Poema de Incerteza

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Quase

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

Nota: Texto escrito por Sarah Westphal, mas muitas vezes atribuído a Luís Fernando Veríssimo, que desmentiu sua autoria e "encontrou" a verdadeira autora através da sua coluna na Zero Hora, em Março de 2005.

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Ai de quem ama

Quanta tristeza
Há nesta vida
Só incerteza
Só despedida

Amar é triste
O que é que existe?
O amor

Ama, canta
Sofre tanta
Tanta saudade
Do seu carinho
Quanta saudade

Amar sozinho
Ai de quem ama
Vive dizendo
Adeus, adeus

Vinicius de Moraes
Álbum "Elizete interpreta Vinicius"

Nota: Letra da música "Ai de Quem Ama", composta por Vinícius de Moraes e Nilo Queiroz.

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Ainda pior que a convicção do não,
É a incerteza do talvez,
É a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda, que me entristece,
Que me mata trazendo tudo
Que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
Quem quase passou ainda estuda,
Quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades
Que escaparam pelos dedos,
Nas chances que se perdem por medo,
Nas ideias que nunca sairão do papel
Por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes,
O que nos leva a escolher uma vida morna.
A resposta eu sei de cor,
Está estampada na distância e na frieza dos sorrisos,
Na frouxidão dos abraços,
Na indiferença dos "bom dia" quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem
Até para ser feliz.
Atitudes valem mais do que palavras.

Sarah Westphal

Nota: Trecho do poema "Quase", muitas vezes atribuído erroneamente a Luis Fernando Veríssimo.

Nunca deixe que as tristezas do passado e as incertezas do futuro estraguem as alegrias do presente.

Na vida, nada se resolve, tudo continua. Permanecemos na incerteza; e chegaremos ao fim sem sabermos com o que podemos contar.

Os homens preferem geralmente o engano, que os tranquiliza, à incerteza, que os incomoda.

Salvo se formos cretinos, morremos sempre na incerteza do nosso próprio valor e do da nossa obra.

A incerteza dos acontecimentos, sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento.

Ainda pior do que a desilusão de um não ou a incerteza de um talvez, é a desilusão de um quase.

Sarah Westphal

Nota: Versão adaptada de trecho do texto "Quase" de Sarah Westphal. Muitas vezes atribuído de forma errônea a Luis Fernando Veríssimo.

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Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar.

A certeza é fatal. O que me encanta é a incerteza.
A neblina torna as coisas maravilhosas.

Da minha realidade nasce a tristeza
Do meu amor nasce a incerteza
Sei bem o que quero
Mas sei também que não posso ter... perdão

Nem a tristeza, nem a desilusão.
Nem a incerteza, nem a solidão...
Nada me impedirá de sorrir...
Nem o medo, nem a depressão.
Por mais que sofra meu coração...
Nada me impedirá de sonhar...
Nem o desespero nem a descrença.
Muito menos o ódio ou alguma ofensa...
Nada me impedirá de viver...
Mesmo errando e aprendendo.
Tudo me será favorável...
Para que eu possa sempre evoluir.
Preservar, servir, cantar, agradecer.
Perdoar, recomeçar...
Quero viver o dia de hoje.
Como se fosse o primeiro...
Como se fosse o último.
Como se fosse o único...
Quero viver o momento de agora.
Como se ainda fosse cedo.
Como se nunca fosse tarde...
Quero manter o otimismo.
Conservar o equilíbrio e fortalecer
a minha esperança...
Quero recompor minhas energias.
Para prosperar na minha missão,
e viver alegremente todos os dias...
Quero caminhar na certeza de chegar...
Quero lutar na certeza de vencer...
Quero buscar na certeza de alcançar.
Quero saber esperar para poder realizar,
os ideais do meu ser...

Eu sou a profunda incerteza, sou grande e pequena, sou intensa.

Sou Primavera inconstante e Verão ardente, como as saudades do que passa e marca, quase sem sentir.

Sou mais doce que salgada, sou dos chocolates, do sorvete napolitano e das balas sortidas, que surpreendem o paladar.

Sou a insegurança que consome meus atos.

Sou a gargalhada histérica que fere o ouvido e simultaneamente o pranto silencioso; o sofrer calado daqueles que espalham atestados de felicidade.

Sou a busca constante, sou o "mais" ambicioso, sou dos livros, sou do estudo, sou da música, sou da vaidade.

Sou orgulhosa, sou o julgamento precoce, sou medrosa...

Sou do dia e da noite, sou das festas, sou da dança, sou da embriaguez pela alegria que me consome. Sou da praia e da piscina, sou carioca, sou brasileira, sou do frio e do calor, sou de lua.

Sou crítica, sou insatisfeita, sou a opinião forte, a persuasão e a literatura. Sou a luta, a intransigência, o caminho que tracei, o nome que fiz, o que pensei e divulguei.

Sou as vitórias que obtive, sou as cidades que conheci. Sou justa e sincera até na mentira.

Sou a memória da infância, a boneca com que brinquei, a tartaruga que criei, os pássaros que amei, os amigos que tive e até os que inventei. Sou a educação que obtive, sou da família.

Sou de amar. Sou roxo e lilás, mas as unhas, vermelhas. Sou dos olhos cor de mel, do cabelo preto, bem preto e comprido, bem comprido.

Sou dos sonhos, da ilusão, sou do príncipe encantado. Geralmente sou a Bela, mas de TPM, não tarda, viro Fera.

Sou autêntica, sou além do que você pensa ou espera.

Sou a imagem que fazem de mim, como posso não ser, basta acordar e querer mudar.

Sou o que quero. E gosto muito disso.

O que fazer quando angústia, ódio, mágoa, amor, saudade, tristeza, certezas, incertezas, lembranças, e muita vontade de ver e, ao mesmo tempo evitar ver, de querer e não querer ou mesmo não poder, batem na pessoa tudo ao mesmo tempo?

Quando tentamos abrir os olhos para algo novo, mas este novo demora mais do que queremos, quando queremos mudar, mas não conseguimos, quando quem tu quer, nunca mais estará por perto, ou mesmo, não saber se você quer ou não ela perto de novo...

Sentir aquele aperto no peito e saber que "aquela", nunca mereceu seus gestos, suas flores, seu pensamento, e agora, tão pouco seu sofrimento.

Algo que se batalha por tanto tempo, que se constrói, que se faz com amor, e você vê desmoronar como um castelo de areia à beira-mar e não poder fazer nada?

Digo uma coisa, sinto tudo isso, mas acho que encontrei a resposta... amigos, isso é o que fazer.

E tu, meu amigo, dizer que estou errado em sofrer tanto por alguém que não me merece, não vai adiantar, porque quanto mais passa o tempo mais eu percebo que eu me apaixonei pela pessoa errada, mas me apaixonei...

ORVALHO DA VIDA

Nem a tristeza, nem a desilusão,
Nem a incerteza, nem a solidão...
Nada me impedirá de sorrir...

Nem o medo, nem a depressão,
Por mais que sofra meu coração...
Nada me impedirá de sonhar...

Nem o desespero, nem a descrença,
Muito menos o ódio ou alguma ofensa...
Nada me impedirá de viver...

Mesmo errando e aprendendo,
Tudo me será favorável...
Para que eu possa sempre evoluir,
Preservar, servir, cantar, agradecer,
Perdoar, recomeçar…

Quero viver o dia de hoje,
Como se fosse o primeiro...
Como se fosse o último,
Como se fosse o único…

Quero viver o momento de agora,
Como se ainda fosse cedo,
Como se nunca fosse tarde...

Quero manter o otimismo,
Conservar o equilíbrio e fortalecer
A minha esperança...
Quero recompor minhas energias
Para prosperar na minha missão e viver alegremente todos os dias...

Quero caminhar na certeza de chegar...
Quero lutar na certeza de vencer...
Quero buscar na certeza de alcançar,
Quero saber esperar para poder realizar
Os ideais do meu ser...

ENFIM,
Quero dar o máximo de mim,
Para viver intensamente e maravilhosamente TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA!

Vida: beleza sem fim!

Faz parte da vida as surpresas,
Faz parte da vida as incertezas,
Faz parte da vida as decepções,
Faz parte da vida o sofrimento,
Faz parte da vida conscientizar-se da vida,
Faz parte da vida as decisões,
Faz parte da vida usar de boas intenções,
Faz parte da vida a perseverança,
Faz parte da vida a bonança,
Faz parte da vida as discordâncias,
Faz parte da vida o respeito ao outro.
Faz parte da vida procurar melhorar-se,
Faz parte da vida doar-se,
Faz parte da vida ser autêntico,
Faz parte da vida sentir a vida do outro,
Faz parte da vida sentir o outro na sua vida,
Faz parte da vida a vida do outro sair da tua vida...
Faz parte da vida entristecer-se...
Só não faz parte da vida sentir tua vida sem vida, quando tua vida é uma parte da vida que forma esta beleza sem fim!

Incertezas

O que dizer do amor que nunca tive?
Não sei nada sobre ele, mas sei que vive.
Pensar em que se não aconteceu?
Lembrar o que?
Se aqueles lábios não tocaram os lábios meus.
Se carícias não foram dadas, nem sussuros trocados.
Se conversars foram cortadas e sorrisos embaraçados.
O que fazer?
Se o mais ardente dos desejos, ficou na imaginaçãos.
Se o mais puro e belo encanto ficou no coração.
Apenas lembranças vagas,
vagavam meus pensamentos.
Apenas sua fisionomia ficou na minha cabeça.
Eu fui tão ingenua e infantil,
sonhando que você apareça?
Ou fui tão esperta e paciente,
esperando que o amor cresça?
Não sei.
Mas penso cada hora, cada instante,
cada minuto icessante!
Penso em teu rosto, teu sorriso e tua boca,
durmo e acordo com os pensamentos meus.
Mas falta pouco para esse amor ser vivido,
e em meus braços, ser todinho meu!

Não sei ver o mundo atrás das cortinas, dessa falsa proteção.
Eu preciso do perigo, da incerteza, da alma em festa,
preciso da vida bagunçando meus cabelos
como se eu fosse feita de vento.

Dúvida, Silêncio, Medo e Sofrimento!

Às vezes a dúvida nos deixa reflexões
na qual a incerteza dos nossos atos
tomam posse das nossas fraquezas.

Às vezes o silêncio reflete nossas ações
no qual pensamos que eram exatos
e se tornam apenas em acúmulos de tristezas.

Às vezes o medo nos deixa sem saída
por plenas razões propostas em evidência
e contra a felicidade ainda resistem.

Às vezes o sofrimento da nossa vida
requer apenas uma questão de paciência
se compreendermos que quedas existem.