Poema Concreto
Provas de amor nem sempre são palpáveis
Elas acontecem em um tempo-espaço indiferente ao concreto
São esboçadas de uma forma súbita, despejadas
Nem sempre explicitas, elas nascem da necessidade de falar de algo que continua guardado, do sentimento que permanece e que mesmo sujeito a todas intempéries, variáveis e transformações, nunca deixou de me habitar.
ODE AO INFINIT(O)ESIMAL
O discreto presente.
O presente secreto.
Nada de concreto e estrato.
Nada de abstrato e concreto.
Óh Deus, é muito bom pra ser verdade!
Deus é muito bom pra ser verdade, óh!
Quando eu falo que amo não é nenhuma ilusão,
nem fantasia nem imaginação.
É real, concreto é puro decreto...
Quando eu digo que amo é porque
realmente estou sendo coerente e ciente
que minhas palavras ditas
são todas reciprocas.
garoa
São Paulo, florestas de concreto,
pessoas escravas do tempo e perto,
das loucuras, pressas e vetos,
a garoa, insistente, tempo incertos.
Passear por estes vales cinzentos,
de pessoas vivaz e de conhecimentos,
felicidade as vezes, momentos inquietos,
livre o ser com pensamentos abertos.
Sob a terra sobrevivem,
por túneis, dutos, trilhos por si deslizem,
milhões por dia como formigas vivem,
periferias a quem se habitem.
Impossível descrever no ver,
toda essa loucura de sonhos para ter,
um cantinho, barraquinho para viver,
por ti garoa, outras vezes quero te ter.
Concreto, fé e suor!
Sonhos de uma selva,
Humanamente de pedra.
Do pó as muralhas
Que protegem, cercam e separam,
Aniquilando liberdade e sonhos.
Reféns da própria ganancia!
Amarrados pela fome do luxo!
Aonde o chão é feito de concreto
Lagrima alguma pode tocar,
Não se permite fazer a vida
Ou a esperança brotar.
Já acabou o dia que esta por vir,
Esboço informe do concreto irreal.
Tudo. Tudo cessa dentro de mim;
No silêncio noturno sepulcral.
No ensejo de ver-te sem ver-lhe
A face bela de sorriso afável.
Brinco que sonho de dizer-lhe
Sentindo o calor do teu abraço.
Fotografo a penumbra de minh’alma
Na noite fagueira de uma data sem ano.
Escondo-me sempre na tua calma...
Sussurrando digo que, Eu Te Amo.
EDIFICIO
Edifício diante de tanto concreto
Não sentir-se abstrato...
Edifício diante de tanta opulência
Não sentir-se humilhado...
Edifício diante de tanto luxo
Não sentir-se miserável...
Edifício diante de tantos espelhos
Não sentir-se desfigurado...
Edifício diante de tantos andares
Não sentir-se sem passos...
Edifício dentro do elevador não sentir-se
Rebaixado
Edifício diante de tantas câmeras
Não se sentir marginal
Edifício no jardim não se sentri
Um gnomo
Edifício na cobertura
Não se sentir um sem teto
Edifício diante de olhares
Não se sentir um suspeito...
Porque no “é difícil” onde moro
São fáceis os sorrisos, a hospitalidade,
a amizade...
Ciência que se renova
Odeiam mas não vivem sem
Limítrofe entre o abstrato mas concreto
Fantasioso e o real
Elocubra mesmo que não descubra
O dia em que o concreto do arquiteto desabou
O que sabes de mim
Se tens meus versos
Mas se a mim, de fato
Nunca tivestes?
O papel, mentiroso de berço
É um inteiro de um amor um terço
Em um terço de hora.
Agora,
O que tenho
Arquiteto?
Apenas um desenho
De resto?
Desenho...
Ou rabisco?
Nos olhos, um cisco
É o que tens,
Arquiteto,
Pois não enxergas além da tua planta
O deserto.
De certo
Do chão estás perto,
Arquiteto,
E minha cabeça no teto,
aqui,
perto.
Enquanto és arquiteto,
Sou “aquiperto”... e tão longe.
Podes construir o que quiseres de frio concreto,
Ergas os prédios com os quais sempre flerta,
Pois enfim, caro Arquiteto,
Terás poema sangrando aberto,
Mas jamais o amor concreto de uma poeta.
Enxergo ao longe
O infinito azul celestial
Definições perdidas
Nada de concreto
Ouvi dizer
Que depois do fim sempre há um recomeço
Será verdade?
O que importa?
Não existe fim, começo ou recomeço!
Sempre me apeguei a conceitos predeterminados!
Como fui tolo!
Sou meu próprio conceito, sem conceito.
Tempo perdido?
Que tempo?
Como perder o tempo?
Também nao existe tempo!
Conceitos, tempo, explicações existenciais..
Pretextos para preencher o vazio de um detalhe denominado: VIDA!
A
“A” é a primeira letra de quase todo alfabeto,
“A” águia e Aleph isso é algo concreto.
Águia para o povo egípcio,
Aleph o touro para o povo fenício.
Alfa para o grego e “A” para o romano,
Tem poder místico se eu não me engano.
O “A” pode ser “Ô da macia lã,
Ou da preguiça que dá de manhã.
O “A” pode ser “Á” da pessoa má,
O da certeza que ali ele está.
E nosso “A” com a tal da crase,
É para mudar o seu som, ou quase.
“A” é o Lá isso é na melodia
“A” de ampere coisa de energia
“a” é are na medida de terreno
Tem “A” no mar e no céu sereno.
Há tanto “A” que me perco por completo
Amor. Adoro. minha mãe Antonietta,
Ana e Andrea amigas espalhadas pelo planeta
Angelise e Alessandra amiga e irmã
Adílio, Adriano e Adeildo dádivas de Tupã.
Aurélio, meu querido amigo irmão.
Que já me impediu de ir para o chão.
Mas o “A” também é de tristeza,
“A” de adeus e isso é uma dureza...
E o seu “A” é do que?
André Zanarella 17-01-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4703810
Nas cidades muita gente por metro quadrado
em meio ao concreto que Nao cultiva nada
e só consome.
E agora... está vindo a revolta do planeta
vai fazer o que...
Paixão e amor
A paixão é dispersa, o amor é concreto; a paixão tira o sono, o amor faz sonhar; a paixão é passageira, o amor é eterno.
''... Mil acasos me levam a você
No mundo concreto ou virtual
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus...''
F – ÉFE
“F” é a sexta letra de nosso alfabeto.
Ela veio dos fenícios e isso é concreto
O “U”, “V”, “W” e “Y” vieram de quem?
Do nosso “F” e de mais ninguém!
Da historia do “F” sei somente isso,
E passar o que eu sei é meu compromisso.
“F” pode ser flúor e também fenilalanina.
O segundo dá origem a adrenalina.
“F” que para mim sai física e vai ao cinema,
“Que “F” esteja com você!” É o Jedi no poema.
“F” ou “V” que já não fez esse tipo de teste?
Rio São Francisco fica lá no nosso nordeste!
Sei que tem muito mais “F” no nosso mundo,
“F” nas diferentes áreas basta ir mais fundo.
Meu santo de devoção é São Francisco.
Fadas, fantasias e monte de “F” num rabisco.
E você quais são “F” que você lembra agora?
Entre na brincadeira, vamos embora!
André Zanarella 15-09-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4444385
Parque Municipal de Belo Horizonte
CHÁCARA DO SAPO
Resistindo ao concreto, seus lagos e plantas, ventos e contra tempos
Comprimido entre prédios e carros, suas raízes um tapete alimenta
Como um jovem do interior, seu passado a todos comenta
Pensamentos no jardim das borboletas, um verde parque traquejado
Inativo no Bebedouro dos Burros, entre Deusas, facilmente observado
Samotrácia lembra as vitórias, quase esquecida, Afrodite o amor a sugerir
Perambulando entre jaqueiras, ciprestes e figueiras, sentimentos ali
Subindo pelo arco de madeira, com Anita sobre a Ilha dos Amores
Bosquejado por Villon; sempre lembrados na Praça dos Fundadores
Por:ClaudineyPenaforte
O deserto é longo
Não vejo nada concreto
Só miragens tão reais por algum momento
Com o tempo o corpo de acostuma
Com o sol intenso, grãos de areia no corpo e o vazio
Os olhos secam
A mente seca
O sentimento seca.
nessa tua
piscina rasa
mergulhei
me joguei
eu cai
me afundei
no concreto
há se...
não tivesse sido
tão direto