Poema Carolina

Cerca de 2032 poema Carolina

Aqui estou: sorridente, mas com o coração amortecido. O que fui e o que me tornei. Morreu dentro de mim e vivo os dias de luto. Não sei explicar quando enterrei minha esperança. Só sei que um dia aconteceu.

Inserida por carolhanke

Precisava de uma tela qualquer, colorida, que pudesse prender a atenção. Como computadores, tvs ou celulares. Enquanto isso, suas tristezas eram esquecidas.

Inserida por carolhanke

Aperto selvagem no peito. Surpreender porque... Tudo é um instante. E isso ela não sabe lidar, ela tem medo porque já conheceu de perto o fim do infinito.

Inserida por carolhanke

Ás vezes é bom sentir o tédio. Aqueles que nunca sentem tédio são obcecados, esses, não vivem.

Inserida por carolhanke

Com Muitas Dores Enfrentamos Os Problemas, Superando Cada Um Com O Nosso Melhor Sorriso.

Inserida por CarolinaSilva

A vida é feita de sonhos e ilusões, voçê foi meu sonho e acabo sendo so uma ilusão.

Inserida por Dudzinhaa

"Ventos do horizonte,me traga um mundo que me falta tantas vezes, que me afoga em estar só...Não quero me afogar, às vezes me sinto apenas gota, e tantas outras oceano,rio sem ter rumo certo,sem ter onde chegar,sem ter porque partir sem ter nada a alcançar...Porque assim?Não quero, mas espero mesmo assim esse vento que me venta de horizonte nenhum."

Inserida por maluca22

Não uso meu rompimento de ligamentos do tornozelo como real motivo para meu desequilíbrio, quem me dera se fosse. Recordo-me daquela noite em que fugi para teus braços. Tua cama está cheia de histórias a contar. Acho que esqueci algumas palavras por aí. Cheguei a casa para redigi-las e nada me veio em mente, mesmo sabendo que bolei contos de mil e uma noites enquanto tramávamos a cena. O fato é que sinto falta da tua cama e dos teus lençóis surrados e digo que é uma pena ainda não teres vindo aqui gastar meus lençóis novinhos com cheiro de loja. Sinto muito, eu não queria ter dito isso, mas escrevo à caneta e usar corretivo deixa o caderno tão feio...

Inserida por carolinapires

Talvez fosse pela não-falta-de-tempo contida no meu dia, mas hoje eu me arrumei. Arrumei-me para ti, unicamente, e nem sequer obtive olhares, enquanto eu, como de costume, reparei em cada detalhe. Ah! Havia uma sobrancelha mais desalinhada que a outra, pensei em arrumar, mas te vi tão apaixonado, envolvido nas cordas do contrabaixo... Resolvi não incomodar, afinal, admiro cada dissonância de tuas cordas. Imãs de pólos iguais, repelindo, repelindo, repelindo. Quem me dera se fosse pela ausência de beleza e curvas neste corpo cansado, antes fosse. Talvez eu esperasse um algo a mais, mesmo sabendo que prometi pra mim mesma, não planejar mais nada, mas como estou cansada de saber, meu relógio segue outros compassos, sempre adiantados e fora do ritmo. Dessa vez eu não esperava nada mesmo, juro. Só de pensar que os corpos podem pulsar novamente na mesma batida do jazz ao fundo de toda cena... Sei que quando os corpos descobrirem que estão diante de uma aproximação um tanto mais intensa que carnal (eu falo de fome, canibalismo), o tempo não terá conseguido cessar o magnetismo e se eu falar com um ar modesto, tenha certeza de que estarei fingindo.

Inserida por carolinapires

Me procure sem motivo aparente e faça tempestade em copo d’água. Me apavore, me enlouqueça e me envolva numa suposta pretensão. Me instigue, me irrite, invente motivos para pensar que pode ser e depois me alucine parecendo dizer não. Fuja. Passe dias, noites, horas ao meu lado e me conforte. Me acalme, me anime, me faça rir. Depois desapareça, me esqueça, me critique, me hipnotize. Confunda. Se declare, me rejeite, me difame, me oriente e eu, gramaticalmente incorreta, continuarei incoerente, desconexa, envolvida. Procurar-te-ei em tudo, em todos. Não te encontrarei, não saberei quem és. Imaginarei minha vida envolvida, enrolada nos teus braços, nos teus olhos. Em filmes, músicas, pássaros e copos de uísque barato eu me trancarei, esquecer-me-ei, afogar-me-ei. Um, dois, três, quatro modos de loucura. Às vezes cinco, muito gelo e um gole. Entorpecerei logo. Aí, devassados, vestiremos a nudez, compartilharemos o mesmo teto por uma noite, saborearemos o melhor vinho: fel. Transmitiremos calores incansáveis, incessantes e adormeceremos exaustos apenas sabendo que o inferno é o máximo. Depois fingirei que nunca te conheci e te encararei no meio da pista. Dançarei contigo como se tivéssemos dezoito anos e ficarei contigo, transarei no primeiro encontro. Esquecerei tua nobreza e me insinuarei para ti, seduzir-te-ei e enfim te terei novamente aqui.

Inserida por carolinapires

A pele inquieta, gélida, passa a sentir falta de ter um corpo másculo sobre este feminil, agora, frígido que só. Espera-se não ser esquecida por entre grandes tragos de vinho branco nesse tempo ameno que aí, longínquo, abraça. A mão suada tramando fios de cabelo e o calor de dentro embaçando o vidro do carro com o frio de fora; Desenhos. Saudades, e não se esperava por.

Inserida por carolinapires

"Posso não te ter nessa vida, mas quem garante que em outras vidas já não o tive ou o terei"

Inserida por ferkaroll

Os relógios não colaboraram comigo e eu me senti incapaz de seguir os mesmos compassos que tuas pernas. Nossos metrônomos estão em tempos diferentes; o meu, sempre mais ansioso, frenético, inquieto, impaciente. Não agüentei. É difícil ficar sem manter contato, sem sentir nossas línguas permutando. Teu contrabaixo deitado em minha cama ocupava teu lugar, mas não me saciava a fome daquele todo desejo que fizeram minhas costas suarem, como ontem pudesses perceber. Ele ali, afinadíssimo e eu morrendo de saudades dos teus acordes destoantes tocados em minha pele com tua composição de delicadeza e canibalismo à flor da pele. Obrigada por voltar, meu corpo já estava sentido frio.

Inserida por carolinapires

... Essa notícia não me fez nada bem e por isso peço que me esqueças até que eu esteja suficientemente bem e te procure espontaneamente, o que garanto que irá demorar. E desse suco espero não beber nem mais um gole sequer, ele já está amargo demais pra mim.

Inserida por carolinapires

Tenho divergido constantemente das minhas próprias vontades. Pensara eu que jamais me envolveria novamente em tais perversidades, aquelas que por tempos, arrastaram-me pelos cabelos, braços, pernas (arranhadas). Queria mas não podia (é impossível existir amizade, sem desejo, entre um homem e uma mulher) e em poucos minutos mergulhou no cheiro do real, quiçá fossem meras fantasias, mas foi palpável (e como). Essa história não terá um fim tão cedo. A fome, de fato, não consegue conter o desejo da carne vermelha pela carne branca.

Inserida por carolinapires

As pessoas aprenderam a prender-se nos interesses e repreender-se a doação alheia

Inserida por CCSN

Sentir algo desocupado e ao mesmo tempo absorvente, - tipo aquele que se localiza entre as pernas tão feminis. - O vento me traz as folhas de outono na margem da vidraça pintada de vapor pelo embate do frio que faz lá fora com tal carcaça exalando calor aqui dentro. As pontas dos dedos congelados. Tantos adágios e nenhum debuxo que preste. – Ironia. - Acho que já se narrou muito sem nem ao menos ter posto em prática antes tanta literatura. Acabou que aquele corpo casto sumiu, mas ainda sente-se como tal. – Um signo, talvez. - Precisava sentir aquilo de novo, ter certeza que foi concretizado, fato consumado, e não apenas mais uma de muitas fantasias – de renda preta com pérolas entre os seios - O abrir do zíper de uma calça masculina. – E o sentir ansiedade daquele audaz com seu órgão genital, varão, vindo pra cima deste corpo já denegrido.

Inserida por carolinapires

Que renasçam os jardins! Que me venha a Babilônia! A ti pertenço, divino mundo permeado de mitologias patéticas nas quais me encaixo perfeitamente. Patético ser perverso simultaneamente submisso às doçuras e encantos vedados da carne humana, seja qual for, basta ser carne. Deliciar-me-ei do fel derramado pelas ruas onde passei, dali nascerão flores negras e meu nome estará lá, assinado. Os olhos cerrados e os braços abertos pro mundo – que me venha o que for de menos necessário, eu quero o fútil. As pessoas que por mim passaram... Ah! Passaram, elas sempre passam. “... E eu passarinho”. Abri as asas. Voei.

Inserida por carolinapires

As flores da invernia encobrem as ruas em rubro e rosa e nem sequer escuto mais o crepitar das folhas de outono. Eu te amei em ventos de maio, mas te odiei em cores de verão. Em primavera a pele desbotada te vestia tão mais desejável... Hoje é inverno e eu delicio outros doces, dos mais confeitados, aquele tipo que alimentam os olhos, engordam o corpo, mas não matam a sede da boca seca.

Inserida por carolinapires

Os últimos devaneios não me caberiam assim tão épicos líricos. A cada gota que me faço, desfaço-me em migalhas, aquelas quais espalhei pelo chão para saber o caminho de volta a casa, regressar não vem ao caso. De cretinices em cretinices aquelas quais diluo-me em prazeres impudicos fodidos e mentirosos de outrem, encontro-me cheia de más intenções e discursos vazios - a felicidade cheira a shampoo barato. Chamaria plenitude se vago não fosse o emaranhar das línguas de mesmo sabor e textura - sabe, não há atrito. Desconfio que só ele ame minhas insanidades e as aprove e desfrute como se fossem saborosas feito mel. - Não me julgues assim, não podes desejar-me tão apaixonada. - Estive a pensar nisso “minhas últimas utopias ainda me batem forte a cara” e quando menos percebi, estava a criar peixe nos olhos. Recordo que enquanto dormia eu desenhava palavras de amor invisíveis no corpo dele. Eu o tocava naquele espaço grandioso que era meu futuro na constelação de pintas de seu ombro. Mas ele não entendia os meus signos. E de repente eu não me basto, há tempos nos despedimos sem tom de fim. Faz alguma diferença eu tentar explicar? Preciso de mim, dele, de nós, não sei, preciso. De nós, aquele nós que nunca foi a gente. Eu, então, faço-me inverno, declaro-me Sibéria.

Inserida por carolinapires