Poema de Mãos
Dança
A Tua saia ao dançares suspende, e
a cada volta que dás, um pedaço dás
tuas coxas ficam a mostra.
Eu só imagino, o que acontecerá se
a esta saia rodares bem até onde
subirá ?
Os teus seios saem do teu vestido.
E para fora ficam.
Daria tudo para ser o teu par.
Seguraria-te firme, nem um pedaço do
Ieu corpo iria aparecer.
Esse teu corpo quente, suado e cansado
pela dança, teria nos meus braços o
descanso, e nas minhas mãos o carinho
ao acarinha-lo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Santo
Seus passos eram lindos, por entre a multidão,
seus olhos brilhavam de fogo e luz, e mansidão,
Sua voz era amiga, nas palavras que dizia a todos.
Aos outros só abençoava, e curava a todos.
Chorou por Lázaro e por outros como humano,
por onde ia só fazia o bem, por ser só amor.
Cansou-se como os homens e teve dor,
sofreu perseguição com ódio tamanho,
Foi zombado como um enganador e maltratado.
Lhe disseram: Tens demónio tu és maldade.
Mas ele não teve nenhum do homem engano.
Estas mãos santas que só o bem fizeram
cravejadas numa cruz elas, por nós foram.
Morreu e ressuscitou. Mas é Santo! Santo!
Minúcias
Analisando o teu rosto, vou
notando detalhes que até então
não havia visto.
Olho os teus lábios e os vejo
mexer bem devagar, são pequenos
e tentadores.
O narizinho jeitoso, dá vontade
de o beijar.
Os olhos são alegres, mas algo
parecem ocultar.
O formato do rosto, minha memória
absorveu e guardou.
Cabelos nada irei sobre eles falar,
os tenho em minhas mãos e adoro os
lábios neles encostar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. R/J
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
TRADUÇÃO
"...Teu afeto agregou-se.
Extingui superfícies.
Ancorei-me de cumplicidades.
Mudei-me.
Aprendi a ver com as mãos,
E a tocar com os olhos..."
Um dia...
Amanhã...
Quem sabe eu...
Ou a Mãe Natureza...
Me traga mais sonhos....
E quero que seja...
Cada vez mais loucos....
Não quero sonhos comum...
Quero ir ao além....
Sentir aquilo que ainda não senti...
Viver aquilo que ainda não vivi....
Mas....
Pela força do vento....
Isso...
Ah de vir...
E entre meus sonhos...
Terei eu...
Qualquer opção.....
E disso...
Eu não posso fugir...
Pois covarde seria eu...
Desistir de tudo...
E Na pior das hipoteses...
Caso isso aconteça...
Seria mesma coisa...
Que sabotar minha alma...
E o meu coração.....
Autor:José Ricardo
De mãos dadas com Jesus !!
Quando o ser humano compreende , sente as manifestações de Deus , tudo se expande , se transforma.
A dor, a magoa, a falta de perdão , não criam morada na alma , no coração.
Quem tem este entendimento caminha junto a gratidão , é consciliador, e leva o evangelho nas mãos todo minuto através dos gestos mais simples.
Sabe que é de mãos dadas com Jesus, que jorra o entendimento , o amor , a paz, a sabedoria e mansidão, e que conseguimos transformar qualquer mal em bem, estamos sempre protegidos e amparados..!!
Simone Vercosa.
OUSADIA
No meu intimo, uma desnecessidade se aguça.
Creio descomplexa, de não ter nada a desdizer.
Já me levo inteiro de indagações a juntar atalhos,
De quem bem sabe o quanto custa o desviver.
Mas não existo o bastante para deixar de aspirar.
Espio manhãs. Não graduo conjuras.
Apraz-me compreender que uma reta contém variáveis.
Meus poros se aguçam de humana estatura.
Minhas inquietações desfiam-se visíveis.
Confesso-me indisciplinado com as formalidades do risco.
Em quase tudo me arde, o que suponho merecer.
E se não o sentir, não me impele o florescer.
Tenho dificuldades com prognósticos do viver pré-definido.
Não uso decifrador de tempo, para embeber-me do instante.
Declaro-me avesso em não desfrutar o que o momento instaura.
E quando me chega, pousa em minhas mãos, como se vindo da alma.
Carlos Daniel Dojja
Ela tá bem, tá em paz...
Seguindo firme
de mãos dadas com Deus
e essa Fé inabalável
de que tempos bonitos
estão por vir !
"Com os ramos de arruda nas mãos e as orações invocando a Santíssima trindade (Pai, filho e espírito santo), a fé me conduziu na realização do benzimento"
Toinha Vicentina (1911-1998)
Escritora Markenciana
Quando erguia os braços me pedia "bólo"
Te carregava no colo e te dava carinho
Era meu, bebê...
Quando segurava os chinelos entre os dedos
Com força para não sair dos pés
E não deixava colocar a correia
Era o menino querendo crescer
De opinião forte e decidido...
Minhas mãos já não te alcançam mais...
Seus pés... Andam por caminhos diferentes
Dos meus...
Aguardo num canto guardado pelo dia em que quererá meu colo e me pedirá carinho
Te amo, filho.
Poema QUINTANARES
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei,
Que há até uma encantada,
Que nem em sonhos, sonhei.
Mas se a mim me permitir,
A vida em redemoinho,
Quero me ir levemente sorrindo,
Como se vão aquelas folhas outonais,
Que varrem as ruas centrais da cidade que habito.
E se não for por ventura,
Que o coração se reparta,
Quero que arda em fogo árduo,
A pungente alegria, daqueles que se embriagam,
Simplesmente enamorados na claraboia da lua.
Há tanta coisa escondida, nestas ruas que andarei,
Até mesmo a própria vida, feita uma canção atrevida,
Que quiçá, talvez um dia,
Com as próprias mãos tocarei.
Carlos Daniel Dojja
Em Homenagem a Mário Quintana
LUZ DAS ESTRELAS
Certa feita estive numa aldeia.
Lá me deparei com uma menina,
Sua fome me olhava atentamente.
Tinha o nome de luz das estrelas.
Seu pai não se sabia e sua mãe não vinha.
Perguntei-lhe se sonhava. Disse-me que não.
Mas que quando deixasse de ser miúda,
iria ser médica para cuidar das pessoas e dos que vão nascer.
Você sabe o que é poesia?
Não, não a conheço, interpelou-me rapidamente.
Poesia é feita pra gente?
Passei a visitá-la.
Numa manhã que chovia, nova indagação.
Do que você gosta? Prontamente me disse:
Gosto de comida, de escola e de brincar de casinha quando faz frio.
E vou lhe confessar algo.
- Também brinco de agarrar nuvens com as mãos
Carlos Daniel Dojja
Para Luz das Estrelas, em Angola.
"...Poucas coisas me pertencem.
Os olhos que me deixaste na sombra.
Aquele beijo soprado no eclipse.
O dia em que te bordei em meu peito.
Poucas coisas me seguem.
A estrada em que teus pés me nasceram.
Tua voz chamando quando eu amanheço,
Com a memória acessa de tuas mãos..."
Carlos Daniel Dojja
In Fragmento Poema Inventário
Se acovarda
Se esconde
Desrespeita
Não aceita
Repulsa
Retruca
Se cala,
Ou fala.
Ignora
Comemora
a dor dos teus irmãos
Egoísta
Imprudente
Segue firme
Inconsequente
Não obedece
E se esquece
Consciência
não se limpa
Apenas
lavando as mãos
Deus presente
Tudo está ao nosso alcance, até o vazio da escuridão...E sabemos que também ali, bem no escurinho... Deus nós revela a sua grandeza e nos concede a real felicidade.
Tem um tempo que te olho
Já tem um bom tempo
E te olho
Não me canso
Não me deixo cansar
O meu olhar encontrar o seu olhar
Os seus doces lábios desejar
Tem um tempo
Já tem um bom tempo
Que meu coração é seu
E meu corpo deseja o seu
Eu não me canso
Não me deixo cansar
Deixar minhas mãos no seu corpo
Suavizar
Deslizar
Ah doce Anjo
Se pudesse enxergar
Com os meus olhos
Toda essa paixão que não se cansa
Ela não para
Talvez ela pode nunca cessar
não LAVE AS MÃOS
Há pouco tempo, eu diria
Dei mais peso a uma palavra.
Me cutucava todo dia
Em toda parte a encontrava.
Fui obrigada assim
A refletir mais profundo,
Porque aprender não tem fim
Então passei a olhar pra mim
E não para todo mundo.
Que palavra é essa
Que hoje muito interessa
Àquele que não foge
De crescer, evoluir?
RESPONSABILIDADE!
Palavra grande e de peso
Dela não se sai ileso.
Todos têm o rabo preso.
Não adianta querer fugir.
Nem adianta lavar as mãos.
O tempo todo, todo tempo.
Somos todos vilãos
Tudo é muito nojento.
Então trago pra mim
O que é meu dever,
Onde está meu poder,
O que devo fazer
Com todo meu talento.
E assim vou Abraçando
Tudo aquilo que me cabe
Por onde eu for andando
Antes que tudo desabe:
Ser feliz por mim mesma,
Cuidar do meu coração,
Estar disponível a um irmão,
Andar, criando união
Antes que o mundo acabe.
Mirian Rebeca Lalli
(depois que cansei de lavar as mãos)
Mãos.
Aos olhos de alguns são apenas mãos,
Desembaraço para ver,
Vejo um pouco mais,
Mãos!
Mãos que movem os dedos,
Dedos que apertam as mãos,
Mãos que curam os enfermos,
Mãos que planta o trigo e faz o pão,
Mas que movem a terra,
Mãos que cavam cavernas,
Mãos que afagam,
Mãos que amarram e desembaraçam,
Mãos que molda os vasos,
Mãos que semeiam,
Mãos que colhem o mel,
Mãos que moem o café,
Mãos que fazem cafuné,
Mãos que coçam os pés,
Mãos que temperam,
Mãos que comem o que fazem,
Oh Santidade superior,
O que seria de nós se não fosse nossas mãos?
O que ?
Procuro compreender mais prefiro não entender,
Uma ciência,
Está nas mãos de uma excelência,
Deus,
Perfeito,
Majestoso,
Glorioso,
Puro amor....
Obrigado oh Deus,
Obrigado.
Obrigado por cada órgão em meu corpo,
Pelo tato ,pelo olfato pela audição,
Pelo paladar,
Por tudo e sem nada deixar,
Exatamente como quiseste que fossemos,
Assim somos nós.
Engenharia e arquitetura,
Dono da vida e dono do mundo,
Mais uma vez oh Grande e PODEROSO DEUS,
OBRIGADO.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
A justiça, rica em falhas,
corrompida por esquemas,
enche de glória e medalhas
mãos que merecem algemas!