Poema Avô

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"Eu já fui acusada de tudo. Eu era "negrinha" [a avó era negra], menina de rua, mas nada disso me atingiu porque eu não sabia o que era o mundo. Não tinha nem amigos. Passeava na rua e era perseguida com 7, 10 anos, porque o negro é perseguido há séculos."

Avó

Avó é a combinação perfeita: de anjo, fada madrinha e gnomo.
É a meninice que parou no tempo, num tempo que não quer passar.
Avó é essa saudade mansa que aos domingos vêm nos visitar, com cheiro de café quentinho e gosto de bolo de fubá.
Avó é uma mistura mágica do que foi e do que será.
É um ser tão encantado que mesmo quando se vai deixa pra sempre na gente o brilho do seu olhar, os odores da infância e esse mistério bonito de quem foi sem nos deixar.

OS PRATOS DE VOVÓ

A minha avó guardava, com alegria,
muitos pratos, lindíssimos, de louça
que ganhou de presente, quando moça,
e que esperava usar – quem sabe? – um dia.

Mas a vida passando tão insossa
e nada de importante acontecia
e ninguém pra jantar aparecia
que compensasse abrir o guarda-louça.

Vovó morreu. Dos pratos coloridos
que hoje estão quebrados e perdidos
ela jamais usou sequer um só.

Assim também meus sonhos, tão guardados,
terão, por nunca serem realizados,
o mesmo fim dos pratos de vovó.

Ser avó
É um abraço constante,
Carinho que nunca acaba,
Amor que fica para sempre.

Casa da Vovó

Minha avó era exatamente o que se esperam de uma avó, bem tradicional. Cabelos totalmente brancos, ancas largas e usava avental. A casa dela tinha tudo o que não tinha na minha casa, nem nas casas das minhas tias, sei lá, era só um lote típico da grande BHte dos anos setenta. Trezentos e sessenta metros de área, mas tinha tanta árvore frutífera que parecia uma chácara fincada na Cidade Industrial. Manga Ubá, cana, figo, uva, abacate, pitanga, limão, laranja, frutas e mais frutas que davam o ano inteiro. Cada fruta em seu tempo próprio faziam o lote ser um paraíso para mim, meus irmãos e meus primos.

Minha avó jamais brigava conosco quando nossos brinquedos eram suas coleções de moedas antigas, ou os trotes ao telefone que só lá tinha. Quando eu estava lá sozinho, brincava com os cães do meu tio ou me estirava no sofá que parecia tão gigante na frente da TV. O café da minha tia... Humm que delícia de café!

Minha mãe se tornou avó como minha avó. Cabelos brancos, ancas largas e eventualmente um avental. Um "fubá suado" como nunca mais experimentei. Ver meus filhos e meus sobrinhos brincando pela casa, subindo na laje, descendo o morrinho do portão, voltando em bando para comer o bolinho de chuva com recheio especial... Ontem fez um mês que elas se reencontraram na casa nova...

Ao chegar em sua casa me sentia tão feliz
Oh, querida avó...
Que quando você partiu, eu não resisti...
Tive vontade de ir te procurar e nunca te deixar, pois a tristeza que senti fez meu coração se partir.

minha avó sempre me ensinou três coisas...
Nunca roubar, usar drogas e beber...
Hoje sou grato pelo conselho.

Saudade
Ah, saudade!!!
Como sinto saudade, saudade de tudo!!
Saudade do avô, dos tios...
Saudade de quando tinha 15 anos
Saudade de quando meus filhos tinham 1 ano
Saudade daquela mulher que não sabia o que era dor
Saudade de quando você me beijou a primeira vez
Saudade de quando conheci o amor
Saudade de ser apenas uma menina
Sem preocupações, responsabilidades
com apenas alguns medos e angustias
Hoje tenho medos, angustias, preocupações
responsabilidades e muita, mas muita saudade
de tudo isso e algo mais...

Há o AMOR?
Amor da vida, do instante, do momento;
Amor de mãe, pai, filho, avó, avô, amante;
Não sabemos defini-lo;
Todos tentam explicar, cada qual sua formar;
Nada tão perturbador que o AMOR;
Ele é conflitante, instável, solúvel e volúvel;
Cada um entende o AMOR a sua maneira e forma;
Experimentar o amor é prender sua alma a outra;
Nos pensamentos do dia;
Na lembrança dos lugar;
Nos sabores e cheiros;
É viver livre e preso ao mesmo tempo;
Onde não a grades ou chaves;
Mas prender mais que prisão;
Há AMOR, o que seria da humanidade sem esse sentimento;
O que seria do AMOR, sem o AMOR.

Se eu sou tio-avô de minha sobrinha e minha sobrinha é minha nora,
o que minha sobrinha é minha:
Prima do meu filho?
Mãe do meu neto?
Filha de minha sobrinha?
Prima do meu neto ou minha netinha?
Vá pensando enquanto vou à cozinha,
mas quando voltar quero resposta para minha charadinha.

Eles queriam meu futuro diferente
Longe da miséria do meu pai, do meu avô
Mas eu cresci fazendo tudo exatamente
Do jeito mais errado...

COMO CHEGAR AO AMANHÃ

O pequeno Paulinho pergunta ao seu velho e sábio avô:
- Como chegar ao amanhã?
E o velho sábio responde:
Primeiro, para chegar ao amanhã, é preciso querer chegar lá ...
Em seguida, devemos escolher as pousadas aonde descansar e refletir acerca do próximo caminho a percorrer.
Depois, a cada passo do caminho, perguntar o que fazer com as pedras encontradas na estrada, nas margens e no horizonte.
Manter o olhar alternadamente no futuro e a um metro dos pés.
Finalmente e sempre:
- sentir e caminhar, caminhar e sentir, sentir e caminhar...'
Como o pequeno Paulinho, caminhando e, sobretudo, sentindo, chegaremos ao amanhã...

TRECHO DE: AS MARGARIDAS DO QUINTAL DO MEU AVÔ

Você nunca entendeu o porquê eu tacava a bola com força em você, então. Não era pra te castigar, mas para te mostrar que você é tão frágil quando uma margarida. E que dependendo da força que você tacava a bola, deixava marcas, eternas. Mesmo que a eternidade da margarida durasse um dia.

Eu herdei muitos erros do meu avô
Mas diferente dele eu me mudo
E mesmo mudo eu faço tu sentir a dor
Do que é escrever histórias desse submundo

Resistência

Ouvi do meu pai que a minha avó benzia
e o meu avô dançava
o bambelô na praia, e batia palmas
com as mãos encovadas
ao coco improvisado,
ritmando as paixões
na alma da gente.
Ouvi do meu pai que o meu avô cantava
as noites de lua, e contava histórias
de alegrar a gente e as três Marias.

Meu avô contava:
a nossa África será sempre uma menina.
Meu pai dizia:
ô lapa de caboclo é esse Brasil, menino!
E coro entoava:
_ dançamos a dor
tecemos o encanto
de índios e negros
da nossa gente

⁠a minha avó repete:

o tempo cura a ferida
mas não cura a cicatriz

e nenhum outro poema
de nenhum outro poeta
me falou tão alto ao ouvido

⁠Até aos 24 Anos -

Nasci póstumo!
Neto de Alguém…
Avô de mim mesmo…
Filho de Ninguém ...
E de onde vim?!
De parte incerta
- por certo! -
Vivi póstumo na Vida,
tão póstumo,
que da Vida me perdi ...
E o que de mim fiz?!
Alguém que longe,
de tão longe
chegou a Si!
Profunda sintonia,
estranha contradição...
Mui mal me senti ...
Aqui e ali ...
Sem Coração!
Aquém-de-mim !
Num Universo sem fim ...
Meu triste e pobre Universo!
Sem verso, nem reverso,
fui Poeta, Solidão, Fado e Asceta,
intima Espiral de profunda comunhão!

♡O Amor "Persegue"
Quem o Transporta no Peito!♡

(Pensamento de minha Avó materna)

Está tarde!

Filhinhos, é a última hora. - 1 João 2:18

Um menino brincava na casa de sua avó, perto de um grande relógio de pêndulo. O meio-dia se aproximava e, quando as duas mãos do velho relógio chegaram aos 12, os sinos começaram a tocar.

Como ele sempre gostava de fazer, o menino contava cada gong como soava. Desta vez, no entanto, algo deu errado com o mecanismo interno do relógio. Em vez de parar aos 12 anos, continuou tocando - 13, 14, 15, 16 vezes.

O menino não podia acreditar em seus ouvidos! Ele pulou de pé e correu para a cozinha, gritando: “Vovó! Avó! É mais tarde do que nunca! ”Em seu entusiasmo, o jovem expressou uma verdade que todos faríamos bem em considerar.

É mais tarde do que jamais foi antes - na história do mundo, nos dias designados ao homem e no calendário de eventos de Deus. A cada hora que passa, as palavras de Tiago 5: 8 assumem um significado adicional: “A vinda do Senhor está próxima”.

Este fato é reconfortante e sóbrio. É reconfortante saber que o dia em que nosso Salvador virá para nós pode estar próximo. Mas, ao mesmo tempo, devemos honestamente nos perguntar: “Estou vivendo de uma maneira que traga Sua recomendação?” Pense nisso!

Lembre-se: "É mais tarde do que nunca!"

Que eu viva para que eu esteja pronto
Com alegria meu Salvador se encontre,
E não sinta alarme em Sua vinda
Mas apresse Seus arautos para saudar. —Anon.

Esteja pronto para o último momento, estando pronto a todo momento. Richard DeHaan

Inserida por 2019paodiario

Pisca Pisca

Na casa do meu avô
Tinha eu e mais quatro
Colhemos capim
Colocamos no sapato

O Isaac pediu uma bola
O Mateus um boneco
A Bebel uma saia
A Mychelle uma boneca
E eu uma caneca

Pisca pisca ali na frente e do lado
Meu presente no meio da árvore
Com meu avô segurando o saco

Mas quando abri
Veio uma caneca azul
Era igual a do meu avô
O papai Noel só esqueceu de uma coisa
Que não pedi dessa cor
Que

Inserida por MyllenaRosa