Poema de Mario Quintana a Pessoa Errada

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Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Despendo mais energia numa discussão com a minha mulher, do que em cinco conferências de imprensa.

Os lugares de chefia fazem maiores os grandes homens, e mais pequenos os homens pequenos.

Apenas um homem de gênio ou um intriguista se atrevem a dizer: «Fiz mal». O interesse e o talento são os únicos conselheiros conscienciosos e lúcidos.

Há males na vida humana que são preservados de outros maiores, e muitas vezes ocasionam bens incalculáveis.

A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.

Os que têm tentado reformar os costumes do mundo, no meu tempo, com opiniões novas, reformam os vícios da aparência; quanto aos da essência, deixam-nos intactos, quando não os aumentam.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

O avarento mais preferiria que o sol fosse de ouro para o cunhar, do que ter luz para ver e viver.

Embora possamos ser sábios do saber alheio, sensatos só poderíamos sê-lo graças à nossa própria sensatez.

Desejamos fazer toda a felicidade, ou, não sendo isso possível, toda a infelicidade daqueles a quem amamos.

O deleite imaginado é muito maior que o gozado, embora nos verdadeiros gostos deva ser o contrário.

Num Estado, isto é, numa sociedade onde há leis, a liberdade só pode consistir em poder fazer-se o que se deve querer e em não estar obrigado a fazer o que não se deve querer.

A estirpe herda-se e a virtude conquista-se; e a virtude vale por si só o que a estirpe não vale.

É mais fácil cumprir certos deveres, que buscar razões para justificar-nos de o não ter feito.

A ignorância dócil é desculpável, a presumida e refratária é desprezível e intolerável.

A tortura é uma invenção maravilhosa e absolutamente segura para causar a perda de um inocente.

Frequentemente tive a ocasião de observar que quando a beneficência não prejudica o benfeitor, mata o beneficiado.

O apetite do privilégio e o gosto da igualdade, eis as paixões dominantes e contraditórias dos franceses em todas as épocas.

Para não corar diante da sua vítima, o homem, que começou por feri-la, mata-a.