Poema de Outono
Outono
Sol acorda cedo
Orvalho fresco sobre a grama
No cantar dos passarinhos
Chimarrão e um programa
O verde predominando
O colorido se escondendo
Não esquece do casaco
É o outono florescendo
A folha cai no chão
Céu azul toma forma
É a positiva vibração
A natureza se transforma
A noite se adianta
Céu aberto, lua cheia
Brilho que nos encanta
Outono, singela brisa passageira
À tarde
O clima morno do Outono
as cores rosadas do entardecer
os vizinhos brincando com as crianças
Tudo me faz lembrar
lembrar das brincadeiras da infância
das pessoas que não estão mais aqui
Amanhã tem outra tarde
para me fazer lembrar
me fazer triste e feliz
Por ti rasgo as madrugadas
Frias na fogueira do Outono
Abraço o sabor do Inverno
Entre o sonho na cama ao teu lado.
Esperança.
Farei com que os sonhos antigos caiam como as folhas no outono, e assim vou guardar toda minha ceifa para a primavera,
E logo na entrada da estação estarei esperando como uma criança espera seu pai a porta, com Fé que tudo se renasça e se destaque como um jasmim.
Gritarei aos quatro ventos gritos de espanto , e farei com que levem minha voz aos ribeiros mais distantes e me tragam água cristalina.
Chamarei por chuva para que molhem as colunas do meu coração, e penetrem sobre suas paredes e façam-me sentir sua umidade e o cheiro de terra molhada, e que eu escute o som suave e angelical de suas portas se abrirem.
A noite contemplarei as estrelas e o luar e contarei minhas agonias e eles me entenderão,
E me dirão: seja paciente pois logo o sol cortará o horizonte e fará com que tudo se renove.
À tarde me sentarei à beira do mar para admirar o limite das ondas,
elas me encherão de compreensão,
direi aos esquecidos meu nome, e eles se alegrarão ao lembrar de mim,
Pois saberei eu, que posso sempre continuar persistindo.
É OUTONO
É outono, as árvores serão despidas,
folhas ressequidas cobrirão o chão,
na mutação natural da vida...
Ao relento a nudez da vegetação.
A paisagem nos parece agredida
pelo sopro dos ventos da estação.
O velho cede ao novo o seu lugar,
É outono, o tempo para renovar.
Outono.
.
Graças a Deus
renovados.
Renove comigo também
meu amor.
Friozinho chegando.
Vamos dormir agarradinhos
debaixo do mesmo cobertor.
__Sophia Vargas ♥
03/01/2010
O MEU OUTONO
Chegou o Outono, há folhas a voar ao vento sem destino
são castanhas e amarelas douradas.
O sol escondeu-se, foi dormir
o tempo arrefeceu e a chuva vai cair.
Também em mim o Outono chegou de repente
Sonhos caíram no chão empurrados pelo tempo.
Momentos vividos contigo, com alegria, sorridente.
Molhei meu corpo de lágrimas e delas nasceram novas folhas
folhas verdes, flores lindas, todas elas bem coloridas.
Renasci para a vida! Teria amado tanto ser a tua preferida!
Ainda é abril. Nenhuma folha tombou neste outono. Ainda. Já passamos longe daquele ano dois mil. E há tanto cansaço nos espíritos sensatos.
Devíamos ter avançado?
Mais uma vez teve arma química. E na rua, briga. Gente unida pelo egoísmo. Egoísmo coletivo. Dos meus companheiros contra os teus.
Não devíamos ter avançado?
Ainda é abril. Há sangue ofertado, escorrido aos pés dos ídolos. É abril. Nenhuma folha tombou, ainda. Os ídolos, agora, são todos feitos do metal mais vil. Todos!
Mas não devíamos ter avançado?
Ainda é abril. E não tombou nenhum espírito cansado. A sensatez lhes pesa nos ombros. Todos! Pesa, justamente ela, a lucidez que nos traz esperança. Ainda.
Os poemas são como folha caindo em cada outono .
São pequenos pássaros cantando .
Ou um arco-íris após a chuva cessar .
E um querer sem saber o porque .
São desejos insanos pela a bela mulher.
Que em seu pensamento faz morada .
Outono da vida
Outono de uma vida, quase a um
passo do inverno.
A todo instante apego-me a
primavera vivida.
Após um verão ditoso,resta um
outono cinzento, que caminha a
passos morosos e certos, para o
fim de uma fase, de um tempo.
Também no amor se tem aquele que
viveu o outono e sem tréguas, procura
uma primavera linda, em flor.
Só que no amor existe um tempo curto
e ágil, tornando o outono da vida,
mais triste, mais lento, mais frágil.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
Armadilhas do amor...
Naquela tarde de outono
Sua decepção se socorreu em mim
Vieste decidida, em lágrimas e coragem
Num férreo desejo de necessitada acolhida
Seu corpo inquieto, alma e sentimento feridos
Buscavam bem mais que um abraço
Sofrias a dor da traição, da decepção
Imposta por aquele a quem se rendeste
Mais que isso, confiaste sua rica pureza
Cega, no acreditar de reciprocidades
De entrega de dedicação, paga com traições
Lembro de seu choro desiludido
Sua voz embargada, confusa
Olhar sem horizontes, sem esperanças
Bastou uma atenta escuta, doada atenção
Um carinho fora de hora, um beijo roubado
E uma nova esperança nascia ali
Sem enganos, sem trapaças... sorte sonhada
Num repente, o amor ferido sofrido e carente
Em meio a um querer acontecido, acolheu sincero
A surpresa gêmea de nos aceitar em sentimento
“SIM 🌹
O Verão esconde-se
Pois o Outono chegou
Antes que o Inverno nos gele
Nos novelos da cómoda guardada
Entre o rosto quente ao sol
Admira as aves que migram
Aproveita que a vida é bela
Antes que o futuro venha
Congela o lugar da beleza
Num futuro que se torna geada
Estações que são belas na Primavera.”
🌹
E lá vem ele com seu guarda-chuvas encantado de sonhos
com folhas penduradas de outono
em sua maleta ele traz poesia
as mais lindas reflexões
que faz bem aos corações
Eu me pergunto:
de onde veio este homem tão alto?
Que traz consigo um sorriso tão belo
e eu com meu coração de criança
fico encantada com tanta elegância
Para onde está indo
com seu terno tão bonito?
Não me digas que veio aqui só para me encontrar
e contar as suas histórias...
adoraria compartilhar suas memórias
Confesso que sou uma boa ouvinte!
Mas eu tão pequena diante de um gigante
me faz pensar que sou gente grande
e fico a imaginar
as histórias que tem para contar
06/01/2019
A vida é como o tempo que passa e muda de estação, tem hora que é inverno, outono, primavera, verão. As vezes uma estação demora pra ir embora, o relógio dá um nó, parece que enrola, e a gente tem que aceitar porque as estações não tem como controlar. A vida é assim, tem coisas que não dependem só da gente, tem coisas que você não quer que aconteçam, e por mais que você evite elas chegam.
Tem estação que você não quer que nunca mude, as portas se abrem, as oportunidades vem e até no chão você acha uma nota de cem. É bom demais uma estação assim, o sorriso fica estampado na cara como uma coisa sem fim.
Mas nem toda estação é igual, tem hora que ela traz o bem e tem hora que ela traz o mal. Se fosse tudo sempre assim muito bom não era vida, era ilusão, sonho ou alucinação, e tudo não passaria de uma mera imaginação. Porque a vida tem seus altos e baixos, uma hora você esta de chinelo e outras tá descalço, uma coisa aparece e depois some, tem vez que o objetivo você não alcança, porque de tanto tentar você cansa.
Mas em um momento a gente descobre que na vida as vitórias e as derrotas não inevitáveis, e que o importante é viver com a cabeça erguida e com coragem, que não devemos frear quando temos que acelerar, ou parar quando temos que andar. E o mais bonito é ir em frente, aprender com os erros e fazer diferente.
E quando tudo ficar mais difícil, quando você pensar que a escuridão é o melhor lugar, que é lá que você deve ficar, olhe pra frente e diga pra você mesmo: posso ter minhas fraquezas, desilusões e limitações, mas o Deus que eu sirvo é quem quebra todos os grilhões, é ele quem faz quando eu não posso, quem me acalma quando eu quase tenho um troço, quem me defende quando o gigante ta na minha frente, e faz da tempestade uma calmaria, tudo diferente.
PORTA À DENTRO
Ela veio...
Idem a brisa de outono.
Caminhando...
Como se numa passarela estivesse.
Uma leveza...
Indescritível.
Em minha porta chegaste.
Trazendo consigo, sua bagagem:
Um sorriso persuasivo.
Teu olhar denunciava
Que vieste para ficar.
Suas bagagens não eram apenas uma deveras mala.
Era, na verdade,
O sentimento que tinhas a me ofertar.
Adentrou tão rápido como um eclipse solar
Que em apenas um piscar
Tudo viria a desmoronar.
Memórias do Espelho
Naquela tarde ensolarada de outono, onde o verão ainda imperava, ela olhou-se no espelho, entretanto, não conseguiu ver-se. Ao contraio do que acontecia fora das muralhas do seu quarto, ali, em frente ao espelho havia tanto frio, tudo era cinza, chuvoso...
Sentiu vontade de gritar, percebeu que sua voz nãos seria ouvida...
Havia nela tanta culpa por senti-se assim, ela não tinha nenhuma doença física, deformidade, a vida lhe dera oportunidades, não era ignorante em muitos sentidos, e no entanto, havia em si tanta dor, tanta certeza do incerto.
Nesse momento, eu, o espelho, olhei para ela, seus olhos verdes ardiam em meio as lágrimas, dando-lhe nuances azuladas e turvando-lhe a imagem.
_ As lágrimas lhe caem bem _ sua voz interior ecoou como uma sentença fazendo seu coração quase parar por um segundo. Sim, ela parou de respirar por um instante, quase senti sua dor, as horas implacáveis seguiram em um tique-taque frenético movido pelo tempo, mas nada aconteceu, nada mudou dentro daquela menina. Então, ela vestiu-se de solidão, blindou-se de desesperança, sepultou qualquer réstia de sonho e adormeceu para a vida.
Dormiria ela todos os dias que restassem dentro da sua rotina viciante do dia-dia. Sabia que nunca mais iria despertar então, aceitou o sono e esperou que uma nova vida chegasse.
primavera para uns
outono para outros
pobreza (material) para muitos
riqueza (espiritual) para poucos
(in)sanidade para alguns
amorosidade para todos
à merda eu mando muitos
e foda-se eu falo para outros
(im)perfeição para uns e outros
a morte para nenhuns
a vida para os loucos!!!