Poema Carolina
Os nossos valores vão sendo construídos, desconstruídos, transformados ao longo dos anos! Mas a nossa essência jamais muda.
Relativo à prática do BEM: faz-se menos do que se deve e, em troca, recebe-se mais do que se merece.
Depois que morre ninguém vira santo, mas acredito no sensacionalismo que existe sobre um fogo fátuo.
Quando você faz as suas obrigações com prazer e dedicação, elas deixam de ser obrigações e tornam-se entretenimento.
Saiba agradecer a tudo que lhe é concedido, pois não há dádiva que não se mereça e não há sofrimento que não ensine.
As recompensas são proporcionais aos seus sacrifícios e ao seu empenho. O caminho mais fácil nem sempre é o mais gratificante.
E de novo, eu tenho tido esse sentimento, não é exatamente um vazio, mas é como uma falta gigante de algo que eu não sei o que é, e por mais que eu procure o que é isso, eu continuo sem uma resposta. Eu venho sendo assolada pelo intenso desejo de mudar, mudar de casa, de cidade, de estado, de país. Eu quase não me reconheço mais, eu estou apenas existindo, uma existência muito ordinária. Eu não acho mais as minhas loucas inspirações; nada parece ter o mesmo som, o mesmo gosto, eu perdi a minha inspiração dentro de mim mesma, isso é possível? Bom, se for, eu fiz, e se não for, ela está por ai, então é melhor eu fazer uma placa de ‘procura-se’ para ela. Você já sentiu isso? Como se ninguém sentisse a sua falta, se ninguém ao menos notasse sua presença, é quase como se você fosse invisível aos outros, condenado a uma existência abandonada. Meu único consolo ao falar isso, é saber que ninguém vai realmente se importar, não sei bem se é um consolo, acho que é mais algo relacionado com ‘quieto’, ninguém vai ficar insistindo naquele estúpido ‘como você está?’ no qual é preciso fingir meu melhor sorriso e dizer ‘estou bem, não se preocupe’. Ninguém vai nunca entender como é sentir o que eu sinto todo dia. Eu sinto uma dor, que passou do emocional e se tornou física, e ela é insuportável; acho que uma dor maior, a tiraria de centro, pelo menos por algum tempo. Você já se sentiu assim? Eu vivo sozinha, mesmo em torno de tantas pessoas!
”.. É preciso sair do conforto do tradicional, costumeiro e, conhecer coisas, aprender. Deixar de lado o mesmo horário e mesmo local, o bom café matinal, e o tabaco do final de tarde. Que vida medíocre! Regrada em demasia, cansaço no fim de cada rotina. Procure pelo viçoso, pelo viceral; saia do preto no branco; não encoste nas linhas. Cambaleie com vodka, madrugue em baladas com café, divirta-se com música, deite em poesia, sonhe com seu amor, viva.”
”.. Ah, o coração humano, frágil como um espelho cristalino de pensamentos. Ao acordar esta manhã tive a impressão que havia me curado da lancinante dor no coração, o palpitar desenfreado e áspero. Algo se debatia lá dentro, como um lobo tentando fugir das garras do predador, e seus uivos eram gritos em minha voz até então embargada. Deitada, pousei a mão sobre o seio e senti o repousar dos batimentos. Da janela entrava luz, e das árvores lá fora o gorjear do passaredo, tudo isso porque meu anseio virou conforto, assim que seus olhos pousaram nos meus e ficaram, até o toque cálido e sedento alcançar minha pele que eriçou e tratou de saborear a sensação do seu corpo contra o meu. Aquele encontro matinal havia sido o melhor momento vivido desde nossa primeira noite juntos. Não era encontro, era reencontro."
“.. Belos dias de inverno se sucedem, o vento trás o alfazema como combinação diária aos cigarros e a cafeína. Faço ao acaso menções sobre ele, fico acordada à noite feliz ás vezes. E quando ele parte, ao anoitecer, meu corpo sangra aos prantos, por dentro, por não poder pertencê-lo (…) Uma anotação que gostaria de fazer, isto [me refiro ao que sinto] está relacionado a algum dos famosos sentimentos humanos? Nunca me julguei como tal, porém hoje percebo que sou e o faço com certa profusão. Então, quando terminei de escrever aqueles fragmentos, disse nunca mais ficaria presa por falsos laços. E o cumpri.”
”.. Um beco sem saída, era onde eu havia chego. E eu não tinha idéia alguma sobre tudo o que estava acontecendo, eram somente idéias fragmentadas e certa compaixão pelas lágrimas que ali estavam a rolar. Uma garrafa e maço de cigarros vazios, embalagens puritanas. Desde quando eu havia adquirido tal profuso desejo pelo condenável? Ah sim, essa resposta eu não tinha, já não sabia quem era. A reflexão pede uma pausa, toda a questão, afinal de contas, é de absoluta estranheza. O mundo então havia mudado? Ou eram apenas meus olhos? Havia momentos em que não se podia nem pensar nem sentir, onde é que eu estava nesses momentos? Eu tenho achado o mundo tão feio, tenho me procurado debaixo dos vícios e medos. Onde estou? Meu Castelo de Cristal foi abdicado e, de repente, se tornou maior a ânsia que o anseio. Me tirem daqui.”
”.. Agora temos sido rudes e indiferentes. Coisa estranha essa, o silêncio. O toque na pele, a massagem no ego. Muitas palavras aos goles e nem tantas estiradas, exalando qualquer sabor, do tabaco ao alfazema. Entretanto sou incapaz de dizer o que é que eu quero, apesar de ansiar demasiado pelo seu toque austero. Amar e ser amante é como luz e escuridão. As beiras do abajur o toque cálido e selvagem, mais a noitinha, debaixo das cobertas, o frio das lágrimas a escorrer à procura do querer, ter, pertencer. “
Que o Universo Conspire a nosso Favor, e que ele seja do Tamanho da Imaginação e do jeito da Sua Necessidade
Quanto mais eu tento entender, desentendo. Quem sabe se desentender tudo de uma vez, eu entenda algo...
A sociedade implanta as coisas na nossa cabeça e a gente nao faz questao de procurar saber se a gente concorda ou nao
Hoje vou além das cenas que vejo da janela do meu quarto. Eu estava como um pássaro na gaiola, livre pra ver, mas presa para agir.Por muitas vezes deixaram até a gaiola aberta, mas tive medo de ir adiante. Nenhum pássaro esquece como voiar, basta apenas consertar a asa quebrada.