Poema da Fome
A fome…
Não há chaga maior entre nós humanos;
Que a que é tida na maldita fome;
Devido a seus factos tão desumanos;
Nos permitirem consentir tal nome!
Que pena, os tantos milhões, que estragamos;
Não sejam aplicados pra acabar;
Com a maldita chaga que criamos;
Com o nosso tanto, pra o lado olhar!
Andamos à procura de outras vidas;
Tal como, a procurar outro habitar;
Não vendo as que em nós temos, a morrer!...
Não vendo que pra consolar, tais tidas;
Bastar-nos-ia, tão só, não estragar;
Pra essa chaga, cá da Terra varrer.
Com mágoa, por assim sermos;
Acabar com a fome…
Nesta era da em nós globalização;
Acabar com a fome e seu fazer;
É pra nós uma questão de intenção;
É pra nós uma questão de querer!
Oxalá os políticos da Terra;
Se unam para a tal chaga erradicar;
Trocando os maus artefactos da guerra;
Por pão, para com a tal acabar!
Oxalá, tais resolvam, tal fazer;
Por tão fácil, ser pra os tais combinar;
Esse fazer, bastando haver vontade!...
Pra que em nós, pelos tais nasça um bom ver;
Que nos faça a em tais ver, um precisar;
Por os vermos, a inverter tal maldade.
Com esperança, nessa VONTADE, unicamente POLÍTICA;
Às vezes, nossa fome de Deus é tão grande, como a daqueles 5 mil homens, e as circunstâncias da vida só nos oferecem cinco pães e dois peixinhos. Mas lembremos que Jesus sacia essa fome e faz multiplicar, além de nos fazer colher a 30, 60 e a 100 por um!
Saciemos Nele!
Você é minha fome
meu desejo de viver,
a sombra do meu destino...
o amor que me alucina,
bem aventurado no clamor do seu corpo
a vaidade da solidão tão pura,
profunda suas lagrimas...
tudo é culpa do amor.
O poeta quando sente fome
Bota a mesa num poema,
E pra beber, desce o vinho das suas palavras,
E neste poético esquema,
Une o útil ao agradável,
E a sua inspiração age maleável.
“Eis que estão com fome, porém querem bolo pronto e não tem coragem de manusear os ingredientes para concretizar.”
Giovane Silva Santos
GENTIL GENTILEZA
Comida farta em nossas mesas
O Profeta José Datrino
Servia pra saciar
A fome da indelicadeza.
Sem discriminação
Sentavam todos na mesma mesa
Banquete divino
Tendo a paz como sobremesa.
Homens e Mulheres vitimam incondicionais
Desta infame pobreza
Que devora e mata
A maravilhosa obra, criada pela mãe natureza.
Palavras e gestos
Seus bens, com certeza.
Rico tesouro, compartilhado com todos.
Numa gentil gentileza.
Profeta Poeta
Que ensinou com a sutileza
Anunciando aos quatros cantos
Que gentileza gera gentileza.
PARADOXO
Não entendo:
Por quê existe a fome,
se o que não quero vai para o lixo?
Por quê existe a guerra,
se também há o argumento?
Por quê existe desinformação,
se vivemos a globalização?
Por quê a frieza de coração,
se há o calor do amor?
Por quê alguns no ócio,
e outros com sobrecarga?
Só sei que:
Há mentira,
porque a verdade custa caro.
Há inveja,
porque a conquista exige esforço.
Há conflito,
porque Deus me fez único.
Há morte,
para que eu possa descansar.
A maçã que desapareceu
A fome dilacera o estomago das pessoas
Existia dentro da cesta uma maça
A fome trás alucinações
Existia dentro da cesta uma maça
Eles afirmam que a maça estava lá
Existia dentro da cesta uma maça
Cinco dias de fome
Existia dentro da cesta uma maça
A maça desapareceu
Ninguém viu a maça
A fome e a loucura riem das pessoas
Cadê a maça?
Cansado de frieza recebeu o abraço da imensidão!
Por tantas noites mal dormidas, com fome, pavor, frio e na solidão.
Uma noite chuvosa entre tantas outras, mas essa continha um desespero voraz que lhe tomava a alma e o coração.
Na angústia e tentativa de fugir de seus pensamentos e sentidos, elege a bebida como companheira, irmã, amiga de todas as horas.
Deitou-se ao vento num sofrimento profundo em seu último leito embriagado de mundo.
A calçada fria e molhada tomou seu corpo frio e anestesiado pelo vício, esse mesmo vício que também lhe aquecia a carne mas não o livrou da solidão.
Apiedando-se desse grande e agora pequeno homem, recolheu seu sofrimento na imensidão.
Pela manhã seu corpo gélido e molhado pouco sendo notado pela multidão, sem comoção.
As vezes olhares curiosos ou até de inquisição, mas logo seguiam seu caminho e não sofriam.
Foi nesse momento que um pensamento sombrio e recorrente invadiu a minha mente.
Quando foi que deixamos de nos olhar a todos humanamente?
POR UM MUNDO MAIS HIPÓCRITA
Publicado em 1946, O livro de Josué de Castro, GEOGRAFIA DA FOME, aqui, o seu título pode ser traduzido como FOME NO MUNDO, infelizmente, traz nas suas páginas um assunto ainda muito atual, A FOME DE MILHÕES DE SERES HUMANOS.
Outro tema semelhante que está em evidência, de importância relevante, é o CORONA VÍRUS, que é um “sucesso” em todos os meios, com pouquíssimas diferenças da insegurança alimentar.
Diferente da FOME, O CORONA VÍRUS, se tornou uma balbúrdia nos meios de comunicação de massa, que divulgam informações a todo o tempo, até "parecem que estão" num negócio muito rentável.
Mas, o mais bonito de se apreciar é o quanto às pessoas são “solidárias", indivíduos de raças, gêneros e credos distintos, em países preconceituosos, sem as mãos dadas, mas unidos por uma causa tão nobre, "SALVAR A HUMANIDADE", e o fabuloso: patrocinados pelos mais abastados, como é lindo o “amor” entre as classes sociais.
Mas o que une essas pessoas de fato? O afeto? Ou a dura e, despida realidade que COVID — 19, também AFETA OS RICOS, diferente da FOME?
Poluição, Ganância, Pobreza, Fome, Guerra, Droga, Bactérias, Vírus…
Por qualquer de uma destas, TÃO MATAR;
Quer a nós, quer até, à nossa bola;
Agora, nesta ERA, da em casa: ESCOLA;
Temos que nos UNIR, pra BEM pensar!
Pensar, no INSIGNIFICANTES, que somos;
Neste humano corpo, para morrer;
Por um matar, que vem a TÃO CORRER;
Pra transformar: quem SOMOS, em quem FOMOS!
Unamo-nos, IRMÃOS, pra combatermos;
A estas CHAGAS, por ordem decrescente;
Pra BEM VIVERMOS nossas curtas vidas!...
Porque se disso cá, nos esquecermos;
Por termos, pra tais visão, TANTO ausente;
P’la mais pequena, as VEREMOS; tão idas.
Com esperança, porque depois de uma tempestade, sempre costuma a vir a bonança;
Vamos UNIR-NOS e ERRADICÁ-LAS tentar, porque; esta vida está a acabar!
MUNDO 🌹
Um mundo sem homens
Sem deuses sem tempo
sem destino sem hipocrisia
Sem dor e sem fome
O vento corre como um cavalo
Por todos os lados o mar rodeia-me
Deixando recados escritos na praia
Filha da espuma do beijo do mar
Intolerante, inquieto, inconstante
Chove lá fora e o meu coração
Chora de amor e saudade que vem
De dentro, caiem lágrimas de alegria
Afinal esperar por ti não foi em vão
O vento corre e galopa como um cavalo
Rodeado de mar, onde as ondas escrevem
Na areia poesias de amor
Cavalos selvagens, tempestade de neve
Onde correm como o vento
Do seu desalento, pranto sentido choroso
Lágrimas que derretem o gelo da alma
Como fogo ardente selvagem de uma paixão
Corpo nu belo charmoso quente
Quando o nosso sonho perder a luz
Sorria sempre que voltará a luz ao seu sonho encantador
Tudo isso e mais a fome
da cidade e do sertão,
tudo isso e mais o gosto
da pimenta e do limão,
tudo isso, minha gente,
vai perdendo a tradição,
vai ficando na saudade,
na forma de algum refrão,
de algum discurso eficaz
que possa matar a fome
comendo apenas o nome
das comidas de Goiás.
"CAMPO DESERTO"🍂
Mato seco camuflagem traçada
Mata a fome caça felino
Voo da águia aranha rastejante
Faro do lobo pele de cobra
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Olhos de coruja raposa inteligente
Formiga no capim fera ferida
Alma sentida criança perdida
Ciência abafada pele de galinha
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Becos escuros viúvas na solidão
Pensamentos solitários palavras mudas
Olhares maliciosos sombras malignas
Segredos no túmulo suspiros de desejo
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Silencio vazio gritos de dor
Jardim abandonado sangue venenoso
Grades de ferro retratos de sonho
Sentimentos intriguistas vergonha escondida
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Corpo manipulado carne apodrecida
Loucos, tontos intolerantes, invejosos
Cantam, dançam sorriem, choram
Perdidos, estendidos ao sol, à chuva
❀
Tempestade esquecida arriscam o amor
Mouros encantados, elos perdidos
Batalhas enfurecidas, intrigas embriagadas
Consome o coração, sem dor ou paixão
❀
Sem ver, sem tocar, sem ouvir, sem falar
Palavras ditas, não ditas, escritas
Nos dias silenciosos, à chuva ao vento
Onde partimos as correntes de ninguém
❀
Alguém perdido esquecido no tempo
Abraço forte flor perfumada
Cheiro a café quente escaldado
Trilho esquecido caminho perdido
E O VÍRUS RONDOU A FAVELA
Faltava tudo na casa do pobre homem,
só não faltava fome.
Como essa desgraça é coisa pra se matar,
um vírus armado rondou por lá.
Casa sem porta, faltava trancar.
Como era de se esperar,
ao reles morador algo mais faltou:
faltou-lhe o olfato.
Até já se acostumara com esse "nada ter".
- "Ora, se aqui todos suportam o mau-cheiro
da lama e nem mais reclama, olfato pra quê?!"...
Também era asmático.
Ar falto.
Remédio mais ouvido:
- "Mãos ao alto!"...
Digo - pra ser mais enfático:
...o remédio mais ouvido
na entrada de um ouvido
antes de ouvir o estampido...
- "Quem me socorre?"...
Como sempre, ninguém.
Faltou o afeto.
- "Então leve, leve sim,
leve tudo o que tenho,
ninguém se apieda de mim,
mas me salve a vida!"
- "Ai, Senhor, que dor,
quanta falta de amor!"...
Única sentimental saída,
prenúncio de despedida:
É que o vírus,
atlético, patético e antiético,
por não ter encontrado nada,
tirou do nauseante moribundo
o que ele inda lutava pra não perder,
acreditando ser-lhe dalguma valia,
mesmo neste degradado mundo,
onde ninguém o ouve,
onde ninguém o socorre.
onde toda ilusão é vã - e morre.
(fernandoafreire)
Nas mais variadas maneiras encontramos a fome, a sede, são necessidades vitais, alimentar se ao menos do trivial, um gole, uma gota, daquele espírito que vivifica e estreita os laços de morte, pois a ignorância, truculência e rebeldia estão estampadas nas mesas escassas de amor, entendimento ao semelhante, um lenço para enxugar os prantos e nossa fotografia é uma artimanha sórdida, pois nosso umbigo nos faz atrevido inconsequente, invariavelmente ferimos, nos ferimos, porque o orgulho destinado ignorando o semelhante, nos faz o bastante impróprio constrangendo a sagaz maneira de uma alma verdadeira ganhar aptidão, por um sensato coração, enfim hoje assim e por qualquer ocasião.
Giovane Silva Santos
Meu terceiro soneto
A fome
É um vazio na barriga;
É sentir o cheiro da comida e não poder saciar;
É a dor de ver uma criança chorar por um prato de comida;
É pedir a alguém um "restinho de comida" que sobrou do jantar;
É perceber que o que você ganha não é o suficiente ;
É ouvir o choro dos inocentes por um pedaço de pão;
É um gesto de homens, mulheres e crianças estirando uma das mãos;
É ver os pobres apanhando migalhas do chão;
É o sacrifício de não conseguir trazer para casa o pão nosso de cada dia;
É a geladeira de muitos cheia e a sua vazia;
É a mãe enganar a criança deixando ela mamar no peito vazio;
É para o mundo um grande desafio;
É tornar um homem,muitas vezes,um bicho;
É catar comida no lixo.
Poeta Adailton
Amo-te de graça,
Como um respiro em mim,
Pela sobrevivência.
E amando-te,
Sacio a fome
Do meu ser amor.
Simplesmente desperto,
E te amo assim,
Do nada.
Meu slogan e meu tema
e sempre o mesmo,
amar o poema.
Tenho fome de poesia,
e quando vejo elas expostas,
os raios do SOL dos meus elogios,
sai carimbando elas com a palavra "AMEI" 😊
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