Poema Carolina
Sou uma eterna
musa apaixonada
que carrega no peito
muito amor...
e na palma das mãos
uma linda flor.
Por: Carolina Goés
Belém Pará , 2021
Teu abraço, meu abrigo
E percebemos com o tempo
que a gente vai aprendendo ...
que o VALOR de um ABRAÇO,
não tem preço!
Por: Carolina Goés
Brasil, 2021
E na vida seguimos ...
Por muitos caminhos
alguns são floridos e outros
cheios de espinhos.
Por: Carolina Goés
Soberana
Ela é única
soberana
iluminada
feminina
mulher
iluminada
linda heroína
obra esculpida
és delicada...
és divina!
Carolina Goés
Sinto sono, mas não consigo dormir.
Estou em casa, mas me sinto cansada.
Tenho tempo, mas não tenho dinheiro.
E possivelmente, quando tiver dinheiro não terei tempo.
Sinto fome, mas não tenho vontade de comer.
Queria crer, mas não tenho fé.
Perdi quando criança, não sei porquê.
O coração que quebra é o mesmo que volta, e revigora.
O mesmo que chora, e se consola.
Sente saudades, e cria coragem.
Cicatriza, e ainda arrisca.
Sente falta, e suporta.
Perde uns, ganha outros.
Odeia e ainda ama.
Sempre cresce.
Meio morre, meio nasce.
Seus olhos podiam ver pela fresta o que seu coração não era capaz de suportar.
Mas ainda sim, ela observou.
Os braços a rodopiavam e havia muitas risadas.
Seu coração ficou molhado e transbordou pelos olhos.
Supere o fim para que possa haver o recomeço.
não é água, nem agulhas, nem altura, nem sangue, nem barata.
tenho medo quando coisas, pessoas, vidas, se vão.
e fico.
sobra muito de mim.
apavoro-me com inacabados.
gota de limão na ferida.
Saber abandonar. Dizer adeus. Se desfazer das coisas. Relembrar pela última vez - e se arrepender de fazer isso.
Seguir em frente. Evitar saudades. Dizer não. Ser forte E dizer não. Ser forte, corajosa E dizer não. Saber dizer não.
Jogar fora o que não presta. SABER jogar fora o que não presta. Decisão. Saber tomar decisão. Ter coragem pra tomar decisão. Esquecer. Saber como esquecer. Sonhar de novo - saber como sonhar de novo. Pés no chão. Cicatrizar. Saber esperar cicatrizar.
ATENÇÃO
Mas quem poderia atender?
Nos cantos da vida não havia chão
Como compreender?
Ela abria seus olhos ao amanhecer
Ela abria os olhos durante o anoitecer
Ela desejava morrer,
Às vezes
Às vezes, ela sentia desejo
E lágrimas
E às vezes ela sorria
E dormia e vivia
E desistia
E às vezes ela abria os olhos
E não entendia
Às vezes ela via o entardecer
Ela desejava morrer
Quando o Sol não bate nas árvores
Porque ela não está embaixo da sombra
Como fazia antes, deitada na grama
Tudo foi aos ares
Quem poderia compreender?
Que às vezes ela abria os olhos
E sentia vontade de morrer
Às vezes.
Nossos corações choravam
Mais do que as lágrimas que deixávamos o mundo ver.
Nosso desespero era muito maior
Do que quem queríamos que visse, via.
Porque éramos loucos...
Absurdamente loucos.
Loucamente apaixonados
Destruidamente descartados...
Mas nós nos víamos
Víamos nossos corações sangrando
Como a maior cumplicidade que pudesse existir
Chorávamos por nos ver chorando,
Tristeza abatida por tristeza.
Um amor causando dor
E constituindo outro amor...
União movida por aquilo que ninguém via.
Por aquilo que só nós entediamos.
Desesperadamente... amor.
Destruidamente, amor.
Acabou. Criou.
Amamos, a nós.
Que não amávamos.
Odiamos, aqueles, que amamos.
E que nunca nos amaram.
Amei você, silenciosamente.
Sei que me amou, envergonhosamente.
Nos calamos hoje, vitoriosos.
Com novos amores, de novo.
Mas nunca, jamais, deixando de nos amar.
Quando chega não tem jeito.
Alguns demoram para aceitar,
Outros se entrega de uma vez.
O mundo cinzento enfim tem cor.
O sorriso fica bobo,
O olhar carinhoso.
O amor transpira e inspira felicidade.
Muitas vezes está na esquina, bem na sua frente, abaixo do seu nariz.
Ou quem sabe no passado que você perdeu e notou o quanto era bom e de verdade.
No amor os planos são para dois.
Duas almas completamente apaixonada,
Correspondendo sentimentos.
Calculando o futuro,
Traçando rotas paralelas para o caminho desconhecido.
Buscando um no outro a metade que te falta.
Completo...
O amor se torna completo enfim
Unindo o nosso mundo,
O meu e o seu,
O nosso eterno amor.
Nebulo
Encontraria névoas em sua alma.
Num diluído de desejo,
lhe despejo o sentimento.
Vejo-me vazar,
sonhos e lágrimas desabar.
Pela justiça do afeto,
a obsolescência cria um teto.
Na ignorância a benquerença.
Em uma diferença, que jamais compensa.
Ventura
O que há de mais profundo no seu olhar,
não se encontra em qualquer lugar.
Num lindo céu azul,
te encontro num lugar comum.
Sem saber o que fazer,
ainda espero te reencontrar.
Sem nada a temer,
espero te abraçar.
Sem palavras para expressar,
me assegura com um sorriso
e alivia o pessimismo.
Com você encontro o sol,
sendo a luz de um só destino...
E modo como fazia sentir me especial era fantástico e indescritível, era surreal e capaz de me fazer perder em milhões de anos-luz em seu olhar. A fala não era nossa comunicação preferida, mas quando exercitada era infinita a vontade de não parar, e mesmo com tantas palavras que mais tarde percebera que foram com o vento, existia também ali uma porção de frases nunca ditas um para o outro, palavras silenciosas e misteriosas que nunca seriam se quer colocadas à tona.
Anos mais tarde ela escrevia em seu diário todas essas palavras nunca jogadas para fora de sua alma. Anos mais tarde, notara que sentir se especial era algo que talvez nunca mais poderia sentir, percebera também que toda essa dor era dela, e somente dela. Era um sentimento complexo mas poderia ser considerado individual, era dela - e somente dela para ele. Ele não enchergara, e 50 anos depois notara que a mulher de sua vida tinha ido embora, junto com seus possiveis 3 filhos e toda a felicidade que um dia seria capaz de sentir.Ficou sozinho e se lamentando. Morreu só.
Mas quem se importa? Ele tivera suas chances
Há minhas palavras!
elas deveriam ter
A mesma força que os mandamentos
elas deveriam estar
Em todos os pensamentos
elas deveriam ser
Modelos para dizer nos bons momentos
Elas deveriam acontecer
Para que a alma humana pudesse enaltecer...
Essa minha cara, meia-cara, cara fria, cara à tapa, talvez fosse isso que merecesse. Sinto-me incapaz de proferir o que há de mais ingênuo, sinto-me, também, covarde ao entregar os pontos, ao abrir os olhos e ver que não consigo manter-me de pé sem uma terceira perna, fazendo-me então um tripé estável. Sinto falta de ser arriscada, pelo menos eu podia caminhar, fosse para frente, para trás ou para os lados nos meus momentos de perplexidade. Acontece que com essa terceira perna não há locomoção. Eu tento, tentei, mas sou cristal que se encostar... Vivo num mundo onde o tudo é inconstante e o nada se tornou totalidade.
Ah! Eu detesto ser melodramática.
Ao mesmo tempo que pode parecer tão simples, torna-se esdruxulamente destruidor e fatal ao ponto de atigir me.
É um conjunto de sentimentos que tornam se em um só incógnita, fazendo minha cabeça delirar e todos os meus pêlos se ouriçarem a ponto de que se fossem afiados, arrancarem completamente todo sangue do meu corpojorrando o pele a fora.
Capaz de facinar e de machucar todas as células mortas e vivas do meu corpo em questões de segundo.
Bonito, desejável mas completamente impossivel de alcançar. Um amor de vitrine, daqueles caros e brilhantes.
Faz me sentir idiota e sonhadora, mais do que isso faz me sentir ridicularmente hipnotizada. E a medida do possível a realidade bate à porta e entra como um jorro de água fria da cabeça aos pés.
A verdade é que tropecei em sua hipocresia, achando que ela podia ser ignorada, a chutei para o lado e continuei seguindo em direção a ti.
Queria que olhasses na minha cara e me falasses mal. Anda, vá em frente! Eu agüento! Livre-se logo de todo esse peso e rancor que carregas sobre as costas por minha causa. Bata nas paredes, quebre as portas ou desconte toda tua raiva, com força, em mim. Prometo não reclamar. Mas pelo menos, depois disso tudo me olhe, mas olhe no fundo dos meus olhos com toda aquela intensidade que um dia me possuiu devorando-me com uma única tragada. (E os tragos me fazem lembrar de ti, uma ironia e tanto.) Eu ao menos gostaria que entendesses esse meu infinito todo vulgarmente conhecido como minha vida.
Com todo o meu amor um pouco torto,
Carol.