Poema de Joao de Barro

Cerca de 28 poema de Joao de Barro

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

João de Barro
Songbook Braguinha. São Paulo: Irmãos Vidale, 2009.

Nota: Versão brasileira da música "Smile", escrita por João de Barro (Braguinha) e gravada, entre outros, por Djavan. A melodia foi composta por Charles Chaplin em 1936, tendo John Turner e Geoffrey Parsons adicionado posteriormente a letra original.

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Feliz é o João de Barro que se contenta com pouco, pouco como sua casa de um só cômodo. Infelizes somos nós que choramos por tudo e tendo tudo, tudo como o dom da vida!

O Ser Humano Deveria Ser um João de Barro Para Amar Apenas Uma Vez Por Toda Vida ...

João de Barro

Sujeito da cor marrom,
Simpático e trabalhador,
Pra conquistar sua companheira
Dedica-se com fervor.

Arquiteto e engenheiro
Trabalha o dia inteiro
Não perde de vista seu afeto
Nem seu objeto.

Sua maior riqueza e aquisição
Vem de baixo, do chão.
E é transformada em casa
Seu lar de coração.

Agora com sua amada
Juntinhos na sacada...
Felizes estão.

E esse é só mais um pássaro,
Seu sobrenome é barro
Mas todos lhe chamam de João..

O BICO, A BICA E A PENA

O João de barro,
Que não é feito de barro,
Ele usa do barro,
Para construir o seu lar,
Uma casa de barro.

Não é de seu bico,
Se ele faz algum bico.
Sem papel e sem risco,
Nem mesmo um rabisco,
Constrói nas alturas,
Sem medo e sem risco.

Bem sujo ele fica,
Do barro que bica,
Ele limpa o seu bico,
Na água da bica.

Chegou a dar pena,
Do bicho de pena,
Punido sem pena,
Da traição que envenena.

O Juiz com sua pena,
Da cidade pequena,
Condenou João de barro
A dez anos de pena...
Élcio José Martins

A alma ganha sentido,
Na tarde que se arremanga,
Sabiás comendo pitanga,
E um João-de-barro enfezado,
Lavando o corpo emplumado,
Na beirada de uma sanga ...

Inserida por JorgeVelloso

CONSTRUÇÃO

"João-de-barro e sua amada
Sólida construção
No alto da ramada."

Inserida por denair

joão de barro
de joão
de casa
barro foi feito caminho.
caseiro e
pedra
sentados
fazem sentido sozinhos.
quem teve
caso
com pedra
pisa com muito carinho.
que pedra
no meio
mais que pedra
é casa de passarinho.

Inserida por MateusRettamozo

João de Barro ou da Silva,
faz sua casa com a mão.
Ninguém diz que é arquiteto;
É João.

Inserida por ghsqueiroz

O casebre do João

Sou feito o João de barro
Tenho asas para voar
Aonde a vontade me dar
O céu inteiro à disposição,
Mas prefiro construir minha casinha
Nesta árvore sozinha
Enchê-la com tudo que me agrada
Aconchegar-me em seu interior
Vê o sol se pôr
De lá só sair
Para a saudade vir
E retornar logo depois.

Inserida por JoelFerreira

O Amor...

Como um shopping em construção,
Ou a casinha do João de barro que é a mais pura perfeição,
Como uma cerca viva, linda, exuberante, toda florida,
O amor é um sentimento que tem que valer por toda uma vida.

03/01/2018

Inserida por LindomarMarochi

LEI INCONTESTÁVEL

João- de-barro,
João de Barro.
João é barro.
João do barro...
João descansa no barro.

Você pode ter um João-de-barro.
Você pode ser o João de Barro,
barro, todos nós somos.
Existem muitos João do barro...
Todos nós descansaremos no pó, na terra.

Inserida por Margarethdsl

JOÃO DE BARRO

O pássaro pousou na árvore, observou atentamente o local e levantou voo. Depois, retornou várias vezes.

Voava longe.
Voltava rápido.
Trazia barro.
Punha no galho.
Utilizava o bico.
Moldava a argila.
Levantava paredes.

Após algum tempo, engenhosa casinha surgiu na árvore. O pássaro não amassou o barro, que já existia em local próprio, mas trabalhou intensamente para construir seu teto.

Não é diferente nossa situação.

Deus nos favorece na vida com a inteligência e os recursos da Natureza, mas à semelhança do joão-de-barro, espera que trabalhemos.

Inserida por Epena

⁠Música Nosso Rancho no Sertão
Compositor Poeta Adailton
Assim como o João-de barro
Vou fazendo a nossa casinha
Teto de palha
Chão de barro batido
Sem ferrolho na porta
Nada disso para nós importa
Eu não sou engenheiro
Sou um vaqueiro
Tenho muito amor no coração
Eu não tenho carro
Com as mãos cheia de barro vou construindo nosso "torrão".(Refrão)
Assim como o João-de- barro
De raminho em raminho vou fazendo nosso "ranchinho"
Fogão a lenha
Panela de barro no fogão
Muito amor no coração
Eu não sou engenheiro
Sou um vaqueiro
Tenho muito amor no coração
Eu não tenho carro
Com as mãos cheia de barro vou construindo nosso "torrão".(Refrão)
Assim como o João-de- barro
De raminho em raminho vou fazendo nosso "ranchinho"
Água do pote
Copo de alumínio
Tudo bem limpinho
Eu não sou engenheiro
Sou um vaqueiro
Tenho muito amor no coração
Eu não tenho carro
Com as mãos cheia de barro vou construindo nosso "torrão".(Refrão)
Poeta Adailton

Inserida por adailton_ferreira_2

Amor é abrigo

Um bom exemplo é João de Barro, que constrói moradia para o seu amor mesmo sem ele chegar.

Inserida por deo_

⁠Ditado modificado.
Papagaio que acompanha João-de-barro vira...
Acompanhante.

Inserida por don_de_moura

A alma ganha essência
No entardecer do cerrado
Sabiás cantando em cadência
E João-de-barro sempre ocupado
Na obra de sua subsistência...
desenham o nosso cerrado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/08/2014, 18'00" - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENLEVADO DE POESIA, CERRADO

Eu amo o João de Barro num jatobá
Sabiá na laranjeira, jeitoso a cantar
A matinada dos anus que faz maçar
O uivo do vento no velho jacarandá
Eu amo o ocaso do cerrado a enlevar
O amanhecer ímpar onde o belo virá
Eu amo a afoiteza de um tamanduá
Cá o encanto, o néctar ao doce luar

Eu amo a noite tão cheia de calma
Um acalanto no aconchego d’alma
Numa sinfonia que a graça extasia
Eu amo o cheiro de chuva pesada
Que saca aquela saudade danada
Amo o cerrado, enlevado de poesia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 fevereiro, 2022, 15’49” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Em suas vestes da cor do João de barro
Empoeiradas, ressecadas, ofuscando o arrebol
O cerrado, este peão árido, plano e piçarro

Inserida por LucianoSpagnol

SURDINA

No ar ressequido o joão de barro canta
Um joão de barro no ar do cerrado
Encanta, na madrugada que se levanta
Que encantado!

Um joão de barro canta. Um rosário
Longe, entre o mangueiral, tece...
Operário, que trabalha solitário
Musicando a sua prece.

Que encantado! Soa na sua sina
De poético, de pássaro bravio
Tomando a sua amada, inquilina
No seu covil!

Silente. O sol no seu nascente
Vazado pelo canto de tua benesse
João de barro, que cantas docemente
Musicando a sua prece

Que belo, na magia em oferta
O olhar melancólico e vazio
Desperta a alma tão deserta
Aos ouvidos este canto luzidio

Já tanto ti ouvi! Já ti ouvi tanto!
Coração, por que estais emocionado?
Por que chora, ao ouvir-te o canto,
João de barro que musica no cerrado.

E com que júbilo o joāo de barro canta
No ar sossegado, no ar do cerrado
Encanta, na madrugada que se levanta.
Que agrado!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol