Poema de Despedida de Amor
já não tratarei mais com privilégio
quem me trata só como opção
aqui demonstro meu descaso
do meu humilde coração
se escrito com rosas vermelhas
não foi suficiente
então eis de escrever com rosas violetas
enquanto devagar cai a areia da ampulheta
aos olhos do homem se fez de princesa
e por suas costas se banhou de impureza
traiu a quem a ti mais apaixonava
o homem ao descobrir fingiu que não ligava
mas para ele ela poderia cair na sarjeta
que o homem não mais se importava.
Seu adeus foi de grande silêncio
mesmo sabendo que ainda a amava
o cavaleiro finalizou o grande poema
pois não importa quantas estrofes
nada poderia conter sua raiva.
Assim foi o fim...
(Nilo Ribeiro)
Tenho uma história,
não é ficcional,
guardo na memória,
mas conto o final
"então ela disse adeus,
nada eu pude fazer,
acabaram os sonhos meus,
de por ela eu viver"...
Da subjetividade da arte que brotou na composição noturna de uma janela
Fazendo florescer a poética da intuição e assombrando assim meu raciocínio vão.
Olhar que diz tudo e dispensa palavras
Fazendo do silêncio, conforto na sua voz
E o despertar mais leve, são os teus carinhos. Reflexo da noite na pele arrepiada
Jogo a dois entre quatro paredes
Jogo em vão comecei derrotado
Sugestão corpos deitados
Apegados e entrelaçados
Sorriso de beleza tão desconcertante
Que brilha com o dourado dos fios de seu cabelo
Aquilo que precede um pedido, um beijo
Sendo assim carinho, portanto silêncio
A relatividade do tempo é um açoite
Noite
Madrugada
Manhã e
Adeus
Me faço engolir o nó na garganta
Me convenço que chorar não adianta
Como não adianta vir depois
Tentar entender o que aconteceu
Onde foi parar nós dois
E aquele amor que já foi seu.
Às vezes me faço acreditar
que quem vai e não quer voltar,
pode ser alguém que me esqueceu.
Mas o coração insiste em pensar
que você foi, sem nunca me deixar
e entre nós nunca houve um adeus.
NOVO CAMINHO
Saudades, disse-me.
A vida é assim.
Sem querer somos abençoados, com uma dança na rua. Um estranho que nos toma e nos leva por sua mão ...
Não há poesia, mas há magia. E assim as
saudades vão.
Simples sentimentos, parte das opções que fazemos na vida, dos novos caminhos que escolhemos percorrer.
Saudades, disse-me.
Também já as tive e usei-as para pensar honestamente, sobre quem sou e o que ando por aqui a fazer.
Que não me tome por vulgar passado, nem tão pouco esquizofrênico presente.
Dei o melhor de mim, até de "mins" que desconhecia.
Mas quando o caminho escolhido é outro, por favor, que me deixe seguir no meu.
Gosto de te ver, disse-me.
Mas teus olhos a mim já não são foco de luz.
O meu caminho está feito. Gosto de mim e respeito-me.
Enfrentei os meus “fantasmas” pois, quem não enfrenta os seus, dificilmente se encontra. Saltita entre soluções desenfreadas, por caminhos de sol ateu, para tentar descobrir uma essência num percurso de vida que é apenas seu.
Deixei que a dor me consumisse até que me faltasse o ar e que todas as lágrimas de tristeza e mágoa criassem um lago chamado passado. Um passado que deixei para trás, longe da felicidade que merecemos viver e do amor que merecemos receber.
Às vezes temos tudo nas mãos e por incapacidade, deitamos tudo a perder. Não há culpas nem culpados. Apenas caminhos a percorrer.
Quando os meus olhos se encontram com os teus e me confronto com a minha própria ilusão, cresço por dentro e desafio-me, a manter um sentimento de amor digno, integro e incondicional e que não sirva de alimento a qualquer vazio que ainda exista dentro de mim. Talvez por isso, agora não te queira eu ver.
Felicidade só se pode desejar, a quem escolhe exacerbada realidade, de densa energia satisfatória acompanhada de uma verdade tão igual, a sua própria ilusão.
Eu não sei quanto tempo vai demorar para que eu te esqueça, mas eu me cansei de chorar a perda de amores que nunca foram meus.
Quem quiser ficar, fique!
Quem não quiser, adeus...
A complexidade da vida
As vezes pensamos como é possivel alguém a quem tanto amamos nos fazer sofrer, simplesmente por não nos amar como a amamos.
Se ela é comprometida o nosso desejo mais profundo é que ela termine logo e venha correndo pra nós.
Nunca desejamos que o amor da nossa vida seja feliz com a pessoa que ela ama e que nós possamos encontrar alguém a quem possamos amar, o nosso único pensamento é que ela volte pra nós.
Isso tudo porque nós somos apegados ao passado e fica difícil dizer adeus, saber que o futuro que imaginamos ao lado de uma certa pessoa não vai mais acontecer, é triste, é o mesmo que dizer adeus a um ente querido que não vamos mais ver porque se juntou a Deus em um outro plano.
Somos egoístas, e colocamos a culpa de todo nosso sofrimento em outra pessoa, não é a pessoa que nos faz sofrer somos nós que não somos capazes de desapegar, a culpa não é de Deus somos nós que não sabemos seguir em frente.
Não é pra ser, na verdade este verbo para "nós" nunca existiu.
Você nunca foi, você nunca tento ser e agora acredito que jamais será.
Quando não é pra "ser", não é, e não há regra que mude isso.
Fui condenada por Matar.
Esta feito. Terminado .
Sempre achei que os finais eram rápidos, um golpe certeiro no peito e pronto, acabou, mas acabou para quem se esse pode ser apenas o início do termino, quanto tempo leva eu também não sei, mas ele se inicia com uma decisão.
Eu fui condenada por matar, mas antes escolhi morrer, desaparecer aos poucos, a medida que a força acabava meus labios sorriam, estava mais perto da morte o quanto podia, a dor da alma se aliviava enquanto a pele sofria, esquecer a própria história, deixar-se apagar as próprias conquistas, viver o outro enquanto de si próprio esquecia, uma alusão a realidade, ver por outros olhos o quão lindo esta o dia, estar perto, tão perto que já me sentia dentro , ofuscada pelas asas que protegem e não te deixam ver , surda pelo barulho que ensurdece e não te permite ouvir , calada pelo incômodo de existir.
Algo vai te olhando e observando , até que uma voz te sussura de perto " você tem mais uma escolha" , desta vez quando tive que escolher entre matar ou morrer , escolhi matar , matei para me manter viva, foi em legitma defesa, mas será que o juiz acredita?.
Comecei sufocando aquela voz que ainda dizia que amava, adentrei profundamente as lembranças que machucaram, deixei suas feridas expostas e fui envenenando diariamente os sentimentos , abri a janela do meu Eu , o sol entrou e eliminou a escuridão, consegui ver o que me apodrecia.
Após longos dias , percebi a casa interna mais limpa e bonita , porém estou condenada , precisei arcar com o alto preço, minha condenação não é a prisão cheia de grades, mas viver a realidade com o peso das escolhas que fiz.
Dariamente mato as lembranças de algumas histórias , porém já não sei o que foi verdade e o que mente cria.
CONVICÇÃO
Por saber que não mais de te versarei
Permita que entre nós só a recordação
Deixada nos versos cheios de sensação
Que existiu um dia, agora, não mais irei
Não que eu quiz, e que ingrato serei
Saiba que te amei em cada emoção
Loucamente, na minha maior paixão
Entendo, que poesia tivemos, eu sei!
Não que a escrita te apagou, narrativo
Vive a saudade, num maçante motivo
Em uma poética evidente e tão picuinha
Mas, neste perseverar em ser presente
Um tormento parece-me tão unicamente
E, sabes que não mais será prosa minha!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 novembro, 2022, 21’00” – Araguari, MG
O tempo foi pouco,
Me encontrar nunca foi problema,
Eu quem vendava os olhos.
Sobre o agora? Tanto faz.
Tento ficar acordado.
Este é o último dos muitos pensamentos,
Mantive-os comigo e não me arrependo.
Deixo migalhas do meu eu.
Vou, porém volto!
Sou mais um brinquedo do destino,
Manual não há, nem nada.
A vida passa sem demora,
O vento leva sem dó a esperança,
De um futuro já esquecido.
Oh doce adeus,
Abrace aqueles que não pude.
Dê forças aos que a perderam.
Oh tempo frio, venha e faça morada.
O sol já não brilha e os brinquedos quebraram-se.
Vai embora
A porta está aberta, pode sair, eu te deixo ir, vai, leva tudo, deixa só o que eu preciso pra continuar...
A porta tá aberta, pode ir, vai e leva as horas de conversas arquivadas aqui...
A porta está aberta, vai embora, tô te liberando, me libertando...
A porta está aberta, só vai sem olhar para trás, eu não quero mais, apesar de te querer...
na manhã que você partiu
senti o desmoronar do mundo
uma cratera, buraco fundo
no meu peito a se formar
na manhã que você partiu
os pássaros ficaram mudos
e o sol não iluminou o escuro
dessa eterna noite em meu lar
na manhã que você partiu
eu choro por um segundo
me desespero por mais uns meses
já estou a anos a chorar
na manhã que você partiu
parte de mim foi com você
e dentro de mim só o prazer
das lembranças recordar
na manhã que você sefoi
prometi não ver suas fotos
sorrindo com seus dentes tortos
dizendo "eu te amo' pelo olhar
na manhã que você voltou
eu já não estive mais aqui
para lhe esperar
Hoje lembrei das águas que escorriam
Acompanhadas de belas palavras
Dos sentimentos manuscritos
Das músicas dedicadas aos nossos momentos
Hoje lembro de cada detalhe
Memórias não se apagam
E a imaginação não tem limites
Hoje mais um lado do globo
Foi iluminado pelo sol
O sentimento dos primeiros feixes de luz
Esquentando calmamente
As belas cataratas que haviam congelado
Com o tempo, acostuma-se com todos os padrões
Sejam quais forem
E assim, espero mais um lado do globo
Ser irradiado
As vezes, assim penso, vivo
Um monólogo diário
Atravessando as vielas
Sem atalhos
Em frente ao mar
Dedico-lhes meus devaneios
Discorro sobre tudo
Sem, ao menos, um pingo de receio
O mar atento
Se comunica através de suas ondas
Mergulhante, deslizante e ascendente
Cabe a interpretação daqueles que mantém os olhos bem abertos
Gaiola
Por ventura um pássaro sentiria saudade da própria gaiola? A que ponto somos presos e oprimidos pela falta que sentimos, por alguém que não volta mais! Saudade é um aperto no coração tão descontente como se uma parte de nós estivesse presa e querendo voar.
Anndré.M
E lá vai o meu coração. Qual?
Qual, ou o que?
Não sei ao certo
Não sei bem o que
E lá vai o meu coração...
Ó, eu já tinha o visto partir antes
Eu já o vi ir sem falar que vai partir
E lá vai o meu coração. Qual?
Qual, ou o que?
Ela já tinha ido antes
Não há motivos para escreve-lo
Eu apenas o digo, com um olhar
Que jamais vera, se não olhar para trás
E lá vai o meu coração
E não se pode olhar para trás
E eu o digo... Adeus
Sempre um caso...Consciente, inconsequente.
Um aroma ...Um gosto...Um desgosto.
O que sobrou, sem sequelas...Apenas um deixar ir.