Poema Carolina
Minha mente, meu cérebro, parece que tá com a capacidade esgotada, é como se meu HD estivesse pifando, daqui a pouco ela queima de vez, já tá até saindo fumaça da minha cabeça. Cheiro de queimado no ar.
E se você cair,
eu vou estar embaixo pra segurar, eu vou estar lá embaixo pra não deixar que você sofra, pra não deixar você se machucar. Sabe porque? Porque eu me importo com você o bastante, pra te querer bem.
Nunca o tinha visto, mas parecia que eu o conhecia há anos. Minhas pernas ficaram trêmulas, uma ansiedade tremenda tomou conta de mim. Um perfume natural, que jamais havia sentido igual. O que era aquilo, meu Deus? Que sensação esquisita era aquela? De imediato corri ao banheiro, tentando entender o que se passara há alguns minutos. Era uma mistura de felicidade e medo. Mas de quê? Nunca trocamos uma palavra sequer. De você, eu nada sabia, mas te desejava, e como eu te desejava. Voltei, encarei, novamente, para ver se era tudo uma loucura nada sã desda minha mente doida. E de repente, em meio aquela multidão, o silêncio entre nós pairou. Era o nosso olhar flertando e os nossos lábios desejando se encontrar. Para onde correr? Eu fuji, desviei, mas no dia seguinte estava lá, e assim foi por semanas seguidas a me esperar no mesmo lugar, parado, com o pensamento distante, me seduzindo com o olhar.
Quando saíste você poderia ter desligado a luz, fechado a porta, fechado as cortinas e deixado meu coração.
...Após minhas especulações apropriadamente ditas, consenti a meu favor debruçar-me sob a relva de minhas emoções. Não tão nostalgicamente ditas, mas irrelevantemente adicionadas ao meu simples e sutil cotidiano...
Com um simples gesto, cai de joelhos e deitei-me no chão. E fiquei ali. Deslumbrando o teto iluminado por apenas um feixe de luz, foi então, que eu finalmente adormeci.
Amar é querer passar a eternidade ao lado de uma determinada pessoa mesmo sabendo que um dia a vida acaba
Eu corro, me escondo, eu fujo. De quê? De mim, de você, de nós dois. Por que? Tu corres, se esconde e fojes. De quê? De você, de mim, de nós dois, outra vez.
Há tantos modos de se viver. Há tantos jeitos de ver, de sentir. Há dias ensolarados, há dias chuvosos. Mas o que eu gosto mesmo é do dia nublado. Onde o sol não ameaça de forma violenta, nem a chuva planeja fazer uma visita. O clima que eu mentalizo, talvez não exista. Ou talvez, eu viva nele em outra dimensão. Gosto do tempo nostálgico. Pôr-do-sol, vento forte, céu laranja, poderia ser o meu chamado “dia” perfeito; céu escuro, raios, trovões, por sua vez, poderia ser chamada de “minha noite”. Crio muitos universos, personagens. Sou protagonista, sou coadjuvante, sou figurante. Sou rainha, princesa, plebéia e mutante. Tenho tantos ‘eus’ guardados dentro dentro de uma personalidade complexa, vivendo histórias que muitos homens, talvez, sejam incapazes de compreender. História que só eu conheço, com detalhes que ainda desconheço, detalhes expontâneos que dão vida a cada ‘ser’. Sou tão desligada, desastrata, inquieta e impaciente. Não é por mal. Podes não ter se dado conta, mas é nessa hora que governo meu universo telepaticamente. O universo que conspira a meu favor e que me faz crer que, o que eu tenho e o que sou, são frutos da minha lei, da minha crença, do meu modo de viver, da minha maneira de sentir, do meu ver…
Meu grande amor é anônimo. Estou sempre a lhe dizer coisas bonitas, mas será ele me escuta? Eu sei que amo alguém. Alguém que conheço, alguém que desconheço. Eu não sei, eu só sei que amo, somente alguém e mais ninguém. Será que amo ou é só uma ilusão? A ilusão de encontrar alguém que combine comigo em todos os aspectos. Seria interessante, ou talvez, nem tanto. Eu o sinto todos os dias, mas não vejo, ou será que está tão perto e passo despercebida? Vai sem despedida e marca o momento, não o escuto, não o vejo, mas o vivo. Desaparece, sem deixar rastros, apenas me platonizando. Onde estará você agora? Estará pensando o mesmo que eu? Estaria apaixonado como eu e desconhece? Ou será que me conhece? Há tanta gente entrando e saindo da minha vida. Não penso em ninguém, mas imagino momentos, tenho lembranças que não vivi. Desconheço seu rosto, desconheço seu corpo, mas conheço o seu sentimento, seu olhar. Não me pergunte como, não me pergunte nada! Só sei que amo alguém, amo muito, desde sempre, amo esse alguém, desconheço o sentido, mas meu sentimento vai muito além!
Esse sentimento de me encontrar e me perder é que aos poucos me mata, uma hora faz sentido e noutra passa!
Se em duzentos anos eu tiver de chorar todas as águas do oceano por amores não correspondidos.. ainda assim.. por ser amor.. viveria 200 anos!!!
"Não sei mais em quem confio, não sei mais quem é meu amigo,não sei quem mente,não sei quem fala a verdade a única coisa que sei é que nada sei"
eu me lembro que um dia Fernando Pessoa escreveu, num momento ruim, "hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu"
algumas vezes o que mais desejamos é justamente o que não podemos ter. E então, o desejo nos deixa de coração partido, nos usa. Mas, por mais difícil que querer algo seja, as pessoas que mais sofrem são aquelas que não sabem o que querem.