Poema de Justiça
Sou libriana. Signo da balança, da beleza, da justiça, do equilíbrio. Eu não tenho nadica de nada de equilibrada, muito pelo contrário. Às vezes eu surto com força, piro legal, saio da pista, caio fora do eixo. Acontece nas melhores famílias (será?). Falo coisas e me arrependo, faço coisas e penso cacilda-eu-fiz-mesmo-isso, mas prefiro agir com meu coração, instinto, sentimento, emoção, dê o nome que quiser, prefiro agir com a cabeça quente e no calor do momento do que ser uma pessoa morna, quase fria ou gelada. Gente que não tem sangue nas veias me assusta. O gelo não me agrada, a não ser na caipirinha.
Nada é pra sempre baby, a justiça divina está aí: em não prolongar sofrimentos nem felicidades, ambos precisam de prazo de validade para podermos tirar algo de digno no final, e essa dor que hoje escurece teus dias num amanhã próximo será faísca, poeira, sobra...
Usar a posição, status ou função como ferramenta de justiça egoísta só mostrará o quanto distante se estar de Cristo!
O coração da justiça é dizer a verdade, vermos a nós mesmos e ao mundo como somos, em vez de como gostaríamos que fôssemos.
A compaixão, sozinha, é a base efetiva de toda a justiça livre e de toda a caridade genuína.
A compaixão é a base da moralidade.
Há no fundo das almas um princípio inato de justiça e de virtude, com o qual nós julgávamos as nossas ações e as dos outros como boas ou más; e é a este princípio que dou o nome de consciência.
Não se faz justiça tirando a vida de um pecador, mas sim dando-lhe a chance de andar na direção da Luz.
A autoridade da justiça é moral, e sustenta-se pela moralidade das suas decisões.
Nunca tente ferir seu próximo injustamente, porque a justiça de Deus rebate qualquer cilada do inimigo.
A Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante em que vos falo, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira quotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais exato e rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo.
Juristas legítimos são aqueles poucos que resolveram abraçar a Justiça e fazer do sua labuta, independente de togas, diplomas e vaidades, instrumento efetivo de semeadura da legalidade, equidade e misericórdia. Os demais apenas barganham com o Direito.
Louvado seja a verdade! Pois, ainda que a justiça não seja praticada integralmente, ninguém consegue deturpa-la. A verdade prevalece, a Vida é potencializada. Este Caminho é propício!
Não pode haver justiça e igualdade numa sociedade onde predominam a hipocrisia, o cinismo e a corrupção. Sem educação de qualidade, como criar uma geração de cidadãos cientes e conscientes? Sem educação, sem saber. E sem saber, o homem é escravo da tirania.