Poema Casa
Sua graça não caminha pela casa
Se move blindada em abstrações
Irrelevantes são as coisas
Da cabeça
Estantes
Livros esquecidos
E todos os outros móveis que continuam no mesmo lugar
Assim como eu
Aqui
Onde a cama ainda é cama
E a TV televisão
Na sua ausência digo seu nome baixo
Não ao teto ou ao quebrado espelho
Mas à porta
Cristalizando ali sua presença
Te vendo em cada prisma
Refletindo
Diagonalmente a múltipla esperança
Numa perplexidade boba e infantil
E já pensou se ele chegasse em casa e disesse:
- Mãe, eu estou amando, como nunca amei antes e como nunca achei que amaria. Ela é a mulher dos meus sonhos. È com ela que eu quero estar em todos os momentos. È ao lado dela que eu quero envelhecer, é com ela que eu quero viver.
Casa velha;
Cheira poeira, mofo.
As árvores te dão as sombras;
As sombras te descansa no calor.
O sol ilumina sua imagem.
Casa velha tu és!
Nas noites és sombria;
Ninguém se aproxima;
O medo domina.
Casa velha;
Quem te quer, quem te deixou?
Continua no mesmo lugar;
Casa velha;
Que te renovas?
Paredes rachadas,
Telhado quebrado;
Quarto escuro;
Sala sem luz...
Mas ainda seduz.
Houve alguém,
A quem te planejou,
Nunca esquece...
Teu coração padece.
Mas ainda há forças,
Continua em pé.
Sobrevive o frio do inverno sozinha,
Mas casa velha...
Não de seu tempo...
Mas, de um passado.
Seus olhos molhados.
Sabe...
Há alguém do outro lado...
Que ainda te quer.
Passaram-se os dias...
A luz retornou.
A alegria bate a porta...
A porta se cai,
És tu que anseia,
Que adentre alguém...
E viva contente...
Em seu interior.
Paulo Sérgio Krajewski.
31 de Março de 1998.
Na casa do erro existem muitos quartos
Na casa do erro existem milhares de opções
Qualquer pessoa pode morar na casa do erro
Você pode até viver a sua vida toda na casa do erro
Para o erro não existe preconceito, ele não escolhe classe social.
Para viver na casa do erro basta querer
Mas há quem chegue lá por acaso ou levado por alguém
Alguém que ja vive lá por anos e anos talvez e não deseja abandonar o erro
Mas na casa do erro os aluguéis são caros
Pagamos caro para viver nesta casa
Eu ja esti ve lá muitas vezes, na casa do erro.
Há muitos quartos aconchegantes e bonitos de se ver
Porém ahá quartos muito sujos e cheios de lixo que nunca são removidos
Porque o erro insiste que eles fiquem lá
O erro muitas vezes oferece quartos limpos e de ótima aparência
Porém outros são só desolação e desordem, e nestes há quem goste de morar também.
Esta é apenas uma breve discrição desta enorme casa, a casa do erro.
Quem vai por acaso nunca mais quer voltar, embora volte sem querer.
Quem vai porque quer mesmo que saia deseja voltar.
Estava voltando para casa, era tarde, chovia. O motorista resolveu ligar o rádio, tocava uma música romântica e depressiva, eu olhava pela janela. E sabe quando parece que a sua vida tornou-se a cena de uma novela? A música tocava, a chuva caia sobre o carro, e ao passar eu via casais abraçados nas calçadas, pessoas reunidas, mas de repente no ápice da música, eu vi uma garota chorando, sozinha, na porta de casa, senti o coração ficar pequeno. Porque naquele momento todas as pessoas pareciam estranhas, eu conhecia a todos e mesmo assim parecia não conhecer ninguém. É tão difícil sentir-se sozinha no meio da multidão, me coloquei no lugar daquela garota, o que se passava em sua mente? Por que estava sozinha, se suas amigas estavam tão perto? Agora estou deitada em minha cama, imaginando quantas pessoas também estão sozinhas nesse momento, sofrendo por algo sem motivo, sem explicação, sofrendo por sentir falta de algo ou alguém.
A chuva não passa, e eu fico olhando as gotas no vidro da janela embaçada, é tão difícil não ter ninguém para amar, ninguém para cuidar, fico me perguntando se é melhor assim, mas sempre chego à conclusão de que não sei viver sem amar, eu preciso amar alguém pra me sentir completa, preciso cuidar de alguém, porque me sinto inútil, me sinto frágil e não gosto disso, eu quero, na verdade, eu preciso de alguém que não precise de mim, mas que mesmo assim me queira ao seu lado.
Cansei de amores em vão e de palavras falsas.
Hoje acordei assim…
Minha casa mental estava toda revirada… Gavetas jogadas… Papéis rasgados…
Lembranças do que não vivi…
Meu café da manhã, foram minhas unhas…
Para matar a sede, bebi saudades de quem nunca tive…
Ao som de Nirvana, cortei os pulsos do que chamam de amor…
Vejo o amor sangar pela escada… Vejo seus olhos revirarem…
Não há mais brilho neles… Não há mais vida…
Não há mais amor.
Na verdade, eu nem sei se houve, algum dia.
Sou bom nisso.
Sou bom em criar utopias e acreditar no que nem eu mesmo sei se é verdade…
Mentir pra mim mesmo, não é meu único talento…
Eu também tenho o dom de estragar tudo em que ponho a mão.
Milagres controversos, é disso que eu estou falando…
Conseguir ferrar com tudo, mesmo que não tenha como dar errado.
Preciso de férias, férias de tudo, férias do mundo.
Férias de você, férias de mim mesmo.
ALÉM DA JANELA
Resolvi olhar além da janela
Além da minha casa
Além do meu corpo
E lá estava uma passarela
formada de pétalas colorida
O brilho da luz
O grito da vida
O cântico dos pássaros
Crianças brincando
Jovens festejando
Idosos caminhando
Sob o espaço azul.
Além da janela
Estava lá
A aquarela
A espera do pintor
Era momento da escolha
Era momento da ação
Sair de casa
Ir além do corpo
Criar asa
Abrir a janela
Voar
Ser feliz então.
Pensamentos
Olho nos espelhos da vida
Ai espalhados pela casa
Não me enxergo
Não me vejo
Apenas me tolero
Queria apenas o teu beijo
Isso é tudo que espero
E assim sigo esperando
Contando os dias
Contando as horas
Multiplicando as intenções
Dividindo os sonhos
Caminhando entre momentos
Bons e ruins
Vivenciando desejos
Amando as emoções
Pintando paredes sem graça
Colocando música aonde não tem
Tentando fazer os outros felizes
Para que eu seja também...
Leticia Pessoa
A Solitária
A casa de tortura está aqui, eu hoje estou dentro dela sendo torturada pela mente, eles a manipulam para me fazer não ter razão, não posso ter meus próprios direitos, eles artificialmente me sufoca,eu tento ser alegre e eles tiram isso com palavras.
porque o "porque?" aqui existe tanto? Odeio o "Porque?" o "pra que" o "pra onde" eu preciso do meu espaço e não tenho porque até isso tiraram de mim.
A solitária é tao dolorosa, te faz chorar e se senti cheia de pessoas ao seu redor e ficar sozinha. Eu não aguento mais ficar sozinha. Eu não aguento mais ficar aqui eu preciso sair, eles estão me sufocando será que o inferno é pior que isso? É por isso que muitos jovens tentam o suicídio, não é o diabo que faz a gente se matar e sim eles, aqueles que convive com você, na mesma casa, e ficam te sufocando, dizem que te ama e te prendem de você mesma e obrigam a fazer o que não deseja a ponto de te levar a loucura. Ah!!!Como isso é atormentador a morte é chamativa se ela é o fim eu acho que parar de ser sufocada é se entregar a ela, porque isso dói essa família que não te dá espaço e essa solitária casa.
Sinto-me tão longe de casa.
Da casa de onde vim.
Onde repousa toda a sapiência de toda a eternidade.
Estou muito aquém de quem deveria ser.
Ou de quem eu gostaria de ser.
Isso é vida , Cara !
Quero uma casa, um amor e dois cachorros .
Com três quartos, alguém bom e qualquer raça.
Quero algo forte , uma fortaleza, sem medo de ser ou estar , algo meu , só meu .
Quero o pecado , o arrependimento mais não o puritanismo. Nada de santo não irreal .
Deus , uma cabana e uma fruta meio suja de um beijo sem paixão.Algo apenas bom ,mas sem as loucuras da juventude e os cabelos soltos .
Um jazz, meio MELO_RETRÔ e um cheiro , meu cheiro sobre uma toalha suja em cima da poltrona. Eu tentando fazer um bolo e você , lendo um livro vermelho , empoeirado .
Canta coração
Que meus olhos já a viram por aqui
Que sonhei com sua risada, que fui por sua casa
Que veio para me fazer feliz.
Canta coração
Que o amor da minha vida está aqui
Que guardei em cada carta, que escrevi com as palavras
Que diziam tudo aquilo que senti.
Canta coração
Porque agora sou completo
E que nada é errado, eu sou apaixonado
Com ela eu vivo e sou feliz.
Despedida
Havia sorriso em toda casa
Na sala jogavam com muitos risos
e cartas nas mãos
Anoiteceu novamente o clarão do dia
que se despontava no horizonte
Ainda a continuar com risos constantes
e cartas nas mãos
Mais tarde um adeus ,quando apenas
dizia até mais
Pouco tempo se passou e escuridão
envadiu-se o dia ...
Passaros voavam sobre a casa
do riso de antes
Que tinha cartas nas mãos
Sozinho disse adeus
Pássaros pretos voavam
anuciando sua partida.
a flor Amarela
Exiate em cima de uma
janela, em frente da casa
da Manuela ,uma flor amarela
que Manuela vive sempre olhando,
sonhando que um dia seja
dela.
Um dia Manuela se joga pela
janela á busca da flor amarela,
enquanto sua mae e a dona da flor
amarela correm dessesperadamante
a procura da Manuela que estava
fugindo delas com a flor amarela,
que tanto sonhava ve-la em sua
janela.
Não é porque eu tô em casa que eu não tenho o que fazer.
Ter, eu tenho!
Mas preferi não me envolver!
Amor, sentimento que não acaba,
muda de casa.
O amor não esfria,
finda-se o fogo que o guia.
O amor não envelhece
amadurece.
O amor não tem fronteiras
desamarrem as correias.
O amor não tem preconceito
cada um ama a seu jeito
O amor não causa dor
dor é o desamor.
Mas que dia chuvoso
Não vou sair de casa, estou com sono...
Deito-me e logo olho pro relógio, fico vendo a hora passar
Respiro e penso ''por quê diabos eu ainda estou aqui''?
Esquivo-me para a cama e logo pego no sono
E sonho
Sei sonhar...
Aliás, quem seria eu, se não soubesse sonhar?
Faço como todos os dias...
Reergo-me e volto a viver
Esqueço o que era pra ser lembrado
Inconsequentemente sonho com o meu passado
Respiro, respiro...
Escuta-me!
Eu sei sonhar...
Quando criança não tinha nem telefone na minha casa...
Era coisa de rico.
Usava óculos com lentes cristal, não conhecia ou não existiam as lentes modernas.
E lembro que meu pai trabalhava de noite, e quando chegava sábado de manhã, trazia pão e mortadela da padaria, meu Deus como era bom...
Ah e a TV era preta e branca.
Minha filha tem TV colorida no quarto, computador, tablet, notebook, celular conectado, telefone sem fio, não come mortadela nunca, porque é gorduroso e faz mal a saúde...
Já tinha fechado as janelas da minha velha casa
para não ver quem fosse por ela passar.
Mas ao ouvir o som dos teus passos tímidos
olhei pelas frestas
e vi os teus pés
espalhando pétalas pelo caminho.
(Então te escrevi aquela carta de amor
em que eu te dizia
que a minha letargia paralisara os ponteiros.)
Hoje, meio-dia de um dia inteiro:
tempo de deixar as portas destrancadas,
me debruçar na janela
e te esperar.