Poema de Juventude
[A Primavera das Rosas]
Aquelas que não se calam,
Aqueles que não consentem,
Pegam o microfone e falam,
Gritam tudo o que sentem!
Sentimos sede de justiça,
Queremos o pão da liberdade,
Basta de tanta injustiça,
Queremos a real igualdade!
Somos a juventude que se levanta,
Somos os jovens que não têm medo,
Somos uma juventude que canta:
“A vida vale mais que o dinheiro!”
É chegada a primavera das rosas,
O grande despertar da juventude.
Na luta vê-se caras novas.
Viva a nossa rebeldia! Viva a nossa inquietude!
e_Start (desvício)
Aí...depois de mais de três décadas olhando só para o chão
ele ergueu a cabeça e contemplou um mundo inteiro
bem na sua frente!
Ele não conseguia entender de onde havia surgido aquele mundo novo
e nem fez esforço para tal. Apenas calou-se.
E o que se sabe d'ele é que, depois daquele dia
nunca mais abaixou a cabeça! Nunca mais.
Ele até sabe que alguns o acharão arrogante, esnobe...etc.
Por estar sempre de cabeça erguida, de nariz em pé, em estado de contemplação...
Mas não se importa com isso!
De verdade, não se importa com isso.
Desde que possa continuar olhando para frente
desde que seu mundo seja sempre incrível como é agora
como fora, já na primeira vez que se mostrou a seus olhos
naquela tarde de domingo.
Se for assim, pra ele está tudo bem.
E se não for assim, não será de outro jeito, pelo menos para ele.
Amo-te ! Lisboa.
...das colinas de Lisboa
vejo a lua beijando o mar
O Tejo conta as lendas num silêncio
...um barco corre solto, a navegar
No cais um poeta, canta e chora um fado triste
com ciúmes da lua, se torna tão bravio o mar
... enquanto a brisa namora aquela princesa de rara beleza, no seu castelo de areia, a encantar...
Das colinas de Lisboa
Onde o sol se põe, me faz sonhar
uma gaivota paira num silêncio
num imenso firmamento a voar
Nos trilhos a vida passa sem sentir essa magia
enquanto toda uma cidade se prepara para sonhar...
ouvindo o sino das tuas rústicas catedrais
a entoar um canto, de amor e paz.
Amo-te! Lisboa.
Ai quem me dera, na primavera, poder te abraçar!
No Algarve dos sonhos, regar natureza
Nos campos do Alentejo, aventurar.
De aço, são meus amores
Açores, epopeias ! Vou contar para o mundo tua beleza
sem par.
Ao serrar das estrelas
a noite me trás os montes
no frio se aquece a Madeira, uma ilha no mar
Vejo alegre e cantante
O fadista de outrora, tão presente agora,
a te enamorar
Até o Porto eu navego
nas tuas caravelas, que fizeram a história
e novos mundos brotar
Tua juventude renasce, minha querida Lisboa
a cruzar novos mares, a novos rumos tomar
... sem caravelas ! pois hoje, já é nova era
e o futuro de espera numa nave estelar
E o meu coração, continua sendo um Tejo
a desaguar nas estrelas, por entre serras e montes
beijando os teus céus e o teu mar.
Amo-te ! Lisboa.
Abstrato.
Ele me foi alvissareiro e promissor.
Feliz e inocente.
Espichava as horas para não encolher meus sonhos,
e encolhia sonhos que eu queria eternizar.
Às vezes corria tanto que um dia, atônito,
Percebi que já não era infância.
Vieram então as aventuras e devaneios,
As conquistas e decepções,
Os amores e desilusões.
As poesias e canções.
E numa tarde assim bem derrepente,
Um vento outonal virou a pagina da juventude.
Toquei então com ele vida a fora
Travei batalhas insanas, acumulei vitórias
Mas, tive também que contabilizar derrotas.
Houve noites de aflição.
Mas, houve também dias de recompensa.
E em meios as alternâncias,
nem vi cruzar a grande porta da plenitude .
...E ai já não era mais novidade.
E ele mais uma vez veio brincar comigo.
Arou meu rosto, pôs vidro nos meus olhos,
peia nos meus pés e branco nos meus cabelos.
Me impôs limites e tive que aceita-los.
Me fez ver que os grandes projetos
e os sonhos mirabolantes
Teriam que ser substituídos por outros valores.
E ele me deu, então,
Discernimento e contemplação,
Paciência e aceitação,
Me fez ver através das mais simples coisas
a grandiosidade das mãos de Deus.
Me deu sabedoria para entender hoje,
que os grandes problemas de ontem,
são tolos e irrelevantes.
Diante do sorriso de uma criança.
Ah, abstrato implacável absurdo
tempo levou e me deu tudo.
Fio de cabelo branco
Uma noite dessas, já quase passando das tantas... e meio borracho, arranhei a garganta tentando pigarrear uma palavra qualquer. Num relance, enquanto olhava no espelho do banheiro, vi meu semblante roto refletido feito vidro partido, meio distorcido, talvez pelo sono que me acometia àquela hora.
E mesmo que tentasse fixar o olhar na imagem não via surpresas, só conseguia enxergar minha insuportável silhueta de sempre, igual a sempre.
Lá fora, um frio insuportável! Aqui dentro, um friozinho gostoso... Se esquivando pelas frestas da janela, tentando incomodar.
Ainda de front ao espelho vi meu rosto, meio choco, parecendo querer desandar. As muitas linhas emprestadas pelo tempo emolduravam-no, formando uma expressão esteticamente impressionante, quase arte. Se fosse uma vanguarda, seria Expressionista.
Aquelas formas singulares, aqueles traços ousados, aquele fio de cabelo branco... Aquele fio de cabelo, branco? Em minha opinião, quase uma instalação contemporânea, tamanho meu espanto. Era tudo que tinha de diferente na minha face naquele dia, naquela noite, há anos.
Já se passava em muito da meia noite quando me deitei. Ainda pensava naquele fio de cabelo branco que trazia na face, talvez um disfarce do tempo para encobrir os meus tantos lamentos durante toda a vida. Talvez uma lágrima solitária derramada e petrificada ali, no canto esquerdo do rosto transformada em monumento, um totem erguido à minha maturidade.
Talvez fosse isso mesmo, talvez não!
Nunca soube o porque daquele fio de cabelo branco. Nunca tive um ciso se quer, nunca me casei, nunca tive filhos, nunca plantei uma árvore, moro com a minha mãe até hoje, deixo a cama desarrumada pra hora de deitar e provoco o cachorro só pra ver ele se zangar. Sem falar que até ontem soltava pipa e papagaio na rua feito moleque, um crianção. E agora com esse fio de cabelo branco, muda tudo! Será o fim? Será que será bom ou será que será ruim?
Fico pensando
Nós crescemos começamos a ver a maldade da vida e das pessoas,
Ficamos desiludidos com a vida,
A maldade do duplo sentido aparece também,
E penso poxa
Não podemos falar nada que é mal interpretado.
E perdemos a nossa inocência
Não temos as vezes
domínio sobre nosso corpo
E pensamento.
E quando olhamos as crianças vemos a pureza,
A ingenuidade,
E é apenas isso que nós precisamos
A gente pensa
Em qualquer coisa e já vê maldade.
Não conseguimos nem controlar nossos "membros".
Perdemos a 'pureza'.
E a vida perde seu sabor de quando éramos crianças
onde tudo era um mar de sonhos e anseios simples e alheios.
Na ponta da lança
Da taça jogada ao chão com força,
o sangue que se esvai como em um serpenteante rio em curvas
em busca de direção na vida
desembocando em um mar de dúvidas.
Do vinho derramado por todo o caminho
a dor contida na lágrima que percorre sentidos
- de choro e de riso.
Fazendo transbordar oceanos inteiros
com uma só gota de inquietude e bruteza
entalada no canto esquerdo do olho direito,
estupefato por enxergar tanta maldade.
Olhos cansados do dia inteiro
e devido a fumaça opressora instalada no caos proposital,
agora muito vermelhos.
Do rio de sangue e de lágrima
que se forma no contorno de segundos intermináveis...
A malta de guerreiros mascarados que segue:
Com a mácula imposta a sua honra,
por uma gama de ações, antes impensáveis!
Desembestados na linha de frente da guerra,
Varrendo tudo pelo caminho
como uma manada desembestada de touros,
fazendo jus a armadura herdada
e defendendo bravamente seu tão cobiçado ouro.
De lá:
A espada covarde que aponta e assina a pele,
mirando alvos estáticos
e braços erguidos ao ar.
Do lado de cá do front:
Os punhos cerrados da malta
e a coragem que transborda no peito.
E o que se vê em meio a tudo isso
é apenas a sombra de um velho gigante,
que a propósito... Acaba de acordar!
Até que um dia tudo mude,
e os silenciados não tenham mais que se calar.
'Neguinho'
Censuram-te!
Não permitem-lhe o livre pensamento
a livre expressão.
Vendem-lhe produtos que não lhe servem a nada
obrigam-no a andar sempre na linha
e andando sempre tão reto, jã não percebes
o quanto te curvas, o quanto és servo de tal esquema?
Que sistema é esse, que cega nossos jovens, cega nossos adultos
e agora, cega também as nossas crianças?
Enquanto você dorme tranquilo este teu sono alienado
a morte espreita-o, feito um predador à presa.
Sem que percebas, fecham o cerco à tua liberdade
já não és mais livre, mesmo que pague, se puder pagar!
Mas antes, acenam-lhe com uma invenção de última época
afagam-lhe a nuca com um mimo qualquer.
Tocam música boa ao pé dos teus ouvidos
amaciam a tua carne com as marcas da moda
as propagandas enchem a tua mente do mais absurdo vazio
não há em você mais consciência ou razão.
Inerte e sem reação, você perde, o sistema ganha.
Em menos de um segundo, uma bala perdida
- bem no meio da testa - te encontra por acaso,
numa esquina qualquer de um bairro qualquer da periferia.
O sistema vence mais uma
e você perde toda a sua inocência de uma só vez.
E quando os interesses não puderem ser atendidos ..
E quando o desejo não puder mais ser suprido..
Quando as metas já tiverem sido alcançadas ..
A dificuldades superadas..
O fruto do seu trabalho já estiver maduro..
E você perceber que não há mais planos´para o futuro
Com quem você deseja estar?
Se precisar de cuidados na velhice ,com quem poderá contar?
Se desejar contar aos netos a historia da sua vida,o que dirá?
As paixões ardentes,porém,passageiras e as desilusões que feriram a alma merecem chegar até lá ?
Se for para falar de um amor que nome vai se lembrar ?
Tem cuidado desse amor ,tornando -o forte para que ele atravesse todos os intempéries e te acompanhe onde for, ou prefere fantasia-lo de impossível e belo tornando-o em saudade, pesar ou dor ?
Andei vagarosamente por todo o mundo a procura de algo que tinha o poder de me fortalecer, tanto quanto o de me enfraquecer. Procurava pela luz que faltava em minha alma, pela serenata de amor que eu nunca havia assistido.
Aquilo que seria meu verdadeiro futuro.
que comigo estaria até o fim dos meus dias. Procurava pelo sentimento mais forte de todos, o amor.
Te achei, à primeira vista já me apaixonei
por aquele sorriso que tinha tanta inocência, que consigo carregava toda a beleza de uma alma, por sua voz tão doce, sua pele tão suave, sua inteligência.
Aquilo que de primeiro era uma paixão ardente, foi se transformando em um amor resistente e caloroso.
Agora nos encantos da tua pele eu
me deito serenamente, admiro lhe e sinto
que você sempre foi o que me faltava.
Fitado mais uma tarde com os olhos, vidrados no entardecer
Criando o caráter para suas virtudes futuras
Infindavelmente essa época vai passar e causara tristeza
Aproveite o poder o recurso é seu, o impossível e desconhecido para suas aspirações
Suas teorias, paixões, bebedeiras de madrugada nossas afirmações
Uma eterna blindagem instransponível nos cerca, então pode arriscar mais
Seja louco, ame sem juízo e aguente os fracassos como um deus
Cometa os velhos erros na nossa mocidade
Se questione, porque tudo vai partir, não somos brilhantes eternos
Uma hora vai acabar a vitalidade e começar realidade
A morte está do outro lado até o momento imperceptível
O melhor disso tudo e admirar e realizar sem compreender jovem
Pois sua disposição e indomável, corre um sangue chamado coragem
Dance na chuva, cante na lua, corra no verão, nade no inverno
A imortalidade eu quero, mais ela não vai nós apanhar
E eternidade quero me declarar
Com você de mãos dadas quero ficar.
ANIVERSARIAR!
Não quero desapegar do riso de criança
Descobrindo inocente, novos sabores e cores.
E depois, o botão carmim virando flor,
A cada amanhecer uma valsa debutante.
Da juventude colher cada conquista,
E na sequência, com o fruto sazonado e pronto,
Viver na madura plenitude e esplendor
De mais um dia, mais um ano... Enfim.
Até que, com os grisalhos e voz trêmula
Espécie perpetuada correndo e gritando
Eu possa, em sessões nostalgia
Lembrar de todos meus amores, viagens e amigos...
E sorrir para a vida, aniversariando mais uma vez!
E na 125ª primavera (não duvide, eu chegarei lá!)
A fibra que enlaça o espírito ao meu corpo se arrebentará
... E dormirei o sono eterno
Tendo todos os meus deveres cumpridos
(E os meus impostos e pedágios pagos!)
E para sempre ficarei no coração e na mente
Daqueles que bem me querem... 🌼
E todas as vezes que o calendário chegar
No três de janeiro, às sete da manhã
Esfregue os seus olhos e me veja renascer
Olhando pela janela, ao amanhecer
Em cada gota do orvalho evaporando sobre as folhas
No ar que enche os seus pulmões de vida
Em cada piado e algazarra dos pássaros
Nas frutas multicoloridas penduradas nas árvores
Nos pisca-piscas do Natal ainda não retirados
(Ou nas luzes por apagar dos postes e das casas)
No calor esplendoroso do sol
Ou na úmida chuva de verão que cai de fininho...
Lá estarei pra todo sempre
Enquanto eu for lembrada
No terceiro dia de cada ano:
Aniversariando!
“O pássaro se torna, uma águia, quando sabe pousar.
Assim, é a primavera aliada à vida,
se tornando juventude,
sem dias e nem horas contadas.”
Ser Jovem é:
Seguir em frente e sonhar,
que, tudo pode melhorar.
Acreditar que um dia as coisas irão mudar.
Jamais aceitar o que lhe imposto é,
sem antes lutar.
Navegar, sem receios de afundar.
E se afundar? Sabemos nadar!
Marcharemos firmes na direção que o vento soprar,
Ventos, que, de tempos em tempos podem mudar,
Estamos atentos às mudanças,
E jamais perderemos a esperança.
De viver uma sociedade Livre, igualitária e Fraternal,
Dessa forma lhes desejamos um Feliz Natal,
E um ano novo sem igual
Hoje eu terminei de ler um livro...
Mas não terminei frustrado como na maioria das vezes, mesmo com um final...
Não, essa história não teve final, foi o começo de um legado que permanece vivo.
E JOVEM !
E como jovem eu me vejo naquele sorriso, naquela filosofia de vida, por já ter passado por uma situação difícil de saúde, e mesmo não sendo tão forte, tendo fraquejado e duvidado tantas vezes, Deus não me abandonou, e se fez presente, não só em espírito, mas através de tantos amigos, meus familiares, e pessoas enviadas por ele pra cuidar de mim !
Chiara Luce, uma jovem, comum, e justamente por isso, tão especial,
Viiveu cada segundo e os fez dignos de serem vividos...
Não murmurou e permaneceu com fé até o último suspiro, que eu duvido que tenha mesmo sido o último, pois seu coração ainda bate em cada atitude voltada "para o alto" que temos !
Acredito fielmente no que sua inspiradora disse:
"Precisamos mais de testemunhos que de profetas"
Que minha vida seja mais um testemunho, e que mais do que palavras, eu viva o amor de Cristo na sua essência !
Quando era jovem costumava pensar que as coisas eram como tinham de ser e sonhava em mudar o mundo.
Quando amadurecí costumava arrepender-me da minha juventude.
Agora que sou quem sou costumo vaguear sem destino. Sou uma simples chama numa vela pronta para se apagar e desaparecer no nada.
Já tive 17, 20 e 24
Com o tempo os números se embaralharam
Somaram-se e diminuíram-se muitas vezes, sei lá.....
Hoje, não lembro exatamente de quem eu era nos idos da minha juventude.
Somente tenho a sensação de que era feliz.
Ou será que, por não lembrar, a sensação também é falha?
Não importa...
Percebo que as lembranças do que fui me fazem bem-aventurada
E tem dias que acordo e sinto-me com 17,20 ou 24.
A fome pode levar uma nação a cometer repetitivos erros em troca de migalhas de pão, alimentando a esperança na promessa de que algum dia comerão de uma fatia deste, o desespero condena muito mais as futuras gerações que as presentes...
In, Machado pesado
Copyrighted
Mais além
É ir em frente sem olhar a quem
Mais além
É resistir a todos e tudo que vem
Mais além
É persistir sem medo de ninguém.
Mais além
É resistir aos vendavais e ao fomento
É persistir a todo sofrimento,
Porque depois deste mal que já não aguento
Vem o meu dia de alento...
Dauá,
Água de côco em elétrica passeata
Boca de inferno em sinais misteriosos
Ondas do mar azul das ilhas
Rasgando o silêncio dos tempos
De uma conversa amena e assaz amistosa (...)