Poema Concreto
CONCRETO É...
Amar quem nos ama de volta,
Querer quem nos quer por perto,
Acreditar em quem de nós não duvida e
Esperar por quem não vai faltar.
Nara Minervino
É tão rico e majestoso,
Não é abstrato é concreto.
Meu mundo fica mais gostoso,
Quando você está por perto.
Árvores entrelaçadas no concreto
Raízes quase mortas
Eu vi o dia virar noite e as estrelas surgirem no chão
“Ainda há sentido na vida de um mateiro urbano, planta no concreto e encanta no abstrato.”
Giovane Silva Santos
O que seria do concreto,
Se não fosse o abstrato,
O próprio do comum,
O derivado sem o primitivo,
Sendo simples ou coletivo,
Na forma de nós Substantivo.
Não é impossível
Uma forte flor
Estufar o concreto
E nascer amarela
Mesmo debaixo de todos os paralelepípedos
Existe o eixo e o foco por onde a luz reflete.
Seja subjetivo ou impessoal.
Concreto ou abstrato.
Côncavo ou convexo.
Transcendente ou louco.
Fé ou ceticismo.
Crente ou ateu.
Não importa qual seja o seu globo ocular.
Cada um vive e sente aquilo que lhe agrega a busca por conhecimento.
Ainda tenho muitas incógnitas...
A história se faz antes ou depois da história?
"Primeiro a gente vive e depois vê como é que fica?"
De tal maneira, um insignificante e ignorante que sempre fui, ainda tento compreender o mínimo do caos impregnado no inconsciente particular e coletivo.
O preço que se paga por não pertencer a grupos ou a algum tipo de sociedade é esse?
Ostracismo, desterro, exílio...?
"Conhecerá a verdade e a verdade vós libertará?!"
A aquisição de consciência não te liberta totalmente das amarras, mas te deixa mais atento aos vacilos.
Porém, ainda sim somos orquestrados.
No campo de todas as ciência há a filosofia, sociologia, arte, religião... A quem pertence essa força reguladora?
...
Fugindo do incerto
Abrigando-se em algo concreto
Hipocrisia
De concreto nada tem
Apenas algodão o contém
O PARQUE
Em meio a tanto concreto,
Prédios, carros e asfalto,
Mais parece um oásis
O parque arborizado.
Gosto de correr por lá,
Alguns vão só caminhar
Com a natureza ao lado.
Solitária na floresta de concreto e aço
Então veja, olha outra vez o rosto na multidão
A multidão é um monstro, sem rosto e coração...
Hey, São Paulo, Terra de arranha-céu,
A garoa rasga a carne, é a Torre de Babel,
Família brasileira, dois contra o mundo,
Raízes de concreto
um azul de inundar areias
de expor um mar de sombras
de dizer que legal
é verão
e muitos verão, o que os homens fizeram
por ganância, inteligência ou estupidez...
E você pensando
Na falha do concreto, olhando pra parede
E os futuros incertos
Das bancas de jornais e jornadas matinais
Fato e concreto
Ainda não consegui
Colocar em palavras
O que sinto por ti
Achar a frase certa
Para te definir, é fato
Ainda não consegui
Dizer o quanto sou grato
Pelo teu amor
Vou caminhar contigo
Para onde for, é fato
Te amo muito mais
Do que você imagina
Sonhei contigo quando nem te conhecia
O teu sorriso se confunde
Com a luz do dia
Teus olhos refletem
O que eu mais queria
É fato concreto
Como a imensidão do universo
O meu amor por ti
O velho em cima do telhado a proteger seu teto,
limpando e arrumando telhas sob o concreto,
protege também seus pensamentos de memórias,
que como gotas poderiam inundar seu castelo.
O velho em cima do telhado a proteger seu teto,
para por um momento a observar as flores e pessoas,
que transitando trazem consigo todas as lembranças,
de todos os amores perdidos e do tempo de criança.
Palavrartes
A palavra tem poder!
É um tiro concreto de
Invenções ao tempo:
artes, ecos, códigos,
comunicações, risos,
rimas, poesia, povo, pão...
Vida, elementar!
Terra, fogo, águas,
ar, conquistas,
alegrias,tristezas, perdas,
lágrimas... fome e morte!
Palavra'rt's
A palavra tem poder!
É um tiro concreto de
invenções ao tempo:
ruídos, artes, ecos, códigos,
comunicações, alegrias, risos, cânticos, rimas, amor, poesia e prosa... circo, povo e pão...
Vida, elementar!
Terra, fogo, água,
ar, religação, respiração, domínio, conquistas, imposição, submissão, dor,perdas... lágrimas, fome e morte!
SUBJETIVISMO
Nada fora concreto, somos um eterno subjetivismo. Do que se prece voltar e andar em círculos? Sabes bem que está nítido para o mundo que somos dois loucos, cada um vivendo sua história de fantasia, algo que a voz nunca materializou, mas que o peito adentrando o coração, já sentiu. Esse é o preço que se paga por uma visão turva, por agir como máquina, não sabendo o que quer, na verdade, pois se ninguém fala, ninguém sabe, se ninguém se entrega, hão de ser, um eterno subjetivismo.
Seca na terra de concreto
Onde o verde parece morto
Brasília, cidade do cerrado
Água é vida, mas tem faltado.
A seca castiga o cerrado
E a terra seca parece um fardo
As árvores pedem água, gritam
E o sol escaldante não desanima.
A cidade planejada sofre
Com a falta de água que não chove
O meio ambiente pede socorro
E a população precisa de um rumo.
Preservar é a palavra de ordem
Cuidar do meio ambiente é preciso
Para que a seca não seja um cemitério
E o cerrado continue vivo.
Brasília, cidade do futuro
Precisa cuidar do meio ambiente
Para que o cerrado tenha um futuro seguro
E a água seja um recurso permanente.