Poema de Outono
Pôr do sol, sol-pôr, anoitecer, entardecer, ocaso
No verão é sincero
No outono é preguiçoso
No inverno é passageiro
Na primavera é copioso
Delicado ou disparado seu retorno é fogoso
Meu amor seco ficou
desde que tua vida
da minha se separou.
Tu és o outono
da minha primavera.
Sem ti não mais
vou florescer!
Outono
Sol acorda cedo
Orvalho fresco sobre a grama
No cantar dos passarinhos
Chimarrão e um programa
O verde predominando
O colorido se escondendo
Não esquece do casaco
É o outono florescendo
A folha cai no chão
Céu azul toma forma
É a positiva vibração
A natureza se transforma
A noite se adianta
Céu aberto, lua cheia
Brilho que nos encanta
Outono, singela brisa passageira
À tarde
O clima morno do Outono
as cores rosadas do entardecer
os vizinhos brincando com as crianças
Tudo me faz lembrar
lembrar das brincadeiras da infância
das pessoas que não estão mais aqui
Amanhã tem outra tarde
para me fazer lembrar
me fazer triste e feliz
Por ti rasgo as madrugadas
Frias na fogueira do Outono
Abraço o sabor do Inverno
Entre o sonho na cama ao teu lado.
Esperança.
Farei com que os sonhos antigos caiam como as folhas no outono, e assim vou guardar toda minha ceifa para a primavera,
E logo na entrada da estação estarei esperando como uma criança espera seu pai a porta, com Fé que tudo se renasça e se destaque como um jasmim.
Gritarei aos quatro ventos gritos de espanto , e farei com que levem minha voz aos ribeiros mais distantes e me tragam água cristalina.
Chamarei por chuva para que molhem as colunas do meu coração, e penetrem sobre suas paredes e façam-me sentir sua umidade e o cheiro de terra molhada, e que eu escute o som suave e angelical de suas portas se abrirem.
A noite contemplarei as estrelas e o luar e contarei minhas agonias e eles me entenderão,
E me dirão: seja paciente pois logo o sol cortará o horizonte e fará com que tudo se renove.
À tarde me sentarei à beira do mar para admirar o limite das ondas,
elas me encherão de compreensão,
direi aos esquecidos meu nome, e eles se alegrarão ao lembrar de mim,
Pois saberei eu, que posso sempre continuar persistindo.
É OUTONO
É outono, as árvores serão despidas,
folhas ressequidas cobrirão o chão,
na mutação natural da vida...
Ao relento a nudez da vegetação.
A paisagem nos parece agredida
pelo sopro dos ventos da estação.
O velho cede ao novo o seu lugar,
É outono, o tempo para renovar.
Outono.
.
Graças a Deus
renovados.
Renove comigo também
meu amor.
Friozinho chegando.
Vamos dormir agarradinhos
debaixo do mesmo cobertor.
__Sophia Vargas ♥
03/01/2010
O MEU OUTONO
Chegou o Outono, há folhas a voar ao vento sem destino
são castanhas e amarelas douradas.
O sol escondeu-se, foi dormir
o tempo arrefeceu e a chuva vai cair.
Também em mim o Outono chegou de repente
Sonhos caíram no chão empurrados pelo tempo.
Momentos vividos contigo, com alegria, sorridente.
Molhei meu corpo de lágrimas e delas nasceram novas folhas
folhas verdes, flores lindas, todas elas bem coloridas.
Renasci para a vida! Teria amado tanto ser a tua preferida!
Estamos em pleno outono,
mas teu perfume, deveras,
me faz pensar que sou dono
de todas as primaveras!!
Vai Verão, vem Outono mais uma vez,
Outras nuvens, nova estação
No ar aquela esperança do talvez
No peito um aperto, uma certa emoção.
Céu encoberto, respingos de melancolia
Sons, imagens, tanta recordação
Há pouco euforia, agora calmaria
Na sintonia fina do coração.
Ligeira, vem e vai a tempestade,
Voltando o radiante sol a brilhar
Em instantes se esvai a efêmera felicidade
A saudade é eterna, veio para ficar.
Aquelas sementes em breve germinarão
Muitas perfumadas flores no jardim
Há de florescer nova paixão
Nessa busca sem fim.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Abril... que tem o outono como estação,
que refresca e esquenta o coração
As folhas caem
as esperanças renovam-se,
o brilho das manhãs é radiante
tornando o nosso despertar feliz e contagiante...
Nas tardes de outono
os pássaros estão sempre felizes
a brincar
e entre si a conversar,
sobre a energia luminosa
que está todos os dias
a nos guiar...
A beleza da vida
está na natureza
e no meio dela
há, também, as crianças
que nos dias de hoje
têm muita esperteza
e uma vivacidade imensa,
além de muita habilidade.
Com elas aprendemos
a ser melhores...
e com elas percebemos
a grandiosidade da vida.
Vamos abrir, então, a partir de agora,
o coração...
para uma bela renovação.
Que Deus guie teus passos
e dê a você e sua família
discernimento e sabedoria...
e derrame sobre vocês
uma intensa e maravilhosa
luz divina.
Nadando no ar
Voando na água
Caçando tesouros onde tudo é calma
Outono sereno
Entre risos e olhares
Vida que passa entre milhares e milhares
Mente lutando
Corpo enfraquecendo
Medo efêmero
Desejo passageiro
Buscando o que é puro
Em meio a tantos devaneios
Quase sempre me perco
Em concupiscências enxofrais
Persistência alcança
Quebra paradoxo
O Mal se acanha
Leva embora o opróbrio
A razão se constrange
Ao encontrar o inexplicável
O verbo se alegra diante de tamanha simplicidade
Desde o começo Ele tudo sabia
Sem verbo não há rima, nem poesia
Nele tudo se justifica
Traz sentido a vidas vazias
O que ficou foram as folhas
De um outono, a saudade do café
As marcas na árvore
Momentos que jamais serão replicados
Tão pouco deixados pra trás
Grossa e dura a casca guardará pra mim
Á lembrança de uma vida
Cada Folha em todo lugar
Uma estação
Venha outono
Seu lindo
Seja bem-vindo
Eu já te escuto
Te sinto
E te vejo chegar
Me faça perder minhas folhas
Me passe uma brisa refrescante
Me perfume com suas belas flores
Me faça entender os teus sinais!!!
IDENTIDADE
Sensação de outono.
Em que folhas soltas
ao vento se perdem leves,
em total desapego.
É quando me percebo
mais amiúde, transmutada.
Sempre em profusa doação,
me acompanho: adubo da terra,
úmido limbo, absorvido
pelas pedras, sal e lama.
Entregue às estações,
desprendida, aceito o ciclo
da regeneração.
Tudo sentindo, fundo.
E ao sentir, espalho palavras,
assim como as folhas ao vento.
Renovo-me.
Assim sou parte.
Nos Teus Olhos
Nos teus olhos não há inverno
ou outono
ou tom
que não tenha prazer
e lágrimas de morrer
por um anseio secreto
Nos teus olhos é sempre primavera
e há sempre uma vela
acesa
com o desejo à mesa
servido antes do café
com toda a fé
ardente
no que não se entende
Nos teus olhos existem caminhos sem volta
há abismos e precipícios
profundos
de dois mundos
que buscam se encontrar
há minha sede de amar
e teu vício de estar
Outono
A névoa paira sobre os morros
O verde se funde ao cinza, nuanças
gradativas, nada linear...
As mãos e a boca quente
contrastam com o rosto que padece com a brisa gélida...
O coração se aquece com as lembranças dos beijos cálidos dela...
Na mão, meia taça do seu merlot favorito,
Nos pensamentos, o predomínio daqueles olhos castanhos, doces...
Pela janela observa os plátanos com suas folhas já amareladas, outras secas avermelhas se desprendem e caem lentamente, dançam num zigue-zague suave até o chão molhado...
O ritual é uma despedida, o último espetáculo, o agradecimento pela companhia...
Entre um gole e outro de vinho, o consolo, após o inverno rigoroso virá a primavera, e tudo voltará a florir...
Ao fim do outono as árvores estavam despidas.
O solo, encoberto pelas folhas denotava a estação.
O insípido destino me trouxera aquele largo sorriso,
dentes brancos que revelavam calmaria,
um olhar expressivo que suspendia a respiração.
Ele mergulhava nas incertezas do desconhecido,
e eu... eu o observava transfigurar meu coração.