Poema da Fome
HERÓIS
Com os pais ausentes, aos 6 anos;
Tive pais adotivos;
Os Extraterrestres,
O Falcão Negro,
O Fantasma...
Com a morte deles, troquei de mestres...
A Escravidão,
A Tortura,
A Fome,
O Frio,
Conheci também;
A Solidão,
A Loucura,
A inveja,
A Traição...
Baixeza da maioria,
Nobreza de poucos.
Senhores da guerra e da paz (Poeta Brasileiro Sidarta Martins)
Vocês querem a barbárie
Nós queremos a civilização
Vocês querem morbidez
Nós queremos a vitalidade
Vocês querem a maldade
Nós queremos a bondade
Vocês querem a mão em riste
Nós queremos a mão estendida
Vocês querem terra arrasada
Nós queremos campo florido
Vocês querem a enfermidade
Nós queremos a saúde
Vocês querem a fraqueza
Nós queremos a energia pulsando
Vocês querem sempre o pior
Nós queremos o melhor
Vocês querem a fome
Nós queremos alimentar
Vocês querem o frio
Nós queremos o calor humano
Vocês querem a ruptura
Nós queremos a união
Vocês querem a guerra
Nós queremos a paz
Vocês querem a destruição
Nós queremos a construção
Vocês querem a morte
Nós queremos a vida
Senhores da guerra
Por favor, deixem-nos em PAZ!
O Canto das Palmeiras
Na terra de mares e laranjas flamejantes,
Onde o sol se abraça com a terra em cantos errantes,
Angola, teu solo é um poema de promessas vastas,
Mas na alvorada, o choro do deserto contrasta.
Palmeiras altivas, como sentinelas da aurora,
Testemunham a riqueza que em ti implora,
Diamantes são lágrimas na face da riqueza,
Enquanto a fome sussurra na noite de incerteza.
As veias da terra pulsam, um eco de riquezas infindas,
Mas nos olhos dos famintos, a promessa se deslinda,
Angola, pátria de contrastes, em teu seio cresce,
Um dilema bordado em ouro, onde a fome tece.
No zênite da miséria, um sol cruel se destaca,
Enquanto nos campos férteis, a esperança renasce alva,
Angola, tua história é escrita em gemidos e ouro,
Uma narrativa épica, onde a fome se evapora em choro.
Que as palmeiras, como poetas, recitem esperança,
Que as lágrimas da terra lavem a sede e a lança,
Angola, no teu horizonte de promessas e penúria,
Um novo dia desponta, a alvorada da rebeldia.
Que as riquezas sejam um manto para todos vestir,
Que o canto das palmeiras seja um poema a florir,
Angola, na tessitura da fome e da riqueza em dança,
O renascer é a promessa, na alvorada da esperança.
Nota:
Em Dezembro, lembrar de acolher órfãos e viúvas que passam essa época sozinhos e nem sempre têm o que comer nesse tempo de tanta festa e desperdício de alimento!
19122023
Quem poderá domar os ventos?
Quem poderá calar a voz do sino triste?
Nem deuses...
Nem monstros...
Nem tiranos...
Que em cada hora se perde...
A esperança que amarga...
Do que foi dito pelo não dito...
Na voz dos aflitos...
O consolo dos desconsolados...
O cristal foi quebrado...
O tempo perdido...
A lágrima que rola...
Escondendo os gritos...
Outrora prometido...
O que hoje não tem mais sentido...
E no labirinto que se encontra...
Ainda sonha...
Desejando não estar perdido...
Mas os ratos devoram...
Até as hóstias sagradas...
Invadem casas...
Trazem dores e martírios...
A saída é a luta...
Mas com quem lutar?
A luz está difusa...
O fim será se entregar?
Será do látego o carinho que irá receber?
A fome...
A miséria...
A morte...
Mais sofrer...
O destino escolhido...
Pela indecisão...
Sandro Paschoal Nogueira
Pedras da Labuta
No palco da vida, os contrastes se entrelaçam,
Onde uns têm praias e outros, a labuta sem parar.
Choro e fome afligem os humildes,
Enquanto fama joga prata ao vento no ar.
Tempo impiedoso no ambiente ruge,
Escurecendo lembranças na memória,
O calor arde, o dragão voraz.
Partimos repentinamente,
Sem delongas, seguimos em frente,
O passado não mais nos satisfaz.
Ser feliz é sonho a alcançar,
Sorrir e cantar é a essência a buscar,
Mil invenções borbulham em nossa mente,
Mas é quando a poesia se arrebenta,
Que as pedras, enfim, revelam seu canto apaixonado.
Neste mundo diverso, desigual,
Paisagem que oscila entre luz e sombra,
A música dos destinos ecoa, sem igual.
Quem é próspero vive à beira-mar,
Mas quem labuta sem ter lar.
Quem não chora, passa fome a penar,
Mas quem tem fama, joga prata no ar.
O tempo, implacável, impõe suas marcas,
Nos desafios, construímos nossa história,
Caminhamos sem parar, em busca do lugar
Onde a felicidade vem nos abraçar.
Com sorrisos e canções a acompanhar,
Criamos o verso, a prosa, a melodia no ar,
E quando a poesia ressoa e se liberta,
São as pedras que cantam, enfim, com alma inquieta.
Bebe do meu cântaro se tens sede...
Que eu sem culpa já bebi...
Todos os venenos foram contatos...
Não fizeram-me mal...
Apenas me fortaleci...
Pus-me a escutar as vozes do silêncio...
Tanto sonho...
Tanta mágoa…
Se tens fome...
Come do meu pão...
Se eu tenho...
Da-me sua mão...
Que importa!
Ninguém sabe...
Daquele amor perdido...
Por dentro das escura noite...
Confundindo os sentidos...
Quantos, que marcham pela vida...
No intenso tráfego dos rotineiros dias...
Expõe suas tolas vontades...
Diante emoções tão frias...
Cavalheiro da triste figura...
Moinho a braços com o vento...
Nenhuma alegria ouvistes...
Só tristezas...
Desalentos...
Quando saíres, não me esqueças...
E não me cortes com a navalha...
Como dizer a um coração fora do peito...
Que para o vinho não há taça?
Por detrás de cada esquina...
A ver no mundo seco a seca realidade...
Erguendo os densos véus ...
Há de livrar-nos Deus...
Da dor indiferente da maldade...
Dos pares meus...
Sandro Paschoal Nogueira
A torta
Um confeiteiro renomado me prometeu uma torta
Me prometeu um pedaço da sua famosa torta de amor
Alguns dias depois, ele reapareceu
E junto com ele trouxe sua torta
Eu comi um pedaço e que gosto ela tinha
Era uma torta doce de aparência bonita
Conforme eu comia aquele pedaço
Senti meu corpo pesar e uma dor me tomar
-Está boa?
- Sim claro
Eu menti, e fomos dormir
Um dia depois ele me deu mais torta
E novamente eu passei mal
Só que aquele foi o ultimo pedaço de torta que eu comi
Já que eu morri
Sua torta de amor
Era recheada com a dor
Aquele amor tão delicioso
Foi o meu coveiro
Daquele amor
Eu só recebi dor
Seu amor...
FOI O SEU AMOR
SEU AMOR FOI MINHA DOR
SEU AMOR ME MATOU
DO SEU AMOR EU VOU SEMPRE GUARDAR RANCOR
''Eu te amo''
Você sempre vai ser a minha maior dor...
Como você me chamava
''meu amor''
Eu te odeio ''meu amor''
E odeio o fato de que mesmo depois de morrer
Eu ainda sinto dor..
Mesmo que machuque eu ainda vou amar sua torta
Ainda sinto fome, gostaria de mais um pedaço da sua torta...
Dia do Cachorro-quente
Esse é um prato preferido
Quando se junta a criançada
Também é bom quando une os amigos
Pra bater papo e dar risada
O nome dele é engraçado
O seu consumo é popular
Tem versão gourmet ou prensado
Andando pelas ruas vai encontrar
No dia da guloseima ou pra matar a fome
Com batata palha, purê e servido quente
Esse prato gostoso tem nome
É o famoso cachorro quente
Desigualdade
A desigualdade é um abismo profundo que separa as pessoas, criando mundos distintos
Onde alguns vivem em castelos de sonhos, cercados de luxo e conforto,
Enquanto outros perecem nas ruas, à margem da sociedade,
A viver de migalhas e migalhas de subexistência.
A desigualdade não tem cor, não tem raça,
Não escolhe a idade, a religião ou a orientação sexual,
É uma ferida que sangra em todos nós, a cada dia que passa.
Nos olhos daqueles que são esquecidos pela sociedade,
A tristeza ocupa o lugar da esperança,
E a luz mais brilhante, no tempo mais escuro,
É, muitas vezes, a promessa de que amanhã será melhor.
Mas a desigualdade não é apenas um problema social,
É um problema moral, que coloca à prova a nossa humanidade,
E a resposta não está em encontrar vilões ou heróis,
Mas em agir, juntos, para transformar as coisas, como irmãos.
É possível mudar o mundo, um passo de cada vez,
E construir uma sociedade mais justa e igualitária,
Onde a diferença seja uma riqueza, não uma tragédia,
E a esperança renasça a cada amanhecer, em cada peito, em cada emoção que floresça.
A porta do café a abrigava. A pequena bíblia, em silêncio eloquente, suplicava por alimento para o corpo que a acolhia. Pois, em nosso mundo, a fome havia se sobreposto à fé.
Rodrigo Gael
Não podem ser pessoas boas
aquelas que fazem parte do 1% da população
que detém mais de 90% da riqueza mundial.
Pessoas que acumulam até o final de suas vidas
uma fortuna que elas nunca serão capazes de consumir,
enquanto bilhões de pessoas passam por dificuldades financeiras,
passam fome, adoecem e morrem.
Tais pessoas extremamente ricas
são a mais completa expressão do egoísmo humano.
São culpadas, ainda que involuntariamente,
da maior parte dos males do mundo.
Em cada pedaço de filé que consomem,
degustam a fome de crianças raquíticas ávidas por um pedaço de pão.
Em cada taça de vinho ou de champanhe que tomam,
bebem o sangue daqueles que adoeceram e morreram
por falta de um tratamento médico adequado.
Em cada dia de lazer do qual desfrutam em lugares paradisíacos,
desfrutam da dor e do terror daqueles que sofrem
a violência urbana ou nas regiões de conflito.
Não há o que admirar na saga de quem tanto acumula.
Não são mais do que vermes que chafurdam em prazeres pagos
às custas da miséria da civilização humana.
Não é muito agradável
se lhe pede um alguém
um dinheiro pra comprar
o arroz e o xerém.
Mas, e se fosse você
sem ter nada pra comer,
sem ajuda de ninguém?
O MENDIGO
A calçada é meu lar.
Sou pessoa oprimida.
Cato lixo para achar
uma sobra de comida.
É tão grande a minha fome
que nem sei mais o meu nome
e nem mesmo o que é vida.
A Essência da Hipocrisia
Canta a voz amarga, rasgando a ilusão,
Dos campos sombrios de um chão corrompido,
Onde a lama é trono, em negra ascensão,
E o poder se vende ao mais atrevido.
São caçadores de luzes vazias,
Artistas do engodo, da falsa glória,
Tecem com jactância suas vilanias,
E maculam a pátria com má memória.
Carrapatos vorazes, sugam a vida,
Em fisiologismo pútrido e vil;
Tergiversam em trama torpe e fingida,
Erguendo um império de escárnio febril.
Aloprados em tronos de tirania,
Boçais que governam com mão opressora,
Desalmados que abusam da democracia,
Transfigurando a lei que outrora consola.
Prevaricam, usurpam, em podridão,
Onde a dignidade jaz enterrada,
Fraude e mentira moldam a nação,
Por mãos imorais, brutalizadas.
Mas mesmo no caos que a ética rasga,
Ergue-se ainda o brado de integridade;
Valores inegociáveis brilham,
Contra a ferrugem que o mundo invade.
Pois no oceano da fome e da dor,
No mar de corrupção corrosiva,
A utopia resiste, clama amor,
E a esperança jamais se esquiva.
O trabalhador trabalha,
O empresário ganha.
Só recebe migalha,
Enquanto o empresário ganha.
A barriga ronca,
Mas precisa alimentar as crianças.
O empresário tem a barriga "cheiona",
Enquanto o trabalhador só tem esperança.
A fome assola o mundo,
Matando mil por dia.
Existem ricos vagabundos,
Que nem compartilham.
Recito essa poesia,
Com amor e carinho.
Para que um dia,
A fome acabe e todos estejam "cheinhos".
( Fiz esse poema pra um trabalho de escola)
"Ninguém morre de saudades, nem de amor, nem de tédio.
Mas é melhor você arrumar um emprego, porque de fome se morre, sim!"
☆Haredita Angel
03.03.2016-Facebook