porquê agora…
- Tenho de novo regressar ao oceano,
ele me chama… Eu quero, eu devo!
- A estrada que percorro, sempre…
Respire na primavera
Caminhe ao outono
Refresque no verão
Aqueça no inverno.
Viva a vida pelos alentos da vida;
Almeje, e busque alcançar.
O carro preto um dia fará o cortejo para todos;
Mas que este não deixe rastros
de decepção
Mas sim, os de honra.
Busque amar aqueles te injurie
Que a injuria apagada!
Seja triplica em amor.
No outono, nos dias de frio que parece inverno mas que o sol brilha forte no céu azul, aprendemos que o nosso corpo sente o frio como resultado da perca de calor para o ambiente que está mais frio. Não há outra alternativa precisamos encontrar meios de nos aquecer e repor a nossa temperatura, caso contrário, podemos em situações extremas a que somos submetidos, até morrer de hipotermia.
Assim também acontece na nossa vida, por maior que seja a nossa fé e, por maior que seja nossa alegria em estar vivo, não há meios de sobreviver isolado do mundo. Ninguém sobrevive sozinho. É necessário termos amigos. Eles nos aquecem de esperança e nos repõe a ternura que o mundo nos retira.
E só assim podemos seguir.
Neste final de outono
avisto ainda nas árvores
algumas folhas
craquelentas
amarelentas
virulentas
Que resistem ao tempo
não se deixam ir...
Assim são algumas pessoas
insistem na mesmice
na criancice
na chatice
Fincam pé no que são
rejeitam a renovação
desdenham a estação...
É preciso aceitar o rodízio da vida
trilhar outro caminho
receber o desalinho
sair do pergaminho...
mel - ((*_*))
No outono as folhas caem e as árvores ficam secas. Mas uma folha não cai de uma árvore se não for pela permissão de Deus.
A mesma árvore que aguenta temperaturas baixas no inverno e fica seca, sobrevive todo ano e na primavera floresce e dá Flores e frutos.
Há tempo para tudo debaixo dos céus.
Cicatrizes marcam feridas que não doem mais, mas permanecem aparente para nos lembrarmos dos que passamos e jamais esquecermos do que queremos ou não em nossas vidas.
As dificuldades acontecem para sermos fortes... e evoluirmos como pessoas.
Portanto desistir nunca foi ou será uma opção.
Se fraquejarmos... devemos lembrar que Deus é conosco e Ele não dá nada além do que possamos suportar.
Portanto se a luta é Grande, agradeça! Pois você é mais forte do que imagina ser!
" A fria camada de gelo
que no outono começou
me deu a certeza que o mesmo frio
é o ápice do amor que acabou
sucumbiram pardais e querubins
choraram bruxas e arlequins
em vão
um não acabou com a festa
o que resta é esquecer
permanecer sóbrio e calmo
quem sabe visitar o mar
e nele salgar o pranto
agora o encanto, virou triste canto
como o sábia que solitário pousa na laranjeira
pensando como pôde perder a companheira
que durante toda a primavera cortejou...
O café esfriou,
Assim como as folhas caem no outono,
O vento veio forte para esfriar o meu café.
O café esfriou,
É sim, gelou como fez na última vez que te vi,
E o gosto amargo tocou minha garganta,
Apesar dos pesares, os pesares vieram pesar,
Frio, amargo e ruim.
O café esfriou,
Pois nem só de pão vive o homem,
Nem só de fé vive-se a vida,
Nem só de amor vive o coração,
Mas só na oração encontro a minha salvação,
É por isso que apesar do café esfriar,
Eu continuo "café".
O poder do amor é assim, faz florecer no outono um sentimento enterrado há tanto tempo em folhas mortas de tristeza.
O amor é capaz de tudo, de perdoar, de aceitar, de respeitar, de entender, de acreditar, de compartilhar, de revitalizar.
Não é apenas um sorriso que desarma uma guerra, mas o sentimento revelado nos olhos, no gesto, na postura, na sensação que tudo isso provoca.
Realmente, ainda que eu falasse a língua dos anjos ou dos homens, sem amor eu nada seria, o amor é transfomador!
FOLHAS DE OUTONO
Folhas fúnebres de outono
Despidas de sonhos tombados
Secas,
frágeis,
e amareladas
Que outrora viçosas verdejavam
Nos ramos das flores imaculadas
Caem
feito
gotas
de
orvalho
Sob o chão da vida amarga
Fertilizando a esperança perdida...
AMIGO
É inverno com cobertor,
É verão de sol iluminado,
É outono de fruto maduro
E é primavera de nova era,
Enfim, seja a estação que for,
Amigo é a flor do genuíno amor!
Guria da Poesia Gaúcha
Outono da minha vida
Adentrando ao outono da minha vida,
Um paradoxal inverno quente me anima.
E a primavera, florida, faceira e sorridente
Reflete a esperança de um dezembro caloroso,
Com o verão pulsando caloroso em minhas veias.
Com certeza um natal muito feliz
Entre familiares e amigos.
Um “adeus ano velho” ruidoso
Com prazerosos brindes, fortes abraços,
Estalados beijos e furtivas lágrimas.
Mais um Ano Novo repleto de promessas.
Que aventuras viverei em janeiro?
Viagens, estradas, novas paragens.
Fevereiro de olhares, sorrisos e afagos.
Conquistas merecidas, achados fortuitos,
Quiçá novos amores, explosivas paixões,
Prazeres incontáveis, noitadas inesquecíveis.
Assim a vida se renova, até a hora da partida.
Março trará corações dilacerados,
Almas partidas, bilhetes rasgados,
Pulseiras, anéis e colares jogados.
Roupas rotas, tênis gastos,
Revistas dobradas, livros esquecidos.
Enfim, páginas viradas, vidas passando.
Os passos antes largos, agora lentos,
Os olhos lassos, as nuvens altas,
Prolongados suspiros, ais, sussurros.
O tempo escoando entre dedos e frestas,
As ondas do mar lavando lamentos,
Na areia desenhando imagens funestas...
(J.M. Jardim, setembro/2013)
Hoje você olha pra trás enquanto as folhas caem
Outono leva o que não te pertence mais
E da janela do meu quarto o mundo é tão real
Cada lágrima que suja o teu espelho se transforma em um punhal
Que tenta a qualquer preço arrancar o que restou de nós
Quando a lua cheia do outono brilhar, ela irá iluminar todos os corações partidos, quebrados e despedaçados que existem por aí. Quando a brisa gélida do começo do inverno entrar pelas janelas das casas durante a madrugada vai levar todas as mágoas, dores e sofrimentos que assolaram essas pobres almas embora. Quando o primeiro canto de sabiá ecoar pelas árvores no surgir da primavera, vai trazer a paz de espírito que fazia há muito eles não sentiam. Quando os primeiros raios de Sol baterem em seus rostos no alvorecer de um novo verão, trarão a alegria e o calor de volta a seus pobres corações. E assim, nessa eterna reciclagem de sentimentos que a vida se segue, você se decepciona, se isola, se amargura, se recompõe e se reapaixona...
O coração se reconstrói sempre, as vezes meio torto ou meio mal remendado, mas volta a uso, volta a ver, ou melhor a se ver nos olhos de uma outra pessoa, a se achar capaz de amar novamente, de cuidar de alguém, de proteger, de dar carinho, tentando evitar os erros passados, tentando se superar para impressionar o outro. Até mesmo o mais rude dos homens é capaz de amar uma doce e frágil mulher, e a mulher mais romântica da cidade é capaz de ver delicadeza nas palavras e gestos de um bruto. O amor cega os que se julgam corretos demais, o amor aflige os calmos demais, o amor acalma os nervosos excessivos, o amor reconstrói vidas, sorrisos quebrados e esperanças rompidas.
Amar faz parte da felicidade, porque ninguém é feliz sozinho, sem um colo para descansar, sem uma mão para segurar, sem alguém para contar... sem isso, não se sabe até onde podemos aguentar.
DO OUTONO À PRIMAVERA
Os ventos sopram e lá se vão as folhagens...!
folhas caducas, em árvores jovens...!
tão distante de ti, pois esse tempo é miragem...!
teu corpo em flor de outono, tua alma em frutos de primavera...!
Aurora de um outono qualquer.
Esvazia-te de ti mesmo
Respira essa brisa que vem de novos tempos.
Deixa o pasado repousar leve, sem mágoa, no alto daquela última onda.
Vê! É grande esse teu coração!
Chega mais perto, olha-me nos olhos...
Quão amplo é o teu abraço!
Ama sem preconceitos
Ama este céu e este mar.
Ama tudo o que tens em teu cirro,
Ama também o que nunca caberá em teu sorriso...
Esvazia-te de ti mesmo, e sorve, sorve toda a doçura desse espaço...
Abre tua mente...
Liberta-te...
E vive!
Que a luz do sol ao entardecer nos esclareça.
Que a beleza de uma árvore no outono nos abrace;
e que as mais belas paisagens nos enlace.
Desejo que um chão de folhas secas nos mostre o caminho.
E que no amanhecer um céu nublado nos contemple;
E que aquele vento nos envolva.
Me abrace apertado, me cuide, me proteja.
Simplesmente me ouça.
Uma coisa te peço; de mim nunca se esqueça.
Desejo que as coisas simples nos acompanhe, nos aconteça.
Diga que guardará minhas lágrimas uma a uma numa caixinha,
e quando elas necessitarem rolar, diga que não estarei sozinha.
Me cativa, me sorria, seja minhas asas, minha euforia.
Diga baixinho ao pé do meu ouvido, que meu sorriso lhe deu sentido.
Pegue minha mão e coloque-a no seu coração e diga que tudo dará certo;
Me fale que ao me ver sorrindo de longe, você sorriu, e que ao me ver triste, você sentiu.
Diga o que está aí dentro guardado.
Diga o que quiser dizer, mais simplesmente me diga.
Mais me diga com palavras, porque quando dizes com o olhar, eu nem se quer consigo pensar.
OUTONO
As folhas fenecem e caem.
O tempo segue avermelhado, empoeirado,
assim como a aragem seca e fria
do seu ser por mim.
Viajei longos espaços
buscando seu amor,
para finalmente descobrir
que ele era outonal: seca, cai, fenece
e vira pó.
CHUVAS DE OUTONO
Sonhei que chovia, acordei chorando. Antes de levantar-me, penso sobre o quanto a vida é injusta, e o quanto somos egoístas ao ponto de priorizarmos nós mesmos e nossos sentimentos. Bom, ao deixar minha cama, volto ao meu cotidiano entediante.
Já não fico mais faminto, é como se eu estivesse cheio, mas de que ? Sendo que não comi nada. Cheio de sentimentos negativos ? Cheio de pensamentos autodestrutivos ? Talvez eu só esteja cheio de você.
Você é saudade, e vem rasgando minha carne. Mas eu me recuso a sofrer de novo, embora a tentação seja grande. Tomara que as águas de abril carreguem a tristeza e a solidão que em mim habitam.