Poema Borboleta
Borboleta singela
Voas na minha janela
Um sinal ou uma aventura?
Pequenina e frágil
Vens até mim
Mesmo com sol escaldante
Perdendo-se no horizonte
Com seus ocultos segredos
Voas alegremente
Pelas flores do jardim...
Liberdade é borboleta em voo,
Presas, só resta a cor sem o ar.
No jardim, a vida é um tesouro,
Que não se pode em quadros aprisionar
Dei-me a liberdade
de agarrar
Nas asas da borboleta,
e ir voar.
Eu mereço ser
feliz contigo,
E um novo caminho
trilhar...
Não vejo o dia
De voltar a sentir
a alegria,
Não vejo a hora
De cheirar a rosa,
Não vejo os segundos,
De aproximar hemisférios
e mundos,
Não vejo os minutos
De nos reaproximar
resolutos,
De que seremos
felizes juntos.
Dei-me a suavidade
de pairar
Nas sombras das tuas noites,
e brilhar
Repleta e incrivelmente
estelar;
Arrisquei-me no abismo
do sacrifício
Do teu amor desperdiçar.
Eu tenho que insistir
e acreditar,
Que o amor é grande,
e que não vai terminar.
Mesmo que adversamente
estamos distantes,
Crer que o pesadelo
um dia irá acabar...
Orbito nos horóscopos
secretos das galáxias,
Ninguém me captura
nem por medo,
Como borboleta nômade
não tenho e não terei
nenhum governo;
Não há autoritarismo
que me dobre ou prenda,
A minha liberdade interior
é a indestrutível crença.
Tentar insistir é loucura,
trago os signos
e as fases da Lua,
Como borboleta nômade
vivo pronta a escapar,
Ninguém nunca
há de me dominar;
Tenho vela, bússola
e orientação interior:
ignoro o quê tumultua,
Estou por onde você
menos imaginar
todos os dias
sempre a surpreender
onde menos esperar.
Ao redor dos teus sonhos
sou a presença inabalável
e a borboleta oriental
desconhecida num mundo
invadido pelo banal.
Onde não há espaço
para ser não forço,
não fico e jamais insisto;
Se não for oferecido
o respeito não é amor
e nem obra do destino.
Como Leyla deste século
permaneço até quando
me vou como manifesto
de descontentamento:
forte sou encantamento.
O silêncio faz escutar
o meu nome mesmo
que você não queira,
Leyla viva em ti e perpétua
mesmo que eu não queira.
Você se uniu comigo
por dentro e agora
sou a dona do seu
coração e do pensamento;
Você é a minha fortaleza,
e eu na tempestade o abrigo.
Sempre que me espalhar
como cinzas no deserto,
os ventos dos sete pontos
cardeais trarão cada grão
para perto dos teus dias.
Como a borboleta oriental
infinita as minhas asas
feitas de estrelas os teus
olhos guiam na escuridão
imensa e o teu coração
de Mecnun não fará resistência.
(Até quando uns disserem
para que me esqueça!)
Com a Língua Portuguesa
nado de bruços, boio
e nado de borboleta
escrevendo o meu poema
pelo Rio Itajaí-Açu adentro,
Até hoje não tenho
conhecimento de outro
teorema que me faça
descrer que a minha Língua
não seja a mais língua
poética do mundo e poema.
Borboleta amarela
na sua manhã
pousando no jardim
dos teus sentimentos,
Tomei conta totalmente
dos teus pensamentos.
Ser a Borboleta-da-flor-da-paixão,
fazer com que você
entregue de vez o seu coração,
e ser recíproca na rendição.
Minh'alma alada
de Borboleta de Cristal,
Se deixa ser iluminada
pelo Sol do seu amor,
A sua rota será a nossa
imparável estação amorosa.
A Borboleta-do-manacá
cruzou no meu caminho,
Comigo você não está
e mesmo assim me inspiro
em busca de ser poema
para fazer parte do teu destino.
Borboleta fantasma
voando na imaginação,
Ser em ti nó e laço
que envolve e não desata,
Ser a primavera que não
passa em qualquer estação,
Ser parte dos seus cincos
sentidos e a dona do seu coração.
A Borboleta Seda-Azul
do Céu do meu Sul
se deixou iluminar pelo Sol,
E você querendo
o tempo todo saber
como chegar perto
e me ofertar o seu
borboletário vivaz e poético.
O poema que fala
sobre nós pousa como
a Borboleta-Órion
sobre as rosas do jardim,
És minha Via Láctea
em noite de Céu aberto
e meu paraíso poético.
Nas sublimes asas
da Borboleta oitenta-e-oito
leio o infinito deste amor
que na poesia do destino
está escrito e me aguarda
com todo o candor divino.
A Borboleta-do-manacá
dança no caminho,
Sou a poetisa do meu
próprio destino
e de quem também
deseja poeta vir
a se tornar e espalhar
poesia por onde precisar.
Conto cada Borboleta-aro-vermelho
que vem se aproximando ao redor,
Sem receio mergulho em mim
para escrever sobre o amor.
O fel alheio não me sufoca
porque tenho vida anterior,
Sei da onde vim e para onde vou:
ser ainda melhor só cabe a mim.
De mãos dadas com o tempo
o interminável minueto,
ele sussurra e eu apenas solfejo.
Porque quem tem razão
não precisa se antecipar,
tem tranquilidade para continuar.