Poema curto

Cerca de 8754 poema curto

Ao brilhar um relâmpago nascemos,
dura inda seu fulgor quando morremos:
tão curto é o viver!

Glória e amor por que nos consumimos
sombras de um sonho são que perseguimos:
acordar é morrer!

Eu sei que minha frase é curta
mas não é curto o meu pensamento
Se acaso o que falo não curta
Não encurta o meu sentimento

Sou direto igual profecia
Não curto essa de passar recado
Sou do tipo que atravessou o mar vermelho
E riu de quem morreu afogado

Um romance curto,
Mas com muito ardor,
Uma Primavera para o Sol e a Flor.

Apenas um jovem, com o pavio curto
Estava me sentindo preso, queria me liberar
Sonhava com grandes coisas
E queria deixar tudo para trás

Cada poema é uma garrafa de náufrago jogada às águas... Quem a encontra, salva-se a si mesmo.

Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança.

Mas a vida é uma coisa imensa, que não cabe numa teoria, num poema, num dogma, nem mesmo no desespero inteiro dum homem.

Miguel Torga
TORGA, M., Diário

Um poema é a expressão de idÉias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Um poema tanto mais belo é quanto mais parecido for com o cavalo. Por não ter nada de mais nem nada de menos é que o cavalo é o mais belo ser da Criação.

Mario Quintana
Caderno H, Editora Globo - Porto Alegre, 1973

Se nunca nasceste de ti mesmo, dolorosamente, na concepção de um poema... estás enganado: para os poetas não existe parto sem dor.

Mario Quintana
Trecho de carta. In: A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

Quando você compreende o sentido da renúncia, aprende a amar. É nesse momento que a felicidade genuinamente se apodera do seu coração.

"Você é alma e é coração.
É poema e é canção...
É ternura e dedicação..."

"Pediu-me um
nude,
mandei um
poema.
Acho que queria um nude de
corpo.
E eu tolo,
mandei da
Alma!"

Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas

E entre quatro paredes densas
DE funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
com o poema do tempo.

Poema Para Paulo Leminski

vai
meu amigo
desta vez
não vou contigo

a morte
é um vício
muito antigo
só que nunca
aconteceu
comigo

pode ir
que eu não ligo
eu fico por aqui
separando
tijolo do trigo

Queria escrever um poema sobre dias livres,
mas são tempos difíceis para a liberdade…
Até quem luta por ela quer ser dono de alguém.

"...mesmo as pedras, com o tempo, mudam”.

(do poema "Viagem".)

um poema na noite é boêmio,
um boêmio na esquina é um predador,
a lua é dos lobos,
o amor é dos bobos
e ninguém é de ninguém...

Saudade... doce poema
que ninguém entendeu.
Vontade de ter de novo
aquilo que se perdeu.