Poema Arte
A verdadeira vocação econômica e social da cidade do Rio de Janeiro é e sempre foi a Arte, a Cultura, a Festa, o Jogo, o Espetáculo e o Turismo. Distante disto só permanentes e equivocados projetos mirabolantes de partidos políticos.
As feiras de arte no Brasil, se equivocam muito a algum tempo quando neglicenciam o mercado versátil primário, diante de um mercado de arte brasileiro tão diversificado por uma gigantesca diversidade produtiva ação artística de obras com varias vertentes criativas, vigorosas e personalíssimas de muitos artistas vivos que na sua grande maioria das vezes são totalmente desconhecidos do setor e batem na mesma tecla do insipiente mercado secundário. Sendo assim, o que ocorre repetidamente em cada nova versão destas feiras, são pequenos escândalos suprimidos por pouco tato, diante de obras duvidosas, pouco características e improprias de grandes nomes consagrados expostas induzindo ao erro ao frágil mercado consumidor e colecionador, que por meio de alguns vendedores pouco profissionais ofertam sem qualquer escrúpulo gatos a preços de oportunidade sem perceberem que são toscas lebres, de artistas mortos que muitas das vezes não tem como aferir de forma simples e direta a justa autenticidade. O mais grave de tudo isto, ainda é a errada mania de grandiosidade aos olhos das instituições privadas e governamentais, que chancelam em parceria e fundos estas feiras meramente comerciais e nunca dispõem de politicas publicas e privadas para invetivarem a arte, a cultura e as atividades artísticas dos pequenos artistas e dos novos talentos com valores empreendedores diferenciados que caminham solitários e órfãos de oportunidades perante o verdadeiro setor cultural brasileiro.
A Arte em toda sua abundancia de modalidades é sem duvida a base da principal pedagogia e terapêutica para a inclusão do autista na sociedade, a partir de sua especifica hipersensibilidade sensorial. Parece me mesmo, em minha modesta opinião no estudo da arte, que o melhor da arte da humanidade de todos os tempos, mesmo que nunca assim foi revelado advenha de grandes artistas autistas por excelência. Entorno das obras primas, estão inclusas verdadeiros teoremas e equações matemáticas complexas só possíveis pelos padrões de comportamento restritivos e repetitivos presentes no Transtorno do Espectro Autista, "TEA".
O verdadeiro conhecimento da arte, nunca existe longe do grande conhecimento da historia e da cultura.
Antes dito e hoje feito. O mercado de arte contemporâneo brasileiro, resinifica se e hipervaloriza obras e artesanatos caboclos, indígenas e de artistas ingênuos. Reconhecendo como o mais valoroso na arte e na genuína cultura brasileira.
A atual arte contemporânea brasileira, resinifica e resgata a importância e a criatividade das obras e artesanatos dos artistas negros, caboclos, indígenas e populares ingênuos. Um reajuste antropofágico necessário, cem anos depois da Semana de 1922, para a identidade do Brasil no século XXI.
Sou unicista na arte, fujo de coletivas de vários artistas com muitas cores, mil movimentos e muitas linguagens, que por fim atordoam minhas vagarosas percepções. Da mesma forma, que me cansa e me esgota grandes shows de telão e aglomerações...a solidão de cada pedaço me dá retorno e me completa homeopaticamente, bem mais.
Somente a arte pode inspirar o amor universal e colorir com cores vivas da vida em alegria, as tristezas, as mecanicidades e as sombras no mundo.
Na atual arte contemporânea brasileira, resgatamos nossa fiel vocação dos primeiros habitantes de nossas terras. Em nossas noites enluaradas o uirapuru canta alto em todas florestas do Brasil e o Tamandaré guia nos enfim para nossa terra prometida, que é um lugar nativo da Grande Anta cósmica.
A maçonaria sem a arte e cultura embarcando numa plataforma futurista e tecnológica perde o papel de ser Luz Guia para ela mesma e toda insensata e equivocada descrente humanidade.
Infelizmente o que mais tem em todos os mercados de arte mundiais, são personagens do baixo clero, que fizeram cursinhos de fim de semana sobre tintas, e a partir de então se julgam capazes restauradores, conservadores, gestores de arte e de cultura, falando e fazendo barbaridades ao patrimônio alheio de forma irresponsável, danosa e incompetente, e o pior que muitas das vezes estas ações que fazem, destroem o bem de forma irreversível.
A arte joalheira brasileira ainda é primitiva por falta de politicas culturais governamentais para o setor. Difícil imaginar uma nação com o potencial mineral e gemológico que tem, não ter registros nem escolas de cravação, fundição, lapidação, gravação e mesmo arte jóia avançada. Tudo é feito de forma artesanal por práticos que transmitem oralmente seus ofícios.
O mercado secundário da negociação de obras de arte no Brasil de hoje, precisa de politicas publicas mais severas e fiscalizadoras, pois nos últimos anos, tem sido a comedido por uma avalanche de incontável numero de falsificações baratas sem critério, o que infelizmente resultará em pouco tempo em uma falência por descredito geral do setor.
O natural destino de uma boa obra de arte, não é ficar escondida e circuncisa, trancada, refém em uma coleção como símbolo de status e poder. Pelo contrario, ela em si não pertence a mais ninguém e é de todos, quando o artista finaliza, a obra passa a ser do mundo. Sua promoção, publicação e exposição por direito deve alcançar o maior numero de pessoas e culturas, se tornando a base comum do conhecimento criativo do universo.
Na arte publica toda sociedade é autora e criativamente participa da obra mas na arte exposta publicamente, pertence a um só autor e os que visualizam concordando ou discordando, são apenas publico visitante.
Sempre no mercado de arte me deparo com uma grande duvida de vários colegas, sobre o Eucatex. Pelo que sei, no Brasil foi produzido em 1951 mas havia uma Serraria Americana que produzia algo parecido desde 1923. Acredita se que este método de fabricação de pó de madeira prensada tenha se originado na América, pelos idos de 1901 - 1903, logo inicio de século XX. O Eucatex é uma marca de um produto de fabricação, que utiliza pó do eucalipto, muito usado na acústica, divisórias, como suporte e em alguns moveis .
Nem toda arte criação que está na dimensão de fora é reflexo exato criativo da dimensão do imaginário linguagem do artista que está dentro. Muita coisa se perde, durante o processo, desde a imaginação e a criação. Só com a experimentação e com o exercício cotidiano que a verdadeira arte e o artista pleno podem alcançar está coesa e única metalinguagem.