Poema Carolina

Cerca de 2015 poema Carolina

O fim não é quando a estrada acaba, é apenas quando deixamos de acreditar nela.

Estar perto de Deus me faz acreditar que um sorriso ameniza a dor e cura feridas, que o abraço fortalece uma estrutura cansada, que palavras afagam e acalmam a alma e que o tempo de Deus não é meu tempo. Continue seguindo com fé, porque só Deus sabe o momento exato para suas grandes realizações. Por isso, vista seu melhor sorriso, seu abraço mais forte, suas palavras mais singelas e continue seguindo...

As pessoas são como retas concorrentes, se cruzam em um determinado ponto na vida e depois se separam.

'A melhor maneira de valorizar uma amizade é saber que amanhã poderás perdê-la.'

"Tudo tem que ser contruído na delicadeza, na vontade de se fazer crescer uma relação, porque amores são sempre amáveis. Não sei onde esta estrada me levará, me agonia esse abraço fraco para não sufocar. Falta encantamento e vontade de se fazer presente. Não estou brava, estou expondo meu sincero pensar. Parece existir somente carinho e carinho amigos podem dar, namorados se amam, se desejam. Analise e seja sincero com você e comigo. Se eu estiver errada me corrige porque esse é meu modo de pensar."

Eu percebi que é melhor não ter sentimentos, e nunca sentir nada. Porque quando você está feliz todos querem tirar isso de você.

"Faça a mulher o que fizer, tem que o fazer duas vezes melhor do que o homem para ser reconhecida... E ainda bem que não é difícil!" - Versão ANA CAROLINA (Frase verdadeira de CHARLOTE WHITON)

A vida é igual um livro. Só depois de ter lido é que sabemos o que encerra. E nós quando estamos no fim da vida é que sabemos como a nossa vida decorreu. A minha, até aqui, tem sido preta. Preta é a minha pele. Preto é o lugar onde eu moro.

Carolina Maria de Jesus
Quarto de despejo. São Paulo: Ática, 2014.

Chega um momento em que as promessas cansam, e as palavras pronunciadas não servem mais de muita coisa. Pelo contrário, quanto mais você promete algo, mais vamos nos afastando desse algo. Chega um momento em Que as palavras se tornam vãs, e chega um momento em Que somente as atitudes importarão

“⁠Hoje eu vou dormir pensando em você, de como cada troca de olhares me fizeram sorrir de repente, e vou ficar aqui... imaginando o gosto do seu beijo.”

Que efeito surpreendente faz a comida no nosso organismo! Eu que antes de comer via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que comi, tudo normalizou-se aos meus olhos.

A comida no estômago é como o combustível nas máquinas. Passei a trabalhar mais depressa. O meu corpo deixou de pesar. Comecei a andar mais depressa. Eu tinha a impressão que eu deslizava no espaço. Comecei a sorrir como se estivesse presenciando um lindo espetáculo. E haverá espetáculo mais lindo do que ter o que comer? Parece que eu estava comendo pela primeira vez na minha vida.

Fui ficando triste. O mundo há de ser sempre assim: negro para aqui, negro, para ali. E Deus gosta mais dos brancos do que dos negros. Os brancos têm casas cobertas com telhas. Se Deus não gosta de nós, por que é que nos fez nascer?

É quatro horas. Eu já fiz almoço – hoje foi almoço. Tinha arroz, feijão e repolho e linguiça. Quando eu faço quatro pratos penso que sou alguém. Quando vejo meus filhos comendo arroz e feijão, o alimento que não está no alcance do favelado, fico sorrindo à toa. Como se eu estivesse assistindo um espetáculo deslumbrante.

Eu estava pagando o sapateiro e conversando com um preto que estava lendo um jornal. Ele estava revoltado com um guarda civil que espancou um preto e amarrou numa árvore. O guarda civil é branco. E há certos brancos que transforma preto em bode expiatório. Quem sabe se guarda civil ignora que já foi extinta a escravidão e ainda estamos no regime da chibata?

Quando eu não tinha nada o que comer, em vez de xingar, eu escrevia. Tem pessoas que, quando estão nervosas, xingam ou pensam na morte como solução. Eu escrevia o meu diário.

Entre a solidão e a solitude há umalinha tênue pautada pelo autoamor. Adefinição vem do quanto vocêrealmente consegue permanecer emsua própria companhia semenlouquecer.

⁠Olha para o céu e sentir paz... é ter a sensação de que, alguém que por mais que esteja muito distante, está muito perto.

Os ratos imundos que me veem todo tempo, são os mesmos ratos que fingem não ver. Fazem-se de bons, de limpos e de burgueses, até gentis pensam ser, mas afinal, os ratos sempre serão os ratos, que saíram de suas sarjetas, afim de que seus status de "gente" fizesse-se assim esquecer de suas vidas cheias de imundícies e hábitos repugnantes, que ainda estes fazem parte de seu ser.

" Se um dia você abandonar uma criança indefesa... Você corre o risco de quando estiver velhinho ser acolhido por aquela criança que hoje sabe andar,falar e partilhar o amor. "