Poema Casa
Os jovens Liverpudlians
e aquela canção para a mãe;
deixe estar, com luz
apago a tristeza,
e deixe estar.
Cansado...
Cansado de pensar
De pensar o amanhã, que nunca chega;
De pensar o passado que não posso apagar.
De pensar no presente que parece não passar.
De pensar a mente fervilha.
Cansado de olhar...
De olhar o mundo, que muda a todo instante;
De olhar gente que passa, que não para;
De olhar gente na praça
Desocupada
De férias
De folga
Procurando o quê fazer.
Cansado de escutar
De escutar ruídos da rua;
De escutar gritos de lamentos,
De escutar gemidos...
Cansado de ouvir alegres cantos.
Cansado de ser vaidoso
De contar dias vantajosos, sopros...
De viver como não fosse morrer,
De esperar a noite chegar
De desejar o amanhecer...
Cansado da guerra...
Cansado da paz
Do sossego, do apego as coisas
Cansado da liberdade
Cansado, cansado...
É a hora de voltar pra casa.
E. E. RAMALHO JUNIOR
A minha casa e o rio
O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo, é ser um realista esperançoso. Ariano Suassuna.
A MINHA CASA E O RIO
A minha casa
A casa que eu nasci
Era linda
De uma beleza
Sem fim
Eu sonho com ela
O Rio passava
Eu via o rio
Da porta
E da janela
Sentia o vento frio
Eu descia
O caminho do porto
Na carreira
Para tomar banho no rio
Todo o dia
A cena se repetia
Do cedro
Pulava na água
Fria do rio
De brincadeira
Da porta de casa
Eu corria
E saltava
Da ribanceira
Eu passava
Ele me convidava
E lá estava eu
Como uma magia
Ele me arrastava
Era um desafio
Minha mãe me ralhava
Mais eu gostava
Eu sentia tanto amor
Pelo rio.
O rio, uma imensidão
Escondido
Pegava o casco
E o remo
E ia passear no meião
Anoitecia
E dormia
Eu acordava
Com o rio
Eu vivia e sonhava
A minha casa
Ficava de frente
Para o rio. Ela ouvia
Quando o rio se agitava
E roncava
No rio eu pescava
Todos os dias
Carregava água
Enchia os potes
E o tanque de casa
Belo e caudaloso
O rio está lá
A minha casa não existe mais
Ficou no tempo
Passado saudoso
Doces recordações
Que não me sai
Da memória
Dos momentos vividos
De eterna glória
Jamais esquecidos.
Esse poema, um dos mais lindos que fiz, abraça minha alma de saudade e faz-me lágrimar de emoção.
José Gomes Paes
Poeta amazonense de Urucará
Direitos reservados ao autor.
#Cada #começo #é #só #uma #continuação...
Ao mesmo tempo...
No espaço pronto...
Para eternidade...
Falta pouco...
Para conseguir o que quer...
Em águas rasas...
Ou profundas...
Ao mergulhar...
É bom conhecer...
Também é bom ser visto em diversos lugares...
Em casa ou nas ruas...
Até caminhos se encontrarem...
Nesse mundo, afinal, dá para viver?
Quem me colocou aqui?
Por ordem e vontade de quem este lugar e este tempo foram destinados a mim?
Silêncio eterno...
Me apavora....
Quando penso sobre a curta duração de minha vida...
Sempre me pergunto:
Valeu ser vivida?
Valeu sim...
Sempre vale...
Assim é...
Sandro Paschoal Nogueira
#Vida #triste #é #a #minha...
Que hoje vou contar...
Desde quando aurora anuncia...
O dia a começar...
Passam os minutos...
Seguem as horas...
Sob céu azul anil...
Olho as nuvens e me ponho a sonhar...
Em tardes douradas...
A primeira estrela que vejo...
Sonho mais alto ainda...
E faço um desejo...
A rotina tão maçante...
Das flores do jardim cuidar...
Alimentar as aves...
Que gorjeiam em toda minha casa...
Em todo lugar...
O perfume de manjericão me inebria...
Disputa com o alecrim...
As orquídeas se abrindo...
Também se comportam assim...
O girassol despeitado...
Meu brilho quer roubar...
Sempre é ele o primeiro...
O sol a cumprimentar...
As rosas soberbas...
Acreditam serem rainhas...
Coitadas delas...
Vaidosas aos extremos...
Acho que vou cortar...
Só escolher um vaso...
E minha mesa enfeitar...
Se deito na rede e me ponho a balançar...
Logo aparece um sabiá...
Fazendo-se de louco...
Começa a cantar...
Quer atrapalhar meu sono...
Até meu meditar...
Beia-flores me importunan o tempo inteiro...
De lá para cá...
Não se cansam eles de tanto voar?
Quero ler um pouco...
Bem sossegado na sombra...
Sento debaixo da jabuticabeira...
E dezenas de pássaros põe-se a reclamar...
Gorjeios, trinados irritantes...
Ah se pego só uma fruta do meu quintal...
Revolução se instaura...
Até o jacú feio...
De mim vem reclamar...
Não sei mais o que fazer ...
Como devo proceder...
Vou comer um pouquinho...
E disso tudo me esconder...
Trancar portão...
Campainha desligar...
Tirar fone do gancho...
Celular "não pertubar".
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.
Musica: A Casa Caiu
Como numa casa em construção
Tijolo por tijolo
Construindo a relação
Como é que eu poderia imaginar
Que estava sendo tolo
Por te amar
Você morando no meu coração
E eu no seu nem tendo onde ficar.
A casa caiu
Seu amor era uma farsa
Seu castelo agora desmorona
A mentira era sua comparsa
Mas a verdade nunca abandona
Quem tá com ela.
De beijo em beijo
Vou reconstruir meu coração
De bar em bar
Nem vou sentir a solidão.
Protelei a ligar, vinte e duas
chamadas perdidas,
logo retornei, linha muda:
A cor do tecido,
a vista do horizonte,
o trajeto do trem,
o destino de um homem.
As promessas não valem mais (nada) que:
A matéria da coluna fraturada.
Não valem mais que Construção de Chico Buarque.
Não valem mais que Um Sonho de Eugênio de Castro.
Não valem mais que um fio do bigode do Leminski.
Não valem mais que uma viagem para salvar a dor.
Não valem mais que um amigo que late e abana o rabo.
Mais que um espinho que nasce no pé da flor!
Mr. Dylan, não cale
as canções que nasceram
em meio ao calor
da Guerra Fria.
Reflexão que volta
na triste visão
da memória.
Nós somos o templo do Espírito Santo e, assim sendo, temos que mantê lo organizado e limpo.
Se não fazemos esta faxina interior, com o tempo, tudo vai ficando confuso e, esta confusão impede que as bençãos do Senhor fluam em nossas vidas.
Deus nos chama para limpar a casa, para colocarmos isso como prioridade todos os dias, pois, só quem mora na casa sabe onde fica a sujeira.
Quem vê cara não vê coração mas, Deus sonda e conhece cada um de nós.
Ele enxerga cada bagunça e , por isso, nos pede a faxina.
Hoje convide o Espirito Santo para caminhar pela sua casa (interior) e peça que ELE te ensine a limpá-la e organizá-la, à maneira d'Ele.
ACOLHER NA CASA ESPÍRITA
Caríssimo, na casa espirita segue a doutrina, mas existe casas que aceitam doações, que são repassadas, para atender o auxílio em hospitais, pois nossos irmãos viajam para receber atendimento, e estas, sem perguntar nada, lhes ofertam uma refeição, um café, um pão, cientes que o gesto diz tudo.
Oferecer de graça o que de igual forma recebemos.
O valor está no acolher o próximo.
A estes espalhados, por várias regiões, motivados pelo gesto iluminado.
Você para faz silêncio, olha para mim
E sorri.
Eu consigo ver a paz que você transmite
É tão fácil admitir
Sim, eu consigo me divertir, com você
É tão fácil perceber, quando te olho e, ao mesmo tempo, sorrio
E então eu esqueço dos problemas
E as coisas ruins se tornam tão pequenas
E nos damos tão bem
Mas eu quero que você fique
E preciso que você não se envolva
Coloque sua mão na minha
Vou embora quando eu quiser
E você me abraça
Não me sinto tão cansada
Nem quero voltar pra casa
Quando julgamos uma casa pela lado de fora, podemos perder a oportunidade de entender o que é um “LAR”.
Da mesma forma quando pré julgamos a pessoa pelo que apresenta no exterior, podemos perder a oportunidade de conhecer um grande “SER” em sua essência!!!
Deivis Marques
20/11/2019
Vivendo um sonho
Uma casa, o campo, você e a 20 km a imensidão do mar,
Agora é só acompanhar o Sol e a Lua subir e descer no horizonte.
Eu vou bater na porta dele
Vou dar na cara dela
Eu vou sair entrando pela casa, cadê ela?
Mentira, eu vou beber, beber
Beber ouvindo o disco da Marília
"O trabalho enobrece
E a saúde agradece
Mais é o estudo
Aprofundado no espírito
Que fortalecem
Essas duas relações.
Obrigado meu espírito
E que jamais me esqueça
Que só você me levará
As descobertas
De novos conhecimentos
De novas vidas
E de novos
Mundos".
Namastê.
"se não vier para ficar, então por favor não mexa com aquilo que demorei tanto para arrumar.
Deixe minhas coisas em seu devido lugar.
Aqui agora só faz bagunça quem vem para morar."
-M.OS
Um pedaço do silêncio que dorme no chão da cozinha
Que a garganta arranhe pela manhã
e os azulejos brancos da cozinha sangrem todos os dias,
que os beijos explodam na boca incontáveis,
inconfundíveis, incalculáveis...
E que a dor não seja maior do que as gargalhadas
que ironizam tamanho sofrimento.
Que os beijos explodam da boca, incontroláveis
e feito os vulcões pirem o cabeção!
E que depois murchem sem dó nem piedade,
feito a imagem esmaecendo às três da madrugada,
após o clique no controle da TV que te controlava
e que agora te liberta de tamanha prisão.
Que o refrão infame...
- pedaço do silêncio que dorme no chão da cozinha -
inflame em chamas de lava ardente
e dissolva feito um passe de mágica,
as rochas marrons e duras,
que são pedras em nosso caminho.
Que quem escreveu (ou leu) essa asneira não morra só!
Nem viva só, nem só lamente por toda a sua miserável vida.
E que possa ser também resiliente,
tenha força pra seguir em frente
e mesmo sem prognóstico positivo possa encontrar uma saída,
que possa ver (entender) que toda essa gente só, não é obra do acaso.
Mãe - Meu primeiro Lar
Sua força inspira, seu exemplo motiva e seu amor é capaz de curar as coisas mais incuráveis.
Você me cura todos os dias com o seu amor.
Muito obrigado por ser o meu primeiro lar.
Quem, um dia, observou o meu olhar sobre o horizonte saberá:
as minhas saudades não têm calmaria
estão sempre em devir
E dói
tanto que não caibo em casa,
fico acostado no limiar da porta
desejando algo mais.