Poema Carolina
Saudade dói,
saudade sufoca,
saudade de alguém que não volta.
Só quem já perdeu alguém prá sempre sabe o que é isso
Querer o abraço e não ter,
Sentir o cheiro e não ver,
Lembrar do carinho e continuar a viver.
Saudade é a lembrança boa
De um coração à toa
Que vezes ri, vezes chora
Mas nunca deixa o sentimento ir embora!
Saudade é o vazio completo
Da presença inteira
Que foi embora e não deixou
Nenhum bilhete na geladeira.
Saudade é de mãe, é de pai, é de namorado,
É da filha, do filho, do vô e do neto bastardo.
Não tem idade, nem dia, nem hora,
Ela é sem modos e sem etiqueta,
Não cabe na gaveta.
A saudade só tem em Portugal e no Brasil,
Nos states é "I miss you".
Saudade é essa coisa inventada
De quem sem ter data marcada
foi ...e deixou pra trás a lembrança
E ponto final.
Não tem mistério à vida é feita de critérios,
Quero que a sorte me ajude,
Não me importo com mudança quero ver atitude,
Pode confiar em mim,
Na falta de ombro amigo eu aceito um sim,
Pode chegar mais perto,
Do começo ao final dá tudo certo,
Você fez pouco e me achou,
Por que perdeu ou por que procurou?
Deixa que o presente eu aprendi a desembrulhar,
A vida é feita para ser vivida devagar,
Para que correr e fazer barulho?
Sentimento ruim é igual entulho,
E quando sol bate no nosso rosto?
Só assim, eu acredito que conheço o seu gosto,
Tô atoa e tudo que é bom não enjoa,
Tudo que é bom dura pouco este sentimento louco,
É a vida que voa e pode ser sempre boa...
Beleza? Talvez
Arte pra ser exato,
Ou nem tanto.
Em que exatidão se pode afirmar?
Beleza já diz, é belo!
Mas em meio a borrões sem cor,
Surge um belo explicável: Sera?
O inexplicável!
No obscuro vazio de uma imensidão,
O fogo se forma em chão de terra seca.
Não se abastece do que queima,
Não arde, mas dói e fere.
Em tormentas, reluta.
Mas deixa-se levar; para onde?
Não importa, mas importam-se.
Os claro~es que flecham seus olhos,
Não espetam a sangue,
Mas avisam que esta chegando,
Mais uma vez o inexplicável!
Mas o que seria se ela não existisse,
Ficaria mais uma vez desentendido?
Não, porque o inexplicável já tem uma
explicação: Carolina
UTOPIA
Em êxtase nessa vida
Insana que em sincronia
Arranca-te lágrimas de
Tristeza e alegria.
Deparo-me com a
Indagação do certo ou
Errado, do agrado e da
Ingratidão, do importar ou
Não. Cheguei a conclusão
A qual concluí nada.
Pouco interessa-me
O que pensam (na teoria).
A prática é quase utópica.
Porém, tento viver à minha
Maneira, um tanto aventurada,
Outro quanto, calmaria.
Manter-me luz, independente
Da escuridão, é o que faz-me
Ser, é o que faz o meu ser.
ETERNIZE-SE
Viva o presente
Com um pé atrás do futuro.
Até o passarinho
Que me visita
À janela amiúde
Sabe disso.
A escolha tem resultante.
Não se detenha, não tema!
Apenas tome nota disso
E faça jus a sua existência.
Destarte,
Perdoe-se!
Ame-se!
Permita-se!
Queira, tente e faça!
Eternize-se graciosamente
Nesse vasto horizonte
Intitulado vida.
" Feliz é aquele que consegue superar seus medos, aquele que voa com coragem e fé. É fiel aos seus afetos e a si mesmo.
Livre é aquele que diz o que pensa, mas que também sabe silenciar para se preservar... é aquele que trilha o seu caminho e não o dos outros... é livre de dependências afetivas, conceitos alheios e transita bonito pela vida.
Pleno é quem respeita seus limites, é inteiro nas pequenas coisas e faz escolhas com o coração.
- Aquele que se permite sempre será feliz, livre e pleno. Permita-se
Me resguardo no meu
mundinho encantado
onde a vista é mais bonita.
Não há dor nem desespero.
Apenas o doce sabor de ser
E de sentir...
Saudade de Nada
Sozinho na madrugada
Escuto na vitrola o chão de estrelas
Olhando na vidraça aquela chuva
E minha alma esquecida escuta o céu de pedras
Sozinho na madrugada
Não tenho relógio no meu pulso
Saudade de nada
O instrumento é o violão
Desejava tocar as cordas do teu coração
Sozinho na madrugada
O amor e a chuva são como agulha e linha
Quase uma coisa só
E minh'alma se costura na sutura da solidão
Da chuva, do violão
Da linha, do relógio
E as estrelas lá do chão
Não sei a que horas giram na vitrola
Saudade de nada
Ainda é madrugada
Depravados.
E foi quando seis corpos de pecado uniram-se no mesmo quarto transpirando perversidade em gotas. Ali, naquele ambiente abafado de tanto suor cítrico, os seis, ou pelo menos três dos envolvidos, revelaram-se no mais ardente, íngreme desejo.Tornou-se ciclo vicioso.
Gula.
Engulo as falas tuas
Devorando-as nas entranhas minhas.
Cortando-me com olhos teus
Dominas-me, refreias a pele minha.
De ti sinto sede.
De mim sentes fome.
Sentimos e sentiremos;
Gula.
Ser meu, ser teu; ser sua.
Ela ampla, ela acanhada, ela oscilante, de fato palpável. Olhara da vidraça por inúmeras vezes e dali insignificância avistava. A névoa que a fuligem do cigarro apoiado em seus dedos provocava, cegava seus olhos intensos, impedindo com que notasse o que permanecia ali, em sua frente. De boca em boca, encontrava-se alagada. Fumo, licor, rubro, membro contra membro. Obscuridade, vivacidade resistente dos braços seus, fascinados com braços apetecidos. Imergir em corpo ilhado em cabelos, saliva em contato; as línguas permutadas. Depois não quer, agora diz: seres meu, meu corpo teu; enfim ser sua.
Vestígio.
Os olhos manchados de ontem; pele ainda dormente; cheiro de cigarro impregnado nos cabelos. Aquela música continua em meus ouvidos. Desconhecidos, e eu, desconhecida; Deus do céu, onde é que eu fui parar? Após cometido, sinto-me presa ao indesejado. Tirai-me da ilusão.
Eu tranco a porta
Pra todas as mentiras
E a verdade também está lá fora
Agora a porta está trancada
A porta fechada
Me lembra você a toda hora
A hora me lembra o tempo que se perdeu
Perder é não ter a bússola
É não ter aquilo que era seu
E o que você quer?
Orientação?
Eu tranco a porta pra todos os gritos
E o silêncio também está lá fora
Agora a porta está trancada
Eu pulo as janelas
Será que eu tô trancado aqui dentro?
Será que você tá trancado lá fora?
Será que eu ainda te desoriento?
Será que as perguntas são certas?
Então eu me tranco em você
E deixo as portas abertas
Eu pulo as janelas
Será que eu tô trancado aqui dentro?
Será que você tá trancado lá fora?
Será que eu ainda te desoriento?
Será que as perguntas são certas?
Então eu me tranco em você
Eu me tranco em você
E deixo as portas abertas
Nuance.
Touché. Naquele ínterim ela concluiu que aqueles cachos negros caídos sobre a testa dele já não a cegavam mais, era tudo tão burguês, trivial e tornou-se transitório de extrema repugnância. Coxeou, e entre calúnias e mentiras, numa única objeção desvendou tamanha rispidez que ele carregava sobre as costas. Colapso. Sempre tão soberbo, presunçoso e ostensivo, após ser desmascarado, encontrava-se iminente, exposto, fraco, literalmente vulnerável. Aquele sentimentalismo rasgado existente entre um casal... Ahn, desgaste. Físico e moral. Aquelas calcinhas e sutiãs perderam a elasticidade e as cores ofuscantes. O relacionamento tornou-se bege. Au revoir!
Ela, outra e outras.
Mais uma vez em uma neurose desmedida onde quaisquer diminutivos em meio a consignações infames, façam com que se sinta abominável, ignóbil. Não num sono aéreo; presa em um denso, ofuscado e grave pesadelo, importuno, um desgosto desmesurado. Talvez não seja ela, ou nela tentam buscar o que desejaram de outrem. Até teria, garante-se que numa veemência muito mais profunda, mas era preciso que vejam que é ela ali e não a outra, outras. Apreensiva. Mil palpitações. Lágrima fluindo vagarosamente por suas sinuosas rugas de expressão.
Um aperto; o mesmo que sentira no momento da certeza de uma infidelidade, mas o ensejo era outro. O receio de perder o apego que ultrapassou os limites de outros apegos. O medo de terem, outra vez, recaídas passadas e ela, novamente, submergir.
Suspiros.
E ele se foi, deixando em mim apenas saudades e a incapacidade de aproveitar mais do que deveria.
Amigos....
Amigos pensamos que temos...
Quando preciso de ajuda.....você não está lá pra ajudar.
Quando estou chateada......você não vai me consolar.
Quando levo bronca......não admite que a culpa foi sua.
Quando caio.....você não vai me segurar.
Quando danço....você ri para não chorar.
Quando canto......você canta mais alto, para me convencer de parar.
Quando choro.....não tem pano pra secar.
Quando pulo...você diz que o chão quebrar.
Quando penso.....você tenta me imitar.
Quando sorrio.....diz que meus dentes vão rachar.
Quando falo.....diz que o mundo vai parar.
Qundo ando....fala pra não andar.
Mas quando você faz algo........eu tenho que apoiar...
E ai a vida te dá um leque de possibilidades e cabe a mim decidir a melhor escolha.
Se quero tudo diferente, não adianta fazer tudo igual...pode soar redundância mas a escrita é diferente da prática.
O primeiro passo é o mais importante e estou em estado de gratidão pelas respostas do universo!
Porque a vida é muito rara...e me amar é a prioridade! ♡
Danço para mim mesma
Danço com minha alma.
Danço para celebrar a vida
Que através de mim se espalha.
Exalto as Deusas
Movo a terra
Espalho vida, dança
Alegria, esperança.
Desperto o encanto
E fascínio a todo canto.
Provoco mistério
Te tiro do sério.
Porque a arte, a magia e o mistério
Escondem-se sob minha saia
Mostram-se na minha dança
Que traduz minha essência
Minha ânsia de vida e beleza.
Porque danço com as Deusas
Danço com as luas
Como as ondas dançam no mar
Como as nuvens que se exibem no ar.
Assim a dança me faz...
Faz exalar-me como as flores
Faz-me bela como os amores...