Poema da Fome
Estou com fome
Do seu amor
Sacia-me
Estou com sede
Da sua pegada
Sedenta-me
Estou com saudade
Das suas caricias
Sossega-me
Estou com vontade de você
Devora-me
Estou carente de você
Possua-me!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
U M T E M P O P A R A N Ã O E S Q U E C E R
Não se teme quem passa fome e sim quem pensa.
Cuidado com falsos profetas que manipulam sua crença.
Zumbis idolatram seus mitos, não caio nessa, “Penso, logo existo.”
“Amai-vos uns aos outros”, este é o ensinamento de Cristo.
Não precisa ser gênio para pensar, precisa mais do que a visão para enxergar.
O caos, combustível do capital, a hipocrisia que enoja, juízo final.
Andando na corda bamba sobre o abismo, protegido pela água do batismo, a natureza alerta, perigo!
A cerveja gelada meu carnaval, meu samba de uma nota.
Enlatado, encurralado, esperança quase morta.
Marcas e cicatrizes, algemas invisíveis, nos olhares um pedido de socorro.
O poeta já dizia, “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro.”
Um precisa do outro, cada qual com sua história, seu talento.
Só com muita dedicação e educação de verdade, teremos um alento.
Entenda seu lugar no mundo, as regras do jogo.
Recomeçar sempre, um dia de cada vez, sua força vem do conhecimento que possui.
#Reflexãododomingo
A FOME, NO BRASIL, COMO UMA EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL:
O Brasil confirma, infelizmente, uma tendência presente
em toda a sua trajetória histórica, ou seja, a de ser um país fortemente marcado pelas desigualdades em todos os seus aspectos: na distribuição de renda, nas oportunidades de
ascensão social, no acesso a educação, a saúde, a moradia, a alimentação, enfim desigualdades que se expressam nas inúmeras dificuldades que as classes subalternas
enfrentam na luta pela sobrevivência no país na atualidade.
A origem da pobreza desse contingente populacional, não deve ser buscada na falta de recursos, mas sobretudo na má distribuição dos mesmos.No aspecto da desigualdade de renda, os dados são impressionantes.
O Brasil, pois, deste início de seu descobrimento é um país de inúmeras faces; reconhecido no mundo por sua beleza tropical, é também o país mais rico em potencialidades, sobretudo naturais. Olhando sob outro ângulo, no entanto, a realidade se revela menos promissora, pois o que se observa é uma sociedade permeada pela corrupção, pelas desigualdades de todos os tipos e formas cujas expressões mais gritantes são a pobreza e a fome que assolam milhões de brasileiros , tornando-o o país mais socialmente injusto do mundo. “o Brasil, é um grande produtor de grãos, com uma brutal concentração da propriedade rural e níveis alarmantes de fome e miséria.”
poeta Adailton
Eu vejo gente gritando, eu vejo gente com fome;
Eu vejo gente esbanjando, eu vejo gente feliz cantando;
Vejo gente praticando o bem e vejo gente pecando.
Eu vejo de todas as formas e o mundo vai girando...
Vivemos em um país que ostenta gula enquanto outros passam fome de verdade.
Essa é a história da nossa geração?
A fome vai além da produção e do desperdício de alimentos. É uma questão de consciência ambiental, da desigualdade social, improbidades administrativas e de educação financeira.
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A LATA DE SARDINHAS E OUTRA DE
CONSERVA DE FEIJÕES
Há dentro de mim
Muita fome de aprender
A ser
Independente!
E quando à outra fome física
Que leva à tísica
Me querem à força matar,
Eu lhes digo e redigo:
Mesmo seco de morrer
Hei de vos ver
Aqui ou lá, num sofrer
De arrepiar...
Ontem, já no hoje do amanhã
Alguém de outros me trouxeram
E ofereceram
Comida nova
Que fizeram
Quentinha a escaldar
Pelas alminhas,
Que a renova
E me disseram
A abraçar:
Come, é o fruto da nossa paixão!
E eu, depois no aido, engoli;
Mas pensei:
Benditos os que sabem que eu
Não posso viver só de sardinhas
E de feijões de lata!
Se não, morro pelo estômago meu
Na mais breve data...
(Depois, de ter o estômago "enganado" é que me lembrei dos sem-abrigo, mulheres e homens e crianças que as latas de sardinhas e outras de conservas de feijões são uma miragem e então chorei... chorei... por ser tão indiferente e injusto ao males do mundo.)
(Carlos De Castro, a tentar saber de onde vem a razão do lápis de censura do Pensador, in, 27-06-2022)
QUANDO O VENTO MATAVA A FOME A ALGUNS POETAS
Agreste vento do meu viver
Arrasta-me nas tuas asas contigo,
Seja por amor ou maior castigo,
Sou aquela besta de um ser
Que nunca quiseste ser comigo.
Credor sou da má sorte de bicho
Devedor és tu de falsas esperanças
Mortas à nascença como crianças
Abandonados fetos em sacos de lixo.
(Carlos De Castro, in Rio da Cerezelha, 28-06-2022)
Se algum poeta soubesse
Fazer da palavra um pão,
Talvez no mundo houvesse
Menos fome e opressão.
(in Há Um Livro Triste Por Escrever, em 28-05-2024)
MONÓLOGO DA FOME
Eu estou com fome, meu senhor.
Perdi meu emprego, fiquei doente
E hoje moro na rua.
A covid matou metade da minha família.
De onde eu sou?
Não sou da Disneylândia, já morei na Ceilândia, na Estrutural,
No lago Azul, em vários lugares, nesses lugares em que as pessoas não desejam morar.
É hoje eu moro aruá, lugar em que muitos desejariam morar, para ter a liberdade que eu tenho, mas para morar na rua a pessoa precisa passar por onde eu passei, viver o que eu vivi.
Meu senhor, por piedade, diga-me, o senhor vai ou não me dar um prato de comida?
Um cão amarrado e com fome
até ladra mais morde
esperneia mas não come
se alguém não lhe soltar
lá de cima veio a ordem
para o homem dominar.
Não é a força que nos faz
superior ao animal
é a luz da inteligência
que ilumina nossa mente
para um estágio imanente
pra escolher o bem o ou mal.
Mas cada passo que dou é uma agonia maior
pois por mais que eu procure, não te encontro,
e a fome que sinto é cada vez mais forte
como o grito lancinante de uma ave perdida.
Ah, como queria saciar esta minha fome louca,
entregar-me ao sabor do teu corpo, da tua pele,
sentir a doçura do teu beijo em minha boca,
e nutrir meu espirito com o amor que me impele.
Ó minha amada, onde estás neste momento?
Por que te escondes de mim, minha paixão?
Não suporto mais esta dor e este tormento,
traga-me teu amor, traga-me tua sedução.
E assim vou caminhando, com fome e com sede,
à procura deste amor que não encontro,
espalhando pelas ruas minha saudade
e alimentando minha alma com este desencanto
Quando acordei hoje
Eu não atinava em nada!
Saciei minha fome
Saciei minha sede
Daí, oxente!
Vi que só ficoua saudade
Tô aqui retada!
Afeganistão… FOME… falta de HUMANISMO/UNIÃO…
Que bonito tem sido todos vermos;
a humanidade UNIDA, em pra SALVAR;
mas quão triste, é isto em TAL se dar;
mas quão triste, é disto ainda em nós termos.
Apreciai multimilionários;
o que a falta, de o em vós, exagerado;
nos pobrezinhos tão tem provocado!!!
deixai-vos, pois, por tal de ser otários.
Utilizai pra o BEM, vossa fortuna;
que um dia em esta Terra, irá ficar;
pra tentardes SALVAR, ESTA GENTINHA…
Que não tem culpa de ser POBREZINHA;
que até está disposta a trabalhar!!!
retirai, pois, OS TAIS desta lacuna.
Aplicai a fortuna, para SALVAR;
Não deixando a má FOME, OS mais MATAR;
Nem VELHOS MAUS, a ANJINHOS; violar!!!
Com uma indescritível, mágoa;
ERVA DA FOME -
Sou Erva da Fome
que nasce da terra
da solidão que nos come
à morte que enterra!
Sou Erva da Fome
não sou Erva ruim
na esperança que dorme
tão perto de mim!
Sou Erva da Fome
que nasce e persiste
na dor que consome
faz de mim um ser triste!
Sou Erva da Fome
correndo vales e montes
e afogo o meu Nome
no silêncio das Fontes!
De que me vale ter todas as coisas?
A fome em minha alma não se mede.
Virás pra saciar a minha sede?
Tesouros vãos se vão
são ventos, brisas,
Quero buscar primeiro a Ti e ao Reino;
No qual quero chegar feito menino
Guerra, o sangue derrama,a fome espanta e lágrimas escorrem.
Guerra como ainda pode existir guerra?uma coisa que só trais dor,destruição e lágrimas.
Eu sempre falo porque chora se você pode sorri,mas como sorri numa guerra?como tira felicidade de uma coisa tão triste?Eu não sei.
O nordeste visto em outrora
só se via fome e tristeza
miséria, seca e escora
e prato vazio sobre a mesa
mas quem tá vindo de fora
que vê o Nordeste agora
se encanta com tanta beleza.