Poema Canção
Teus lábios doces e quentes
Mãos suaves como a pele da uva...
Vou gritar para que o vento leve
ecoe meu amor aos quatro cantos...
Me prendes em tua teia de versões, caleidoscópio!
Somos uma nação de sonhos, versões e filosofias
Nossa canção é doce, mas protesta...
Nosso externo de profundas sombras,
Ameaças a nossa liberdade...
Não, não queremos beber desse cálice!
Iremos além das brumas...
É o verso e a prosa contra o metal,
Contra a fúria triste...
Nosso grito ecoará livre
Na liberdade dos pássaros
Na dança das borboletas...
Ainda somos livres para amar...
Quero ser pra ti como o setembro para a primavera...
O sabiá que canta eufórico na presença das flores...
Poema: Canto do sabiá
Por que és tão cruel destino?
Por que desta forma me tiraste deste mundo?
Lembrado e esquecido,
Lembrado pelas minhas contribuições
E esquecido em um navio
Nas águas frias me pego a pensar
Nas terras de palmeiras
E no canto do sabiá
Agonizando vou indo ao fundo do mar
Imaginando minha terra de palmeiras
Onde canta o sabiá
Meu pedido atendeste
Me permitiu voltar antes que eu morra
Para ouvir o canto do sabiá
"Debruçada na janela
ela
aguardava
você passar."
*
💓
E seu olhar
tão comovido,
acompanhava
com o ouvido,
cada passo na calçada,
que se aproximava,
acelerando o compasso do seu coração 💗 que pulsava
em ritmo de uma canção,
que ele já conhecia...🎶🎸🎶
***
💓🌸💓
___Francusca Lucas___
142 anos da Cidade
Uma cidade pequena
Mas de um povo gigante
Das praças ao mirante
É possível ouvir uma canção
Seja ela nova ou não
Cachoeira é uma cidade a se guardar no coração.
As margens de um grande rio
Aqui a fé é sempre presente, faça calor ou frio.
Cachoeira Paulista, 09 de Março de 2023
Você trabalha de 9h às 17h
Mas, amor, eu também
Então não fique pensando que estarei em casa fazendo torta de maçã
Porque eu nunca aprendi a cozinhar
Mas eu consigo escrever uma canção
Cante junto comigo
O cancioneiro
Toca o som do cancioneiro de fortes ventos, de rota sem fim, o cancioneiro das folhas que rodam nos dias, molham em chuvas de lágrimas pra depois secar no brilho de sol, o cancioneiro da rota que não termina, que toca ininterrupto todos os acordes, todas as notas, com sua potencia, levanta folhas, poeira, apaga e acende o sol em dias e noites, o cancioneiro sublime e autodidata,os elementos, todos são desenhados nos papeis, em acordes, ritmados pela busca e fúria de sonhos, tocados, pelo instrumento, chamado vida.
Quando eu te vi
Na minha frente
Vi que o amor
É tão diferente
Eu inocente caí sem querer
Foi de repente
Nem deu pra perceber
Eu acho que pirei
Meus pés saíram do chão
Eu posso até voar
Segura o meu coração
Até me belisquei
Será que é ilusão
O que eu senti não dá pra explicar ou cantar numa canção
Quero decifrar seu corpo, cifra por cifra
Aprender todas as suas notas
Poder tocar você para sempre
Você é minha canção preferida
Dentre as músicas a mais linda
Daquelas que grudam e não saem da mente.
A poesia é tudo que nos rodeia e captamos com o coração, não é aquilo que está escrito e sim o que foi sentido.
A poesia não é forçada, ela nasce sozinha e flui sem entraves. Poesia é arte, é canção cujo coração é a clave.
A poesia é vida
expressando liricamente
amores, luxúrias, tristezas,
tal qual a letra de uma canção,
verbalmente traduzidas
nas linhas que versejam
os acordes de um coração
Com a face temperada de choro ele se despede enquanto abre a porta.
Não quer demonstrar tristeza ou fraqueza já que este era o último adeus.
Ele a ama e sabia que precisava abrir a porta para seu amor poder ir embora.
Ato mais nobre não conheço, abrir mão do objeto de seu amor para demostrar ao mesmo que continua amando...
Mal sabia que durante o próximo semestre praticamente deixaria de existir.
É mais fácil quando não sabemos a dor que podemos causar.
É mais fácil continuar quando é a gente quem vai embora.
A canção de quem fica é sempre a mais triste.
As memórias são mais difíceis de esquecer.
Ele ainda ama, por isso a porta continua aberta.”
Hoje quero um encontro comigo mesma.
Fechar os olhos e não pensar em nada.
Aquietar minha alma e ninar o
coração com uma canção de amor.
- Flavia Grando
Algumas vezes, triste,
dentro de uma trincheira
em mim mesma construída,
fico presa na partitura da vida
tentando ser especial canção
que alcançando as paragens todas
se expandisse em alta voltagem,
atingindo os caminhos
por onde teus passos vão...
Só a mudança é que se mantém
No caos dessa ordem: que maestria!
Uma linda e incessante coreografia
Da estrela ao teu peito, um só ritmar
Quem não escuta a canção
Não entende a gente dançar
No hálito fremente das luzes
sei-me dançando um dia
uma melodia que não me lembre.
Sei da noite, uma chuva fria
de corpo sei, um fumo quente
sei dos olhos, nos meus
a alma nua
sei da boca, perdida
os sabores e recantos
sei das sombras e sei do espanto
e na seiva, segredo lua
onde rubra, a vontade queima
Sei de ti, que não esquecerei
sei da melodia que não me lembro
que noite dentro, um dia
dançaremos juntos, eu sei
se bastar um olhar
que a outro se abrace
um sorriso
que largo, o beijo peça…
se for pressa, esse feitiço
de um certo jeito de beijar
uma certa urgência de amar
um cego vício, fragrância
desejo pele, possuir
então, paciência
eu vou ter que ir…
como um rio, que novo nasce
num jeito louco de amar
num jeito simples de ser.
e talvez porque sim
o paraíso no inferno
amar, seja assim
o amor para se viver
a dor para se chorar
e tudo o resto seja
aquilo que deus quiser.
no olhar onde fundo me perco
há um laço que abraço me lança.
indomável onda, de brasas me cerco
dessa alma, que inquieta me canta
É no verso, desse mar que avanço
que ardo, no mesmo passo que danço.
alardo chama, incêndio me faço
abraço, velejo, entre vagas balanço
é dia, é noite, nesse vira e mexe
nessa dança que o vira não cansa
nesse mexe, que sem aviso cresce
e é lá, onde mãos nem chão preciso
nesse tecido, que em mim se tece
que valso, paixão navego perdido.
há um horizonte de linhas verticais, manto
onde, no querer de quem quer tanto
mora uma pressa a que não resisto
uma pressa líquida de poder tocar-te
gasoso ser-te, ébrio vicio
num intenso verde, suave colar-te
à esperança, de num imenso abraço ter-te
sem medo, desta urgência
que me faz pressa
nesta ânsia impressa
na sede dos dias de ausência
espero beber-te, pele, desassossego
este sem medo todo e sem pressa
quem sabe num dia, que o tempo não meça
o poder olhar-te, assim para sempre
Se saudades muitas
De mim tiveres
Muitas, de insuportáveis mesmo
Que pelo tamanho, de tão grandes
De teu peito irrompam
Tantas
Que de brasas pareçam ser
As mãos que me toquem
Os lábios que me percorram
Os olhos que me fitem
Fogo desmesurado em mim
Se for tudo assim
Tudo tão grande
Fogo que se expande
Serei eu, enfim...