Poema de Amor e Saudade
Deve ser saudade
Deve ser bobagem
Mas, pela caridade, meu bem
Eu te quero nesse trem
Em direção a mim
Te vejo ao longe e de longe te enxergo.
O vento, de mim, leva a saudade e te sinto tão perto.
Não nego, te quero, me renego e ti mais uma vez, não nego.
Não nego que, você é tudo que preciso.
Não nego que, em seus olhos, encontrei o paraíso.
Não nego que, em seu toque, por vezes, perdi o meu juízo.
Também não nego essa cacimba de amor em que vivo.
No horizonte, vejo o Sol, ocultar seu brilho e mais uma noite, a solidão, vem a ter comigo...
se és tudo o que me assopras,
divago na saudade,
postando palavras de nostalgia
e desdenhando a realidade.
Meu farol
Entardecer, Anoitecer
Acordar, Ver você
Faz-me feliz, Ao amanhecer
Saudade... Trabalhar
Longe, De você
Corro, pra te ver
Ao por do sol
Você é tudo
Meu farol
Ao anoitecer
A saudade é um bichinho
Que só faz incomodar.
É zumbido de mosquito
No ouvido a chiar.
Se tiver muito carente,
Use logo o repelente,
Vá pra perto namorar!
UM POEMA
Tu, que este versejar, o teu nome chama
Que deixa a saudade suspirar pelos versos
Arqueja na alma em sentimentos diversos
Sussurrando nostálgica rima, denso drama
Nesta prosa poética onde o amor derrama
Diante da inspiração os sonhos submersos
O olhar, de olha-los, são desejos imersos
Em cada trova, sensação daquele que ama
Todo o amor qual andei sempre embebido
Pulsa no peito ao dizer-te em verso terno
O que sempre no meu amar teve contido
É a sedutora teimosia do encanto interno
Dum coração repleto, e pleno de sentido
Esperança, à espera do encontro eterno...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 setembro, 2021, 21’12” – Araguari, MG
Sabe aquela saudade de num sei quê?
Ela se instala e nos faz querer tudo aquilo que não vivemos, nos faz projetar lembranças que não tivemos e querer por perto pessoas que já não convivemos…
Aperta o peito saber, de alguma forma, dos momentos que poderiam ser… Das risadas que poderíamos dar… Das recordações que poderíamos ter…
Chega a doer ver com olhos o que não gostaríamos de enxergar com o coração. Dói anular nossas expectativas por algo que fugiu do nosso controle e nos fez perder a noção do real, porque a realidade “comum” nem sempre é a mais feliz, nem sempre nos faz completos… A plenitude talvez more nos sonhos, nos nossos desejos mais puros… Desejo de melhorar e de fazer o nosso melhor…
O que nos salva é o despertar do nosso interior. É saber que construímos algo concreto, que nas nossas lembranças estão muitas presenças, que temos com carinho as pessoas que já não vemos todos os dias… Então percebemos que o melhor lugar para guardamos “os bons” é no coração, porque de lá eles não se mudam e nem deixam de estar por perto…
Saudade...
Saudade mesmo eu tenho de vovó,
que acordava cedo e acordava a gente
com o chiado da vassoura de palha
varrendo o piso de chão batido e o cheiro
do café derramado no fogão à lenha.
Saudade eu tenho do cochichado
diário e constante de suas orações,
da leitura da Bíblia depois do almoço,
da missa do domingo de manhã...
Saudade eu tenho da minha infância,
de brincar na rua sem medo,
de estar cercada pela inocência
das outras crianças, que assim como eu,
só queriam ser feliz e sonhavam ser um super herói.
Saudade eu tenho de ter saudade
de alguma coisa boa deste presente...
A MINHA SAUDADE
A minha saudade tem lembrança tua
Que já não tem a poética como antes
Tem a tristura no peito que não recua
E silêncios tão ruidosos e constantes
Não sei pra onde ir, nem aonde vou
Só sei que dói, corrói o meu coração
Minha emoção, tua sedução roubou
Carregou e me deixou na vã solidão
A minha saudade tem muita saudade
Tem insônia, loucura, é sentimental
A minha saudade ao sossego invade
Saudade, meu aperto, por ser amador
Em um tempo muito, duro e integral
É saudade minha, por ti, ó meu amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 04’55’ – Araguari, MG
Hoje já não dormimos mais como antes
A cada ausência da presença, a saudade toma seu lugar
Cada amanhecer é meio sem graça sem nosso café e nossas risadas
Cada vez que deitamos pra dormir sentimos que algo mudou
Notamos que a presença, mesmo sem corpo, é inevitável
E onde andam nossos corpos que nunca mais abraçados estiveram?
BÁLSAMO ...
Trovar-te a saudade! Saber-te ainda cativo
Eis a maior das poéticas que assim fizesse
Causadas do coração, hoje rude e aflitivo
E acalmar-me o peito e as mãos em prece
Trovar-te o cheiro! Um linguajar intrusivo
Da sensação, que a ilusão no amor oferece
E que pulsa forte o lampejo de novo vivo
Onde a lembrança afoita ainda permanece
De meus insanos ensaios a sedução pura
Desejar ter-te, outra vez, quanta ventura!
Teu olhar num beijo, o carinho prolongado
E compor um canto que simplesmente
Te diga nos versos, versos ternamente
De emoção! .... confortado ao seu lado!...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/01/2021, 08’30” – Triângulo Mineiro
30 de Janeiro - Dia da Saudade!
"Saudade é um bichinho
que aperta o o coração
sem o apalpar das mão.
Quem nunca sentiu saudade
não soube colher o amor de verdade
D'uma infinita paixão".
QUE SAUDADE...
Que saudade nesta sensação, agora
A chuva range rumorosa na vidraça
O soar do relógio, de hora em hora
A badalar. No ir o tempo não passa
Solidão. Não durmo. Como demora
Essa angustia que na ideia é pirraça
Traça que corrói, e na alma aflora
Fazendo na emoção triste negaça
Eu sei que o pensamento velando
É furioso, e de quando em quando
Vem fluídico e ao cabecear enlaça
Oh falto! E o instante percorrendo
Suspirando, gemendo e, chovendo
Lá fora. E a saudade que não passa! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/02/2021, 03’05” – Triângulo Mineiro
GOLPEADO...
Em vão estendo pra saudade os braços
Sem que possa atingir este sentimento
Que julgo padecer-me nos teus traços
De vazio, angustia em cada momento
Cato-te em vão! Nos saudosos espaços
Entre nós a extensão, perdido lamento
Ainda na imaginação ouço teus passos
Onde o som à poética é doce alimento
Este amor é como o meu árido cerrado
Seca as ilusões, tal inverno, uma a uma
E assim mesmo, enamoro na lua cheia
Com o teu silêncio atroador sagrado
Perfura a minha alma, inda escuma
E com tua falta ao meu amor golpeia! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11/02/2021, 14’28” – Triângulo Mineiro
A paixão é uma praia
repleta de pessoas
passageiras
e a saudade,
meu bem,
é a água do mar.
manhosa e salgada.
o que te aflige agora,
não irá se perpetuar.
descansa teu corpo
e tua alma nesta
noite de luar.
amanhã terás
o amanhecer,
e um emaranhado
de novas coisas para amar.
Somos momentos, palavras e sorrisos,
A saudade que aperta o coração.
Sonhos em forma de beijos,
Alegria que chega de mansinho e sem avisar.
Somos aquilo que aceitamos pra nós.
Então, que bom que tudo seja tão complicado as vezes,
Mas, tão cheio do que mais importa:
Intensidade, amor, verdade e atenção.
A saudade é desesperada e desesperadora. Ela vem com pressa, com velocidade, em chamas.
A saudade queima, acelera o peito, faz curva sutil nos lábios, molha os olhos e queima a face. É uma tortura gostosa, como fazer uma tatuagem tão sonhada.
A saudade nos faz lembrar que alguém esteve "aqui", "aqui" e "aqui" sem nunca estar... de olhos fechados é possível sentir o "coffe seduction" se misturando com outros perfumes, o sabor do "7 belo" se misturando com outros sabores. A saudade faz refém os que ainda sabe esperar.
EM SUMA
Assim como vos vejo na saudade
distante, devoluto, assim me veja
despido de tudo, e assim esteja
sem haver em nós mais vontade
Que, pois eu fui o que na verdade
espirou nu na solidão, e nu seja
qualquer sentimento de peleja
pois, não se agrada pela metade
Quiseste vós, e assim, ter partido
sendo vós o amor meu, eu vosso
o devanear que me faz esquecer
Que, pois por vós tenho padecido
e último trovar esse de vós, posso
crer... O adeus a vós, é mais viver!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/11/2020, 14’24” – Triângulo Mineiro
Nostálgicos eventos
Me deixam com saudade
Uma saudade distante
Distante idade
Um engasgo poético
Nessa fatídica sociedade
Seria um engasgo profético
Provocado pela dor aguda
De quem fora o vilão responsável
Por toda patética pontiaguda
A uma população que não aguenta mais
A idiotice de um Governo que não ajuda
E escreves por um pecado lastimável
Causado por um tresloucado
Que endoidecido das loucuras
Usa das palavras armamento pesado
Contra uma população indefesa
Condena um pobre desavisado
Que nesta próxima ação
Entre em cena a dor
A mesma vilania provocada
Que se ache no conforto o favor
Que se detone a mina explosiva
No colo do mais infame amor
Tenho saudade
.
Tenho saudade de você,
Do tempo que nos tínhamos todos os dias...
Quando o mundo era só eu e você.
.
Tenho saudade de você,
Do tempo que parava pra unir nós dois...
E o teu sussurro professava não poder me esquecer.
.
Tenho saudade de você,
De saber como foi todo o seu dia...
Se me trouxe ao coração ou a um breve pensamento.
.
Tenho saudade de você,
De lembra “o quanto de você se entregou a mim”...
Pra sentir um pouco de mim que ainda vive em você.
.
Tenho saudade de você...
.
Edney Valentim Araújo
1994...