Poema Concreto sobre Sol e Lua
o sol vai ao longe se apagando
o mar vai engolindo o sol
e os navios na praia chegando
as luzes vão ascedendo
e o meu amor morrendo
na trilha sonora dos desesperados
a lua lacrimeja a noite
serenando em terno açoite
os corações apaixonados.
DESLUMBRE
O mar beija a praia
O céu desenrola seu tapete azul
As nuvens brincam de desenhar
As ondas abraçam as pedras
A garça triste molha os pés na água
O sol mergulha lentamente dando adeus ao dia
O vento levanta a saia da moça
O coqueiro dança
O barquinho vermelho navega feliz
Uma estrela aparece toda faceira por ser a primeira
Um peixe faz um balé nos ares
A lua dá um sorriso
A poeta sorri de volta
Encanta-se
Pensa que o espetáculo foi para ela.
ECLIPSE SAGITÁRIO
Onírico: eis minha força motriz
em cada palmo de crina
só em beleza me embalo
Cavalgo céu a dentro
e sendo arqueiro - de impulso adestrado -
atiço eclipse
sol y lua
em
Sagitário
A luz do por do sol reflete no teu rosto e mostra o teu verdadeiro ser,
que se encanta por um entardecer...
tão magnífico quanto o nascer da lua,
é apreciar tuas curvas...
Com este céu de 05:00h da manhã
O azul prime com seu airoso brilho,
Sem nuvens, quem conjuras o chegar do amanhã?
Que seja! O sol é quem sempre medeia o andarilho.
De ma fenêtre - Da minha janela
Da minha janela, eu via o ir e vir de pessoas sempre apressadas, como o Coelho Branco de Alice no País das Maravilhas. Dentro de seus carros, em suas motos, bicicletas ou mesmo com passos acelerados, suas expressões gritavam “Estou atrasada, estou atrasado! Olha a hora, olha a hora!”
Alguns dias eu observava atentamente e algumas coisas se destacavam. Como os carros, verde limão, amarelo e o rosa que passavam quase sempre no mesmo horário, também havia um simpático casal de ciclistas e um grupo de pessoas barulhentas que caminhavam em direção ao ponto de ônibus. Não conheço, nenhuma dessas pessoas, mas não as vejo mais, suas histórias e seus caminhos, mudaram.
Da minha janela, agora eu vejo a rua vazia, tranquila. E apesar de estar em uma região central de uma capital, é como se fosse um bairro de uma cidade pequena, onde crianças poderiam sem medo, estar correndo, rindo, se divertindo (como eu fazia na minha infância), mas não existem crianças na minha rua.
Da minha janela, alguns dias, eu posso aproveitar os tímidos raios solares, me fascino e tenho medo das tempestades e algumas vezes, vejo a Lua e as estrelas (pois aqui quase sempre o céu está nublado).
Da minha janela, as coisas que mais gosto de ver são aquelas que meus pensamentos trazem, enquanto tomo meu café, meu chimarrão ou minha taça de vinho (depende do momento), e olho para o céu, para as árvores ou para o nada, sem fixar o olhar
Da minha janela eu vejo o meu ontem e planejo o amanhã.
Eu gosto da minha janela!
Luana Kaminski
Na velocidade da luz dos astros do universo, estamos sempre vivendo no passado
A vida é uma eterna evolução e tudo passa na velocidade de um piscar de olhos um segundo, minutos, horas, transforma sempre o presente em passado, a luz do nosso Sol, que está "perto" - em termos astronômicos -, chega a nós com um atraso de 8 minutos, que é o tempo que a luz demora para chegar ao nosso planeta. Na velocidade da luz ela viaja a uma velocidade de 300 mil quilômetros por segundo, este flash de luz é também o tempo que a luz da Lua leva para chegar a terra.
O poder revelado na face de uma mulher!
Uma imagem revela muito mais que mil palavras.
A luz que ilumina os olhos reflete o brilho das estrelas.
Um sorriso tem o poder de mostrar o oásis escondido no meio do deserto.
Os cabelos são como as ondas do mar a revelar uma feminilidade à flor da pele, com uma sensibilidade e um charme capaz de refletir como os raios do Sol ou a luminosidade da Lua cheia.
EXISTÊNCIA
O som dos risos das crianças, aquecem a esperança de dias melhores.
As luzes que abrem caminhos, são os seus olhares ternos e inocentes.
O sol que anuncia o dia e aquece nossos corações.
A lua que apaixona nossa alma de liberdade e amor.
Cativante às águas do mar e suas ondas a nos levar para oportunidades para realizarmos nossos sonhos e lidarmos com todos os jacarés.
Pular cada onda é não ter medo de existir, mas sim viver sabendo que um dia iremos partir com uma bagagem de nossos pensamentos, palavras e ações.
A nossa bagagem serão os resultados, frutos de tudo que enfrentamos e colhemos no decorrer de nossa existência!
(Por Fabiana Barbosa)
Uma noite, um dia...
Já fui tratado como um fantasma,
me tornaram invisível por algum tempo,
o frio e as madrugadas zombavam do meu anonimato,
curiosamente a minha sombra reagiu a tudo em silêncio até que,
uma chegada repentina me trouxe uma mudança generosa e assim do dia pra noite comecei a ser acompanhado pelos olhares atentos da lua bem como fui recebido pelo sol com seus aplausos e abraços quentes,
hoje ao lado dela caminho vendo o mais belo horizonte.
Esteja nova,
cheia,
crescente
ou minguante,
por mais distante...
o Sol nunca deixou de dizer para a Lua:
Bom dia dos namorados!
As vezes, em algumas noites,
um silêncio só meu,
chega impassível, doce e até singelo,
então pensativa e um tanto ausente
como lua nova, envolta em sombras
fujo das auroras solenes,
deslizando,
escondida dentro de mim
Distopia
Que dor é esta que esmaga
Meu peito?
Seria saudade?
Cansaço?
Medo.
Que palma é esta sobre
Meu coração?
Seria paixão?
Ou poeira cinzenta entre
O sim e o não?
Venha a mim, Amor
Traga consigo a dor.
E deixe-me a admirar
Esta lua nebulosa, formosa...
Refletindo o calor em seu olhar.
O fogo ardente
Queima-me incontrolavelmente.
Morrerei a esmo com teu corpo quente.
E venha-me o sol, com seu nascer e seu se pôr.
E venha-me o vento, socorrer-me novamente.
O que diria Citera se me visse neste estado?
Seria faça e refaça
Cada mimo e toda graça.
Viria também Endimião
Mas dessa vez, abandonado em Plutão.
Se o nascer do Sol de novas possibilidades for sedutor o suficiente para te guiar por caminhos incertos e tortuosos, descanse ao pôr do sol do discernimento, por noites precisas, aprecie a reflexão da lua cheia de planos. E, ao raiar do novo dia, em uma lua nova da reorganização do trajeto planejado, trace a exemplo do navegador GPS, nova rota, e siga até a plenitude almejada.
E não perca tempo neste trajeto se perguntando aonde se perdeu? Ou quão estúpida(o) foi ao deixar se levar por emoções ínfimas.
Lembre-se, que na escola da vida, somos aprendizes.
E caminhos incertos, tortos ou retos, são lições que precisamos recapitular neste aprendizado.
E neste sentido, sigo reprogrAmando, sem arrependimento, sem lamento e sem tormento.
Sigo sabendo que todo caminho tem volta. Mesmo que na volta não encontraremos a bagagem que deixamos. E que se perde sem volta, o conteúdo da confiança e cumplicidade, do afeto, desejo e respeito.
Queria
O Sol que raia pela manhã faz um lindo espetaculo sobre a sua pele;
Enaltece sua formosura e desperta sua doçura.
Ha filha da lua como eu quisera ser tua moradia,
para que seu primeiro suspiro do dia se torne minha melódia.
Quisera eu ser o vento para beijar tua face
Quisera eu deleitar nos encantos da sua sedução.
Ai como queria ser a chuva para acariciar tão formosura.
Quisera eu abraçar te como a noite.
Dividir um café e depois um cafuné;
Pois sou apesnas um poeta desconhecido onde só me resta a escrita.
Escrevo a minha saudade porque tua ausência vem ferindo minha alma a cada dia em que o sol se põe e que a lua nasce...
Cada estrela é como uma lágrima quente e cheia de dor!
Pois você está em cada riso ausente, em cada sonho distante, como um tormento presente na escuridão que agora se segue em minha vida!
Que o nosso dia seja pleno
da alvorada até o arrebol
que a noite tenha um bom sereno
e depois da lua que venha novamente o sol...
..onde quer que eu vá...
que eu sempre possa te ofertar o melhor de mim;
o meu presente mais simples;
como o meu sorriso por exemplo que chega marcante como o perfume das flores na primavera.
E como quem não quer nada;chega pra ficar
se esticando até o verão
e ainda assim, ilumina e brilha tal como o sol, tal como a lua...
Kalinda Barbosa Moraes.Poetisa/jornalista web e escritora independente.

E se não houvesse noite?
Os amores noturnos não haveriam
As estrelas no céu não brilharam
As paixões proibidas não existiriam
Se não houvesse noite, o Sol não descansaria.
A Lua, para brilhar, não teria o seu espaço
O Sol não seria um cavalheiro
E no seu compasso
Brilharia sozinho o dia inteiro.
Romeu, por Julieta, não teria se apaixonado
Em seus encontros às escondidas
Arriscava a sua vida
Para amar e ser amado.
A inconstância dos fenômenos naturais
O dia passa devagar na velocidade de segundos
A luz do sol e da lua clareia a noite escura
Que chega muito rápido apesar do dia devagar
E que demora a ir para o sol não chegar
Mas ele quer raiar e reinar
Antes da noite novamente começar e a estrela brilhar
Mas se a nuvem ofuscar, a estrela apagará?
Ou ela somente sumirá no momento em que a nuvem passar?
O importante é que de novo aparecerá
E só sumirá quando o sol brilhar
Como a estrela o sol também brilha
Eles formam uma dupla separada na sua individualidade
Mas juntos no mesmo céu
E cobertos pela mesma nuvem
A nuvem que fecha e acinzenta o céu
Mas que enceta e colore o arco-íris
Que faz renascer
Desde o amanhecer ao anoitecer.