Poema de Albert Camus

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⁠Quando a inocência tem os olhos vazados, um cristão deve perder a fé ou aceitar que lhe furem os olhos.

Albert Camus
A peste (1947).
Inserida por MarcioAAC

⁠... este mundo sem amor era como um mundo morto e que chega sempre uma hora em que nos cansamos das prisões, do trabalho e da coragem, para reclamar o rosto de um ser e o coração maravilhado da ternura.

Albert Camus
A peste (1947).
Inserida por MarcioAAC

Num certo sentido, pode dizer-se que a sua vida era exemplar. Era desses homens que têm sempre a coragem dos bons sentimentos.

Inserida por dia_marti

Havia os sentimentos comuns, como a separação ou o medo, mas continuavam a pôr-se em primeiro plano as preocupações pessoais. A maior parte era sobretudo sensível ao que perturbava os seus hábitos ou atingia os seus interesses.

Inserida por dia_marti

... mas olhava de novo para a criança, que não tinha deixado de o fitar com o seu olhar grave e tranquilo. E de repente, sem transição, o pequeno sorriu-lhe, mostrando todos os dentes.

Inserida por dia_marti

«Filhos que tinham vivido junto da mãe mal olhando para ela punham toda a inquietação e angústia numa ruga do seu rosto que se fixava na sua recordação. Esta separação brutal, sem meio termo, sem futuro previsível, deixava-nos perturbados, incapazes de reagir contra a lembrança dessa presença, ainda tão próxima e já tão distante, que ocupava agora os nossos dias»

Inserida por dia_marti

"Impacientes do presente, inimigos do passado e privados do futuro, parecíamo-nos assim bastante com aqueles que a justiça ou o ódio humanos fazem viver atrás das grades".

Inserida por dia_marti

O fascismo, na verdade, é o desprezo. Inversamente, qualquer forma de desprezo, se intervém na política, prepara ou instaura o fascismo.

Albert Camus
O homem revoltado. Rio de Janeiro: Record, 2011.
Inserida por JVial

Pergunta: como fazer para não se perder tempo?
Resposta: senti-lo em toda a sua extensão

Inserida por dia_marti

A estupidez insiste sempre, e compreendê-la- íamos se não pensássemos sempre em nós

Inserida por dia_marti

"Na minha frente não havia uma única sombra, e cada objecto, cada ângulo, todas as curvas se desenhavam com uma pureza que me fazia mal aos olhos (...)
Não os ouvia, no entanto, e custava-me a acreditar que tivessem realidade"

Inserida por dia_marti

"A noite, neste sítio, devia ser como que um melancólico período de tréguas. Hoje, o sol excessivo que fazia estremecer a paisagem, tornava-a deprimente e inumana"

Inserida por dia_marti

"Compreendi que destruíra o equilíbrio do dia, o silêncio excepcional de uma praia onde havia sido feliz"

Inserida por dia_marti

⁠"Como o poderia eu saber, aliás, pois que além dos nossos corpos agora separados, nada nos ligava, nada nos lembrava um do outro"

Inserida por dia_marti

⁠"Compreendia muito bem que as pessoas me esquecessem depois da minha morte. Já não tinham nada a fazer comigo. Nem sequer podia dizer que me custava pensar em semelhante possibilidade. Não há, no fundo, nenhuma ideia a que não nos habituemos"

Inserida por dia_marti

" Era-lhes fácil (...) percorrer o seu amor e examinar-lhe as imperfeições. Em tempo normal, sabíamos todos, conscientemente ou não, que não há amor que não possa ser ultrapassado e, aceitávamos, portanto, com mais ou menos tranquilidade, que o nosso permanecesse medíocre."

Inserida por dia_marti

" Os homens são mais bons que maus, e, na verdade, a questão não está aí. Mas ignoram mais ou menos, e é a isso que se chama virtude ou vício, sendo o vício mais desesperado"

Inserida por dia_marti

« (...) tentavam sozinhos, com os seus falsos rostos de pedra ou de bronze, evocar uma imagem degradada do que tinha sido o homem»

Inserida por dia_marti

⁠É um fato bem conhecido que sempre reconhecemos nossa pátria no momento em que estamos prestes a perdê-la.

Albert Camus
Lyrical and Critical Essays (1967).
Inserida por pensador

⁠O mundo romanesco não é mais que a correção deste nosso mundo, segundo o destino profundo do homem. Pois trata-se efetivamente do mesmo mundo.

Albert Camus
O homem revoltado. Rio de Janeiro: Record, 2011.
Inserida por Frankfiking