Poema Canção
NÁUFRAGO
(Poema canção)
(...) Quando você tomou o rumo
Quebrou uma rotina desvalida!
Minha vida respirou aliviada
Me soltei, me livrei, me libertei...
Das amarras enferrujadas
Que o cais do porto tratou de desgastar!
Já fui louco, já fui torto
Vivi sem nome, alma ferida
Meu barco procurando porto
Preso, encalhado, sem destino
Minha bandeira tremulando em desatino
Vivendo a esmo para encontrar...
Meus passos, meus pedaços!
Tristeza em viver a vida em desalinho
Apenas sonhando os sonhos...
De um rabisco em pergaminho!
MAR DE PAIXÃO
(poema canção)
Das janelas, das vidraças
Quando meu olhar se afasta
Procurando quem tanto amei
Nos lençóis frios de solidão
No cais de pedra da paixão
Minha praia anda deserta
E por horas a fio em alerta
Buscando nos olhos do farol
Um aceno dia e noite
Até o romper do sol
Mar de maré cheia,
Mar azul de pedra e areia
Mar de amor sem fronteiras
O tempo é triste de felicidade
Quando o mar se alegra em calmaria
Escuto sua canção em agonia
Dos gemidos cortante das ondas
Se tocando contra o cais
Do cais de pedra da paixão voraz
Mar de maré cheia
Mar azul de pedra e areia,
Mar de amor sem fronteiras!
PELOS PALCOS DA VIDA
(POEMA CANÇÃO)
Sou do mundo, sou da lida
Cantando o amor pelos palcos da vida.
Sou uma breve história,
Desconcertante memória,
Sinopse sem script, script sem nenhum roteiro
Ao longo de longos anos, cantando para o mundo inteiro.
Sou primavera sem flores,
Sou romance sem amores,
Sou verbo sem provérbio,
No palco da imaginação.
Sou os quatro elementos, sou magia e sedução!
Se o céu é o limite, sou anjo decadente
Mas trago comigo sempre a paz e o amor em mente.
Sou simples e primitivo, composto e derivado
Presente, pretérito, futuro, adjetivo, sujeito e predicado
Ao longo de longos anos cantando para o mundo inteiro
Sou a lágrima da tristeza,
Sou o sorriso da beleza,
A sombra inquieta da saudade,
Sou o algoz da maldade
Pelos palcos da vida
Sou amor sem vaidade
Ao longo de longos anos cantando para o mundo inteiro.
Pelos palcos da vida cantando para o mundo inteiro!
MADRIGAIS
(POEMA CANÇÃO)
Tudo aqui lembra você
Mesmo quando a cidade
Me sufoca de saudade
Bem dentro de mim...
Toda cidade é você!
Até a brisa do mar
Que soprava sem parar
Aquecendo nossos corpos
Acordando o prazer
Em mim toda cidade é você!
Eu te tocava como quem toca uma arpa
Eu te queria como a noite quer o dia!
Corpos trêmulos de amor
Na suave brisa da manhã!
Quando era noite...
Tinha você como um açoite
Corpos, canções, recitais
Despertávamos mais um dia...
Pois, sabíamos que outros dias...
Eram noites em madrigais!
MURO DAS ILUSÕES
(POEMA CANÇÃO)
No muro das ilusões
Pintei minha arte mais bela
Você que aparece nela
Fascínio de bela pintura
Retocada por minhas mãos
Sob olhar de contemplação!
Nos jardins da estrada
Não preciso de roupa engomada
Apenas de uma flor de encanta!
Na manhã da aurora boreal
Preciso encontrar seu sorriso
Por mais longe que ele possa estar
Minha roupa de puro linho
Serve apenas de burburinho
Pra quem me ver passar!
No mar de amor, onde tudo começou
Escrevi na areia fina
Nosso poema predileto
Que reinventa nossas vidas
Mas, o que eu quero mesmo
É você aqui, bem perto
E apenas de uma flor encantada!
PASSAGEIRO DO SILÊNCIO
(Poema canção)
Sou passageiro do silêncio
Nas noites, nas chuvas, nos ventos
Na solitária estrada do sentimento
No caminho incerto do deserto
Na vida meu maior contratempo
É a não previsão do tempo!
Na morte, meu maior tormento
É a frieza do isolamento!
Trago a pressa de lugar nenhum
Dos mistérios, dos medos, dos segredos
Embora, conheça o refúgio de cada um
dos amores, das paixões, dos guetos!
Se me calo ao raiar de um novo dia
À noite o meu mundo silencia
Se me agito na tempestade
O fogo abranda a minha iniquidade!
Por isso mesmo e muito mais
Não me acho guru, mas me acho capaz
O homem pode até morrer de susto
Mas por covardia, diz o ditado, jamais!
MEU CORAÇÃO DE CRIANÇA
(Do recital “Alma de Poeta”)
Meu coração de criança
Canta a canção dos imortais
Brinca na leveza da dança
Como se o amor em minha vida
Fosse durar pra todo o sempre
E muito além de tudo mais
Meu coração de criança
Tem alma de menino feliz
Bate forte com esperança
Pula, corre, não se amedronta
Mas quando se trata de amor
É um eterno aprendiz!
TERRA
(Poema canção)
Na terra que o homem trabalha
Arregaça as mangas, ara.
Adubando com afinco seu sustento
Com honra criando seu rebento
Homem simples, terra santa
De tão prometida fica esquecida.
Terra mãe, terra vida
Terra que amo, terra querida!
Terras de tão pucos homens
Homens de tão poucas terras!
Deixar a terra é desertificar o coração
É não expurgar os males da plantação
Forçadamente deserdar amor e chão
E sem terra o homem não sobrevive
Nem o arroz, nem o milho, a cana e o feijão
Lavrar a terra com paixão
Brotar o fruto de cada chão
O olhar feliz que corre a gleba
Na doce terra do sertão
Terra que nos alimenta,
Terra que nossa essência
Na terra que o homem trabalha...
Arregaça as mangas, ara!
ACHO QUE ÀS VEZES
Acho que às vezes
Escuto sua voz
No meu ouvido sussurrar
Aquele poema canção
Que escrevi pra te dar.
Não sei se você lembra...
À época você adorou!
Nele, continha a mensagem
Mais linda que compus
Para expressar meu amor.
Coração apaixonado,
Pelo amor enfeitiçado
Não sabe o que é certo
Muito menos o que é errado!
Acho que era prenúncio do fim...
E assim, um dia desmoronou.
Tava cantada por um canto
Num ritmo de uma poesia
Onde a palavra amor
Deixava-se embalar
Em sonhos e fantasias.
Era mais que uma declaração:
Eram doze acordes na utopia
De um poeta sonhador!
Chega de tanto Barulho de fora !
Quero ouvir a melodia da
minha canção agora
Que me diz em silêncio e
sorrindo:
Seu mundo é lindo
Esqueça todo o resto
Seja teu próprio abrigo !
quero ser história,
quero ser canção,
quero ser poesia,
quero ser fotografia,
quero ser filme,
quero ser peça teatral,
quero ser mundo,
quero ser tempo,
quero ser eterno.
O TEU SORRISO, O TEU OLHAR.
O tempo passou,
e continuo aqui.
Ouvindo aquela canção
que me faz lembrar.
Do teu sorriso, do teu olhar.
Que me inspira a escrever,
Me inspira a relatar
o quanto adoro,
o teu sorriso, o teu olhar.
Só isso que queria dizer,
Expressar
Escrever
Gritar...
Que eu adoro.
O teu sorriso, o teu olhar.
Musicando
Há sempre uma canção
Nos simples pensamentos
Também nos sentimentos
E por quê não no silêncio. ..
Em tudo o que faço percebo os sons
E os mantenho guardados para depois expressar
Que uma experiência, situação ou vivência
Se sensível eu for poderei "cantar"
"Canção de Primavera"
Ouço os pássaros cantando,
Chamando a primavera.
Que alegria, que encanto
Vê-los sempre pela janela.
Fazem ninhos e ninhadas,
Espalham flores nas estradas
Criando no caminho uma canção,
Dando boas vindas à nova estação.
É chegada a hora de colorir,
Trazer perfume a quem amamos,
Fazer sorrir.
Abraçar as mãos, unir.
Desabrocham-se margaridas,
Deixa-nos vermos o encanto das pétalas.
Traz beleza querida,
Mostre a sua essência nesta terra.
O vento grita pesado;
Primavera, primavera,
Tu és no ano a esperada,
E mais bela.
Leva a amargura embora.
Traz doçura ao coração, renova.
Exala perfume, cria novas histórias.
Assim como desabrocham as flores,
Nasce uma página nova.
Cores em sua canção havia
Seu noivo se derretia a cada
Declaração que dela ouvia
Com sua voz até os céus se abriam
e de encontro a ela Ele vinha,
O amor do seu noivo a ela pertencia
na eternidade com seu amado ela se via
o anseio de seu coração se ouvia,
pela presença de seu amado ela ardia
correndo em sua direção ela ia,
nos abraços de seu amado se entregaria,
olhando em teus lindos olhos,um sorriso abriria
e de tão leve ,flutuaria e uma linda canção a Ele ofereceria.
Hoje ouço
Uma chuva que cai no telhado,
Pingos a Pingo parece mais uma canção,
Ou alguém querendo fala algo,
Mais tudo isso me lembro de você todo molhado...
E tão lindo! Ah chuva quantas lembranças...
Tem os olhos da canção,
Da poesia
A boca de frutas e hortelã
trás na pele o cheiro, pecado.
Encanto nos passos
Fala em silêncio,
A voz traduz versos
Músicas,
Me toca com sorrisos
Melodia
Me doma, domina.
Carrega flores nos braços
Poemas nas mãos,
Penetra minhas alma
Entranhas,
Possuí meus desejos
Segredos,
No ar.
Deitado eu escrevo
Ouvindo uma canção quaisquer
Imaginando e pensando em cousas
Cousas decorrente de meus atos
O amargo do arrependimento
E a imensa dor em meu coração
Uma canção para mim...
Aqui, sozinha
Eu que sempre tive medo de um dia ficar só
Aqui, minh'alma
Calada pelo tempo que eu perdi o tempo só
Aqui, tão calma
Eu que a vida inteira tive medo de pirar
Aqui, tão minha
Eu que muitas vezes me entreguei sem me amar
Há tempos se esperava um sorriso ou um carinho meu
Olhar pra dentro e me assumir
Dizer pra mim essa sou eu
Há tempos se esperava um momento de ficar assim
Olhar bem fundo e permitir
Meu coração olhar pra mim
Há tempos que eu me nego essa coragem de me revelar
Há tempos que eu desejo muito mais do que me apaixonar
Há tempos que eu caminho em linha reta sem poder parar
Há tempos que eu não paro pra pensar
Há tempos que eu tô loca pra me amar