Poema sobre a Chuva e o Vento
Abrigo
O Homem procura abrigar-se.
Abrigar-se da chuva, do vento.
Da tempestade, da intempérie.
Um abrigo pode ser uma casa,
Mas também um local
Em que estamos seguros.
Abrigar-se é resguardar-se
E precaver-se, pois, um abrigo é um bem,
Que além de nos salvar a vida,
Livra-nos do escuro também.
Gosto do cheiro de café.
Gosto do vento no rosto, e da chuva na pele.
O amanhecer do sol, e o pôr
Esqueço das grandes coisas, mas me lembro das pequenas, que fazem as coisas explodirem.
O canto do violão desafinado, a sombra da dança mal ensaiada sobre viver.
Gosto de viver.
E gosto de morrer.
A chuva cai sem rumo, sem razão,
Como lágrimas que o vento leva ao chão.
Na alma, um vazio, um abismo profundo,
Onde as estrelas já não brilham no mundo.
O silêncio grita dentro de mim,
Tão alto, tão denso, parece sem fim.
Os dias passam lentos, sem cor,
Um eco distante do que já foi amor.
O coração bate, mas não sente mais,
Perdeu-se nas sombras de sonhos iguais.
E o tempo, implacável, segue sua trilha,
Levando embora a última fagulha.
Fico aqui, na escuridão,
Entre os cacos de uma ilusão.
Quem sabe um dia eu volte a sorrir,
Mas hoje, só resta o triste existir.
O canto da tempestade
Na tempestade a chuva canta
Acompanhada pelo vento
O que para alguns é tormento
Para outros é relento
E ao continuar da canção
Chega ele o imponente trovão
O que a alguns assusta
A outros é belo aos olhos
O que precede sua chegada
O céu pinta, borda e rasga
Como um imenso clarão
Todos participam dessa canção
Que diz não sobre uma tempestade
Mas te alerta para ter maturidade
De ficar onde há encanto
Com aqueles que veem a vida como um canto.
Leonardo Procópio
Pindamonhangaba - Outubro de 2024
A passagem
Da água
Da chuva
Do fogo
Do vento
Da brisa
Do tornado
Do ano
Da encarnação
Da vida para outro plano
É inevitável
Não sabemos
O que sobra
E nem quem vai ou fica!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Se a chuva vier e o sol não brilhar.
Eu prometo ficar ao pé de ti e te secar.
Se o vento soprar forte e as pétalas de rosa levar.
Eu prometo uma outra rosa te dar.
A chuva cai no telhado e um vento forte bate lá fora, estou aqui dentro na solidão, um frio com intensidade e morrendo de vontade de estar em teus braços, sentir teu cheiro e teu corpo no meu e teus beijos que há tempos meus lábios procuram por eles.
Se estou te esperando?
Nem sei explicar o que sinto agora, só sei que sinto saudades, eu sei que você não é mais aquilo que sempre sonhei, então fico assim nessa saudade que dilacera meu coração, não sabendo como te esquecer,
Não é que eu seja boba, é que desapegar não é tão fácil assim, afinal, você passou muito tempo na minha vida.
Eu sei, daria tudo pra ser diferente, mas o que sobrou de mim foi saudades do que não volta mais, ah como eu o amei, como tudo foi verdadeiro, como amava tudo o que você tinha, mas o cristal quebrou, só lamento não poder mudar nada, sinto tanta saudades que chega a doer, mas vai passar.
A alma é o lago.
depois de muito sol
depois vem o vento
que trás a chuva.
que banham os rios e nascentes.
Eu o lago fico esperando a sua alma
se espelhar em mim. Criando vida.
em meu lugar.
Entre eu e o mar, teus olhos.
Entre o sol e eu, teus olhos.
Entre a chuva, o vento...
E eu,
Teus olhos.
Entre a música
O som, melodias...teus olhos.
Entre eu e a tarde, teu olhos.
Entre o verde, a poesia...teus olhos.
Entre a festa, a fossa...teus olhos.
Na taça, nos versos...vinho, teus olhos.
Entre o canto, a sereia...as ondas, teus olhos.
Nas flores, eu...teus olhos.
Nas madrugadas, sem sono...teus olhos.
Vejo,sinto...entre eu, teus olhos !
01/10/2017
São os pingos de chuva no meio do asfalto
São os carros estacionados
É a chuva que cai
É o vento que balança as árvores
São as luzes acesas dos postes
É o carro que passa
É a TV acesa do vizinho
É a luz ligada no prédio ao lado
Sou eu observando
É a vida em movimento
Eu fiz um samba tão triste
que quando saiu minha escola
desabou um temporal
chuva, vento e trovoada
e a minha batucada
parecia um berimbau
a letra do samba enredo
citava mistérios e segredos
de um sobrenatural
sob o frio tive medo
tremi voz, pernas e dedos
suei frio e passei mal
Meados do tempo
Lagrimas de chuva
Corriqueiro vento
Noturno o medo
Como espelho tem falas
Meia Noite ventania
Sobre algoz terror...
Passado o momento
Trêmulo as dores garganta seca...
Sono que se encontra dormindo...
Parece ser último no ar da madrugada.
Ambiguidade de tais formas surgem
Essas almas que argumenta atroz flagelo.
Em gritos se dissolve com amanhecer.
São bem mais o que aparece ser.
Entretanto o bocejo parece mais um dia longo.
Vida
Foram ao meu ver,
O tempo, o vento,
A chuva, a fragrância.
Restando apenas essa minha pequena esperança.
Foi ao meu ver,
Um veneno a crescer.
Que não importava o que se fazia ele não se esvaziaria do corpo
Por isso sobre medidas eu vou lhe dizer.
Terei sempre um olhar sobre você, minha querida.
A vida e a morte
Eles levam e trazem a nossa sorte,
Pode ser passageiro ou apenas ilusão, mas sei que nunca foi em vão.
E isso me faz perceber,
O quanto quero me fortalecer...
Por que sempre vou cair, mas terá algo que logo me levantará
Sabe do que eu a chamo?
Vida...
Esta chuva
Lá vem a chuva
do firmamento
rasgando o espaço
seguindo o vento
trazendo a paz
quando em calmaria
ou preocupação
se em demasia...
mel
Elemento fogo...
A chuva alimenta minhas emoções...
Então vento vem arrebata alma...
O queima minhas tristezas...
A terra traz a esperança...
Voraz sonho maravilhoso...
O ar que respiro desnorteia o espírito...
Aurora trazem sentimentos adormecidos...
Clara nasceu numa aldeia onde o céu era sempre azul. Lá, o vento soprava suave, a chuva caía mansa, e nunca se ouviu o eco de um trovão. O frio não cortava, os relâmpagos não riscavam o firmamento, e a noite chegava sempre tranquila, sem ameaças.
Por isso, quando visitou um vilarejo distante e viu o céu escurecer pela primeira vez, sentiu o coração apertar. Os primeiros estrondos pareciam rugidos de feras invisíveis, e os relâmpagos arriscavam o horizonte como garras luminosas. Enquanto todos ao redor admiravam a dança dos relâmpagos, Clara se encolhia, aterrorizada.
Até que, um dia, uma tempestade a surpreendeu longe de casa. Sem refúgio, sem o céu azul de sua aldeia para observar-la, ela decidiu enfrentar o medo. Com a voz trêmula, os olhos às nuvens e singularmente: "Por que me perseguem?"
Para sua surpresa, os trovões responderam, não com um rugido ameaçador, mas com uma voz grave e antiga: "Não temas nossa voz, pequena. Somos mensageiros, não inimigos."
Intrigada, Clara começou a escutar. Descobriu que os trovões não eram ameaças, mas avisos. Aprendeu a decifrar seus sinais: um trovão breve fez calmaria, três seguidos anunciaram tempestades. O que antes era apenas medo de se transformar em compreensão.
Quando voltou para casa, Clara trouxe consigo um novo conhecimento. Sua aldeia, acostumada ao eterno azul do céu, passou a ouvir histórias sobre as tempestades. E, quando um dia as nuvens escuras finalmente chegaram à terra, Clara se apresentou diante delas e sugeriu uma canção suave. Os trovões, confirmando sua coragem, ecoaram em toneladas mais brandas, anunciando a chegada da chuva sem medo, apenas respeito.
Desde então, sua aldeia não teme os trovões — escuta. E Clara, a menina que veio do céu sempre azul, tornou-se guardiã entre a terra e o céu, lembrando a todos que o desconhecido, quando compreendido, transforma-se em poder.
Está muito escuro ainda
As folhas rolam pelo asfalto
Parece chuva
Mas é só o vento
Ouço um gemido bem longe
De um gatinho enamorado
O som abafado de uma música
Estou só, novamente
O frio castiga meu corpo e minha alma
Gosto desse castigo
Quero sofrer
Para que seja maior que a saudade que sinto de você
Choro
Muito
Minhas lágrimas, caem na agenda
Onde escrevo e borram meus escritos
Nem precisaria escrever, sei de cor o que sinto
Não entendo porque choro!!!!
Você só foi até ali.......
Mas esse logo ali é tão ruim
Me castiga
Não somos acostumados a ficar longe
Contínuo ouvindo o som dos carros, buzinas, vozes bem bem distante
Uns sussurros
A mente fica cheia, vazia
Resolvo andar pela casa
É pior
Vejo seu copo, que ainda não lavei
Seu roupão no banheiro
Seus sapatos esparramados pelo quarto
E eu te ensino tanto a guarda-los
Parece tudo em desordem
No dia a dia
Mas agora nesse momento
É saudade
Ouço o vento
Escuto teus olhos
Sinto o mar
Vem teu cheiro
Olho à lua
Te vejo
Cai a chuva
Me seduz
Pássaros cantam
Vem tua voz !
11/01/2020
no sopro no infinito
a tal solitude do vento
acalma a alma
no fogo do desejo a chuva cai.
sob delírio voz da noite paira.
mais ainda suspenso na escuridão.
vultos que acalentado no espirito.
Eu sou o vento que corta e a chuva que cai.
A espada que alguém forja pelo caminho por onde vai.
Mesmo sendo isto tudo não me posso esquecer,
Pois sendo sortudo, tudo me pode acontecer!
Mas mesmo que não tenha sorte e algo de mal aparecer,
Lutarei sempre forte e tudo no fim farei acontecer!