Poema curto
Sempre há um silêncio no que o outro diz. Mas não compreendemos por achar que só em nós vivem segredos mudos.
Cada vazio é uma vida.
A morte não é uma necessidade do corpo que se deteriora, mas sim uma necessidade da alma que anseia por seu regresso de refazimento.
A cada um foi dado um deserto, sendo como única escolha, a travessia.
E também a todos foram dadas armaduras distintas. Talvez por isso nunca haverá total compreensão das dores, fraquezas, forças e razões alheias.
Sou as renúncias que fiz. O bem que deixei de praticar. As letras que não estudei, os lugares que não passei. O sorriso que neguei e os crimes que, por amor cometi. Pois todas as boas ações que, por ventura, sorte ou conveniência pratiquei nada mais foram que obrigações existenciais.
A superficialidade das relações que hoje nos permitimos viver é o fio condutor das profundas dores que, por fim, nos fará morrer.
Engraçado que, por mais efêmera que a vida seja, o tempo que perpassa por ela é cruel, e por vezes parece interminável. E por muitas vezes finda coisa que, outrora parecia sem fim.
O problema é que a vida não te espera ficar pronto, preparado, treinado...
Ela simplesmente solta os ventos em sua direção, e não importa qual a idade que te compete você nunca será grande o suficiente para certas ventanias.
Um brinde aos nossos sonhos. As nossas sandices que nos diferencia uns dos outros. As nossas crises existenciais e todo e qualquer brilho, raio de luz, foguete, energia, raio, choque, faísca que nos impulsiona a sermos LUZ!
O amor é assim, nos faz reconhecer a quem pertencemos.
Permite-nos adentrar lugares e sem que percebamos deixamos do lado de fora todos os outros espaços do mundo, por identificarmos para o que, de fato, fomos feitos.
Ela está com um pé lá e outro aqui. Se alguma coisa sair do controle ela pode dizer “Eu já sabia. Isso não me surpreende mais”.
Diante do ex-amante proponho um batuque, um samba, uma pausa na coreografia. tomo mais um gole do perigo que eu mesmo interpretei.
Você criou asas enquanto eu despencava do meu próprio andar de um metro & oitenta, então resolvi escrever um livro sobre a pós-modernidade que oprime, deprime & que não manda flores no dia seguinte.
Quero você a todo momento
Curtir se divertir e sentir o que tem ai dentro, se é atração, curtição ou enrolação, o que importa é curtir a vida pois nada é em vão.
Com a mesma paixão, é capaz de recitar a genialidade de um filósofo ou artista distante enquanto aponta como louco ou bobo, o outro gênio da mesa ao lado.
Ontem sofri com uma pedra que pedia socorro pelo bater das ondas na praia e não consegui sentir nenhuma sensibilidade em você. Não, você não é de pedra!
E a esperança que renasce dentro de mim, me faz reviver momentos no qual eu já tinha esquecido, mas seu olhar me trouxe de volta a vida, e com a vida trouxe o amor!
Imprevisível, imperecível, imperfectível na voz calada aguda de curta e grossa. De cada suspiro, respiro e me falta, a falta de ar que te sufoca.
Amanheceu lá em mais uma vez de nós, acordei sentindo o calor do seu corpo e a maciez da sua pele. Entre carinhos, abraços e beijos novamente me vejo, no refletir do seu olhar e em todos os sinônimos de amar.