Poema de Amor e Saudade
UM DIA TALVEZ
Se um dia por acaso
Você me Amar
Procure-me
Sem medo de dizer
Serei um porto, a sua espera
Na depressão
Um barco ancorado,
Uma pedra imóvel
Numa ilha qualquer,
De algum lugar, de lugar nenhum.
Amo-te
Sem coragem de gritar
De fazer o mundo ouvir
Mas custe o que custar
Vou lutar pelo seu amor.
Não quero que sejas meu
A fissura que tenho ao falar de ti resume-se em apenas aproximar-te para que percebas que maior parte do tempo que passo a pensar em ti é momento de pensar em como trazer-te. Quero trazer-te a onde também nunca fui, trazer-te pra perto de minha vida de uma forma mais visível, pois permaneces em meu coração mesmo que não saibas e esta presença fixou-se em mim da maneira mais particular que eu pudera ter.
Quero ver-te assim como aprecio no céu os pássaros que voam com liberdade. Estar presente, no presente e no futuro sem prender-te nem se quer uma vez.
Espero paciente para que venhas, pois querido tu és a ultima vez que faço isso. Mas que apenas venha quando quiser vir.
Tu há de sempre ser parte daquilo que não tenho.
E mesmo que quando um dia, quem sabe, comigo estiver, eu saiba que não és meu e que eu mantenha esse estado, afinal não se pode perder o que nunca se teve, sendo assim, quero que venhas e fique por um dia, uma noite, umas horas.. Mas fique, fique e seja hoje, seja nesse momento, seja mais tarde, seja, não meu, mas seja comigo.
Lembro-me de quando encontrei-te, recordo de minhas promessas secretas para que teus caminhos esbarrassem com os meus caminhos por um bocadinho mais de tempo. Agora não te encontro nem quando te busco.
Entendendo a saudade, 2015.
Minha garganta grita
Frases sem sentido.
Meu coração esbanja
Sentimento ilícito.
É morfina dentro da circulação.
Coração estático que não vê nem sente
A tal tormenta em mente
E assim me afogo em outra dimensão.
É abstinência sentimental
Num mar sem salva vidas
Imensidão de tuas idas sem vindas
Sucumbindo em uma dependência emocional.
Em meio a dores e vírgulas
Lábios já não medem palavras
Floreciam em ácido histórias macabras.
Vítimas do desejo descartadas em valas.
Me situo no castigo
Em meio a céu e inferno
Quero-te eterno.
Gosto de você, perigo.
O mundo desenhou nossa história trágica
Cada segundo passado, estranhamente épico
Doses da inconsequência mágica
Sobrepostas por meu pensamento cético.
O muro entre nós se declarou teu súdito.
Fiz-te meu refúgio,
Tornei-te meu abrigo,
Meu amor.
a pele dela era a estrada
mais perigosa
que já havia andado
cada curva
mostrava que o destino
era pra poucos.
Quão bom seria se você estivesse comigo todos os dias
Quão gostoso seria se você me abraçasse todos os dias.
Quão alegre ficaria se você me beijasse todos os dias.
Quão feliz te amaria se você me amasse todos os dias.
Perder a memória não seria má ideia.
Eu não quero mais sofrer, seja com ou sem você.
- Sinail Junior
Tudo que eu sou ainda tem um pouco de nós dois.
Manias, poesias, até meu jeito de sorrir.
Há coisas que nem o tempo é capaz de apagar.
- Sinail Junior
Faça algo antes que eu desista de tudo que restou de nós.
Eu procurei você na escuridão, mas não encontrei nada, apenas o silêncio dos meus próprios gritos.
- Sinail Junior
Sua ausência se esparrama pela casa.
Em todo lugar que olho, vejo você.
Vejo seu riso maroto,
Sua felicidade simples de menino.
Criança alegre a brincar...
Quero partir para longe
Não quero que saibam de mim
Caminhar sem rumo
Fixar minha morada
Junto ao sol e mar
Quero também a mata da serra
Com muitos pássaros livres
A cantar e a voar
Quero ver os vagalumes
Pela noite a piscar
Não quero relógio
Para cedo me despertar
Quero um galo forte
A cantar na madrugada
Preciso mudar depressa
Minha solidão está cansada
De ficar neste lugar
Partirá junto comigo
Ela não me abandonará
Estaremos sempre unidas
Perto da mata e serra
Junto com o sol e mar!
De repente me bateu uma vontade do teu abraço...
aquele abraço em que o tempo pára..parece que o universo
todo cabe num só abraço...um abraço apertado, sincero,
amigo, que fala tantas coisas sem dizer uma só palavra..
não sei dizer quantas palavras cabem em um abraço..
até porque foi de repente que me bateu a saudade do teu abraço...dois sorrisos,
o aconchego, o carinho de um momento especial...
olha só...a lua brilha lá no céu..vejo o reflexo no mar...parece até
que o mar está agasalhando a lua...que estranho...de repente
bateu essa saudade...uma vontade do teu abraço...
HOMENAGEM À MINHA MÃE, ARLINDA BARRETO - LUTO ETERNO!
Falar eu te amo é fácil...
Basta ser sincero, respeitar, honrar.
Difícil é, não poder mais dizer EU TE AMO, MINHA MÃE.
Você deixou uma lacuna em minha vida que jamais se fechará,
Jamais meu sorriso será o mesmo, minha vida será igual.
Problemas, sempre tive
Mas Você deixava a vida tão doce, tão possível!
Com sua fé, deixava tudo tão próximo, atingível.
Só sabe o que uma verdadeira Mãe, quem teve uma Mãe de verdade e se comportou também verdadeiramente com Ela, pautada na decência, carinho e muito respeito. Amizade mútua para todas as horas.
Aquelas histórias que eu já conhecia, mas que Você continuava repetindo, mas eu gostava tanto de ouvir, era como se estivesse ouvindo pela primeira vez...
Impreterivelmente, todo sábado no horário do supercine, você estava preparando o feijão de domingo... colocava um pouco de feijão de corrute e conversávamos até de madrugada.
A casa cheia, os da família e os amigos vizinhos que gostavam de estar em Sua companhia.
Deus nos conforta sim, mas poder ouvir sua voz, seus conselhos, seu sorriso, sua paz, sua segurança, sua alegria, serenidade, isto tudo... Eu não tenho mais...
Dia 28, mais um ano sem Você, é como se fosse ontem, onde o céu deixou de ser igual, as nuvens sempre mais turvas e, não tenho Você para dar o seu toque de classe “Minha filha Deus proverá” e com isso, o mundo se abria, o impossível acontecia e estava sempre pronta para o que desse e viesse.
Mas, Mãe, sua força, dignidade, amor e esperança continuam permeando entre seus filhos que se dignam de poder dizer Somos Filhos de Arlinda Barreto.
VALENTINA
Esses milênios todos que vivi tentando corrigir imperfeições, foram tempos preciosos que perdi; só fiz por merecer mais provações. Encarnei rico e vi na caridade o meio de exibir a minha riqueza. Depois, vim pobre, e por sagacidade, tirei um bom proveito da pobreza. Alma fechada, oposta à evolução, visando a carne, indiferente à morte, jamais cuidei da minha salvação. O hedonismo sempre foi meu norte. Fui cego, surdo, mudo e mutilado. Também já vim com a forma de Narciso; matei por vício, e após fui trucidado. Sofrendo o talião tão justo e preciso porém nesses milênios que passei atravessando a terra ou atravessando espaços uma coisa eu conservei, qual chama viva a iluminar meus passos. Começou nesta encarnação, quando Valentina nasceu, enfim. E pelo tempo afora desde então, não sei se vivo nela ou ela em mim. Essa paixão que a cada dia aumenta, de beijos e carinhos se alimenta na terra e ficará pelo espaço eternamente. Ela fez tornar-me ao Carma indiferente, transformou o averno em mundo de magia, e a Terra triste em Éden de alegria. Por isso, morrerei, quando for a hora, sabe lá o dia, com alegria; mas mal conterei em frente à Deus a minha rebeldia, que tão logo na família dela quero reencarnar. Ao que presumo, a aprovação, com base no livre arbítrio, consiste apenas em me acompanhar. E temo que ao findar aqui a minha missão, pelo umbral eu fique um tempo a gravitar. E se por lá ficar, ao ver-me órfão deste amor bendito, sentir-me-ei, então como um proscrito, sem luz, sem guia, e longe da verdade. Mas hoje, com dias e horários marcados para buscá-la já fico aflito, enlouquecido, ébrio de amor, carpindo no infinito o Carma doloroso da saudade...
Por que?
Por que, depois de tanto tempo,
Tua lembrança veio me ferir?
Por que, depois de tantos acontecimentos,
Meu pensamento resolveu ir de encontro a ti?
Por que, depois de tantas vivências,
Encontro-me afeita a ideia de rever-te?
Por que, depois de tantos espaços,
A distância de agora não proporciona-me deleite?
Não gosto nem quero voltar,
Porém surgiu a necessidade de saber como te sentisses.
Não gosto nem quero encontrar,
Mas surgiu a urgência de entender como me permitisses:
Viver sem a tua presença,
viver sem a tua memória
Viver sabendo que um dia chegou ao fim tão bela história.
Como andas tu?
Como tu te sentes?
Como te tornasses um ser tão ausente?
Nos perdemos um do outro,
Nos permitimos a distância,
Por que, justo neste momento,
Veio-me ressurgir tal incômoda lembrança?
Qual a utilidade de encontrar-te?
Qual a vantagem de pensar em ti?
Qual a importância de localizar-te?
Qual a indispensabilidade de voltar no tempo assim?
Talvez seja porque descobrindo a ti,
Possa também encontrar-me a mim,
já que há muito esqueci quem sou,
Já que há muito o sonho acabou,
já que tanta vida passou...
Como saber?
Como ter plena certeza?
Como entender se tudo vai valer apena?
Seja lá como for,
Seja em qual tempo aconteça,
Só não quero sentir saudade,
Só não quero perceber que já é tarde,
Só não quero ter que responder:
Por que tu te afastasses?
Por quê?
Tiramos proveitos colhemos defeitos em desencontros pedimos perdão
Somamos historias cometemos falhas e fomos vitimas de uma ilusão
O passado condena o futuro prospera e nessas vertentes temos que seguir
Sem confiança no tempo de espera buscamos motivos livres pra sorrir
Encontros marcantes felizes semblantes quem via de longe dava pra notar
Somos navegantes enfrentando os mares só não podemos deixar de remar
Ficamos a deriva na água do mar, notei o seu medo lhe dei o meu colo
Muitos rebojos para enfrentar, sem perceber nos afastamos do solo
Buscamos abrigo longe do perigo, o vento refresca a nossa coragem
Avante seguimos na embarcação sem conclusão de nossa viajem
Não achamos margem, só vimos miragem em desespero gritamos pro mundo
Neblina serrada alta madrugada barulho da mente um silencio profundo.
Gosto de coisas simples
Que me tocam a alma...
Lavam-me as amarguras.
Gosto de olhar para o céu
E ver o sorriso escancarado do sol
De ver o arco-íris cruzando as nuvens
Numa mistura de cores que me rasga aos olhos
São-nos presentes de Deus.
Gosto de beijo na testa
Aliviada respiro o ar
Do profundo carinho revelador
Imprescindível...
Gosto de um abraço apertado
demoroso
Sincero... Caloroso
É-me aconchego.
Gosto de andar de mãos dadas
Com os dedos entrelaçados
De sentir o coração na palma
Sinto-me segura
É-me necessário
É abrigo.
Gosto de palavras soltas
Um papo legal
Alto astral
Sem preconceito
Que desce doce ao paladar
E permanece na boca
Faz-me sentir renovada
Ante as durezas da vida
Gosto de ouvir música com a alma...
Esquecendo os tons
Apreciando os sons
Apenas deixando-me embalar
No meu próprio ritmo
Minha harmonia
Gosto de despreocupada andar
Sem me importar com a hora de voltar
Sem pressa de chegar
Somente ir caminhando
Apreciando a liberdade
Olhando à volta
À frente
Apenas sentindo...
Gosto de estar com a família
Superando as diferenças
Rindo juntos
E se choro for
Chorando mais juntos ainda
Pois isso é amor
é ninho
Gosto de coisas simples
A essência
Que me deixam com saudade...
E quase sempre desejosa
Para que novamente aconteça
CONFUSÃO MENTAL
ela mente, mente para acreditarmos no que ela quer, ela diz a verdade, diz a verdade que ninguém quer assumir o que é, ela trás a tona as lembranças, ela some com as esperanças, ela trás a certeza que se torna incerta, ela trás a inquietação, e parece que tudo se torna alerta para protegermos o coração.
INCONSEQUENTE
Ele quer presença atenta voltada a ele, ele quer poder sentir que tem o poder da situação, ele quer esvaziar o que preencheu e preencher outro vazio.Ele quer pisar e sair, sumir ou fugir, ficar pra iludir, se prender pra que? O mundo é tão vasto, preocupações não podem e não devem ter espaço.
LEMBRANÇAS
Lembrança é algo que passou
O mundo dá voltas e acho que estou
Antes de tudo doce é o meu amor
Menina meu coração se apaixonou
Lembranças, doce lembrança
Sentimento lindo que brotou
Pra quem jurava amor eterno
Lembranças...apenas o que restou
Ainda mora em meus pensamentos
Não se deixa de amar assim
Insiste em não ser nada, mas poderia ser tudo pra mim
Mas no fim tudo se acerta,
Cada coisa em seu lugar
Certo mesmo é viver e não apenas lembrar