Poema de Amigo de Augusto dos Anjos
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Os anos mudam as nossas opiniões, da mesma forma que alteram a nossa fisionomia.
Sempre haverá mais ignorantes que sabedores enquanto a ignorância for gratuita e a ciência dispendiosa.
A recusa da existência é ainda uma maneira de existir. Ninguém conhece, enquanto vivo, a paz do túmulo.
Ninguém ousa dizer adeus aos seus próprios hábitos. Muitos suicidas detiveram-se no limiar da morte ao pensar no café onde vão todas as noites jogar a sua partida de dominó.
Os aduladores são como as plantas parasitas que abraçam o tronco e os ramos de uma árvore para melhor a aproveitar e consumir.
Feliz serás e sábio terás sido se a morte, quando vier, não te puder tirar senão a vida.
Qualquer que seja a aparência da novidade, eu não mudo facilmente, com medo de perder com a troca.
A formosura da alma campeia e denuncia-se na inteligência, na honestidade, no reto procedimento, na liberalidade e na boa educação.
Os nossos maiores inimigos existem dentro de nós mesmos: são os nossos erros, vícios e paixões.
Andar por terras distantes e conversar com diversas pessoas torna os homens ponderados.
O dinheiro nunca falta para os nossos caprichos; somente discutimos o preço das coisas úteis e necessárias.
Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.
Não são as pessoas que são responsáveis pelo falhanço do casamento, é a própria instituição que é pervertida desde a origem.
Simone de Beauvoir
Nota: Citação encontrada em "O Casamento", Jurandir Araguaia, Clube de Autores, 2010
Para a virtude da discrição, ou de modo geral qualquer virtude, aparecer em seu fulgor, é necessário que faltemos à sua prática.
A sinceridade imprudente é uma espécie de nudez que nos torna indecentes e desprezíveis.
Se fosse possível somente deslizar para os braços da mulher e no entanto não cair nas suas mãos.
Uma máxima admirável: nunca mais falar das coisas depois de elas já estarem feitas.
Custa menos ao nosso amor-próprio caluniar a sorte do que acusar a nossa má conduta.
Há muita gente infeliz por não saber tolerar com resignação a sua própria insignificância.
O destino, como todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho.
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