Poema de Amigo de Augusto dos Anjos

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Um verdadeiro amigo é aquele que ignora as suas falhas e tolera o seus sucessos!

A amizade dos livros é uma imitação atenuada da amizade dos homens; não há amigo tão complacente como um livro.

Desconfiai daquele que detrai no amigo ausente, e o não defende quando o deprimem.

Há horas em que o homem está cheio de angústia e revela ao amigo coisas que até aí dissimulou com muito cuidado; a alma sente-se então levada irresistivelmente a comunicar-se toda inteira, a abrir mesmo as suas profundezas íntimas ao amigo, para que cresça a sua amizade por nós.

Uma das funções principais de um amigo consiste em sofrer, sob uma forma mais doce e simbólica, os castigos que desejaríamos e não podemos infligir aos nossos inimigos.

Existe um critério quase infalível para determinar se um homem é realmente teu amigo: o modo como refere opiniões hostis ou descorteses a teu respeito.

Um verdadeiro amigo é o maior de todos os bens e entretanto, é aquele com que menos nos preocupamos em adquirir.

Amigo, perceberás que no mundo existem muito mais tolos do que homens, e lembra-te disso.

O artista que troca uma hora de trabalho por uma hora de conversa com um amigo sabe que está a sacrificar uma realidade a algo que não existe.

Se o seu amigo tem um amigo, e o amigo do seu amigo tem também um amigo - então seja discreto.

O amor é o melhor padrinho do casamento, e a estima recíproca o seu amigo mais fiel.

Para o corpo doente é necessário o médico. Para a alma, o amigo. A palavra afetuosa sabe curar a dor.

Às vezes, tudo o que você precisa é
que um amigo chegue pra você e t
e diga de uma forma bem clara o q
uanto você tem sido IDIOTA!

Mulher é mesmo um ser engraçado:
Um amigo vai visitá-la e ela tem vergonha de abrir a porta porque está só de lingerie e vai se vestir.
Depois os dois saem e vão à praia, com ela vestindo um micro-biquini que todos podem olhar... ;D

Tenho um amigo que foi preso, acusado de corrupção.
Como cidadão, tenho de reprová-lo.
Como amigo, não posso deixar de estender-lhe a mão...

Choro!

Sem ninguém perceber
Pois é choro da alma
Que ninguém pode ver

Choro!

Por não estar com você
Por sofro por ti
Sem ninguém perceber

Choro!

Não por você
Mas por aquilo que sinto
Sem você perceber

Choro!

Não por causa de dor
Mas choro por algo
Que alguns chamam de amor...

Que os anjos construam hospitais para as almas sofredoras. Enquanto não o fazem, construirei para elas um palácio de sonhos.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e tecto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.

Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até fechar o homem: na capela útero, com confortos de matriz, outra vez feto.

Por trás do que lembro,
ouvi de uma terra desertada,
vaziada, não vazia,
mais que seca, calcinada.
De onde tudo fugia,
onde só pedra é que ficava,
pedras e poucos homens
com raízes de pedra, ou de cabra.
Lá o céu perdia as nuvens,
derradeiras de suas aves;
as árvores, a sombra,
que nelas já não pousava.
Tudo o que não fugia,
gaviões, urubus, plantas bravas,
a terra devastada
ainda mais fundo devastava.