Poema de Outono
aproveitei a manhã de outono
pra podar o meu jardim
podei muitos galhos de sentimentos
que não estava mais afim
que me consumiam energias sem fim
cortei as folhas dos pensamentos
que não me serviam mais
secaram, envelheceram
e perderam o sentido
de olhar pra trás
arranquei certas flores
que não perfumavam
e nem mais embelezavam o meu ser
tirei os espinhos que me feriam
e feriam aos que amo
doeu muito que até chorei
não sei se foi de alegria
por ter conseguido me podar
para depois crescer e florescer novamente
e me doar por inteira
ou se foi de tristeza pela dor causada
pelas amarguras e ferimentos
na alma e no coracao
felizmente tudo passa, até a dor
e fica somente o amor
por mim
pelo outro
pela natureza
ficam cicatrizes que são as tatuagens da vida
intensamente vivida
e tenho a chance de me enterrar todo dia
pra brotar somente o bem
e eu poder te oferecer
uma flor nova a cada dia
e um sorriso de acanhada felicidade
porque Deus por caridade
me permite florescer e renascer
a cada amanhecer do dia!!!
estou no outono
perdendo as folhas
quem sabe o brilho
talvez o sorriso
ficam-se os galhos nus
entre meus cabelos
meus pensamentos
perderam o viço
e meus sentimentos
estão perdendo "os dentes"
porque falo o que não devo
penso que não posso
sinto que sou falha
são só raízes mal fixadas
dos frutos apodrecidos
do tronco curvado e ocado
das murchas e secas flores
e as folhas se foram
levadas pelo vento
sinto um frio
um calafrio na espinha
e quem sabe um dia
o sol volta a me aquecer
a me florescer
a me reerguer
e a me frutificar
rubro de vergonha
reaprenderei a amar
nem o seco e o frio outono
a minha pele não mais ressecará
e nem meu coracao
de frio morrerá!!!
relógio que conta
as manhãs de outono
ou as tardes de inverno
as cores quentes e vivas do dia
ou as cores frias das belas tardes
as memórias doces da infância
ou as lembranças amargas de agora
as dores sofridas na existência
ou as lutas vencidas da alma
as lições não aprendidas e por vezes repetidas
ou as tarefas bem executadas com amor
os segredos escritos no diário da vida
ou as confissões ditas no alvorecer da aurora!!!
...hoje recolhi as folhas do outono
que caíram sobre mim...
...recolhi também as palavras
que eu não disse a ninguém
silenciei-me porque se as tivesse dito
seria impossível de resgatá-las...
...recolhi meus sentimentos
que insistiam em aflorar
porque eram aqueles não tão bonitos
de se ouvir e nem de se falar
por isso aquietei-me...
...recolhi as pedras que me atiraram e também todas que atirei
e com elas meu caminho calcei, parei e questionei-me...
...recolhi as mentiras que me disseram nem compartilhei
somente sanei-as...
...recolhi as flores que há anos, foram as sementes que eu plantei
e hoje elas enfeitam meu lar, minha vida e o jardim do meu coracao
e por isso replantei-me...
...recolhi as piores lembranças e as memórias insanas
pelas quais eu passei e de tal forma ressenti-me...
...recolhi os momentos de tristeza que dispus sobre a mesa
e me arrependi de ter feito, porque demonstrou a minha invulnerabilidade
por isso fraquejei-me...
...recolhi o tempo que me foi dado e até então desperdiçado
e me bateu um desespero, porque sou de reutilizar as boas atitudes
reciclar as más ações e aprendi a reduzir o desperdício de tempo
fazendo o melhor que posso, então transformei-me...
...recolhi as vitórias, os sucessos e o bem que fiz de alguma forma
demonstrando o meu valor, fiz uma prece e agradeci ao meu Senhor...gratidão!!!
primavera para uns
outono para outros
pobreza (material) para muitos
riqueza (espiritual) para poucos
(in)sanidade para alguns
amorosidade para todos
à merda eu mando muitos
e foda-se eu falo para outros
(im)perfeição para uns e outros
a morte para nenhuns
a vida para os loucos!!!
No outono é sempre igual
As folhas caem no quintal
Só não cai o meu amor
Pois não tem jeito, é imortal
Mais um verão que se finda
dando lugar ao outono
e o meu coração segue ainda
no mais completo abandono!!
Ontem o verão se despediu e hoje o outono se pronunciou com toda sua beleza gratuitamente.
Feliz Outono!
•Textos. Nada mais que, textos.
N°02
(Primavera no Outono)
Estação sem com
deserto está, teu coração
de certo és, jardim sem flor!
Suave tristeza, tímido sorriso,
sutil flui ternura, terreno fértil sou, (!)
sussurra em gritos, germina em me, (!)
me traz amor, amor torna-me;
Jardim com Flor! ...''pássaro canta''
Remexida ficou, foi semeada;
Brotar fez, feliz alvoroçar;
Estação da Cor! ...''tarde perfumada''
Da alma exalar, essência natural;
Corporal extasiar, espírito vital;
A luz resplandecer, o irradiar;
Ao se preencher, ao se compartilhar;
Benção dos céus
no deserto, chove
oásis, teu coração!
Sei como continuar...
Entre cores que se misturam
E sensações que afloram
O outono tece o meu caminho.
Sigo-o ciente do retorno.
Ela na Primavera, ele no outono
Estão com os fusos trocados
Ela com calor ascendente
Ele com dias gelados
Mas se a situação se inverte
A coisa fica trocada
Ele só quer mergulhar
Enquanto ela…! Nada!!
Um amor...
Um amor que chegou como ventania de outono, nada espalhou mas juntou tudo dentro de mim, até as cinzas das antigas ilusões, este amor as soprou e no palco do meu coração as fez dançar.
Um amor que chegou em noite de primavera em um estender de mão, derrubou as portas da minha desabitada morada, dobradiças e fechaduras em ferrugem tiniram ao chão. Quem ousaria entrar neste coração em ruínas?
Coração adormecido despertou, viu entrar pelas portas e janelas o clarão de um luar sem reserva, estrelas de prata se davam em bandeja a outro céu. Era você, era o amor.
Hoje o coração arredio baila, vendo as ruínas levantadas, as veses chora sem consolo vendo o amor em ventania ensaiando suas asas para voar.
FIQUE! Mas por favor, só fique se ficar por inteiro.
Que nesta ultima noite
de Outono, Deus te guarde.
Que ele te proteja de todo mal.
Que leve embora as incertezas
e fortaleça a sua fé.
Que te faça descansar
com esperança para a próxima estação
que vai chegar.
Cobrindo todo o teu corpo frio, no meu
Flores da minha agonia, do meu desejo
Outono, primavera, verão, inverno em ti.
♫•*•*✿♫•*•*✿♫•*•*✿
SE NÃO FOSSES TU,
dentro de mim
arvoredo de fé não florescia
no primeiro outono
minha flor de esperança murcharia
tão fraca e triste eu seria.
Se não fosses Tu,
raízes destampadas eu teria
e no primeiro sopro do dia mau
cairia,
sem ter a que me segurar
sem forças pra lutar.
Se não fosses Tu,
viria temporal e destruição
e de minha história
não haveria continuação
se somente em Ti, Deus
vem a minha redenção
e só em Ti está
tão bonita confirmação.
sou jardim de Teu amor,
formada exclusivamente
para colorir, perfumar,
em cada pétala, graças dar
ao meu Criador.
ai de mim se não fosses Tu,
Jardineiro e Consumador.
pois que hoje,
jardim florido sou,
pra versejar àquele
que por amar se entregou.
eu sou,
somente para Ti, meu Pai,
a fim de louvor Te dar,
pois Tu és meu
e eu Te sou.
— De verso e alma, para Ele.
Assim como é preciso deixar
as folhas caírem no outono,
pars que novos bbrotos ressurjam,
nas próximas estações,
também o nosso coração
precias estar liberto
de velhos preconceitos,
rancores e desavenças,
par que possamos nos tornar
pessoas mais felizes e abertas
a novos sonhos e ideais...
mel - ((*_*))
Seja bem-vindo Outono!
E as folhas de Outono, espalham-se pelo
chão, num doce abandono...Dando Adeus
aos sonhos de Verão.
Bem-Vindo, Outono!
Legítima Estação dialética
que teu verde teimoso das folhas que ficam
e teu amarelo caduco das folhas que partem
recebam o plantio de rosa que chega
e a luta do vermelho que brota
O outono cobre o jardim com seu manto de solidão,
e expressões tristes se formam nas faces dos que acreditavam.
Com um olhar estático, encaram as folhas perdidas no chão,
notando que também perderam o que mais amavam.
A constante cromática germina no céu dos personagens,
que deleitam-se em guerras, e sofrem na paz,
contemplando sua velha e falsa salvação,
enquanto conservam o ciclo do quadro em transformação.
O inconstante procura seu ninho acromático,
onde os anjos entregam-se a pecados angustiantes.
Pinta o amor com sua paleta gradiente em vermelho,
cujos tons há muito tempo deixaram de ser vibrantes.
Marcados por pincéis finos que deixam rastros,
as obras moldam-se ao meu bel-prazer.
Satisfazendo-se com a opressão iminente,
pois aos seus pintores devem obedecer.