Poema da Fome
Em um país em que os policiais e professores não têm valor, o que nos resta é desfrutar do mais puro horror!
“Enquanto a ambição, a avareza e o egoísmo reinarem entre os poderosos, jamais acabaremos com a fome e a miséria."
Quando um ser humano faminto preservar a educação diante da comida, saberemos que o mundo foi vencido pelos fracos.
Muitos comem além do necessário e se assentam em tronos, desperdiçando tudo o que antes o próximo precisava para matar a fome.
Mesmo congelando o prazer pela degustação podemos aquiescer sentimentos ainda maiores no coração pela vontade de aprender como controlar nossos impulsos desenfreados da fome.
Fácil ser bom, amável e indiferente ao sistema, quando não se luta diariamente pelo "pão nosso" de cada dia em uma sociedade injusta, desiquilibrada, exclusiva e violenta.
"Na época em que eu crescia, quando o Brasil ainda vivia numa Ditadura Militar, algumas amigas minhas se achavam ricas. Mas descobri, anos mais tarde, que naquela cidade em que nós morávamos só viviam pessoas tão ou muito mais pobres que elas. Aí, caiu a minha ficha, como se diz.
Infelizmente, nesse tempo era assim, pois quem tinha um aparelho de TV e uma linha telefônica se considerava rico, mesmo em meio a tanta pobreza... Na verdade, eram 'ricas' porque os pobres eram pobres demais."
O maior fracasso da humanidade é botar mais dinheiro na manutenção da Guerra do que no combate à Fome.
Alguns são classificados como leões, outros como presas, quem vai devorar quem dependerá sempre do apetite dos dois
Quem jejua por penitência pode até alcançar mil graças, mas afronta aquele daria tudo pela possibilidade da escolha
Hoje em dia, em Portugal, por causa da política, já não se prende ninguém, mas não se livra de passar fome.
Como pode haver fome se há tantas plantações? Como pode pessoas morrerem de frio, se há tantas cobertas, há tantas casas desabitadas, a construção do paraíso só depende de nós... Podemos construir novos hospitais e mandar o governo corrupto pastar. Porque somos um povo unido e não precisamos deles para cuidar de nosso doentes e feridos... podemos construir nossos próprios carros movidos a ar com uma estrutura que se preocupa, não só com a beleza mais com a vida, e plantar arvores frutíferas para todas as crianças e trabalhadores braçais desfrutarem em seus momentos de liberdade...
O princípio das dores já começou: guerras, fome, terremotos, zinco e chikungúnya; picadas e chicotes da terra.
Temos duas opções para o futuro: talvez a questão da desigualdade social exploda de forma pacífica ou violenta, se não seremos escravizados pela minoria que concentra a renda.
E existe a opção da revolução das máquinas que pode facilitar a vida de todo mundo e trazer um equilíbrio social ou alargar ainda mais essa desigualdade.