Poema Azul
A BORBOLETA - João Nunes Ventura
Com a borboleta ela se encanta
De azul suas asas desenhadas,
Foi à natureza que vida deixou
Para viverem manhãs encantadas,
Beijando as perfumadas flores
Nos jardins da vida apaixonadas.
Boim ( bom ou ruim)
Cadê aquele azul que estava ali
Agora, são cinzas a florir
Não mais camélias
Chove no molhado
E em toda parte
Há um reparte
De sobras e imensidão
O que vc quer... Então?
“” Mostra pra dor
Que você amor
É minha cura
Meu céu azul
Além do dia
Mostra todo valor
Num longo beijo
E esse desejo
Ardendo em nós
Seja apenas o inicio
De um amor sem fim
Mostra amor
Que você mora em mim....””
"" Tenho uma estrada linda
Um céu totalmente azul
Alguém pode ver um deserto
Eu vejo a possibilidade de ir...""
E de ar que preciso
o par de asas já tenho
decolar de uma colina
num céu azul sem fim
O infinito é a glória
a história
o amanhã, somente o voo
sobre o desfiladeiro.
E o ar
um pouco respirar
outro tanto usar
planar
no azul bonito do teu céu,
sobre as águas cristalinas do teu mar.
"" Olho distante para entender a vida
é claro que não tenho projeção
há um mar azul em minha frente
há um brilho no olhar
existe um fardo pronto para ser levado
cheio de ouro e pétalas preciosas
o cavalo do doutor está brilhando
mas não entende a jornada
a vida me deu atalhos
e eu escolhi ir sozinho
depois que a beleza resolveu sumir,
não quis seguir o mesmo caminho
nasceu o sol e espera-se a chuva
terra seca não brota nada no chão
é manhã de outono
tempo de estiagem em meu coração...
"" Minha ambição é cronica, palavra perfeita
o cesto de papel está cheio,
o azul me mantém, além das limitações
não sou poeta, gostaria de ser
poder voar em paisagens infinitas
poder amar acima de qualquer dor
a intenção é boa , mas de boas intenções o inferno está cheio,
sei...
" Naquela manhã, acordei azul
como o céu que soberano recitava poemas
meu rosto resplandecia, rejuvenescido e forte
era a oportunidade se abrindo
minha alma alegre, só quis (quer) viver...
" Não gosto do cinza
prefiro o azul
nem das lágrimas
quando não há sol
nem da tristeza
ou da partida
prefiro chegadas
corações apaixonados
madrugadas...
Raízes de concreto
um azul de inundar areias
de expor um mar de sombras
de dizer que legal
é verão
e muitos verão, o que os homens fizeram
por ganância, inteligência ou estupidez...
Quem quer, precisa conhecê-lo à noite
porque durante o dia, ele esconde preciosidades
e fica azul, tingindo o mar
entretanto à noite, se despe
e na nudez da verdade, mostra a sutileza e a grandiosidade
sem imitar ninguém, rouba a cena
faz do espetáculo, poesia à parte
e encanta quem sabe
que nele, nem tudo é escuridão
Não, não chores amada minha
vista-te de azul
de flores, de tons
mas não chores, não chores mais
abra-te ao vento
e acolha os teus
nos braços que de braços tens o mundo
num abraço só, todas as vertentes
todas as cores
todas as raças
não, não chores
apesar que sei de ti chorona
como que a lamentar teus filhos idos
ou simplesmente porque és sensível demais
te amo Curitiba
mesmo sem sol, sem praia e sem mar...
feliz aniversário.
Pesadelos não mais
Afogo-me no azul deste sonho calmo.
Um céu coberto de estrelas…
A chuva foi chover bem longe daqui
Só há mais pesadelos vindos por não estares aqui.
Ansiedade calada, permeada de esperança.
Esperança que encarcera a dor passada.
Esperança que tem uma estrada florida preparada.
Deixaste-me na inércia do tempo
Não pensaste em me privar de dor por nenhum momento…
Não procuraste driblar o mal que sabias iria me causar…
Deixaste a vida com lutas meus dias temperar.
Descortino o futuro…
Desembrulho versos.
Minhas mãos não se entregam:
Plantam flores.
Entreabrem novos horizontes...
Neles, pintam risos de todas as cores.
Ânsia requintada, em qualquer momento se harmoniza a caminhada.
BOLINHA DE SABÃO
Bolinha de sabão
No céu azul da cor do mar
Bolinha de sabão
Flutuando pelo ar.
Bolinha de sabão
No quintal de Dona Chica.
Bolinha de sabão
Pras crianças é alegria.
Bolinha de sabão
Caiu aqui na minha mão
Bolinha de sabão
Estoura ao tocar no chão.
Bolinha de sabão
Sem destino a flutuar
Bolinha de sabão
Sempre vem nós alegrar.
Bolinha de sabão
Pelos becos e vielas
Bolinha de sabão
É o vento que te leva.
Bolinha de sabão
No céu azul da cor do mar
Bolinha de sabão
Flutuando pelo ar.
A mente pode ser o que a pessoa quiser: seu refúgio, seu jardim, seu céu azul, seu hospital e sua paz. Mas também pode ser seu martírio, seu pântano, sua tempestade, seu manicômio e seu horror.
É preciso encarar a vida como ela é, sem deixar contudo que a realidade penetre a alma com seus espinhos dilacerantes.
Um olhar de ternura e compaixão altera imediatamente a percepção espiritual acerca da paisagem que nos rodeia.
Cada fato, por mais triste ou sombrio, traz em si algo de bom e que vale a pena memorizar.
Entre a realidade e o coração, coloquemos o filtro do amor para que a alma registre, apesar de tudo, mais cores e menos dores.
(Instituto André Luiz)
"Sou filha do horizonte,
Céu azul, bela manhã.
Água pura, rio sem ponte,
Viajante do amanhã.
Do futuro, não me conte
A estrada é minha irmã."
Lori Damm "Viajante do Amanhã"
DESENCONTRO
Pintei um céu
Para nós dois
Um quadro azul
Em tom pastel.
Morreu meu sonho
quando amanheceu
Você, indiferente,
Não me reconheceu
E no vale ficou
Sem olhar para o céu.
Eu te acenei amor
Amorosa te beijei,
E o dia era instante
Sereno, constante,
Gravura em papel
Mas um beijo de amor
Não foi o bastante.
Despedaçada,
Abandonei os teus olhos
Perdidos no vale
Sondando ilusões
Sem olhar para o céu.
Enveredei nas alturas
Carregando teu nome
Um punhado de estrelas
E um doce pincel.
Estava certa que vinhas
Porque tinha que ser
Mas olhei para baixo
E chorei a verdade:
Você tão cruel
No vale voejava
Junto às borboletas
Sem olhar para o céu.