Poema de Mãos
No calor do amor,
as mãos do vento movem
fios invisíveis no ar,
que unem as ondas,
os cabelos e
os pensamentos.
Minhas mãos barcos sem velas,
em carinhosos desvelos,
navegam quais caravelas
na noite dos teus cabelos
Eis minha carta para o seu coração
Em papel claro, comecei a pensar
Pus minhas mãos sobre a folha, como forma de esquentar.
Sentei-me, e em frente à máquina, comecei.
Engraçado notar que, a cada letra apertada, o som ecoava.
E a cada ecoar, a folha era marcada.
Tinta, papel, mãos, pensamentos…
Pensamentos distantes trazidos à tona, formando letras e frases guardadas em mim.
Letras em forma de quebra cabeça, sendo montada parte a parte por sentimentos e afins.
No decorrer da escrita, evitava dar o espaço entre as palavras.
Até parecia loucura, mas os espaços lembravam a distância entre nós.
A forma das letras mostrou-me algo implícito!
Batendo vagarosamente dedo a dedo, pude
sentir nas bambas teclas solitárias, a junção de cada letra, e das letras foram formando palavras, e das palavras fui criando você em versos, que antes eram soltos, agora estão diante de meus olhos.
Escolhi a forma antiga de escrever
totalmente diferente dos dias atuais, onde necessita de coisas para nos ligar.
Fiz de meus sentimentos o ponto que liga nós dois
Sem vírus, sem medo, conexão única.
Assim que parei, peguei a folha em mãos, e com cuidado pude sentir que, na frente existe uma história completa, um conto,
cheio de altos e baixos, colorida, falante.
Com personagens que por vezes brincavam de serem felizes, outrora eram calados.
Mas na parte de trás da folha, escondido dos olhos, ficou o relevo de cada letra apertada, de cada história, sem tinta, sem cor.
Do personagem que ficou cego de amor
Uma história diferente, sem começo, nem meio e talvez com fim.
Mãos de tesoura
Amai o próximo. Uma importante mensagem repetidamente difundida na sociedade e ignorada veementemente por grande parte dos indivíduos.
Tal mote é encontrado em sagradas escrituras, em diversas obras literárias, nas mídias e até mesmo no clássico filme da década de 90, cujo personagem-título, Edward, possui mãos de tesoura.
Na película, assim como na vida, somos confrontados com a diversidade, personificada no protagonista. Ao encararmos a incompletude, a "aberração", a anormalidade, vemo-nos diante de um espelho e - infelizmente - poucos refletem sobre as diferenças individuais que fazem cada um ser único e ímpar ante seus semelhantes.
Também observamos que as reações são inconstantes e controversas acerca das diversidades: uns são receptivos, compreensivos e inclusivos; outros, arredios, hostis e promotores da exclusão.
Por séculos e milênios, vivenciamos as consequências de lidar consigo mesmo e com o outro, travando batalhas campais fomentadas por valores, crenças e egos. E, talvez, as guerras, de travesseiros ou bombas, sejam gestadas pela dificuldade em nos relacionarmos uns com os outros.
Destarte, os modos de conceber e vivenciar as relações interpessoais, intrínsecas à humanidade, têm suas dificuldades acentuadas pelo inevitável convívio com alguém que tenha lâminas no lugar das mãos e que, por isso, machuque quando tenciona acariciar.
Já sou assim -
Todo mal-passado
Bem marinado
Com mel e limão
Sem sangue nas mãos
Coração manchado
Saleiro vazio
- Pra quando você encontrar seu ídolo
Já ir sabendo
Que todo mundo é feito de carne e osso
Ou você se entrega as ilusões
Ou você vive uma realidade bem-passada e borrachuda
Vou ao quintal
ergo minhas mãos sereno e elétrico
Emano o que sou ao céu azul
e desejo:
Que reverbere a minha história ao universo
e além dele!
A minha história...
O meu canto;
o meu caminhar
e o meu sonho!
E mesmo que não tenha dado nada certo
eu segui em frente e pra cima
eu fiz o melhor de meu caminhar
e de meu cuidado ao mundo!
-Se dependesse de mim
este mundo estaria coberto de jardins!-
Eu levei a bandeira
d´Aquele que veio antes de mim
e que batizava com fogo
eu segui adiante
não envergonhei
a Confraria do Fogo
da qual pertenço!
Queria que meu cabelo tivesse enrolado em tuas mãos agora.
E que tua voz soasse tão baixo no meu ouvido como uma súplica.
Você sabe que eu pediria mais e mais de ti, acho que é um costume meu.
O mau hábito de imaginar teu corpo tão quente ao meu me faz tremer, mas ao mesmo tempo temer minha imaginação.
Não imaginava que te conhecer seria minha maior perdição.
Bom dia!
Deus, entrego a minha semana em Tuas mãos.
Com o coração grato e cheio de fé confio nos Teus planos.
Que meus caminhos prosperem, a felicidade me encontre e que o bem e o leve prevaleçam.
Senhor, me proteja, me guie e me fortaleça. E que em todos os dias me cubra com Tuas bênçãos e luz!
RAIVA
Meu corpo queimava
E minha alma gritava,
Minhas lágrimas caiam e
Minhas mãos tremiam
O ódio que queimou meu coração
É o mesmo que cegou minha visão
Cometi um erro onde não tem perdão
Todos se afastaram e eu me perdi...
Fiquei sozinho
Pela minha decisão
E cego pelo ódio
Que arrancou meu coração
- AVES PARADAS -
Aves paradas numa tarde que voa
oblíqua madrugada cheia de mãos vazias
silêncio que em meus lábios canta e ressoa
tudo fechado naquilo que dizias!
Tudo parado cheio de dor e espanto
a vida passando num dobrar de engano
na aridez do deserto, num mudo canto,
hora a hora, dia a dia, ano a ano!
E as forças de uma ausência revelada
geraram frutos para as mãos vazias
gemendo sob uma lágrima chorada ...
E a nós, desembarcados, nús ... maldizias:
não somos mais do que aves paradas
na tarde que passa voando de mãos vazias!
Um amigo perguntou?
Cadê as mãos que eram colocados nas luvas para carregar o carro de mão?
Troquei por caneta e papel para ajudar as outras pessoas a pensarem!
Entrelaça as suas mãos as minhas.
Sente o calor do meu corpo?
Sente o desejo através do meu olhar?
Que vontade de lhe amar…
Segurou a estrela em suas mãos
para iluminar seu coração.
Não há escuridão onde
o amor floresce, há brilho no olhar
para quem tem a coragem de ir até o céu para estrela alcançar.
Seja luz por onde passar.
Seja amor que transcende, enleve a paz.
Desperte do sono e vá viver teus sonhos
deixando o amor te guiar.
O amor é a razão, é a pergunta, é a resposta.
É bênção que seguramos com cuidado em nossas mãos.
E não deixamos escapar não.
O amor é presente que se guarda bem junto ao coração.
O amor quer caminhar junto.
De mãos dadas.
Quer ver o sol despontar
no horizonte, seguir a estrada.
O amor quer olhar nos olhos pra fazer rimar cada verso de ti, um sonho poético que despertou o amor em mim.O amor quer deitar sobre a grama,
e ver a imensidão do céu estrelado,deseja ser canção para embalar os sonhos de seu amado.
O amor quer repousar no coração onde Deus está, pois a paz reside onde Ele faz morada.
O amor quer caminhar junto.
De mãos dadas.
Quer ser o abraço que acolhe,
que se importe, que jamais te deixe em uma curva da estrada.
O amor quer amar, ser amado.
Deseja a cada amanhecer, colher flores junto á quem faz o seu sorriso resplandecer.
O amor deseja a simplicidade,cumplicidade.
O amor apenas quer ser de verdade.
Deseja reciprocidade.
O amor quer caminhar junto.
De mãos dadas.
Deseja a alegria que é viver junto á quem a faz floreSer, mesmo com tempestades.
Passam - se as estações,
multiplicam - se as constelações.
Mas o amor permance.
Como árvore que fincou raiz, no coração mais e mais floresce.
Pouse suas mãos
sobre mim e
despe - me devagar.
Quero sentir a tua pele
com a minha se arrepiar.
Quero o seu beijo quente,
que me entorpece, leva - me a delirar.
Despe - me devagar…
Até meu olhar com o teu se encontrar.
Seol de emoções
Em escritas de mãos
feita na fórmula da gaseificada,
côncios da faca da libertação.
sentimentos caem
na constelação
sentimentos são
gasto na parede
do meio do oceano;
vozes saem
do peito;
Em pequenos passos
e descansam no seol
E sol
Voa até as penas gastas!
Meu corpo
foi separado
em cada pedaço.
Nos túmulos memorias
não ouço
o pé do meu nome!
Já não sinto mas minhas
memorias
vivas !
O desejo prefere
não passar pelo purgatório!
as chuvas levam tudo
desse escritório
de dor.
Romântico eke Roma
segundo ela poeta falso
poeta já não morrem mas.
Ponte
Escorre tempo
Entre as mãos perenes
Insensatas
Rogadas
De quem nem lembra
De ti!
Escorre tempo
Sereno
Suave
Pequeno
Entre nuvens e dentes
Ranger de trovões
- Ai de mim!
Escorre tempo
Escorro eu
Em ti!