Poema Concreto
Enraizado em concreto,
Ele expôs toda sua naturalidade.
Crendo num volume exorbitante de coisas,
Obviamente a nenhuma delas,
Atribuiu muito crédito.
Escrever é fácil...
Falo do concreto e do frágil,
Onde em linhas, me tornei hábil!
Mas, escrever é difícil...
Porque é o início da construção,
Do meu maior edifício!
Leandrowski
LHR Thoughts ™
passadas estacadas
pensamentos vulgares.
Destino volúveis
trajetos de concreto
chegada prevista.
o que pensar se as palavras não se alinham,
não se resumem não sessam . .
ó dor aperta forte, larga as pétalas, respira.
ESSE MUNDO SÃO PAULO...
Teus braços são de concreto
Mas, não me amedrontam
Ah! Minha linda São Paulo
Essa terra que a mim encanta
Vive-se num mundo lindo
Povo que abraça e acolhe
A noite é de sonhos
Boêmia deslumbrante
Se ama mulheres de todo lugar...
Aqui se vive, se bebe, dança e canta...
Ah! Como eu gosto dessa vida noturna
Passear nesses parques, nos museus,
Os shoping's cheios de gente, que chamam atenção
Ninguém sabe de que mundo para onde vão, ou virão
A Cantareira desse lindo mercado...Iguarias a mil
Um chopp gelado, salgados empanados, um kibe...
25 de março, Braz, Liberdade, Praça Da Sé...
O Bar da Brahma...Que felicidade!
Daquele sereno do orvalho da noite,
Que parecem cortes de faca
Na fria madrugada da Paulista...Alô São Paulo!
Que saudades que eu tenho!
CONCRETO
sinto na pele
o toque
frio
tenaz
concreto
meu corpo sucumbe
mas não o coração, que sem noção insiste
tampouco a mente, que brava mente resiste
na sensação de um tempo estagnado
não mais suporto esta pressão
que só aumenta e atormenta
tempo, por que não passa?
venha logo e me leve deste inferno
por que esta eternidade?
será esta sua última maldade?
ah, não mais importa
pois agora eu realizo
meu iminente e certo fim
neste eminente instante
que, de agora em diante, será eterno, constante
minha mente inebria-se
e se entrega ao coração
que pulsa lentamente
e mantém a mente tão lenta quanto vazia
solto meu último suspiro
e, assim, não mais respiro
esmagado, morro sozinho
sob o peso do concreto
quisera eu não houvesse peso
quisera eu fosse abstrato
Parque Municipal de Belo Horizonte
CHÁCARA DO SAPO
Resistindo ao concreto, seus lagos e plantas, ventos e contra tempos
Comprimido entre prédios e carros, suas raízes um tapete alimenta
Como um jovem do interior, seu passado a todos comenta
Pensamentos no jardim das borboletas, um verde parque traquejado
Inativo no Bebedouro dos Burros, entre Deusas, facilmente observado
Samotrácia lembra as vitórias, quase esquecida, Afrodite o amor a sugerir
Perambulando entre jaqueiras, ciprestes e figueiras, sentimentos ali
Subindo pelo arco de madeira, com Anita sobre a Ilha dos Amores
Bosquejado por Villon; sempre lembrados na Praça dos Fundadores
Por:ClaudineyPenaforte
CONTRASTE SOCIAL
Sob a ponte de concreto,
Anônimo, Pedro mora
Com a mulher e três filhos,
absorvendo a fetidez
De moluscos e crustáceos
Putrefactos, poluídos.
Semblante ácido e apático,
Olhos mórbidos e anêmicos,
Como um sintoma hepático!
E, no estômago erosivo,
Se amontoam vermes ávidos!..
Quero ter um caso concreto
com você,
mas não quero que seja divergente,
quero uma só corrente
que entrelace as boas intenções
da gente.
Quero mesmo ter um caso
concreto
com você.
Mas não é "concreto" de cimento,
é "concreto" por ser real,
tendo como norma de fundamento
a de eficácia plena ao casal.
Quero viver um caso concreto
com você.
E a gente chamará este caso
de nosso caso,
caso você queira, é claro.
Só não sei se "a gente"
é pronome do caso reto
ou do caso oblíquo.
Ou de nenhum dos casos?
É, talvez eu esteja criando
caso à toa...
Mas não!
Você é o maior CASO
que eu quero
e espero
na vida.
De todos os CASOS
que eu já vivi
você não é
despedida.
Com base na minha carência,
te quero com tanta urgência
que o meu caso parece
caso de polícia.
Se eu não me policiar,
te prendo em mim
comigo dentro
sem chave
e sem chance
de livramento.
Então, você já sabe que eu quero
realmente,
ter um caso concreto
com você.
E neste caso,
por acaso,
quem sabe
eu caso.
A solidão se concretiza no silêncio.
É a certeza de que só existe ar e concreto,
Entre sua alma e tudo a sua volta.
É o vácuo que pressiona nosso corpo
Contra matérias frias e duras.
CONCRETO NAS NUVENS
Eu tenha um sonho
por dentro... Lá dentro
Como se fosse pó de cimento.
Que como pó voava...
Voava como se tivesse penas
Voava, como se batesse asas.
Mas o sonho de cimento
com o orvalho, virou grude
e veio as lagrimas d'água...
Fazendo concreto nas nuvens.
Antonio Montes
Há um muro de concreto.
Um dilúvio no deserto.
... Um delírio, um delito!
Um furo profundo no muro
– Que a chuva traga, que a noite caia
Que a vida leve, que os ditos não ditos nos digam!
Há um vácuo vago no espaço
Um vazio opaco nesses traços...
Um passado pairado em pedaços
O pudor, o poder, o pisar dos passos.
Há uma figura, um figurante
Um sentido, um figurado...
Um dia sortido, efeito surtido!
– Álibi mediato. Alívio imediato.
Há quem diga que não entende
Quem não entende o ditado
– Há um rio, um riso, um raio!
O escuro, o escudo... Um espelho quebrado.
POEMA DE NATAL
Que este natal
Seja um nascimento
Cimento e cal
Para o concreto
De seus projetos
Seja a semente
Daquele passo adiante
Que você sempre quis
Saúde Felicidade
Trabalho Prosperidade
Para você sua família
Seu povo sua cidade
Seu país
Que você realize
Todos os sonhos do coração
Seu jardim floresça
Seus filhos cresçam
Que tudo de bom lhe aconteça
A você e aos que você ama
Que seus negócios se multipliquem por mil
E tudo que está bom
Seja melhor ainda
Que a dor e a tristeza
Não tenham lugar à sua mesa
Tudo do bom e do melhor
Para você e os seus
Com as graças de Deus
A noite não passou
de um pensamento
Flutuou
qual aos sonhos sonhados
Ponho então
o concreto e o abstrato
Lado a lado
Eu vivi assim devido aos sonhos
ou sonhei assim devido à vida ?
E meu dia já começa
Repleto de perguntas
Não posso mais deixá-las
Todas juntas
Não há calma e nem há pressa
Não há em minh'alma
Nem mesmo a promessa
de que haverá,
em alguma manhã dessas
resposta convincente
Saio à rua e vou viver meu dia
Se não há como saber
Não hei de viver somente
dessa vontade inquietante
de querer saber
Hei apenas de viver como quem gosta
de ler e escrever poesia.
abstracto/concreto
Muitas pessoas utilizam o termo "abstracto" para referir algo impreciso, vago, sem conexão com a realidade e sem objectividade. Mas isso é incorrecto. Um termo refere algo abstracto se aquilo que é referido por esse termo não tem existência espácio-temporal, isto é, se não existe num lugar qualquer nem num determinado momento. Por exemplo, a justiça é uma entidade abstracta, pois não tem localização espácio-temporal,
não se podendo confundir com os casos concretos de situações justas, que têm localização espácio-temporal.
As propriedades são, pois, exemplos típicos de "coisas" abstractas; a propriedade de ser árvore, por exemplo, não se confunde com as próprias árvores.
Cada árvore em particular é concreta, dado que existe no espaço e no tempo; mas a própria propriedade de ser árvore é abstracta dado que não existe no espaço nem no tempo. Supostamente, os números e as proposições (ver PROPOSIÇÃO) também não têm existência espácio-temporal, pelo que são exemplos comuns de entidades abstractas.
Por sua vez, diz-se que uma entidade é concreta se tem uma existência espácio-temporal, ou seja, se existe ou existiu numa dada ocasião, num certo sítio. Assim, a árvore que está neste momento à entrada do portão principal da minha escola é uma entidade concreta. Exemplos de entidades concretas são também a dor de dentes que tive hoje à tarde, o suspiro de Pedro ao ver Inês, a ponte Vasco da Gama, a Marisa Cruz, etc.
Esta distinção nem sempre é pacífica: os nominalistas, por exemplo, rejeitam a existência de entidades abstractas.
Magnetismo concreto
Dos intervalos passo a passo
Um magnetismo concreto
Sem perceber foi traduzido
Em meu estado Sóbrio
Voraz incerto certo
Um magnetismo concreto
Do prudente e louco
A fantasia do amanhã
Meu erro ou acerto
Minha culpa ou desculta
Ela bela hoje ontem
Em um magnetismo concreto
Procura-se um amor, que seja real, concreto e leal;
Procura-se um amor, que seja duradouro, forte e verdadeiro;
Procura-se um amor, que esbanje compreensão, carinho e atenção;
Procura-se um amor, que queria realmente amar, estar junto e abraçar;
Procura-se um amor, para a alegria e a tristeza, para a saúde e a doença;
Procura-se um amor, mesmo que áspero, o amor que eu espero, o meu amor sincero.
Nem tudo que eu falar será indolor, mas será concreto, entendo a situação e não a desejaria nem a meu pior inimigo, mas não se culpe. Cada beijo, cada abraço, cada briguinha tola, aqueles pedidos de casamento, ligações só ocorreram por você ter sido exatamente assim, você mesma.
Demora, só Deus sabe o quanto tu irá sorrir para não chorar, o quanto tu irá fingir por sentir-se culpada de estar novamente chorando pitangas, mas a dor ameniza e uma hora você vai conseguir lembrar dele sorrindo, talvez com lágrimas nos olhos, mas sorrindo por ter tido a chance de estar com ele de uma forma ímpar que só tu teve.
Me entende
Eu caminho só, mas não estou sozinho.
Ando em meio à selva de concreto e fios
Eu caminho só, mas não estou sozinho.
Ando em meio à selva, mas não piso em espinhos.
Na minha caminhada os perigos são constantes
Pouco se sente o perfume das rosas
Só o cheiro violenta da pólvora, esta no ar.
Meu passado, meu futuro e agora onde estou
É presente, estou a presenciar, um homem
Com muitos sonhos e poucas chances de realizar
Sou a ditadura e não o ditador sou vivo e não a vida
Sou o efeito e não a causa, sou o capricho da alma
De um louco, que sonha que com esforço realizar
Seus sonhos sou a amargura de um jovem que perdeu
O primeiro amor, que é ditado a sofrer, vive por viver
Causando a dor, você entende o que eu sou?
Já quiseste ser livre, pra se prender a alguém?
Já sofreu o mal de quem chamou de ‘meu bem’?
Se sim, eu quero te dizer, eu também te entendo
Só escrevi essas coisas, pra você poder me entender
Que quando eu fico altas horas acordado
Não é pensando em mim, é pensando em você.
Terra cinza de concreto
Lugar que se torna infértil
Natureza bela e gentil
Com delicadeza o concreto partiu
Nasceu uma linda flor
Que o concreto não matou
Um coração que se endureceu
Tornou-se terra cinza de concreto
Também se partira com um gesto de delicadeza
Fazendo voltar a pulsar seu calor e sua gentileza
O CONCRETO E O VERDE
Dá pra ver pela janela
Que ainda é pouca a esperança,
Mas, tão vibrante a música,
Que sem compreender se canta.
E o verde ignora o concreto,
Confunde sua arrogância.