Poema de Criança
insetos;
a criança brinca,
raspa os joelhos no asfalto.
entre formigas,
as vê carregando tijolos,
devorando ovos,
mordendo companheiras.
observa besouros sob folhas secas
e pisa — a vida
esmaga.
o jovem canta pneu em estradas falsas,
bebe promessas de bares sujos.
procura-se em soldados,
encontra:
refúgio
nas que rastejam;
mulheres baratas.
o adulto afoga o relógio no álcool,
engole dias
saudade seca.
o trabalho vira razão,
não pensa,
não sente,
abraça o conforto —
e cospe folgas
no cinzeiro do chefe.
crueldade precoce e,
caminhos engessados
cuspidos por máquinas.
sociedade autofágica:
faca em punho,
esfaqueia ponteiros
sangra calendários
e ri.
meritocracia insetóide:
asas podres,
pernas peludas,
seis olhos.
devora a prole
bota ovos
e ri.
e o velho encara retratos:
procura suas asas
rugas inundam o rosto
o tempo, o ladrão
que deixou
ossos em pele frouxa
e perguntas
sem resposta
e as formigas
comem olhos
no buraco
que ele mesmo
cavou.
Que eu seja sempre uma criança,
que corre livre e solta, pelos caminhos da esperança.
Seguindo borboletas que levam aos jardins das flores...
•*• *•*
Na fantasia da sua poesia,
o poeta é uma criança viajando na esperança, vive fotografando paisagens; pra depois em amor
aplaudir a obra do seu 'Criador!
<*•*>
Eu, seduzida feito criança,
observando a bela criação de Deus.
Deslumbrada na esperança
que, um dia ele vai realizar os sonhos meus!
O poeta é: criança saboreando a vida,
vivendo e degustando momentos de alegria
e com certeza seu carrossel é a poesia.
Reflexões que me transportam ao passado
E saio a procurar a criança que viveu
Em mim
Com muitas emoções,
Era um jardim,
Sim, e de infância,
Mas, só consegui resgatar uma sombra,
Da minha doce adolescência,
Pois, hoje sou uma senhora!.
O poeta é uma criança
Revestida de esperança
Escrevendo vErSoS na areia
E o céu aplaudindo a sua pOeSiA!
***
*
"Quando ainda era criança
Olhava os céus
Buscando consolo,
Hoje a esperança
Me faz orar
E esperar
Que o meu Deus
Ouça o meu coração"
💗
** Francisca Lucas **
Grande dor a uma criança morta
(em homenagem à prima Kátia)
I
Chegaste e eu fiquei triste.
Chorei... Não podia crer
Que isso fosse a pura verdade.
És muito mau meu amigo.
Por que dar uma notícia assim?
II
Fiquei chocada, gritei...
Mas tudo inútil,
Pois só tu me ouvias!
III
Tristeza, sempre estás
Aqui junto a mim.
Nem sei se aguento...
Mas a ilusão de tudo se acalmar,
E a nossa felicidade voltar,
Ainda existe em meu coração.
IV
Sorrir, sorriso puro?
Era o daquela linda criança
Que conheci há algum tempo...
Seus olhos azuis, quase negros,
Fitavam os meus vivamente
Enquanto eu, pobre pirralha,
Escondia, para não veres,
Uma enorme, grande
Tristeza e dor...
V
Teus cabelos perfumados
Todos os dias eu afagava.
Tu sorrias, pura criança...
Andavas, corrias e choravas...
Mas eu não me importava!
Tu me querias e eu a ti.
Amada, minha querida!
Eras tão boa de alma.
Singela, tão sonhadora e triste!
Será que tu herdastes algo meu?
Não, não quero...
VI
Mas hoje, criança,
Dormes um sono,
Um pesado sonho angelical.
Aquele que permite a nós, homens,
O descanso eterno pela morte...
Não corres, nem choras e nem sorris mais...
Teus cabelos estão ainda perfumados...
Teus olhos, nem posso lembrar-lhes a cor!
Mas lembro que eram puros,
Tão puros quanto a flor!
(junho/ 1967)
Alguém pequeno, tão grande
(inspiração adolescente)
Você criança, de olhos grandes, calmos e serenos, reluzindo como a lua...
Sua voz infantil era sua, só sua...
Quando iria tomar forma?
Quando iria crescer?
Andava tão engraçado...
Eu só podia rir de você!
Meu riso não foi zombador,
Foi somente de dor, em pensar tantas coisas... de você!
Meu riso? Foi riso!
Quem pode dizer do que foi?
Sua altura era sua, só sua...
De repente...
Fez-se gigante, apesar de ser tão pequeno!
Você, rosto fino, mãos longas, pés grandes...
Era engraçado, meio desengonçado!
Mas eu gostava de você!
(1967)
Criança ! Fique quieta, tenha modos....já !
(E elazinha com um ar de superioridade, sem se irritar nem um pouquinho, e ainda com o rostinho inclinado, fazendo pose),
respondeu :
Não tenho modos e nem passos. Eu só me movimento.
Deliberei sobre o óbvio
Concluir que nem tudo é tão óbvio assim
Quando se é criança se pergunta o óbvio o tempo todo
E as vezes por uma resposta simplória, o encanto acaba
E nos acostumamos com a frase “sempre foi assim”
Mas o óbvio tem que ser perguntado, analisado
É quase certo que não cheguemos a uma conclusão
Mas transcender sobre o simplório
É fundamental para não matarmos aquela criança curiosa que um dia existiu nesse corpo
Não é necessário saber onde está para ir há algum lugar
Mas se você sabe pra onde ir, primeiro tem que se achar
Mas isso é óbvio
Então...
Minha aldeia e dique!
Em ti fui criança!...
Sem ter, infância.
Quando, aos seis anos, vim de Monchique.
Meus amigos, oh Montes de Alvor!
Não foram, teus meninos, que me batiam,
Sem a Deus, terem temor!
Nessa escola, onde os gritos de Maria Emília, entoavam.
Mas meus amigos, foram:
As hortas, com as batatas…
E o milho, que meus pais, semeavam.
Montes de Alvor! Montes de Alvor!
Foram ainda, as tourinas vacas.
Sim tu aldeia! Dos meninos sem amor!
Tudo Isto
Desde sempre fui perseguido, mesmo desde criança!
Sabei povo porquê, tanta maldade na minha infância!
Depois na escola primária e mesmo no secundário,
não vieram bons tempos no meu itinerário!
Depois na minha juventude,também fui incompreendido!
E na vida até nada mesmo bem sucedido...
E assim foi até hoje, aos cinquenta e oito anos.
Sempre sofrendo, tendo na vida muitos danos!
Mas eis que descobri a razão de tanto padecer!
Meu sofrimento aconteceu, por eu em Deus sempre crer!
Por eu amar de verdade a Deus, o Senhor!
A verdade é que eu creio em Jesus Cristo,
como ele é o Divino e a todos superior.
Por isso tenho passado por tudo isto!
Tsunami
Certa vez em criança, eu tive um sonho com um tsunami que vinha na minha direção. Eu não sabia o que era! Mas eu era livre da morte! Eu era salvo do Tsunami.
Lembrança
De um dia feliz,
Eu quando ainda criança
Escrevia com um giz
Frases coloridas que, os pingos da chuva,
Insistiam em apagar...
"Não sou mais criança.
Não quero mais brincar de esconde-esconde.
Eu quero mesmo é ser encontrada.
Deus me livre morrer nesse esconderijo."
☆Haredita Angel
Minha reza braba!
"ELE, minha arma poderosa...
Minha reza braba...
Minha criança levada...
Amigo que floreia minhas preces...
Terror dos meus inimigos...
Nave que me leva à Deus!
Que ELE (o meu sorriso), nunca me abandone!"
-Tá feito!
Que assim seja!
☆Haredita Angel
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