Poema Colcha de Retalhos

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⁠E a gente fazia amor...
Entrelaçava corpos..
Compartilhava sonhos...
Brincava nas nossas colchas de retalhos ..
Sorria e falava da vida... do futuro..
A gente era feliz demais e não sabia...
Que num piscar de olhos e por motivos bobos, nos perderíamos pra sempre no nosso próprio egoísmo...
Preferimos o silêncio do que sentar e conversar, resolver tudo ... onde foi que nós nos perdemos? Onde foi?

Inserida por bebelia2000

⁠Fragmentos



Ela junta um a um, os pedacinhos, os fragmentos
Bordando uma colcha de retalhos brilhante
Atingida pelo romantismo, borda fio a fio o amor vibrante
Raios iluminam a noite nesses momentos

É quando perde-se a fala, e apenas sente
Peito se rasgando de tristeza e forte dor
Se pergunta, quando terá um amor?
Falsas esperanças a enganam, sempre mentem

Enquanto seus olhos fitam o horizonte na estrada
E seu coração cheio de amor a alimenta
Enquanto borda fragmentos, sente a ausência
E dói, como se a costurassem sem anestesia, na raça

Tantas linhas escritas em cadernos envelhecidos
Uma busca insensante por intensidade
Por um sonho onde realizaria suas vontades
Por um mergulho em um mar de amor merecido.


Lucélia Santos

Inserida por poetisaluceliasantos

⁠⁠Sou como
Uma colcha feita de fuxico
Uma parte pontilhada e
Outra lisinha
Sou também
Como o tecido de seda
Que desliza
Escorregando sobre a pele

Inserida por RosaV

⁠Latinha, latinha, amor
Cadê a latinha contemplando o nosso amor
Cadê, cadê?
Aquela colcha de algodão que já está rasgada?

⁠Troque de casa de calça de colcha
Troque de emprego, de pele, de roupa
Troque o disco, o discurso, o sermão
Troque de curso, ande na contramão

Inserida por pensador

O nosso tempo acabou, não era pra ser assim, mais enfim, tô aí, por isso não morri. Pelo contrário, aprendi que sem você talvez eu seja muito mais feliz.

Por que me escondo tanto nelas? Ah palavras, vocês me servem como um cobertor de retalhos.

"Entre cacos e retalhos, linhas e cortes finalmente consigo costurar minhas idéias e sentimentos com as mesmas agulhas que até ontem pareciam querer furar meu coração. Feche a ferida...Cicatrize a dor...Seque as lágrimas e aceite o amor."

"O meu todo se completa com retalhos de mim. Mas ninguém pode me transformar em cacos ambulantes. Todo ser, assim como uma construção, é feito por etapas. É fácil destruir. Difícil é construir, e mais ainda, RECONSTRUIR. Um prédio, leva-se anos. Um ser humano... toda uma EXISTÊNCIA!..."

A vida é feita de tentativas, muitos vão em frente com o corpo coberto por seus retalhos. Mas não eu, ao menos tento.
Sou frágil porém não fraca. Tenho medo de barata mas enfrento dragões.Ontem Cinderela, hoje borralheira.Aprendendo a colher as tantas numerosas lições.
Estamos todos no mesmo barco, nessa forja evolutiva com a certeza de que os degraus para cima configuram a estrada da evolução. Querer subi-la é uma opção sua e de mais ninguém

_________________, nada que se possa dizer ou fazer anulará retalhos do tempo embebidos de dor e saudade...
Silêncio, palavras, notas da vida não preenchem o vazio experimentado frente à definitiva travessia de quem amamos: você que - pelos sublimes elos do amor maior – ocupa lugar cativo em nossos corações.
No entanto, conforta-nos saber, este mesmo vácuo - com o passar das horas insípidas – abrirá clareira à significativas travessias esboçadas nas pautas do nosso viver. A morte é porta...

AMOR, LIÇÕES e SAUDADE, sempre!


P.S. A morte é condição para que possamos realizar novas e significativas travessias a cada amanhecer que desponta dentro de nós...
Para mim, ela tem um significado especial: é porta do irreal ao real; da escuridão à luz; do trivial ao essencial; da "morte" à imortalidade... Assim, uma vida que desconhece o vácuo oriundo das sucessivas mortes experienciadas em alto mar é incapaz de vislumbrar a magnitude do porto que a aguarda.

⁠Reciclando Retalhos,
Empilhando cascalhos,
Fragmento sou, em meu eu descartável.

TRAÇOS E RETALHOS- por leo poeta

Amei você o quanto pude,
o quanto alguém pode amar.
Me entreguei, me sacudi,
me joguei e ainda sim nada,
apenas nada.
Fui eu quem fez vc negar.

Te esqueci o quanto pude,
o quanto alguém pode esquecer.
Renego qualquer traço de esperança
qualquer fresta de desejo,
qualquer tudo, um nada alcança.

Aprender a amar é diferente.
viver é algo terrivelmente longe
de está.
Querer é algo próximo
de viver e solidão é algo longe
de viver só.
Amargura é está ciente, ciente
que você fez, faz ou vai fazer opções
é quando a garganta da nó.

Considero a solidão única
saída para quem com o mesmo
desejo que mostrar ser único (a)
o egoismo o torna incapaz,
indefeso e o impossibilita de tomar
uma única direção.

Caminhos se cruzam
vidas se gastam,
romances calam-se,
corações dividem-se,
outros partem.
Uma canção explica tudo
e as lágrimas limpam
os vestigos e o tempo
graceja o que restou.
Nasce uma nova VIDA.

Cerrado
...Bendito sejas tu, trançado em retalhos
de relva rastejantes que no chão flama
refrescantes nascentes, e áridos atalhos

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Eu sou feita de retalhos
retalhos estraçalhados
remendados, recortados
pelas navalhas da vida
o sangue que dói, alimenta
como uma fênix
preciso me desfazer
pra só assim
renascer

Inserida por KellyMaia

Retalhos

Já não te encontro nos retalhos da saudade
tua vaidade nem o tempo vai lembrar
pra que chorar lágrimas de piedade
se a falsidade é tão difícil de ocultar.

Inserida por GVM

Em qualquer lugar...
Aqui, ali, acolá...
São tantos pedaços de mim...
Que só em retalhos consigo juntar...

É você...
É o ato de te conhecer...
Agora que pertencemos a este mundo...
Consigo te observar mais a fundo...

Quem és?
A pergunta que não quer calar...
É uma inquietude que não consigo evitar...

Quem és? Repito...
Descubro além do que foi dito...
Sou eu...
Aquele alguém que ficou escondido no breu...
E que agora deseja sair...

É agora...
Vou me despir...
De tudo aquilo que já não me pertence mais...
Do que é passado...
E foi deixado pra trás...
Mas marcado, como memorial pintado!
Que já não afeta...
Apenas projeta...
Um novo agora!

Inserida por debbyoliver

Retalhos ansiosos

Longe...
Tão longe vou...
Reticente por vezes,
mas tão longe a cada passo,
pacto e pranto.
Não posso,
pois logo passo...
Ligeiro, avante,
no afã de um grito de chegada.
Por isso parto a cada segundo
e tão longe vou...
Espalho por aí meus pedaços
esperando sorte em algum deles.
Me deixo por aí em retalhos.
Me deixo... me deito e vou.

Inserida por elianagrunow44

O sangue e alguns retalhos de panos sem peso,
Amanheceram depois da litania dos arrependidos,
Ou oportunistas, que depois de tanto saberem
Fizeram ainda o holocausto, em nome deles.
Ninguém pedira, a não ser suas bocas para dentro,
Nenhum queria retirar-se da última esperança,
E só algumas gotas de sangue, não mais vermelho,
Quase cor de areia, infiltra-se no lugar.
Em meio aos gravetos apagados, pela tempestade,
Ainda em riste erguia o único tronco,
Aonde o esticaram, quebraram suas veias,
Canais que antes tanta bondade escoara.
Julgaram tê-lo tirado de dentro do mundo oco,
Agora muito mais deserto, e ninguém pra se escutar,
Pois que ao justo, exatamente o incólume de qualquer culpa,
Deles se agradaram como ovelha para o abate.
Dos pedaços de pano, que quase não se via,
Dava pra sentir um cheiro brando de cravo se abrindo,
E ele fora pisado, por pés desnecessários, sem valia,
E mesmo assim ardia, em pleno ermo, uma presença santa.
O madeiro, mais afortunado fora lavado,
Com o mais puro líquido. Uma nuvem vermelha,
A deslizar seu lastro, até tocar o ponto onde Ele punha os pés.
E quem dentre tantos maus abortos, poderia sequer querer,
Ter como Aquele justo, a mesma justiça, ser o mesmo Ser.
Um entre todos, o único entre todos, o que nunca igualou-se
A ninguém, nem com o acréscimo desses dois mil anos.
Mas quem julga tê-lo morto, esse realmente morreu,
Quem considera tê-lo tirado, esse sem dúvidas apodreceu.

Inserida por naenorocha

Senta-se em sua cadeira de arames e retalhos,
fechas os olhos com pezar
com intuito de sua tristeza escapar,
a quem você quer enganar?
Não minta pra si mesma,
não diga que eu estou errado,
não feche os olhos
só para parecer mais fácil.
Os ponteiros do relógio
apontados como flechas
sobre nossas cabeças,
o tempo nos condena,
não há como escapar...
Uivos desertos, trêmulos incertos,
sobre a luz da noite
vagueiam por ai como insetos.
Nos devoram, nos condenam,
é o peso da carne sobre o medo e o arrependimento.
Olhares, bochejos,
é o peso da culpa sobre o insano desejo...

Inserida por MagaiverW