Poema de Mãos
O amor verdadeiro nunca poderia ser substituído por coisas materiais.
Toda prata e ouro vieram da terra, pelas mãos de alguém.
Já o amor te acompanhará de mãos dadas até a hora de você descer a ela!
O silêncio
Dos gritos ao peito negado
e a boca que as mãos cega
dos beijos que nunca mais beijaram os lábios
em tão arbitrária censura padece.
Monossilábicas falas se apresentam
desaparecem das frases os verbos
subitamente silenciadas, somem também as palavras
logo desistem de compor tão pobre repertório.
E as palavras antes tão docemente pronunciadas
ao serem censurados por seu algoz censor
para todo o sempre cessam.
Murcham o peito sem os gritos
murcham os lábios sem os beijos
e as mãos murcham em cólera.
TUAS MÃOS
Tuas mãos lavam pratos,
Torcem panos, limpam o chão.
Estendem e passam roupas;
Escovam chinelos, sandálias, sapatos;
Arrumam canos, tiram o pó.
Mexem panelas, temperam comidas,
Batem bolo, amassam pão.
Preparam almoço e jantar.
Cavam a terra, regam plantas!
Cansadas, abrem livros, viram páginas.
Tentam se distrair...
Tocam o corpo no banho,
Em exame de rotina.
Diante do espelho,
Ajeitam o cabelo, passam batom.
Pousam na testa do filho,
Tirando a febre.
Excitam o parceiro que pede afago.
Sem joias e adereços,
Bem alto, sobre a cabeça,
Seguram as velas na procissão.
Juntam-se e elevam em oração.
Tuas mãos humildes e humanas,
Macias ou calejadas,
São a tua salvação.
Livro da Vida - 26-02-14
A página tão esperada
A página mais bem escrita
O Português correto, tão certo
A acertar nossas vidas, pontualmente
Em frases tão bem desenvolvidas
Assim como esse nosso tenro amor
A delinear e delimitar nossas novas vidas
A serem escritas e duas mãos, vividas
A partir de agora, por toda a vida
Num livro abençoado pelo melhor escritor
O Criador.
Lembranças
Quando me vi folha
Fui levado pelo vento
Para os braços
De um novo amor.
Mas...
Quando me senti pedra
Eu fui deixado de lado
Pelas mãos
De um velho amor.
Eu queria muito mais e ir mais adiante
Tropecei
Caí várias vezes
Mas mesmo aqui, de joelhos
Sou fiel
As minhas intenções
E a tudo que tenho
E carrego
Desde o âmago
Sofrendo as linhas duras
Do destino, das escolhas
Jamais fechei os olhos
Somente para te ver
E em cada raiar de um novo dia
Meu sorriso percorre o tempo
E traz a brisa de seu aroma
De seus sentidos
Caminhando,
entre pedras, entre flores
Sou mais feliz
E posso mais
Em você e em mim
Cada noite
Cada lua
E para cada sol
Que há de iluminar meus sempre novos
Horizontes
E posso ainda alcançar sua mão
Vem comigo?
Me ame
Me ame como você quiser
De qualquer maneira
Em qualquer lugar
Mas me ame sempre que puder.
Dê-me seu carinho com suas mãos delicadas
Envolva-me nos seus braços fortes e aconchegantes
Com calma e sem pressa de ir embora
Apenas esqueça-se das horas
Olhe-me nos olhos com ternura
Ame-me profundamente e sem pudor
Quero me perder na aurora
Sem me importar com nada
Ame-me na calada da noite
No breu da madrugada ou no sol escaldante
Ame-me do jeito que for
Calado ou dizendo tudo
Mas me ame de verdade.
Varanda
Na varanda sobre a rede verde oliva
Descansa o corpo cansado do homem
Que sobre ela observa o céu nublado
Do mês de janeiro tão esperado
Na boca o doce refrescante sabor
De morango derrete ligeiramente
Sobre o vento que bate sem nenhum pudor
Deixando sobre as mãos apenas o vazio.
Ritmo
Ao dançar no ritmo da chuva
As gotas percorreram meu corpo
Deslizando como se fossem
Suas mãos a acariciar minha pele
Ritmando nas curvas adentro.
De braços abertos dancei...
Dancei, deixando que as carícias lavassem meu corpo...
Até que ela se acalmasse e fosse embora
Levando com ela um pedaço de mim.
Entre os olhos úmidos e saudosos,
Os dedos meus palpam o céu que me veste de espera em busca dos teus azuis.
Embora o meu desejo seja tamanho não te alcanço pelas frestas das estrelas.
Onde foi parar esse amor que me norteava os passos?
Ah! O céu não pertence a ninguém e está mais além,
mas será que posso manter um pouco dele em mim?
Talvez deste modo volva aos meus pés a luz, a força, o encanto vez ou outra.
Será que os meus pensamentos se entrelaçam nessa imensidão aos seus?
Não sei dizer, só sei que o meu sentir ressoa por essa vastidão estrelada.
Toma a minha mão, vem agora!
E se eu disser que tudo não passou de um erro,
que o fogo ainda queima dentro do meu coração,
você surgirá ao fundo?
Essa expectativa sem vestígios me faz vivenciar a solidão que me acerca.
Nunca vi a lua brilhar tão forte em noite alguma,
talvez porque antes você estava aqui e meus olhos eram somente seus.
Agora, restou essa constelação que me inquieta!
É nesse instante, amor, que a emoção fulgura imensa, diminui a distância
e arrebata as horas que vão passando...
Cadê a Alegria!
As mãos, não mais se beijam
Festas de largo não se festejam
Namoro escondido não mais existe
Está tudo muito árido oh mundo triste!
Ismael Santana Bastos 17/07/2014
Nestes olhos cor de tudo
me perco e fico sem nada
Teus traços são poesias
que me deixam embriagada
Teus lábios dizem tudo
mesmo quando não dizes nada
Tuas mãos percorrem meu corpo
que guarda a alma a ti já destinada
Ao andar de mãos dadas, você não somente transmite a mensagem de que não está sozinho(a), como ainda envia, sutilmente, fragmentos do seu estado de espírito. É como se ao ser observados andando juntinhos, entrelaçados pelos dedos (e almas), os olhos alheios percebessem que ali não vão duas pessoas, mas sim o resultado da união deles. Seria como uma transformação instantânea de "ele e ela", para "eles".
E isso acaba sendo um incentivo/exemplo do que outros podem querer para suas experiências, também.
Existe coisa mais bonita e motivadora, para jovens casais, do que ver um casal de idosos, andando, ainda que com dificuldades impostas pelo tempo, de mãos dadas e com um sorrir estampado no rosto? Aposto que sua resposta também é um sonoro "Não!".
Andar de mãos dadas, ao menos pra mim, é uma espécie de garantia de um porto seguro sempre ali, pra mim e pra ela, quando a gente vier a precisar. É deixar registrado que a gente até pode adiantar o passo ou retardá-lo, que ainda assim aquela pessoa que escolhemos para estar ao lado e ser nossa companhia, continuará perto o suficiente para que possamos nos sentir seguros o bastante para encarar qualquer obstáculo que possa surgir.
Simplesmente mãos
Mãos elevadas ao alto
Mãos que amparam...
Mãos que oram...
Mãos que cumprimentam...
Mãos que aplaudem...
Mãos que afagam...
Mãos que constroem...
Mãos que embelezam...
Mão que acariciam...
Mãos que tocam...
Mãos que escrevem tornando seres imortais,
Mãos que trabalham em busca de crescimento
Mãos que abençoam...
ABENÇOADAS SEJAM
AS MÃOS
As duas mãos
talhadas como irmãos,
entrelaçadas,
casadas,
unidas,
erguidas,
nas orações,
são, penso ao vê-las,
creio, ao erguê-las,
dois corações.
E no labor
lançadas,
acasaladas,
são o amor,
amor fecundo
e construtor
renovador
do Mundo!
Carrego Flores !
Nunca
ando com as
mãos vazias...
Nelas,
carrego flores.
Vai que dou de cara
com um amor!
E o que tenho
para oferecê-lo,
logo a princípio...
Senão um sorriso
e flores?
A poesia até tem asas e voa,
mas o poema, depende das mãos
de carne, ossos e tato,
para chegar à algum lugar!
O poema das Rugas
Que rugas são estas que o tempo me trouxe?
Que marcas são essas que o tempo não apaga?
Que medos são esses que o tempo não me faz esquecer?
Que sonhos sãos esses que não os ponho vida?
Que cara é essa, que não parece a minha?
Que mãos são essas que tremem?
Que pessoas são essas que já não conheço mais?
Que caminhos são esses que não me permitem ir?
Que pedras são essas que não servem para construir?
Que armadilhas são essas que não resolvi cair?
Nas mãos do presente me seguro
Vou apagando o passado
Escrevendo meu futuro .
Já tive muitos dias nublados
Capítulos da minha vida amargados
Com os pés machucados
Sonhos esquecidos
Olhos entristecidos ...
Mas o tempo me ensinou
A ser a Dona do meu destino
e próprio amor
Hoje apenas Vivo e Sigo ...
No livro da minha vida
tem poeira , rasgo , remendo , ferida ...
Em meio a tempestade
rabisquei in meu coração um novo sol com coragem .
Em meio a saudade
desenhei uma tatuagem de ave com sede de liberdade .
Em meio a solidão
fiz da minha dor meu porto seguro de despedida
e com força tateei no escuro a porta de saída .
Com a borracha da fé
apaguei de uma só vez a dor da partida
Fiz da minha lagrima
correnteza e um mar de fortaleza desmedida ...
Hoje o passado
ficou no canto da memória
Naquela estante distante , empoeirada
e já esquecida
Quando abro cada página da minha história
Leio que a tristeza e a saudade
anda agora nas mãos do outrora adormecida .
Tudo poderia ter sido diferente
você poderia estar aqui
poderia segurar em suas mãos
sentir a certeza que eu estava sendo
guardada, poderia dar um abraço e sentir a segurança de estar contigo
Eu poderia olhar para você e ver o meu reflexo!!
era a coisa mais simples mas era especial.