Poema de Amor e Saudade
"" Quero teu ouro
essência plena
como lembranças de um fogo
que nunca a morte temeu
enquanto luz
levará ao passado
lembrado nas cinzas...
de algo maior
que um dia sem querer
se perdeu
Francisco Luiz, meu ex-marido.
11/10/1949 - 07/02/2021
Ele era desprendido, não visava coisas alguma, mas viver um dia de cada vez , sem luxo, sem ganância, sem ambição, gostava de festas, músicas , bebidas, gente, pessoas. Estava o tempo todo cativando amizades, sempre visitando os amigos, não guardava mágoas, rancores, apaixonado por crianças. Creio que isso que fazia com que eu tinha admiração por ele, por essa capacidade enorme de perdoar, esquecer a dor, a humilhação, com sorriso aberto, para pobres, ricos, feios ou bonitos tinha um olhar com filtros que filtrava só o bem das pessoas. Eu falava sempre pra ele que o meu amor fraternal, por ele era cego e ele sorria. O amor carnal acabou, o que ficou foi o amor verdadeiro de irmão em Cristo pois 10 anos separados ainda usávamos chamar de “bem”.
A morte judia muito comigo, eu sofro muito, mesmo entendendo tudo que Deus é mais.
Sem você aqui por perto,
Vivo em meio aos porquês.
Por que não passa a hora?
Por que parece um mês?
Por que o dia se arrasta?
Por que nada pra mim basta?
Por que tudo se desfez?
Hoje eu gritei
Hoje eu gritei comigo,
a raiva fervendo em cada palavra,
ódio espalhado como veneno,
amor não correspondido, uma ferida aberta.
Hoje eu gritei com ele,
em desespero e frustração,
implorando por um pouco de atenção,
mas só recebi silêncio, um eco vazio.
Hoje eu gritei com a gente,
lembranças rasgadas, promessas quebradas,
nossos sonhos desfeitos,
restos de um "nós" que nunca foi.
Hoje não encontrei os meus sapatos,
não consegui regar minhas flores,
não vejo meu reflexo no espelho,
porque a dor me cegou, me engoliu inteiro.
Porque me deixaram gritar?
Minhas vozes se perderam na tempestade,
cada grito uma lâmina cortando a alma,
até que deixei de existir, consumido pela dor.
Hoje eu gritei,
e no fim, o grito me silenciou,
morreu uma parte de mim,
que nunca mais vai entender,
a dor que ficou.
O que vem do coração
Além de Desejo?
Este desejo que tu impos
Assim que te conheci.
Desejo de carne, de toque, de saudade,
Que come mais do que devia!
Do meu pobre coração...
E..aaaa...coração!
Sofre pela distância,
Sofre pelo tempo,
Só nao sofre quando seu sorriso
Acalento...
Em minhas quentes mãos.
Vem para perto mim?
Meu ser pede pelo seu,
Em infidaveis perguntas
Que só serão respondidas se vier...
E quando tu vens
É sol, é calor,
É vida,
É...amor.
Memórias de Nós
Nossos passos se cruzaram no tempo.
Nossos olhares se encontraram no espaço.
Eu te amei com todo o meu ser,
Com cada batida do meu coração.
Eu te dei meu amor, minha vida,
Minha alma, minha essência, meu tudo.
Mas e você, me amou?
Ou foi apenas um sonho, uma ilusão?
Você não conseguiu me ver,
Além das sombras que eu escondia.
Não conseguiu me ouvir,
Além das palavras que eu não dizia.
Por que você não podia me amar,
Do jeito que eu sou, imperfeito.
Não podia aceitar,
Minha verdade, meu coração exposto.
Eu te amei, mas e você me amou?
Ou foi apenas um capítulo,
Em sua vida, um momento,
Um breve encontro?
Agora estou aqui sozinho,
Com as memórias de nós dois.
E me pergunto, meu bem,
Se você também se lembra de mim.
Mas não guardo ressentimento,
Apenas uma saudade profunda.
Porque eu entendi,
Que você não podia me amar como eu precisava.
TUDO LONGE (fado)
Tudo longe, tudo vazio, tudo sem encanto
do teu canto, teu olhar, no peito no entanto
que se põe a suspirar... as tuas lembranças!
Que são lágrimas em rodopios e em danças
na minha saudade. Você está ausente!
Só o cheiro dos teus beijos nos lábios presente
Insistente: - num poema, num verso, num canto
uivando o acalanto, tanto, me jogando num canto
Nem o teu calor, o teu amor, aqui posso tocar
Você está longe... como nostálgico não ficar?
Ai está dor, este pranto, este manto, ai...ai... ai...
não me deixes tão distante, solidão... vai... vai...
A dor do amor sozinho, é tristura grande
que invade a alma, de quem é amante
Tudo tão longe, tão grande, tão emudecido
aqui neste gemido em sofrido alarido...
Me ponho ao vento por ti clamar:
- como é bom poder te amar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23 de agosto de 2019
cerrado goiano
PAI (soneto)
Trago no coração sinais de abrigo
são sentimentos de protetor laço
num nó em lembranças e abraço
daquele que levo sempre comigo
É quem apoiou o passo no passo
no compasso fora do ter perigo
É o valente amigo até no castigo
que no cansaço expõe o regaço
Eis o lar, pai, que assim eu digo:
o provedor que nunca é escasso
num rude amor, sem ser oligo
O braço em um dilatado espaço
de colunas eretas que bendigo:
- numa saudade que não afaço.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
agosto de 2016
Cerrado goiano
PÁGINA ÍNTIMA
Meus poemas tão cheios de ilusão... os perdi
os deixei de cantar, mansos, estão no destino
apertando a sensação, tão solitários, os dilui
lastimando ou rindo no meu poético destino
Era boa canção de um coração de um menino
singelos versos, e que não feria, se então sofri
feliz fui, muito adquiri no trançado do figurino
pois não sabendo, entretanto, que iniciava ali
Aí, cada pranto, cada sorriso, cada um norte
e a sorte, a quimera, a inspiração, ora brando
ora forte, mas sempre com o sonhador porte
Ó página íntima, tão cheia de ilusão querida
Da lembrança, saudade, a lágrima chorando
Sigo eu em outros poemas, à minha vida! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 25/07/2021, 15’55”
Sei
Eu não quero falar sobre nós...
Sei que você também não quer...
Sei que isso me machuca....
Sei que você se defende agindo assim...
Sei que é o nosso jeito de reagir...
Eu queria não me machucar sempre com tudo isso...
Queria fazer como você...
Tao cheia de autoconfiança...
E eu me machucando com cada reflexo no espelho...
Me sentindo sempre tão pequeno...
Vivendo de sonhos pela metade...
Sonhos que tenho continuar quando eu acordo...
Mas que na verdade, são apenas lembranças do que já foi vivido...
O que é pior: Sonhar ou recordar?
Lembrar ou esquecer...?
Venta lá fora. As janelas batem com ímpeto
tapando a vista de um céu misterioso.
o crepitar das arvores fazem notas musicais
São notas Graves. Sinistras.
Meu peito palpita agudo
Quiçá viestes com o vento que bate na minha porta.
Eras tu.
Oi, te trago flores silvestres . Sinta.
São rosas mosquetas colhidas dos vales
Cuidado com o espinhos.
Uma nota almíscar paira pela sala. Meu peito late grave
São notas do vento. Das arvores que crepitam. Das flores de rosa mosqueta
Você não veio. Veio a lembrança trazido pelo vento
A nota almíscar pairando pela sala.
Caminhos opostos
Dificilmente terei você
Em meu lado, novamente
Pois o destino costuma enganar-se
Constantemente
Traçando caminhos opostos
Que nos levam para longe
De quem amamos realmente
Mas não pense que irei viver triste
Por não mais lhe ver
Saiba que mesmo incompleto
Serei feliz
Pois tenho a certeza
De que em algum momento
Eu já amei você
Admito, as vezes me pego pensando sobre se ‘aquela viajem’ realmente tivesse acontecido.
As vezes me perco no tempo, esqueço que não estamos mais juntos, penso em mandar uma mensagem de bom dia, desejar uma excelente semana, perguntar sobre o tempo, ou se você anda acompanhando a queda de valores das passagens aéreas.
Mas daí me lembro, que já não é mais possível.
Afinal, não estamos mais juntos.
Prefiro acreditar que a culpa foi de setembro; mês corrido, frio e sem graça. Aumentou a nossa ansiedade, o nosso desejo e nossos níveis de estresse. Faltava tão pouco. Já estávamos no sexto mês, só precisávamos aguardar por mais três meses. E então, aquela tão esperada viajem viria à acontecer, enfim eu poderia realmente lhe conhecer. Poder te tocar, notar que a perfeição realmente existia, além da tela do celular. Poderia te abraçar forte, te beijar, e olhar no fundo dos seus olhos e dizer que TE AMO. Mas não deu. Eu realmente não sei o que aconteceu. Não consigo compreender onde foi que todo aquele nosso amor se perdeu. Prefiro acreditar que a culpa foi de setembro. Pois foi a partir dele que o caos começou à tomar conta da minha mente. Os dias já não eram mais os mesmos sem as suas mensagens de bom dia. As semanas já não eram as mesmas sem as suas ligações. A vida já não era mais colorida, apenas cinza.
Sol escaldante
que retina foi essa que fulgurou?
segue esse embuste trôpego
essa poesia sem lei...
[CONFIDÊNCIAS[1] in Confidências de Guardanapo]
se a ti pertences,
então toma !
se deixou ir, agora chora
versos e vaidades
complexos de maldade
vida e saudade . . momentos
O amor, poesia dos sentidos.
“Prefiro...
Prefiro minhas duvidas do que as suas certezas...
Prefiro viajar nos meus sonhos do que aceitar a sua realidade...
Prefiro ter te apoiado do que ter te censurado...
Prefiro ter acredito em nada do que ter sido descrente em tudo...
Prefiro ter visto você brilhar do que ve-lâ em uma noite sem final...
Prefiro ter visto todas as estrelas caindo do que apenas o sol brilhar...
Prefiro recordar do ruído dos teus sorrisos do que ver seu semblante triste...
Prefiro lembrar que você já foi a chegada e que nunca foi partida
Prefiro saber que você já foi certeza e que nunca foi arrependimento...
Prefiro lembrar dos ventos fortes em nossos cabelos do que das brisas que pouco fizeram...
Ainda prefiro...”
Em algum lugar, te deixei
Aqui dentro, o seu eu não encontra o meu
Em algum momento, você se perdeu de mim
Quisera eu voltar no tempo
Tempo, tempo, tempo
Saudade que transborda em mim ...
Amada minha
Sabei isto, ó amada minha.
O meu querer não te deixará
Nem por um instante...
O romper da aurora
Reflete o brilho dos teus olhos
Iluminando o meu caminho...
Em ti estão meus pensamentos
Até que a veja ao fim do dia
Se rendendo aos meus braços...
E no cair da tarde,
Entre todas as estrelas
Eu contemplo o teu brilho...
Se eu adormeço neste sonho,
Quem sabe deste sono
Eu desperte com você...
Edney Valentim Araújo
Nós
Meus olhos brilham
Coração dispara
Teus olhos me chamam
Meu corpo para
Distância pequena
Sentimento imensurável
Teu cabelo contínua cheiroso
Meu avanço responsável
Por que andar é tão difícil com você por perto ?
Pareco idiota assim
Nas palavras sou discreto
Impossível descreve-lá em papel
No meu imaginar és mulher incomparável
Nas poesias minha amada
Em minhas mãos maleável
Sou tolo por não beija-la agora
Sábio por saber a hora
Se é que existe tempo para acariciar teus lábios
Durmo inquieto
Acordo focado
Não no trabalho
Sim no amor
Em você
Que muito em breve será nós
Ser amada
Nos dias que me foram sós,
Apenas em você eu pensava.
Se haveria para nós
Um tempo de amar e ser amado.
Quando o amor em mim
Aflorava por você,
A minh’alma se entregava...
Desejava ser querida,
Desejava ser amada...
Sem medida e desvairada
A minha vida te almejava,
Ser contigo, ser comigo...
Ser pra sempre a minha amada.
Edney Valentim Araújo