Poemas sobre rosas
Cultive o hábito da preferência pelas pessoas que são gratas pelo fato dos espinhos conterem
rosas, mais do que pelas pessoas que vivem se queixando de que as rosas têm espinhos.
As rosas brancas, agora manchadas de sangue, completando a bela imagem da morte em sua melhor face. O amor. Uma forma de morte. Uma forma de morrer. Uma forma de matar. Mata-se por tão pouco. Morre-se por tão pouco. Por que não por amor? As rosas apodreceram, o sangue secou. Talvez nada tenha restado ali, talvez não para olhos superficiais. Talvez aquele amor nem tivesse existido, talvez não tivesse tido tempo para isso. Mas eles tentaram. Tarde demais, mas tentaram. Como dizem? Nunca é tarde demais.
"Em rosas negras encontro o meu consolo...Seus espinhos machucam-me com leveza...Porém suas pétalas afagam-me com carinho..."
Disseram que o amor tinha cheiro de rosas, mas na verdade é de cloro. E de hospital, e de medo. E raiva. E impotência. Ainda assim, não consigo esquecer tudo que vivemos até aqui.
Em meio a escuridão, procuro rosas tão brilhantes quanto as estrelas, e procuro estrelas tão brilhantes quanto seus olhos, porém a única coisa brilhante que acho são as lágrimas que escorrem do meu rosto.
Não devo mergulhar em um mar de rosas, eu morreria em seus espinhos, mas seu perfume é tão tentador.
"Não sou mulher de rosas. Já disse de saída, no primeiro encontro, nem recordo a razão. Mas disse, naquele meu velho estilo metralhador de moços com olhos de promessa. Sei que disse, com meus reflexos ariscos de cão sem dono sempre buscando receosa a moeda de troca para qualquer elogio, a vigésima quarta intenção por trás de um rosto abandonado. Eu não queria ser mais uma na sua cama, por isso disse não gostar de rosas, tampouco das vermelhas, pra me afastar da obviedade do amor. Não sabia como, mas queria que você me notasse diferente de todas as outras."
Rosas serão sempre rosas,
mas poucos indivíduos tem o zelo de nos auxiliar na extração dos espinhos!
Morrerei de amor, cercado de flores, não importando se amarelas, rosas, lilás ou vermelhas, o que importa é que haja flores, muitas flores na minha despedida.
“Se a beleza das rosas e das tulipas da primavera estivesse em minhas mãos, eu a colocaria em seus lindos olhos verde-oliva, para encantar não só aos homens, mas também aos anjos.”
Vem, que eu quero te mostrar o papel cheio de rosas nas paredes do meu novo quarto, no último andar, de onde se pode ver pela pequena janela a torre de uma igreja. Quero te conduzir pela mão pelas escadas dos quatro andares com uma vela roxa iluminando o caminho para te mostrar as plumas roubadas no vaso de cerâmica, até abrir a janela para que entre o vento frio e sempre um pouco sujo desta cidade. Vem, para subirmos no telhado e, lá do alto, nosso olhar consiga ultrapassar a torre da igreja para encontrar os horizontes que nunca se vêem, nesta cidade onde estamos presos e livres, soltos e amarrados. Quero controlar nervoso o relógio, mil vezes por minuto, antes de ouvir o ranger dos teus sapatos amarelos sobre a madeira dos degraus e então levantar brusco para abrir a porta, construindo no rosto um ar natural e vagamente ocupado, como se tivesse sido interrompido em meio a qualquer coisa não muito importante, mas que você me sentisse um pouco distante e tivesse pressa em me chamar outra vez para perto, para baixo ou para cima, não sei, e então você ensaiasse um gesto feito um toque para chegar mais perto, apenas para chegar mais perto, um pouco mais perto de mim.
Ironia seria eu deixasse de amar as rosas todas as vezes que um espinho me ferir-se, assim é o amor.
Sei que é forte, mas por metáforas aprendi a me expressar. Não há rosas tão belas, nem frases singelas, não há limite no infinito de amar apenas você. Não há tempo bem gasto, nem caminhos sem rastros, não há impossível na possibilidade de desejar você. Medo reverso, cotidiano incerto que me traz a certeza de buscar paz em seu sorriso.